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O que esperar quando você sente sozinho? A dor da solidão é o pior sentimento que podemos sentir. Ele trás a sensação de fraqueza e de abandono do próximo. Você se sente como se ninguém o amasse mais, como se o destino houvesse te abandonado.

Eu aprendi a conviver às vezes, com essa dor. Muitas das vezes foram causadas por términos de namoro e de amizade. Outrossim, eram devido ao algum atrito entre mim e minha família. Como lido com isso? Com o tempo fui perceber que a solidão é passageira. Temos que entender que não podemos deixar nada nos abalar.

Se um namoro terminou, fique triste sim, mas não deixe que isso te consuma. Veja o lado bom e ruim disso. Assim como um termino de amizade. Veja o que você aprendeu e quais motivos levaram ao fim, com isso você não vai ficar triste e se sentir sozinho. Às vezes algumas coisas saem da nossa vida, para entrar coisas melhores.



"O Eduardo está aqui, vamos embora?" — Falei andando de ré e batendo minhas costas no corpo do Luan.

"Você está fazendo algo de errado? Pois eu não estou! Estamos aqui como amigos, e ele tem que entender que não seremos nada, além disso. E outra, se você vive com medo de sair com os amigos, por causa do que o Eduardo vai pensar disso, sinto em te dizer que seu relacionamento está sendo toxico." — Eu escutava com a atenção, Dei um sorrido de lado e concordei com a cabeça.

"Vamos entrar então." — Falei e fui caminhando na frente com o Luan atrás de mim.

Chegando lá dentro consegui ver o Eduardo mais nítido. Ele não estava sozinho, estava acompanhado de uma mulher muito bonita, deduzir ser sua mãe. Ele olhou pra porta bem rápido sorrindo, e voltou sua atenção pra sua mãe, mas depois voltou a olhar pra mim com uma cara de duvida. Assim que o Luan entrou, ele fechou a cara e veio ao nosso encontro.

"O que você esta fazendo aqui, inclusive com o Luan." — Ele veio perto do meu ouvido. "Você sabe que eu não confio nele."

"Viemos comer alguma coisa. Eu estava morrendo de fome e o Natan também." — Luan, respondeu antes de mim, fazendo eu e o Eduardo encararmos ele.

"Não perguntei pra você, playboy." — Eduardo empinou o peito, assim como o Luan. Pareciam dois galos de briga. Lembrando que estávamos em um restaurante, e qualquer ação nos causariam olhares.

A suposta mãe do Eduardo estava na mesa nos encarando, seu olhar era de curiosidade, mas ao mesmo tempo de reprovação. Ela devia estar tentando descrever a cena e buscar respostas sobre.

"Vamos parar, estamos em um lugar cheio de gente. E outra, vim aqui para comer e não pra assistir luta livre de galizes." — Os dois me olharam e voltaram ao normal em relação a sua postura. Mas troca de olhares ainda tinham entre os dois.

"O Eduardo aquela é sua mãe?" — Ele olhou pra trás e voltou a me olhar.

"Sim, ela mesma." — Ele abriu um sorriso. "Vem comer com a gente, ela vai gostar de te conhecer."

"Não sei Eduardo, ainda não estou pronto, e outra, eu vim com o Luan, vai ser chato de deixar ele sozinho."

"Está pronto sim meu amor." — Luan virou o olho quando escutou isso. Consegui perceber. "O Luan pode se juntar a nós também."

"Por mim tudo bem." — Luan respondeu de ombros. Queria sumir dali logo e ir embora e deitar na minha caminha. Por que a vida tem que ter esse desafio?

"Então beleza!" — Aceitei sem minha vontade, estava nítido que ia ficar desconstruído, mas era um esforço que devia fazer.

Caminhamos até a mesa e nos sentamos. A mãe de o Eduardo parentava ter uns 35 anos, ela era bem conservada. Vestia-se bem e seu rosto possuía uma maquiagem de leve, mas que a deixava super bonita.

"Mãe esse é o......." — O Eduardo não conseguia me apresentar pra sua mãe. Eu não sabia se era pelo fato de não saber o que éramos, já que ele ainda não tinha me pedido em namoro, ou pelo fato de não saber me apresentar como seu "Namorado" homem.

"Sou o Natan" — Eduardo me olhou com um olhar de agradecimento. Estiquei minha mãe esquerda e a cumprimentei.

"E esse é nosso colega de sala, e amigo, Luan" — Eduardo falou e eu o encarei. Deve ter falado amigo, para não deixar um clima ruim. Luan fez o mesmo que eu o encarei, mas esticou as mãos para cumprimentar sua mãe.

"Prazer em conhecer vocês, meu nome é Clara." — Ela embolsou um sorriso, onde pude perceber de onde o Eduardo tinha herdado aquele sorriso maravilhoso. "Você é o garoto que meu filho está namorando né?"— Me espantei, assim como o Eduardo.

"Si..sim" — Gaguejei.

"E você gosta do meu filho mesmo, ou é apenas interesse".

"Mãe?" — Eduardo repreendeu-a. Eu fiquei horrorizado. Como alguém podia pensar que eu estava interessado em alguém por causa de dinheiro? Coloquei a mão sobre as mãos do Eduardo e respondi bem calmo.

"Eu estou com seu filho porque realmente gosto dele. Dinheiro é uma coisa que trás felicidades, mas também trás problema. E pode ter certeza, que quero distancia disso." — Eu falei a verdade, não estava com ele por casa do dinheiro, e outra, em um relacionamento eu prefiro ser o que tem dinheiro, do que ser o interesseiro.

Ela não falou nada, assim como Eduardo e o Luan. E falando do Luan, eu fiquei com um pouco de dó dele. Convidou-me pra vim comer, e tem que ficar escutando essas coisas. Mas fico feliz dele estar aqui comigo, isso me deixa mais tranquilo, assim como ter o Eduardo.

Ficamos comendo, às vezes conversávamos outras ela ficava apenas conversando com o Eduardo. Foi SUPER CONSTRANGEDOR. Na hora de ir embora, eu deixei o dinheiro com o Luan e caminhei para o lado de fora da lanchonete. Eu estava precisando de ar. O Clima estava bom para o horário, já eram 23:23, e não estava nem quente e nem frio. Fechei os olhos e aproveitei a brisa que vinha em meu rosto. Escutei passos se aproximando, e quando fui abrir meus olhos, escuto uma voz que não queria escutar nesse momento.

"Não sei se meu filho comentou com você, mas eu dei a ideia de fazermos um almoço domingo, para podermos conversar melhor sobre o que acontecendo entre você e ele. Sei que pareço uma pessoa ruim, mas só quero o bem do meu filho." — Viro para ela, respiro firmemente e solto o ar calmamente.

"Ele comentou sim, mas pode ter certeza que eu estou cuidando muito bem dele."

"Eu sei, mas você não é o tipo de pessoa que eu queria com o meu filho não." — Nesse momento eu cravei minhas unhas na minha palma, pois aprendi que assim eu desconto minha raiva em mim mesmo, e consigo me controlar.

"Você não me quer por eu ser homem, ou por eu não ter um status."

"A primeira opção mesmo." — Ela soltou um sorriso debochado, e virou seu rosto como forma de demonstrar superioridade.

"Mas saiba..."— Fomos interrompidos pelos meninos.

"Eai o que estava conversando?" — Eduardo perguntou, percebendo que estava um clima ruim entre nós.

"Nada meu amor, estava apenas falando pro Natan do nosso almoço de domingo, que estou ansiosa." — Ela sorriu e deu um beijo em seu rosto. Que raiva que me deu naquele momento, mas não podia falar nada.

"Estou indo Eduardo, estou morrendo de dor de cabeça." — Falei indo e dando baita de um beijo no Eduardo. Aquele beijo merecia um óscar.

"Ai... vamos, eu te levo." — Ele falou com os olhos fechados ainda.

"Não precisa, pode levar sua mãe, vou com o Luan." — Ele me olhou com um olha de repreensão, mas o falei mal com o olhar também.

"Ta bom, amanha eu te envio mensagem." — Ele falou calmamente. Amo nossa sintonia.

"Tchau senhora Clara, até domingo." — A cumprimentei e dei-lhe um abraço.

"Domingo terminamos nossa conversa" — Ela cochichou bem rapidamente enquanto abraçávamos.


"Pode ter certeza que vamos" — A respondi na mesma frequência.

Despedi novamente do Eduardo e caminhei para o carro do Luan. Ele estava quieto, assim como eu.

"O que você tem Natan?" — Luan perguntou enquanto dava partida no carro.

"Alguns contra tempos que tivemos, e coisas que eu escutei que me machucaram." — Ele me olhou e desligou o carro.

"Você quer conversar?" — Ele pegou meu rosto e virou para ele.

"A mãe do Eduardo me disse coisas bem cruéis, e eu não gostei. Eu tenho dificuldade em me apaixonar, e meu sonho sempre foi gostar de alguém, onde a família dele nos aceitasse como casal. Sabe ter aquela sogra que te mima, que te ama como filho? Queria... queria muito." — Eu estava chorando, minha cabeça estava baixa novamente, só de imaginar que teria que escutar mais coisas como essa no domingo, já me deixava mal.

"Sabe Natan, não fique assim. Você é uma pessoa incrível, legal e nunca deixou de ser quem você é por nada. E olha que eu te conheço há pouco tempo. Se ela não aceitar você e o Eduardo como casal, vocês não podem fazer nada. Vai ser horrível, mas não acho que vai chegar nesse nível." — O Interrompi.

"Mas e se chegar?"— Meus olhos estavam muito cansados e inchados, eu perguntei, mas estava com medo da resposta.

"O Eduardo vai ter que fazer uma escolha, entre você e a família." — Eu comecei a chorar mais forte, ele apenas se aproximou e deu-me um abraço.

Ficamos assim por um tempo, e quando eu estava melhor ele me levou pra casa. Chegando lá eu fui tomar um banho e adormeci em seguida.




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Amo vocês 

Bjssss

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