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C.4

- Glann. – Cutuquei sua bochecha delicadamente. Ele não se moveu nenhuma vez. Seus cabelos negros escondem sua testa e ele possui um rosto sereno enquanto dorme. – Glann. – Voltei a cutuca-lo. Ele fez um som abafado, indicando que estava acordado. – São sete horas. – Avisei, sentando-me na cama ao seu lado.

- Obrigada pela informação. Agora vá embora. – Disse com sua voz rouca de sono.

- Minha mãe não voltou para casa, por isso, você precisa me levar para o colégio. – Contei, repousando minha cabeça em seu braço quente. – Não posso me atrasar para a reunião do conselho estudantil. Agora levanta. – Declarei, deixando a cama e o balançando.

       Ele continuou no mesmo lugar. Ignorando meu pedido.

- Eu não posso me atrasar. – Vergonhosamente, tentei puxa-lo para fora da cama. Não adiantou de nada meu esforço, ele nem moveu um centímetro. – Por que você teve que crescer tanto? – Resmunguei, segurando o seu braço forte. Observei um sorriso curto se formar em seus lábios. – Glann. – Choraminguei, voltando a puxa-lo. Parei, e joguei seu braço de volta na cama. Seus lábios continuavam com um sorriso travesso. – Glann, por favor. – Minha voz se tornou mais macia.

       Seus olhos se abriram e ele me olhou de modo sonolento. Sorri, quando ele começou a levantar.

- Viu. Não foi tão difícil. – Comentou de modo divertido. – Espere-me lá em baixo. – Pediu, com a voz mais rouca que o normal. Enquanto ele seguia para o banheiro, deixei o quarto e fui até a cozinha. Encontrei Doutora Young tomando café e mexendo no Tablet.

- Bom dia. – Falei, chamando a atenção de todos na cozinha.

       Elane, empregada da casa, sorriu de modo doce na minha direção. Retribuir o gesto. Doutora Young, deixou sua atenção do Tablet e me encarou.

- Bom dia Gina. – Cumprimentou. Ela retirou os óculos de leitura e me convidou para sentar a mesa. – Sua mãe me disse que você participará do campeonato de tênis esse final de semana. – Confirmei com a cabeça calmamente. – Espero poder comparecer. – Sorriu de modo elegante.

- Muito obrigada, mas não precisa se forçar a ir. É apenas um campeonato do Club, não é nada importante.

       Eu não queria participar, eu odiava tênis, mas minha mãe faz parte do Club Fox e me obriga a praticar o mesmo esporte que ela. Ela sempre diz que atividades diversas nunca são demais. Eu discordava, porém, nunca em voz alta.

- Não seja boba, Gina. Se for importante para a sua mãe, também é importante para você. – Fiquei em silêncio, sem saber o que responder. Doutora Young voltou ao trabalho em seu Tablet.

       Os pais do Glann são chefes e donos do hospital da cidade. Sua família chagou a cidade quando tudo estava falindo e com a ajuda dos Young e dos MacTerry a cidade voltou a crescer. Até hoje, eles são a família mais antiga, são respeitados e possuem muita influencia. Por causa disso, o Glann como o único filho, está condenado a se tornar o próximo chefe do Hospital Geral. Assim como eu, ele discorda do futuro, mas nenhum de nós tem coragem o suficiente para falar em voz alta.

       Glann dirige com calma em direção ao colégio. Ele não comeu seu café da manhã e saiu de lá antes que sua mãe dissesse qualquer coisa sobre a sua última nota do teste de cálculo. Sua note foi apenas dois pontos a menos do que a do mês passado, não havia muita diferente. Ele continuava em segundo lugar na lista dos melhores do colégio. Infelizmente para nossas mães, aquilo era o caminho para nossa ruína.

- Como você está se sentindo? – Glann perguntou de repende. Trazendo-me de volta para o carro.

- Estou bem melhor, obrigada. – Respondi. Encarando a janela fechada. – Você vai comer alguma coisa quando chegarmos? – O encarei, preocupada por ele não ter se alimentado. Glann faz muitos exercícios físicos e alguém como ele, precisava de energia para continuar no ritmo.

- Vou pegar alguma coisa na cantina, não se preocupe. – Sorri por ele saber o que estou sentindo.

       Não demorou em chegarmos ao colégio. Glann não pensou duas vezes antes de ir para a cantina e eu corri para a reunião do conselho. Fiquei feliz por ter sido uma reunião calma e com poucos assuntos para tratarmos. Depois disso, segui o resto do dia como planejado, aulas, apresentações e um teste que não foi nada de surpresa hoje. No almoço, fiquei nervosa para encontrar o MacTerry. Talvez eu ainda esteja envergonhada por suas palavras. Não tenho certeza, entretanto, não deixei aquele sentimento estranho prejudicar minha aula.

- Você já pensou em vir para o colégio com o cabelo solto? – MacTerry me interrompeu.

      Franzi a testa, com aquela pergunta sem sentido. Encarei seus olhos negros com cuidado, a voz do Glann me dizendo que ele só quer mexer comigo, me deixou em alerta.

- O regulamente exige que todos os alunos que possuam cabelos longos, os mantenham presos. – Lembrei com pressa. Nosso tempo está acabando e eu preciso ir para outra aula.

- Só você leva esse regulamento ridículo a sério. – Bufou ele, revirando os olhos de modo exagerado. Arqueei a sobrancelha com seu gesto. – Estou curioso para saber como você fica sem esse cabelo preso. – MacTerry sorriu e cruzou os braços fortes.

- Não farei isso. – Declarei educadamente. Estava quase voltando para a explicação, quando MacTerry levantou da sua cadeira e se aproximou com calma. Fiquei no mesmo lugar, não querendo demonstrar o quanto fiquei nervosa com sua aproximação. – O que está fazendo? – Questionei, seriamente. Ele sentou sobre nossa mesa de estudos, mas continuou com os pés no chão e um olhar felino.

- Se você soltar o cabelo, eu levo você para fazer algo bem divertido. – Revelou, deixando-me quieta. Analisei o seu rosto em busca da mentira, ele ainda possuía um sorriso travesso nos lábios machucados.

- O quanto divertido? – Cedi à tentação em seus olhos como à noite.

- Muito divertido – falou, alargando o sorriso. Era evidente a malicia em sua voz – e um pouco perigoso. – Murmurou apenas para mim.

       Meu coração disparou com suas ultimas palavras. A curiosidade começou a surgir e o interesse se tornou intenso. Mordi o lábio interno sobre seu olhar atento. MacTerry esperou pacientemente que eu fizesse a minha escolha.

- Só farei isso uma única fez. – Avisei com firmeza. Escondendo o nervosismo.

- É tudo o que eu preciso.

       Sem conseguir encara-lo, e com os dedos trêmulos. Levei a mão até o elástico preto que prendia meus cabelos. Os puxei lentamente, sentindo meu coração bater com força, posso escuta-los latejando nas minhas orelhas. O que é algo bem estranho. Senti os cabelos caírem sobre meus ombros e costas. Ele está quente e possui o cheiro do meu novo shampoo.

       Olhei para o garoto a minha frente. MacTerry está sério e analisa meu rosto com cuidado e interesse. Por um momento, fiquei ansiosa para saber o que ele achava. Ninguém nunca me olhou daquela forma antes, isso me fez corar violentamente sobre seus olhos negros. Porém, logo essa sensação se perdeu, quando ele fez um barulho estranho e sorriu de lado.

       Como se estivesse decepcionado.

       O aperto no coração me fez morder os lábios com força e sentir meu rosto pegar fogo. Era impossível não se sentir constrangida e até humilhada com aquela declaração sem palavras. Forcei-me a manter a cabeça erguida e firme. MacTerry não terá o prazer de me ver magoada. Ele voltou a sentar na cadeira de madeira e encarou o caderno de anotações, como se nada tivesse acontecido ou eu não valesse o seu interesse.

        Com o sino avisando o fim da hora do almoço. Comecei a recolher minhas coisas sem pressa. Não quero demonstrar o quanto quero sair correndo daquela biblioteca, ainda posso sentir meu rosto quente e o aperto no coração. Peguei as anotações que MacTerry segurava e o encarei sem mesmo querer. Ele estava com o cotovelo sobre a mesa e o queixo apoiado em sua mão. Ele sorria enquanto em observava. MacTerry está brincando comigo, tentado me desestabilizar.

- Espero você no estacionamento. – Disse ele, sem desviar o olhar.

       Pela primeira vez na minha curta vida, eu queria bater em alguém. Eu preciso tomar cuidado quando estiver ao seu lado, não posso deixa-lo ter controle sobre mim, algo que a família MacTerry deseja acima de tudo. Poder e controle. E Christian é como todos eles. É como uma maldição. Está em seu sangue.

       Pulei os obstáculos o mais rápido que pude. Minhas pernas queimavam pelo esforço físico extremo. Eu me sentia cansada, não havia almoçado outra vez e isso não me ajudou na corrida de obstáculos. O sol forte esquentava minha cabeça e fazia o suor escorrer pela minha coluna. Depois dos obstáculos, ainda havia mais dois quilometro de corrida. Pela visão periférica, podia ver as outras garotas me alcançando. Forcei as minhas pernas a correr mais rápido, ao passar pela linha de chegada, me curvei em busca de ar.

- Perfeito, Gina. – Minha professora elogia. Sorri para ela, controlando a respiração ofegante. – Se você continuar assim poderá participar dos concursos no verão. – Avisou com um sorriso largo e satisfeito.

- Obrigada. – Me afastei com calma, em busca da minha garrafa de água.

- Ótima corrida Gina. – Mary passou ao meu lado. Forcei um sorriso como forma de cumprimento e tomei minha água gelada. Passei as costas da mão na testa, limpando a camada de suor que se acumulava. Fechei os olhos, sentindo-me tonta. Minha barriga ronca alto, deixando-me constrangida. Olhei ao redor, com medo que alguém tivesse escutado.

        A alguns metros de distancia, o time de Lacrosse está treinando. Encontrei o Glann entre eles. Sua camisa azul tinha o número 7 e seu sobrenome. Tomei o resto da água e continuei observando o treino. Não pude deixar de ri quando ele levantou a mão, me cumprimentando. Fiz o mesmo, ainda sorrindo para ele. Cruzei os braços quando meu o estômago começou a se revirar. Abaixei-me em busca de alguma barra de cereal ou uma fruta na minha mochila. Não havia nada, eu tinha deixado tudo no meu armário.

- Professora. – A chamei, ainda de joelhos na grama. Ela me olhou. – Posso ir ao banheiro?

- Claro.

       Ao levantar, me desequilibrei por causa da tontura. A professora me olhou preocupada.

- Eu estou bem, só levantei de mau jeito. – Menti com um sorriso simples e caminhei até o banheiro mais próximo.

      Lavei o rosto na pia e o enxuguei com papel. Da ultima vez que não me alimentei apropriadamente, as coisas não foram nada boas. Precisei ficar sem ir ao colégio por uma semana interia. Foi um pesadelo. A única coisa boa foi que pude reler vários livros da Julia Quinn nessa semana de folga.

       Limpei a pia que molhei e joguei o papel no lixo, antes de sair do banheiro. Deparei-me com um Glann suado, sujo de terra e grama, na porta me esperando.

- O que aconteceu? – Ele perguntou, retirando as luvas grossas.

- Nada. – Menti, fazendo-o fechar a cara. Cruzei os braços e encarei seu uniforme azul com branco.

- Qual foi a última vez que você conseguiu mentir para mim? – Perguntou ele, segurando meus ombros. – Você está pálida e eu vi o que aconteceu no campo. O que você está sentindo? É o estômago de novo? – Glann me forçou a encara-lo. Antes que eu pudesse responder, minha barriga voltou a roncar, deixando-me paralisada. – Você está brincando comigo? – Questionou seriamente. – Qual foi à última vez que você comeu?

- Café da manhã. – Murmurei timidamente.

        Glann suspirou fortemente e retirou alguns fios de cabelos colados em minha bochecha.

- Não vamos passar por aquilo outra vez, Gina. – Glann me abraça.

- Desculpe-me. – Sussurrei, sem me importa com seu uniforme sujo.

       A lembrança do verão passado me invadiu com rapidez. Eu estava estudando tanto e focada nos exercícios extracurriculares, que esqueci completamente de beber água e de me alimentar com frequência. Glann me pediu para espera-lo pertos das arvores, enquanto buscava o meu almoço. Na sua espera, apreciei o vento forte que sobrava e comecei a me sentir um pouco melhor.

- Aqui. – Glann sentou ao meu lado e me ajudou com a marmita.

- Acho melhor você voltar para o treino. Não quero que chamem a sua atenção por minha causa. – Comi o sanduiche com calma, e me refresquei com o suco de maçã.

- Não me importo. – Glann limpou o suor do rosto com a camisa e retirou os cabelos úmidos da testa. – Há quanto tempo você não está se alimentado direito? – Perguntou, analisando-me com cuidado.

- Apenas hoje. – Voltei a mentir. Glann suspirou cansado das minhas tentativas frustradas. – Desde que comecei as aulas com o MacTerry, só faz dos dias. Não chega a ser tão grave, eu apenas não tenho tempo para isso.

- Claro. É melhor você ficar desmaiando pelos cantos, do que interromper as aulas daquele cara por alguns minutos. Porque isso é o mais importante no momento, do que a sua saúde. – Censurou, deixando-me quieta. – Estou falando sério, Gina. Não faça mais isso. – Glann acariciou minhas costas, em forma de apoio. Desculpei-me para segunda vez e continuei devorando todo o meu almoço.

        Encontrei MacTerry sentado sobre o capô do seu carro de luxo. Aproximei-me com passos calmos e sustentando seu olhar divertido. Não deixarei que me atinja, como aconteceu na hora do almoço.

- Estou pronta. – Avisei, parando na sua frente. – Para onde vamos? – Questionei louca de curiosidade.

- É surpresa. – Ele pulou do capô e seguiu para o lado do motorista. Timidamente, entrei no seu carro.

- Eu gosto de surpresas. Mas espero que ela seja divertida e um pouco perigoso, assim como você me prometeu. – Quase não tive tempo de colocar o cinto de segurança quando ele saiu rapidamente do estacionamento.

       Meu coração batia com força e minha respiração está ofegante. Segurei-me no acento, quando tudo ao meu redor girava, assim como o carro no sentido horário. MacTerry freou de vez, fazendo-me balançar. A fumaça que os pneus criaram se formou ao redor do carro. Olhei para o garoto sentado ao meu lado.

- De novo. – Pedi animada. A adrenalina corria pelas minhas veias, dando-me uma sensação maravilhosa de coragem. MacTerry sorriu para mim e voltou a dirigir, o carro fazia zigue-zague. Não pude deixar de ri com tudo aquilo. O carro derrapou no asfalto, fazendo um barulho estridente. – Isso é divertido. – Declarei me endireitando no acento.

- Eu disse. – MacTerry murmurou com sua voz rouca. Ele olhou para a pequena tela no painel e começou a dá marcha à ré. O carro é veloz e deixa tudo mais intenso e perigoso. Sem perceber, me segurei em seu ombro pelo balanço brusco do carro. Continuei sorrindo, sem conseguir me controlar. O carro parou, me jogando para frente. Graças ao cinto de segurança, me mantive no mesmo lugar. – Você está bem? – MacTerry perguntou, enquanto me analisava.

- Estou bem. Mas acho melhor pararmos um pouco. – Comentei, com as pernas tremulas e o coração batendo descontroladamente. MacTerry riu do meu estado e puxou o freio de mão, deixando o carro fixo no lugar. – Minhas pernas não parem de tremer. – Confessei, fazendo-o gargalhar pela primeira vez. O som é agradável e mais bonito do que eu imaginava. Nunca pensei que viria MacTerry rindo daquela maneira.

- Você quer dirigir? Depois que se acalmar um pouco? – Perguntou, ainda com um sorriso atraente.

- Eu não sei dirigir. – Falei sem muito interesse. MacTerry franziu a testa e escorou no volante.

- Por que não? – Sua voz se tornou mansa e seu sorriso aos poucos começou a morrer.

- Minha mãe diz que não é seguro. Porém, poderei tirar a carteira antes de ir para a faculdade. – Respondi. Era difícil encontrar seus olhos negros sobre a pouca luz dentro do carro.

- Isso parece bem chato. – Ele resmungou, fazendo-me ri. – O que você faz quando quer ir para algum lugar?

- Eu tenho uma bicicleta. – Minha declaração lhe arrancou uma risada abafada. MacTerry encarou o estacionamento vazio a nossa frente e abafou a risada com as costas da mão. – O que é tão engraçado? – Quis saber.

- O jeito como você se conforma com tudo o que sua mãe diz. Você nunca se cansa? – Rebateu, voltando seus olhos negros na minha direção. Não havia acusação em sua voz rouca, apenas curiosidade.

- Por que você acha que aceitei esse acordo?

       MacTerry ficou pensativo por alguns segundos, o silêncio ao nosso redor fez as batidas do meu coração aumentarem. Agora, comecei a pensar se todo esse descontrole é realmente pelo carro ou pelo garoto sentado ao meu lado.
  
      Ele deixou o carro, permitindo o vento forte de entrar pela porta aperta e o ar gelado proporcionado pelo ar condicionado diminuir. O segui com receio, MacTerry encostou o quadril no capô e puxou um cigarro. Parei ao seu lado e o observei por alguns minutos.

- O que? – Questionou ele, tragando seu cigarro e encarando o vazio a nossa frente.

- Talvez você não saída disso, mas cigarros dar câncer nos pulmões. – Avisei com cuidado. Minha atenção continuava no seu rosto relaxado. MacTerry se esforçou para não rir de mim. O que achei bonito da parte dele. – Por que você fez aquilo comigo na biblioteca? – A pergunta escapou dos meus lábios, antes que eu pudesse impedi-la.

       Ele me olhou e soltou a fumaça presa nos pulmões. Graças ao vento forte, não precisei inalar aquela substância venenosa.

- É engraçado ver você perdendo a compostura. Isso prova que você não tem controle sobre tudo, principalmente sobre mim. – Deu outra tragada.

- Eu nunca disse que tinha controle sobre você. – Rebati com rapidez. Apoiando-me no carro.

- Não, mas você pensa que tem. – Seus olhos negros me analisaram sem se importar de ser discreto. Mordi os lábios por ser pega daquela maneira, eu posso tê-lo subestimado um pouco. – Você combina com o cabelo solto – começou, deixando-me surpresa. – Seus cabelos loiros fazem o azul dos seus olhos se destacarem. É bonito. – Disse por fim, arrancando-me um sorriso bobo.

- Obrigada. – Foi tudo o que consegui dizer.

      MacTerry me deu um dos seus sorrisos simples e verdadeiros.

- Não me agradeça por isso.

       Dessa vez, o silêncio que se formou entre nós, foi agradável e calmo. Observei o céu escuro e as várias estrelas que se destacavam no fundo escuro.

- Aqui. – MacTerry diz de repente.

       Olhei para ele com curiosidade. Ele tinha o braço esticado na minha direção, com o cigarro entre os dedos.

- Experimenta. – Mandou, com a voz rouca e lenta. Peguei o cigarro e o afastei do meu rosto.

- Por quê? – Questionei surpresa.

- Você disse que queria experimentar coisas novas e fazer coisas que nunca teria coragem de fazer sozinha. Comigo aqui, você pode fazer isso. – Não gostei de ter minhas palavras usadas contra mim. MacTerry me observou com cuidado. Olhei para o cigarro e fiz uma careta.

- Mas eu não quero ter câncer. – Avisei com sinceridade. – Eu ainda preciso realizar muitas coisas, como entrar para a faculdade e sou nova demais para morrer. – O pânico em minha voz era evidente.

- Uma única vez não fará você ter câncer. Você é inteligente, sabe como as coisas funcionam. – Rebateu quase na mesma hora.

- A nicotina pode me deixar viciada, com isso, eu irei morrer junto com você. – Ele riu, se divertindo com a minha agonia. – Não ria de mim. – Pedi um pouco envergonhada, mas feliz por estamos nos dando bem.

- Apenas experimente, confie em mim quando digo que isso não vai acontecer.

- Tudo bem. – Murmurei, me dando por vencida por suas palavras firmes. Com um sentimento estranho se revirando na minha barriga, levei o cigarro aos lábios. Porém, antes que eu pudesse experimentar, a mão áspera do MacTerry segurando meu pulso me impediu.

- Você já provou ser uma garota corajosa. Bom trabalho. – Ele pegou o cigarro, fazendo-me suspirar de alívio.

- Obrigada.

       MacTerry ignorou meu agradecimento e me levou para casa. Foi uma ida silenciosa até o meu bairro. Nos despedimos e observei seu carro desaparecer na rua mal movimentada. No jantar, expliquei a minha mãe o motivo do meu atraso, ela não pareceu se incomodar pelo simples fato de eu ter estado com um membro da família MacTerry.

       Já pronta para dormir, sentei-me a mesa da escrivaninha e coloquei um papel na maquina de escrever. Respirei fundo e sorri ao me lembrar de tudo o que aconteceu hoje.

"QUERIDO, DOCE DESTINO.

HOJE EU TIVE UM DIA BASTANTE AGITADO E COM GRANDES EMOÇÕES.

ESTOU COMEÇANDO A ACREDITAR QUE CHRISTIAN MACTERRY É MAIS DO QUE APENAS UM GAROTO PROBLEMATICO COM SERIOS PROBLEMAS EM SEGUIR AS REGRAS. EU PUDE VER UMA PEQUENA DEMONSTRAÇÃO DE SUA GENTILEZA, O SUFICIENTE PARA VÊ-LO COM OUTROS OLHOS.

NÃO SEI AO CERTO O QUE ESTÁ ACONTECENDO, MAS TALVEZ, APENAS TALVEZ, ALGO DENTRO DE MIM ESTEJA CRESCENDO. ALGO QUE NUNCA SENTI, E QUE APENAS LI NOS LIVROS DE ROMANCE.

EU ESTOU NERVOSA, DOCE DESTINO.

EU AINDA NÃO TENHO CERTEZA SE QUERO ME APAIXONAR PELO SEU LADO PERIGOSO, QUE ATIÇA MEU CORAÇÃO E MINHA CURIOSIDADE.

SERÁ QUE O SENHOR ME PERMITIRIA ESCOLHER, QUEM SERÁ MEU PRIMEIRO AMOR?

QUERIDO, DOCE DESTINO.

POR FAVOR, NÃO BRINQUE COM O MEU CORAÇÃO."

Obrigada a todos por terem lido ❤️
Espero que tenha gostado e estejam se divertindo.

O que vocês acham? Será que a doce Gina está começando a se apaixonar pelo lado perigoso do MacTerry? Sim ou claro? ❤️❤️❤️

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