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Querido diário, qual o sentido do amor, quando não nos amamos? Como esperamos que alguém nos ame, se nós mesmo não fazemos isso? Às vezes quereremos tanto achar a nossa alma gêmea, que perdemos tanto e sofremos muito pelo caminho, quando, na verdade, você mesmo é sua outra metade, só que você não se achou ainda. Não estou dizendo que não devemos procurar um amor verdadeiro, estou dizendo que o amor mais perfeito e sincero, é o amor que você tem por si mesmo.
A minha amiga disse-me ontem, uma coisa que vou guardar para sempre: "Às vezes nos entregamos totalmente alguém, pois, temos medo de nunca mais achar outra pessoa que nos ame na mesma intensidade novamente."
Vamos nos apaixonar, sim! Vamos ser feliz, sim! Mas vamos saber entender que o amor, não nos torna dependente do outro, e sim nos torna complementares um do outro.
Ficamos durante a noite toda conversando, fizemos sexo novamente e acabamos capotando. No outro dia — 24/03 Segunda-feira — acordei e quando fui passar as minhas mãos na cama, percebi que o Eduardo já tinha ido trabalhar. Levantei-me e fui ao banheiro fazer as minhas necessidade e higiene matinais.
Olhei-me no espelho, e fiquei fazendo caras e bocas, e além disso, dei-me conselhos: 'Você vai sobreviver mais uma semana', 'Você é feliz, não precisa ficar triste'.
Sabe diário, às vezes, mesmo estando perto das pessoas que eu amo, sinto-me triste, inseguro, como se as minhas tristezas estivessem camufladas com o meu sorriso que tentava manter todos os dias. Prometia a mim mesmo que nunca ia desistir, que essa dor é só uma fase da vida, mas infelizmente ela não é.
Aprendi muito com elas, tornei-me forte e determinado, mas mesmo assim tem momentos, que ela me destrói. Fui à cozinha, e tinha uma garrafa de café em cima da mesa. Retirei a tampa e pude perceber uma fumaça que exalava o cheiro de café novo. Tive que colocar um pouco no copo, e aproveitei para comer um pedaço de queijo que estava em cima do objeto também. Peguei o meu celular e comecei a visualizar as mensagens. Possuía uma mensagem do Eduardo:
'Mor deixei café pronto, já que sei que você gosta. Tem queijo também hehe'
'Vou voltar meio-dia para almoçarmos juntos. Ah já ia esquecendo, vou levar marmita de um restaurante ótimo que tem aqui perto do serviço. Então não precisa fazer almoço para nós.'
'Beijos, te amo'
Duas da Thais:
'Ontem vi um menino tão lindo, quase dei para ele'.
E uma do Luan, com apenas um 'oi'.
Respondi da Thais com alguns emojis de putaria — Queria que tivesse figurinhas nesse tempo só para mandar —, mandei um
'Tá bom, vou ficar esperando...te amo + um emoji de coração' e para o Luan, mandei um:
'Oi, tudo bem?' — Bloqueei o celular e fui arrumar as coisas do café.
Coloquei uma música para animar -Party In The U.S.A — e comecei a faxina dançando. Aproveitei que ele morava sozinho para dançar e rebolar. Lá na casa da minha tia não conseguia ter esse privilegio, então rebolei mesmo.
Na parte 'Yeah, it's a party in the USA' eu pulava e gritava cantando, a cozinha virou o meu palco, onde eu era uma estrela falsificada. Quando eu Terminei de lavar a louça e de varrer o chão, eu deitei no sofá e comecei a respirar aceleradamente e a rir igual doido. Só que faz isso, sabe como é bom, quanto mais alto está a música, mais rápido terminamos de arrumar. O meu celular estava com a tela de mensagem ligada, e fui conferir para ver quem me havia respondido.
O Edu, mandou-me um emoji um emoji beijo, junto com um emoji de 'okay' e o Luan estava respondendo.
'Estou bem sim! E você? — Demorei alguns minutos para não parecer que tenho interesse e respondi.
'Estou bem também! O que conta de News?'
'Nada infelizmente, só te vim convidar para sair hoje' — Respondeu na hora.
'Fechou. Mas você está penando em ir onde?'
'Então, estava penando em ir ao shopping o que acha?' — Pensei se devia aceitar ou não, mas acabei lembrando que eu precisava comprar algumas coisas lá.
'Beleza então! Só me falar as horas que eu te espero lá.'
'Vou sair do serviço as 13:00, vou em casa me arrumar e passo aí por volta das 14:00 ou 14:30.' — Ele era estagiário, então tinha alguns privilégios de trabalhar meio período.
'Tá legal, te espero!' — Respondi secamente, para não passar um duplo sentido e bloqueei o celular novamente. Olhei o relógio e marcava 10:45. Estava muito cedo, ia demorar pro Eduardo voltar e não tinha nada de legal para fazer lá na casa dele. Peguei alguns filmes que ele tinha na sua casa — Lembrado que nesse tempo a Netflix existia, mas não era tão famosa — e escolhi alguns legais.
Comecei a assistir, mas acabou-me cansando, então peguei uma bermuda do Eduardo e uma camiseta — Ficou um pouco grande, mas relevei — e desci para fazer uma caminhada. Na rua dele, possuía algumas árvores de Ipê, que estavam carregadas com flores amarelas — Já que a minha cidade estava passando por um período frio, mesmo estando no verão — e a sua beleza encantava a paisagem.
Eu andava e olhava para cima e me senti bem, como se a minha vida pudesse se aflorar igual àquela árvore. Os Ipês geralmente dão as suas floradas entre os meses de junho e novembro e na minha cidade estava dando em fevereiro. Comecei a correr com o meu fone de ouvido, e acabei esquecendo os meus problemas familiares, sentimentais e existenciais. Foquei naquela vista que me encantava.
Corri por quase uma hora, voltei para o prédio e o porteiro que está de turno, abriu o portão para mim — já que o Eduardo já o tinha avisado sobre eu estar na sua casa — e entrei logo em seguida. Fui ao banheiro, olhei dentro do armarinho para ver se tinha toalha e entrei para tomar banho. Quando já estava lá dentro escutei alguém abrir a porta do banheiro — Tenho esse costume mesmo estando sozinho — me assustei na hora, mas vi que era o Eduardo.
"Quer me matar, Eduardo? — Falei rindo, mas ainda estava com o coração disparado.
"Se eu te matar, não vou mais poder ver esse sorriso todo o dia."— Ele entrou no banheiro e já foi tirando a sua roupa
Delicadamente e calmamente.
"Chegou cedo?"
"Mais o menos, é que sai uns 15 minutos mais cedo hoje."— Ele já estava nu e entrou dentro do box.
"É que bom que eu vim, se não, não teria visto essa pessoa linda tomando banho"— Corei na hora, mas puxei ele e meti um beijo. Estávamos abraçados, levei a minha cabeça para trás, para conseguir ver o seu rosto.
"Que bom mesmo."— Mordi os lábios, e beijei o seu pescoço, fazendo comigo ele levantasse a cabeça e soltasse um gemido.
"Não me provoca Natan, você não vai aguentar."— Ele fez questão de falar perto do meu ouvido, enquanto eu o beijava. Pois, ele sabe que tenho recaídas quando faz isso comigo. Mordi os mamilos dele para provocá-lo também.
"Provoco sim."
Comece ia descer os meus beijos pelo seu corpo. Beijei o seu peitoral, depois desci para a sua barriga e desci mais um pouco cheguei perto do V da sua cintura. Desci mais e beijei o seu pau que já estava duro por causa do momento. Comecei a chupa-lo de forma bem lenta e objetiva. Às vezes culpava apenas a cabeça para vê-lo se contorcer.
"Mor..."— Ele gemeu. "Melhor parar! Se não, eu vou gozar e vamos perder a melhor parte."
Voltei a ficar de pé e comecei a beijá-lo novamente. Fechei os olhos, e imaginei que estava debaixo de uma chuva. A água quente descia pelos nossos rostos e corpo, fazendo com que nós nos entregássemos para o prazer. Ele olhou-me fixamente, como se me avisasse do que ele ia fazer. Eu virei-me e coloquei as minhas mãos para cima apoiando na parede. Dei uma empinada na minha bunda, e comecei a rebolar no seu pau para atiça-lo. O Eduardo começou a beija a minha nuca e costas. Quando chegou na bunda ele deu um (tapa) e colocou um dos seus dedos grossos nos meus ânus, para preparar o locar para receber seu pau. Empinei mais a bunda e virei o meu rosto de encontro com o seu.
"Edu, já pode começar, não aguento mais esperar."— Ele deu um sorriso malicioso. Ele colocou a cabeça e foi enfiando devagar, para que eu pudesse-me acostumar.
Cada momento que ele ia enfiando, eu rebolava mais para facilitar a sua estocada. Quando já estava tudo lá, ele começou a me 'fuder' de forma mais rápida e selvagem. Como se os nossos corpos precisem estar unidos.
Eu olhei para o chão, vi que estava saindo um pouco de sangue junto com água. O Eduardo acompanhou o meu olhar e se assustou e tirou o seu pau rapidamente de mim.
"Calma Eduardo, isso é normal em alguns momentos."— Ele estava, como se tivesse feito algo errado.
"Amor, eu não fiz por mal. Se eu soubesse tinha ido mais devagar, desculpa-me mesmo."— Eu sorri de canto, e o beijei com as minhas mãos no seu rosto. Ele fechou os olhos nesse momento e sorriu no final do beijo.
"Tá mais calmo?"— Perguntei
com o meu olhar fixo nos seus.
"Estou."— Sorriu
sem hesitar. Depois disso, a excitação já tinha passado e acabamos tomando banho normal e saímos quando já estávamos mais leves.
Fomos pra cozinha. O Eduardo me mostrou a comida que ele havia trazido para nós — Arroz, batata, feijão, churrasco, salada e acompanhamentos — e aproveitei para ir pegar os pratos no armário. Ele chegou por trás e me fechou em um abraço.
"Você me perdoa mesmo por ter te machucado." — Senti a sua respiração na minha nuca. Virei o meu corpo e fiquei de frente a ele.
"Já falei que você não teve culpa! Às vezes acontecem mesmo" — Sorri atentando-lhe passar calma e confiança no que eu digo.
"Pode não ter sido, mas te ver sagrando...me machucou por dentro."—Fiquei envergonhado, mas orgulho de ter encontrado alguém como ele.
"Te amo sabia?" — Falei calmamente, mas de forma sincera.
"Eu sei! Também te amo, e muito."— Ele me levantou no ar, me deu um beijo e voltou-me pro chão.
Eu amava-o, sério. Mas uma coisa que me deixava mal mesmo, era nosso futuro. Fico imaginando a minha família, sei que não lhes devo satisfação, mas eu era muito ligada a ela. Os perder para mim, seria uma coisa que me machucaria muito. Não contei para você diário, mas meu pai disse lá no grupo da família, que sente pena de família que tem gay, que ele não consegue aceitar de jeito nenhum. Machucou-me muito aquele dia ouvir isso, inclusive de alguém que jura pra todo o mundo que é ama. A minha mãe a mesma coisa, até os meus irmãos já mostraram que são homofóbicos. Em relação a eles, eu culpo os meus pais.
O que acontecesse comigo e com o Eduardo, eu estaria aqui para enfrentar. Não importa o que eu precisasse sofrer, eu iria de cabeça erguida. Pois, isso nos torna humanos, saber que temos um caminho desconhecido para percorrer, e fazemos isso sem hesitar.
Depois do almoço, ajudei ele com a louca e depois deitamos um pouco no sofá para assistir televisão. Ele tinha que voltar para o serviço (14:00), e já eram 12:56, então daria para aproveitar ele. Fomos para o sofá — que por cima era gigante — Ele deitou com a sua perna esticada, e eu, deitei-me com a minha cabeça no seu peito onde, ele ficou fazendo carinho no meu cabelo. Estávamos assistindo algumas programações que estava passando na teve. Eu olhei para ele, onde o mesmo estava concentrado no programa, e falei:
"Eduardo daqui a pouco vou ao shopping, tá?"— No mesmo momento encarou-me.
"Tudo bem, quer dinheiro?"
"Não obrigado, eu já tenho."
"Vai com a Thais e com a Mi?"— Sai do seu peito e fiquei sentado com uma das mãos apoiando no sofá enquanto o olhava."
Não, vou com o Luan"— Ele olhou-me estranho, como se quisesse brigar, mas estava se segurando.
"Hum...
Não esqeuce de deixar a estrelinha meus amores
😍
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