12
Naqueles dias eu não sabia, como você,
que o que se sucederia
seria a conversão do absurdo em real,
a realização de sonhos enterrados com o fervor dos sozinhos.
Caminhamos com passadas pequenas e calmas
pelos rochedos tempestuosos
e dissemos a palavra que cala as mazelas do coração.
Cantamos a canção dos abandonados
e amamos na noite que escolhemos para que fosse nossa.
Das nossas feridas, sinto-as como deveras,
mas sinto ainda mais porque me foste a foice que abriste minha pele;
sinto sua presença nos poemas, nas xícaras de café
e nas tardes que me pedem a tranquilidade que conservo comigo.
Os pensamentos se perdem, mas deixo que sigam
porque se partem de mim
é porque não me pertencem, como também partiste.
Sinto melhor agora que estou sozinho - amo mais intensamente os dias
e nenhuma felicidade me corrompe.
Do que foste comigo,
serás eternamente
e me dou por te amar sem arrependimento.
Vem outra manhã.
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