Página 13
Querido diário, você á teve medo de se abrir com alguém e não ser correspondido? Eu já, mas infelizmente a vida é assim. Podemos hoje ser dispensado, mas futuramente esse sentimento que só uma pessoa tinha, pode virar algo grande e vira dupla. O Tempo não é certo, mas a perseverança é. Quando você batalha, luta e demonstra que quer aquilo, você consegue. O amor já é diferente, pois ele a gente vai conteúdo ao decorrer do tempo, e a perseverança, o molda.
Quando você for rejeitado, não se sinta mal, pois aquele não era seu momento. Vai aparecer alguém melhor na sua vida, ou aquela pessoa só precisa de tempo para analisar a situação que ela está passando. Sejam firmes.
Então diário, depois deu me arrumar, fiquei no sofá esperando o Edu chegar, onde não demorou muito. Fui no portão recebê-lo, pedi para ele entrar, onde o mesmo recusou e disse para irmos logo para aproveitamos, concordei. Entrei para despedir da minha tia, e logo em seguida fui para o carro e seguimos viagem. Durante o trajeto fomos cantando várias músicas, ele me forçava a fazer duetos com ele e me fazia sempre lembrar da nossa parceria do karaokê.
Chegamos no estacionamento do lago, e ficamos uns 5 minutos dentro do carro, onde ele ficava me olhando e não falava nada.
"O que você está pensado?"- Falei olhando para ele e abrindo um sorriso. O mesmo me olhou e sorriu também e colocou suas mãos sobre as minhas.
"Tipo a gente se conheceu essa semana, mas parece que faz um tempão. Quando eu te vi na escola, eu senti uma coisa diferente. Eu nunca gostei de homem sabe, nunca senti atração nada do tipo. Eu sinto algo por você, algo que nunca senti por nenhuma mulher, e meio que eu não estava aceitando. Por isso, te falei merda aquele dia no ponto. Eu fiquei com ciúmes por você estar com uma outra pessoa e não comigo, depois eu senti nojo de mim mesmo, por estar gostando de um homem. Eu não quero esconder meus sentimentos, como você disse, tenho que parar de ligar para o que os outros pensam e pensar mais em mim." - Eu não consegui falar nada, apenas o escutava. Eu não queria dizer que sinto o mesmo por ele, inclusive nesse período que sinto algo por outro na mesma intensidade, eu não queria ser essa pessoa que mente, dizendo coisas de momento para agradar. Prefiro ser a pessoas que é sincera e cria um laço de confiança e respeito e vai construindo um relacionamento.
Eu fiquei em silencio por um período, ele nem olhava em meus olhos depois de dizer o que sentia. O rádio estava ligado e tocava 'Am I Wrong', parece filme, mas a música se tratava de nós dois. Ele aumentou o volume e ficou me olhando esperando que eu falasse algo. Eu respirei fundo olhei em seus olhos e tentei mostrar que eu estava ciente do que eu sentia também.
"Eduardo, eu queria poder dizer que sinto essa conexão por você também, mas não sinto. Eu gosto da sua companhia, gosto de você, mas não te amo. Pode ser que com o tempo esse sentimento se aflore dentro de mim, mas por enquanto ele não passa de um brotinho." - Ele fechou os olhos e abaixou a cabeça, podiam-se ver gostas descendo pela sua face e caindo em sua bermuda branca. Eu levei minhas mãos ao seu rosto e o virei a mim.
"O amor se constrói Eduardo, e podemos fazer isso, mas tem que ser com o meu tempo." - Eu já estava chorando também, mas sempre tentava limpar rapidamente para eu conseguir me manter firme. "E como como você disse, nos conhecemos a poucos dias, não quero me apressar a nada, tudo ao seu tempo." - Dei um beijo em sua bochecha e sequei seu rosto com um dos panos que haviam em seu carro. Ele logo em seguida, após escutar minhas palavras com atenção, abriu um sorriso.
"Claro, vamos aos poucos." - Ele já estava mais alegre. Então ele abriu a porta do carro, onde fiz o mesmo e caminhamos em sentido o lago.
Chegando lá o Eduardo parecia uma criança em uma loja de brinquedo, ele queria ir em todo lugar, apertava os botões de alguns experimentos que estava exposto em uma da área livre, queria comprar tudo que via, ele realmente estava agitado nesse dia. O legal foi eu poder conhecer mais sobre ele, o seu lado sensível, o seu lado animado e seu lado protetor.
Vou contar porque protetor. Teve um momento que estávamos na fila do cachorro quente, aí eu tropecei e bati em um senhor sem querer, aí o mesmo me olhou e já queria brigar. O Eduardo viu isso, e já correu para me defender.
"Se você quiser bater nele, vai ter que passar por mim, e outra, tomara que você saiba se defender, pois eu fiz muay thai por um bom tempo, e não tenho medo de te usar agora para eu poder conseguir relembrar dos velhos tempos" - Ele estava com uma fisionomia fechada, que causava um certo medo a quem olhava.
"Não valeu, vou nessa" - Aquele cara que eu havia batido sem querer falou já saindo de perto. O Eduardo me olhou e sorriu.
"Obrigado se você não estivesse aqui eu já teria entrado em uma briga." - Cosei a cabeça e tentei manter uma postura ereta para passar um ar de confiança.
"Na minha opinião você teria ganhado, mas preferi te ajudar." - Ele deu um sorriso bem sexy que quase me fez eu largar minha frescura de esperar o momento certo, e fuder ali mesmo com ele. Dei um sorriso para ele e o agradeci novamente.
Ficamos no parque até o horário da faculdade, onde o Eduardo quase me convence a faltar. Mas estávamos na primeira semana de aula ainda e não poderíamos de qualquer maneira cometer essa ação.
Uma música que foi lançada recentemente definia a gente naquela época, se quiserem ouvir super indico. Call You Mine, The Chainsmokers.
Partimos para o carro, onde o mesmo tentou me beijar, mas virei o rosto indicando que não era a hora certa, e ele entendeu. Ele deu aquele sorriso de lado de que amo de mais, e entramos no carro. Fomos cantando também, para a faculdade. Era tão bom estar perto dele, cantar perto dele, sentir vivo perto dele, é uma sensação incrível, como se eu precisasse só dele. Abri meu vidro do carro e fechei meus olhos e ficou vindo imagens aleatórias em minha cabeça, me senti leve, me senti amado.
Olhei para o Eduardo que estava focado na estrada, e comecei a reparar realmente nele, comecei a reparar em seu cabelo, nas luzes dos postes que batiam em sua pele e o deixam mais reluzente e mais bonito, comecei a sentir aquele brotinho querendo nascer, cabia eu deixar. Ele percebeu que eu o encarava, então me olhou rápido e sorriu.
"O que você está me olhando, estou feio?" - Ele mexeu um pouco em seu cabelo com uma das suas mãos e depois tocou na minha perna.
"Não, você está lindo." - Ele me olhou com os olhos brilhando, seus lábios faziam um desenho de um sorriso, sua boca abria aos poucos e mostrava seu sorriso. Seu cabelo estava voando agora por causa do vento do meu vidro, e tudo nele estava em sintonia com suas emoções.
"Obrigado, você também está lindo... corrigindo, você é lindo." - Sorri e fiquei com vergonha. Ele me olhou, parou em um dos acostamentos da rua, já que estávamos dentro da cidade já, e pegou nas minhas mãos.
"Eu vou cuidar de você, mesmo que todos virem contra mim, eu vou estar com você, mesmo que você não me ame, ou não me queira na sua vida. Eu vou estar nela como amigo, mesmo eu sentindo mais que amizade por você." - Eu estava sem ar, foi a coisa mais linda que alguém já havia falado para mim. Eu olhei para ele e fiquei com os olhos fixos no dele.
"Sabe, foda-se, eu quero você agora." - Não me segurei e dei um beijo nele. Ele se assustou de início, já que foi algo meio que do nada, mas retribuiu depois. Seu beijo era muito bom, ele beija com calma e com carinho, não era um beijo selvagem igual do Sandro, era um beijo de quem realmente estava apaixonado. Ficamos assim por um bom tempo, até que ele fez alguns gestos pedindo autorização para me beijar de língua, e eu autorizei. Sua língua entrou em minha boca, e senti uma sintonia entre a minha e a dele, como se ambas fossem única e apenas em corpos separados, a sensação era ótima. Ele agarrou na minha cintura e me fez subir em cima de seu colo, onde ele empurrou seu banco para trás, para que pudéssemos ter mais espaço para se beijarmos. Teve um momento que ele pegou na minha bunda e eu me assustei.
"Eduardo..." - Ele me beijou e me deixou sem ar. "Acho que devemos ir mais devagar." - Rimos, mas voltamos a se beijar em seguida.
"Ta bom." - Ele me deu mais um beijo e nos separamos. Eu fui para meu lugar, já ele voltou seu banco ao lugar e voltou dirigir.
Ficamos conversando até chegar na faculdade, juntando o trajeto mais a pausa para o beijo, gastamos 30 minutos, o lago é meio longe da cidade e tem a questão do trânsito. Quando eu estava para sai do carro, ele me puxou e me deu um beijo, onde automaticamente eu fechei os olhos para poder apreciar o momento e quando nos separamos, eu o abri delicadamente e sorri, quando vi sua fisionomia em minha frente.
"Amo quando você sorri assim para mim. Foi uma das coisas que me atrai a você" - Ele falou enquanto passava sua mão delicadamente em meus cabelos.
"Ama? Então não vou sorrir mais, pois amo te provocar." - Falei e abri a porta do carro e sai. Ele abriu a porta do carro também, colocou os dois braços na parte de cima do seu carro, e ficou me olhando andar em direção a porta da faculdade.
"Volta aqui para você ver quem vai provocar." - Ele falou de uma forma sexy, mas que mantia uma postura de indireta. Eu virei para ele andando de costa e mandei m beijo, e votei a andar normal.
Ele fechou a porta e correu em minha direção, me puxou pelo braço para uma das áreas escuras da faculdade e me deu um outro beijo, e finalizamos aquele momento com um selinho.
"Vamos para a sala, que á estamos atrasados." - Relatei enquanto saia dos seus braços.
"Estamos nada." - Ele olhou o seu relógio de pulso e se assustou. " Estamos mesmo, vem." – Me puxou novamente, mas dessa vez eu dei um tapa nas mãos dele que fez ele largar.
"Não puxa idiota, machuca." - Ele riu, mas fez biquinho apontando para a mão dele. Eu entendi o que ele queria dizer e pedi desculpa e ele riu por isso. -Idiota mesmo.
Chegando na sala, entramos juntos, todos nos olharam ao mesmo tempo. A Milena deu um sorriso safado, mas o Luan, que estava concentrado nos livros, percebeu que todos ficaram em silêncio, olhou para onde todos olharam e viu eu e o Edu juntos. Ele em seguida fechou a cara e voltou a focar em seu livro. O Edu riu e foi para o lugar dele, eu fiz o mesmo, mas estava com muita vergonha.
Diário, tem muito mais ainda para acontecer.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro