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CAPÍTULO 59

Eu estava totalmente confusa. Segurando o meu repentino presente, eu não sabia realmente em quem acreditar, quem diria que o meu "inimigo" era mais confiável que o meu próprio namorado.

Não podia simplesmente aceitar, que todos os relacionamentos estavam fadados a fracassarem por uma sequência de mentiras. Eu sei que pode parecer que estou exagerando, mas não idealizando o homem perfeito, que tantas garotas sonham, estou apenas querendo que haja reciprocidade de ambas as partes.

Em uma máquina por exemplo, se uma parte deixa de realizar tal função, tudo para de funcionar, não é tão diferente de um namoro. Não estou exigindo que ele nunca minta, afinal somos humanos e somos fadados a errar, só queria que ele tentasse, pelo menos uma vez.

O sinal tocou e uma onda de novos sedentos por chegarem as suas respectivas salas, passaram por ela sem ao menos olhá-la ou se importarem se estavam quase a atropelando.

– Mais um dia... – Falei tentando me animar, não podia ser tudo ruim, algo de bom tinha que surgir dessa maré de azar.

Queria poder nesse momento, poder estudar em casa, sem ninguém mais ao meu lado, aproveitando o silêncio e a solidão que só ela podia me proporcionar.

Distraída, não notei por onde estava indo e acabei esbarrando em alguém.

– Me desculpe. – Falei rapidamente, sem ao menos olhar para ver quem era.

– Sem problemas, irmãzinha. – Pietro falou, quebrando a minha seção de melancolia do dia. – Luana, você está bem? Seus olhos estão vermelhos.

– Não aconteceu nada. – Menti baixando o olhar.

Apesar de sermos irmãos por pouco tempo, Pietro me conhecia tão bem, que as vezes me surpreendia.

– Então, devo supor que você está usando drogas? – Pietro indagou com o semblante sério. – Prefiro seriamente que você estivesse chorando.

– Não! Eu não estou usando esse tipo de coisa. – Neguei lhe dando um tapa.

– Já devia supor, mas ainda assim fico muito aliviado. – Pietro falou colocando a mão no coração. – Vamos, eu sou o seu irmão, não deveria esconder os seus problemas, afinal como irei saber como ajudá-la?

Olhei ao redor e observei o corredor que antes estava cheio se esvaziar aos poucos. Não gostava muito de contar os meus segredos, somente para o meu diário e ainda assim não era muito seguro.

– Preciso de ajuda. – Confessei. – Não sei mais em quem confiar, me envolvi demais em vários problemas e agora não sei como resolver.

– Trágico. – Pietro comentou pesaroso. – Mas ainda muito vago, preciso de informações mais específicas para a minha mente trabalhar.

Revirei os olhos, ele estava andando muito com a Letícia ultimamente, já estava até começando a usar uma infinidade de palavras sarcásticas.

– Jason está mentindo.

– De novo? – Pietro perguntou com a sobrancelha arqueada, mas quando notou minha expressão, tratou de se redimir. – Talvez, ele tenha um bom motivo.

– Nenhuma mentira pode ser justificada. – Retruquei. – Ainda mais, quanto há uma garota na história.

Pietro me encarou.

– Garota? – Perguntou incrédulo, quando confirmei com um aceno de cabeça, ele se aproximou e sussurrou como se tivesse medo que alguém ouvisse. – Ele te traiu, Luana?

– Eu não sei. – Sussurrei de volta. – Porém, uma mentira já consta como traição.

Pietro estava tendo uma luta interna, ele também não sabia como agir diante dessa situação.

– Nunca imaginei que fosse falar isso na vida, mas é meu dever como seu irmão, te ajudar no que você precisar. – Pietro explicou segurando meus ombros. – Vamos para a biblioteca, nesse horário está completamente vazia e poderemos conversar sobre o que está te afligindo.

Concordei e o segui sem pestanejar, estava precisando desabafar com alguém que não tivesse tanta ligação emocional com Jason.

Pietro estava me encarando a cerca de meia hora, esperando por uma explicação, mas não sabia muito bem como definir tudo o que estava sentindo, por fim comecei a falar sem conseguir parar, despejando toda a minha frustração sobre ele em forma de palavras.

Fiquei bastante feliz por a biblioteca estar vazia, seria muito estranho se alguém a visse dessa forma tão deplorável e indefesa.

Odiava quando não sabia o que fazer.

– Estou pensando em pedir um tempo. – Confessei sentindo um grande peso em meus ombros. – Estou confusa e farta de carregar sozinha esse relacionamento, que não começou da maneira mais normal do mundo.

Pietro ainda me encarava em silêncio, ele era um bom ouvinte, mas agora o observando tão sereno, gostaria de que ele não fosse seu irmão e que ela tivesse se apaixonado por ele e não por Jason que era tão instável.

Pietro chamou minha atenção, ao efetuar um pequeno movimento para deixar de lado o livro que Theo havia me dado.

– Olha, eu não sei como te ajudar. Eu nunca passei por uma situação tão complicada, apesar do que aconteceu entre a gente. – Pietro falou se referindo ao nosso passado. – O tempo as vezes nem sempre é a resposta para tudo, mas pode amenizar o problema.

– Como assim? – Perguntei sem entender.

– Vocês iniciaram um relacionamento rapidamente, passando por muitos desafios no processo, mas e agora? O que vocês vão fazer com isso? – Pietro indagou. – Você já parou para pensar, que esse é o relacionamento mais duradouro que você dois tiveram?

Não, na verdade nunca havia pensado dessa maneira.

– Luana, eu não estou defendendo o seu namorado, mas você sabia muito bem como era a vida do Jason antes de iniciar o namoro. – Pietro continuou me causando uma sensação estranha. – Ele nunca mentiu sobre quem ele era, um cara totalmente quebrado. Jason jurou mudar por você, mas ninguém efetua uma mudança radical sem cair várias vezes no processo.

– Então, eu devo perdoa-lo por esconder as coisas? – Perguntei irritada elevando o meu tom de voz.

– Eu não disse isso. – Pietro negou com uma careta. – Eu só quero que perceba que você sacrificou muito da sua vida nesse relacionamento, enquanto ele simplesmente continuou da mesma forma, mas agora com um simples rótulo.

Passei as mãos pelo meu cabelo em total frustração.

– Eu sei que está confusa, mas você tem que decidir minha irmã. Jason tem um passado, talvez essa garota do shopping participe dele, mas o que ela representa agora? – Pietro indagou.

– Eu não sei, mas ele me garantiu que me ama. – Afirmei me lembrando de ontem.

Pietro pareceu satisfeito com a minha resposta.

– Eu não vou me meter na sua vida, mas se você quer saber da verdade, pergunte ao seu namorado, eu não confio no Theo. – Pietro pediu pegando minha mão. – Ele é bastante manipulador e falso.

Disso eu não podia discordar.

– É uma decisão sua, somente sua. – Pietro reafirmou. – Jason nesse momento deve estar te procurando, converse com ele. – Pietro pediu me dando um beijo no rosto. – Temos de ir para a próxima aula, já perdemos tempo demais por hoje.

Pietro se levantou e ajudou a me recompor, antes de sairmos da biblioteca ele jogou o livro que ganhei em cima da pilha das doações que a escola recebia de voluntários.

– Você realmente não precisa de nada daquele idiota. – Pietro falou ao notar o meu olhar. – No seu aniversário lhe dou o livro que você quiser.

– Tudo bem, mas antes de irmos preciso de fazer uma pergunta. – Falei pegando em sua mão. – Pietro algo me diz, que você sabe de algo e ainda não me falou. Me conte o que está acontecendo.

Pietro desviou o olhar.

– Tudo bem, mas primeiro não quero que você tire conclusões precipitadas. – Pietro falou a contra gosto. – Meu pai recebeu em casa uma sobrinha distante, que mal conhecemos, ela já tinha morado aqui, mas foi embora após uma confusão.

– Confusão?

– O nome dela também é Mirela.

– Você acha que é a mesma pessoa? – Perguntei quase não acreditando no que estava ouvindo.

– Luana, eu não cheguei a estar aqui na cidade, quando Jason e Theo disputaram a mesma garota, mas desde que te conheci percebi que coincidências não existem. – Pietro explicou me envolvendo em um abraço.

Caminhamos em silencio até a minha sala de aula, não estava muito no clima para conversar animadamente sobre qualquer assunto. Pietro até tentou perguntar por algumas coisas do clube que lidero, mas respondi vagamente sem interesse.

– Está entregue. – Pietro falou apontando para porta. – Espero que tudo dê certo.

Lhe lancei um pequeno sorriso.

– Muito obrigada, principalmente por me escutar. – Falei um pouco tímida, afinal tinha falado sem parar e não tinha nem perguntado como ele estava. – Saiba que você pode contar comigo para tudo.

Pietro ficou tímido de repente e sussurrou:

– Você pode retribuir o favor, me ajudando a convencer Letícia a sair comigo.

Olhei para o meu irmão surpresa, apesar de já saber que estava acontecendo algo entre eles.

– Pode contar comigo.

Apertamos às mãos como dois cúmplices.

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