19
Toma como seu o brilho do sol da manhã nos jardins,
nas árvores e flores
e caminha na serenidade dos seus olhos,
com a paz que sai da sua voz,
a leveza com que ensina a deixar estar.
Torna para si a realidade da qual não ouso encarar,
nem sou capaz de compreender,
mas que você domina
sem esconder suas próprias feridas,
que se abrem e me convidam.
Que a cor das suas lágrimas tinjam a tela vazia que deixei esquecida,
que me coração sangra aos poucos
porque sabe sofrer e pode esperar,
essa vida que já não nos basta para experimentar o amor
e suas consequências.
O que fica é o que marca,
o que ainda existe nessa falta de ar
que persiste
a recordar dos seus dias que também foram os meus,
mas nunca nossos,
esse seguir sozinho
na companhia que nos isola e nos engrandece.
É tarde
e os pássaros vêm cantar a estação
que desabrocha num momento inédito
e sem qualquer explicação.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro