CAPÍTULO 7
De varias maneiras eu poderia te provar que a minha vida tem mais reviravoltas do que uma novela mexicana.
Em primeiro lugar a pior pessoa da face da terra é o meu primo.
Em segundo lugar dentro de toda a cidade a minha mais nova amizade é amiga do maior embuste do mundo.
Minha vida é um inferno!
Que Droga!
Olhei de Jason para Leticia sem saber o que falar.
Isso é péssimo!
Leticia pareceu notar o clima ruim que estava acontecendo entre nós, por que o sorriso logo morreu no rosto dela.
— Vocês já se conhecem? — Ela perguntou rompendo o silêncio que estava entre nós.
Nos entreolhamos.
— Sim, esse cretino é o meu primo. — Respondi secamente.
A boca de Leticia abriu em um perfeito "o" de surpresa.
— Eu posso até ser um cretino, mas você é uma lourinha mimada em seu ato de rebeldia. — Jason retrucou irritado.
— Ato de rebeldia? Que ato de rebeldia? — Indaguei no mesmo tom.
— Bom, não sou que queria encher a cara com um Martini sendo que mal sai das fraldas. — Jason Falou acertando em cheio no meu ponto fraco.
Eu não sou nenhuma criança.
— Você é um idiota.
— Você é uma lourinha mimada.
— Você é impossível!
— Você é uma patricinha!
— Isso eu nunca neguei, seu badboy de beira de esquina!
— Eu não sou badboy! E muito menos de beira de esquina...
— Eu só perguntei se vocês se conheciam! — Leticia falou incrédula nos trazendo de volta à realidade.
— Desculpe Leticia, você não tem nada haver com isso. — Falei me sentindo culpada.
Eu não devia ter me deixado levar.
— Exatamente, me desculpe lelê. — Jason sorrindo para a ruiva.
Lelê! Como assim lelê!?
Ele não tem autoridade.
Mas uma vozinha na minha consciência diz que ele tem sim, por isso eu não o matei.
O que está acontecendo comigo!?
— O que ele te fez para fazer você o odiar tanto? — Leticia perguntou me encarando.
Jason olhou horrorizado para ela.
— Por que o errado sempre tem que ser eu!? — Ele perguntou indignado.
Tive que rir da cara dele.
— Por que você é um idiota e a Luana uma pessoa maravilhosa. — Ela respondeu se virando para mim. — Vamos diz para mim o que esse descolorido fez para você.
Ri mais uma vez.
Eu amo aquela maluca.
Poderia falar uma lista enorme com todas as maneiras que aquele idiota me irritava.
Mais resumi somente em uma frase.
— Ele é um completo de um mala. — Respondi sinceramente.
— Da para vocês pararem de falar de mim como se eu não estivesse aqui! — Jason exclamou levemente irritado.
— Vamos ainda temos a noite inteira para nos divertir. — Leticia falou me puxando para longe de Jason.
— Para onde vocês vão? — Jason Perguntou nos seguindo.
— Hoje a noite é minha Jay. —Falei seguindo Leticia e o deixando de boca aberta.
Ele é um idiota.
Um idiota muito lindo.
Eu e Leticia passamos uma noite muito agradável, dançamos muito e nos divertimos mais ainda.
Bebi uns dois martinis e parei.
Já estava me sentindo alegrinha demais para o meu gosto.
Leticia se afastou de mim para dançar com um garoto e após alguns minutos me abandonou.
Me aproximei do bar e fiquei observando a pista de dança.
Recusei algumas bebidas e esperei a louca da minha amiga aparecer.
Um rapaz se sentou do meu lado e ficou me olhando.
Me afastei dele, o cheiro de bebida estava impregnado nele.
Senti nojo.
Após alguns minutos de total tédio comecei a conferir as minhas mensagens.
Tinha duas.
Uma da minha mãe e outra da Vanessa.
Pensei em responder quando senti uma mão na minha coxa.
Não sei o que aquele cara pensou, mas não sou uma menina indefesa, não mesmo.
Peguei a bebida de uma garota do lado e joguei na cara do homem.
Me levantei e fiquei olhando furiosa para ele que me encarava com um misto de raiva e surpresa.
— Quem você pensa que é para encostar em mim seu nojento. — Gritei irritada.
O nosso show tinha telespectadores.
— Se você não quisesse não teria vindo com um vestido tão curto. — Ele falou esfregando os olhos.
— Uma saia não é um convite. —Falei me retirando do local.
Um segurança veio e me afirmou que o cara seria encaminhado para a delegacia.
Fiquei mais tranquila.
Continuei a minha procura pela Leticia quando senti uma mão me puxando pelo ombro.
Oba, a festa dos tarados!
Mas era Jason para o meu alívio. Já tive surpresas desagradáveis demais para o meu coração.
— Amei ver que a minha lourinha sabe se defender. — Ele falou com um sorriso orgulhoso.
— Posso ser uma patricinha, mas uma patricinha independente. —Respondi.
— Quer ir para casa? — Ele perguntou.
— Quero, mas eu não estou procurando a Leticia e não estou a encontrando. — Falei me aproximando dele após ser empurrada por um casal que passou correndo.
— E você não vai encontrar, com toda certeza ela está se divertindo mais do que nós dois. — Ele falou com um tom de malícia me deixando corada.
Ainda bem que estava escuro.
— Então nós vamos de moto? —Perguntei mudando de assunto.
— Sim, isso é óbvio. — Ele respondeu pegando na minha mão.
— Depois diz que não é um badboy. — Falei o seguindo para a saída da boate.
Ele sorriu de lado com o meu comentário.
A noite estava um pouco fria e abracei o meu corpo. Jason ao ver a minha situação me entregou a jaqueta de couro.
— Não, desse jeito você também vai sentir frio. — Falei recusando a jaqueta.
— Eu já sou acostumado, aceita vai. — Ele Falou estendendo a jaqueta na minha direção.
Eu peguei e vesti um pouco relutante.
O perfume dele me envolveu. Ele cheirava muito bem.
Ele me observava atentamente.
Jason acendeu um cigarro e se encostou na moto.
Me aproximei dele e fiquei observando a rua.
— Eu não sabia que você fumava. — Falei o observando.
Ele sorriu e desviou o olhar.
— Não fumava, comecei há dois meses atrás. — Ele falou me olhando e novamente desviando o olhar.
— Por que você fuma? —Perguntei curiosa.
— Para controlar o meu nervosismo e ansiedade. — Ele falou novamente desviando o olhar.
— O que está deixando você nervoso? — Perguntei o encarando.
— Você. — Jason respondeu sem olhar para mim.
— Eu!? — Exclamei incrédula.
— Você nessa jaqueta me deixa com pensamentos nada puros. —Jason Falou com uma voz rouca apagando o cigarro no chão.
Fiquei sem palavras e super constrangida.
— Vamos. — Jason Falou subindo na moto.
O acompanhei e subi na moto.
Chegamos em casa dando quase uma hora da manhã, desci da moto e esperei Jason guardar a moto na garagem.
Entramos em silêncio e andamos em direção dos nossos quartos.
Quando cheguei no meu quarto fiz menção de tirar a jaqueta.
— Pode ficar com ela. — Jason falou me olhando com os olhos intensos.
— Mas é sua. — Retruquei.
— Me devolva amanhã. — Ele falou dando de ombros.
— Tá bom. — Respondi cansada de dialogar com ele.
Ele sorriu e começou a se aproximar de mim lentamente.
Fiquei paralisada.
Com uma das mãos ele pegou no meu cabelo e Colocou uma mecha atrás da minha orelha.
Fechei os meus olhos.
E senti um beijo na minha bochecha.
— Boa noite lourinha. — Jason falou para logo depois piscar e sair me deixando estática.
Após me recuperar entre no meu quarto e me joguei na cama.
Cheirei a gola da jaqueta e senti o perfume dele.
A tirei e a joguei longe.
Por que eu não o afastei com uma bofetada?!
Os meus pensamentos estão confusos.
Afastei o meu travesseiro e peguei o meu diário.
O abri em uma página em branco e comecei a escrever.
Querido Diário De Verão eu preciso de sua ajuda.
Queria que você pudesse me responder.
Me dar conselhos.
Não sei o que está acontecendo comigo.
Jason me deixa confusa.
Amor? Não!
Eu não gosto dele desse jeito.
Eu o odeio.
Mas mesmo assim não sei o que explicar o que aconteceu.
Eu fechei os olhos esperando que ele me beijasse.
Como se eu quisesse!
Preciso urgente de uma ajuda ou então vou enlouquecer.
Mas uma coisa eu sei essas vão ser as melhores ou as piores férias da minha vida.
Com a intensidade com que as coisas estão rolando.
Tenho medo do amanhã.
Medo do que eu sinto.
Obrigada a todos vocês pelos mais de 500 de visualizações da história!❤️
Estou amando escrever esse livro junto com vocês.
Agradeço pelos comentários e votos.
Me desculpem qualquer erro ortográfico, estou trabalhando para melhorar cada vez mais.
Se gostou vote na estrelinha por favor para ajudar no crescimento da história!❤️
Até o próximo capítulo!
E S T R E L I N H A ⭐️
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro