Antes de amá-la, eu já a amava,
quando dava longos passeios em minha alma,
ao colher algumas flores
e espalhar por ela o perfume das manhãs
que trazia consigo debaixo dos dedos.

Quando sorria, me curava,
mas acho que ela nem sabia;
quando sorria, o meu coração se alegrava
e eu me sentia pronto para o que quer que acontecesse,
mas era quando me olhava
que o tempo deixava de existir
e todas as coisas do universo tornavam-se irrelevantes
pois bastava que ela me olhasse para que eu me tornasse feliz.

Olhar que trago em minhas retinas
e está em tudo o que eu vejo.