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*Cap.6* (revisado)

Às vezes, a solidão me envolvia como uma neblina espessa, principalmente quando a companhia dos habitantes da roça não era suficiente para preencher o vazio deixado pela vida na cidade. A fazenda tinha seus momentos de tranquilidade e beleza, mas também havia dias em que tudo parecia sem cor e sem vida. Era um mix de emoções constantes, uma luta interna entre apreciar a paz rural e sentir falta do caos urbano.

Ricardo era uma figura estranha para mim. Sua presença era ao mesmo tempo reconfortante e irritante. Ele tinha um jeito bruto que me fazia questionar suas intenções, mas havia algo nele que me fazia querer entender mais. Por que ele se importava tanto comigo? O que o motivava a cuidar de mim e da fazenda com tanta dedicação?

A manhã estava clara quando ouvi o som familiar da caminhonete de Ricardo se aproximando. Fui até a varanda, curioso para saber o que ele estava fazendo de volta tão cedo. Para minha surpresa, vi Brenda pulando do banco do passageiro com um sorriso radiante no rosto. Meu coração deu um salto.

— Nick.

Olho para aquele rosto feliz em me ver, um olhar leve e sublime, um olhar conhecido de muito tempo. Era Brenda, minha melhor amiga, com aquele sorriso que iluminava até os dias mais nublados. Corremos um para o outro e, num abraço apertado, a nostalgia se misturou com a alegria do reencontro.

— Que saudades! — ela exclamou.

— Eu também... — murmurei, ainda absorvendo o fato de que ela estava ali, naquela fazenda isolada.

Ao nos afastarmos do abraço, Brenda me olhou com seus olhos cheios de curiosidade, como se quisesse ler todos os pensamentos que passavam pela minha mente. Ricardo brincava com Dublê, o vira-lata preto, desviando meu foco da situação.

— O que está fazendo aqui? — perguntei finalmente, mantendo um olhar sério.

— Ricardo me buscou na rodoviária — respondeu Brenda com um brilho de mistério nos olhos.

 — Vim fazer uma visita, claro! Além disso, ouvi dizer que você precisava urgentemente de uma salvação da monotonia rural.

Eu ri, sentindo o peso da tensão desaparecer. Brenda sempre soube como aliviar o clima com sua leveza e bom humor.

Ela sorriu enquanto olhava para Ricardo, que conversava animadamente com minha avó. Seu cabelo loiro caía em ondas suaves sobre os ombros, algumas mechas dançando de forma rebelde ao sabor do vento. Ela usava uma blusa leve e uma saia que, para o ambiente da fazenda, parecia um tanto curta e fora de contexto, mas que realçava suas pernas bem torneadas. O jeito despreocupado dela contrastava com a simplicidade rústica ao redor.

— Ricardo é realmente legal, Nick. Ele foi super gentil em me buscar na rodoviária. E ainda me mostrou um pouco da cidade. Tem um papo ótimo! — disse ela, com entusiasmo na voz.

Revirei os olhos internamente, mas forcei um sorriso. Brenda sempre foi assim, descolada e sem muitas preocupações com as convenções. Seu estilo peculiar e seu jeito de se vestir deixavam claro que ela estava acostumada com um ambiente mais urbano e cosmopolita.

— Ah, é mesmo? — murmurei, tentando disfarçar meu desdém.

Ela assentiu, animada. — Sim! Ele me levou para ver a praça principal, mostrou onde fica o mercado, e até me contou algumas histórias sobre a cidade. Foi tão atencioso!

Enquanto Brenda falava, minha mente vagava. Eu não conseguia entender como ela podia se deixar encantar tão facilmente. Ela mal conhecia Ricardo, e já estava tratando-o como se fosse o cara mais incrível do mundo. Talvez fosse essa ingenuidade que sempre me incomodava nela. Ou talvez fosse apenas meu próprio ressentimento por não conseguir captar a atenção de Ricardo da mesma maneira.

Brenda sempre foi assim, tão aberta, tão disponível. Qualquer um que lhe desse um pouco de atenção se tornava seu novo melhor amigo. Isso me irritava profundamente. Ela não conseguia ver além do superficial. Um sorriso e algumas palavras gentis, e pronto, estava completamente cativada. E agora, era Ricardo quem estava no centro de seu universo.

— Bem, que bom que você gostou dele — respondi, tentando esconder minha irritação.

Ela riu e me deu um leve empurrão no ombro. — Ah, Nick, você está com ciúmes?

— Claro que não — menti, mas o calor no meu rosto me denunciava.

Brenda deu de ombros, voltando a atenção para Ricardo. Eu, por outro lado, continuei a observar em silêncio. Não conseguia evitar. A facilidade com que Brenda se deixava envolver me incomodava mais do que eu gostaria de admitir.

Enquanto minha avó terminava a comida, sugeriu que Ricardo levasse Brenda para conhecer o sítio. Brenda prontamente aceitou o convite, com um brilho de curiosidade nos olhos. Ela parecia genuinamente interessada em explorar a fazenda e aprender mais sobre a vida rural que eu havia adotado desde que cheguei.

— Eu adoraria... — disse Brenda, animada. — Mal posso esperar para ver tudo o que vocês têm por aqui!

Ricardo assentiu com um sorriso gentil.

— Vamos lá então, Brenda. Vou te mostrar os melhores lugares daqui.

Eles saíram juntos, Brenda trotando ao lado de Ricardo, que parecia à vontade liderando o passeio. Enquanto os observava se afastarem, percebi minha avó me olhando com um misto de preocupação e carinho.

— O que está acontecendo, Nicolas? — perguntou ela, colocando uma mão sobre a minha. — Você parece distante ultimamente.

Respirei fundo, sentindo o peso das últimas semanas sobre mim.

— Não é nada, vovó. Só estou tentando me acostumar com tudo isso... com a presença dela aqui.

Minha avó sorriu suavemente, seus olhos brilhando com sabedoria.

— O que está acontecendo? — perguntou ela, preocupada. — De repente você parece diferente. Está tudo bem?

— Não foi nada, vovó.

— Tenho notado alguma tensão entre você e Ricardo nos últimos dias. Eu sei que ele é bruto e... protetor, mas no fundo ele tem um bom coração.

Olho pela janela. Ricardo está ajustando a cela para Brenda montar a cavalo.

— Passo muito tempo aqui, com vocês. Preciso de um tempo sozinho. Para pensar! — digo, levantando-me da cadeira abruptamente.

— Aonde você vai?

Saio pela porta e vou até o estábulo, onde pego um cavalo malhado. Minha avó grita meu nome pela janela quando saio galopando.

Chego a um campo verde de capim alto, sentindo-me livre por alguns momentos. Ouço o som distante de uma cachoeira e decido segui-lo. Chego ao local e me deparo com uma bela piscina natural formada pela água da cachoeira. Amarro o cavalo a um toco de madeira, tiro minha roupa rapidamente e pulo na água gelada.

Sou surpreendido pelos movimentos nos arbustos e logo vejo Victor emergir, com uma camiseta aberta que deixa à mostra seus músculos definidos. Ele tira o chapéu, puxa a camiseta de dentro da calça jeans justa e solta os sapatos, deixando a calça cair aos pés. Um sorriso malicioso surge em seu rosto ao me ver observando. Victor avança lentamente, seus olhos fixos nos meus, como se estivesse avaliando minha reação.

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