CAPÍTULO 22
A noite estava perfeita. Nunca imaginei que uma simples clareira pudesse se tornar tão especial.
O anel em meu dedo brilhava conforme a luz da lua me causando uma sensação muito boa.
– Não acredito que tudo isso está acontecendo. – Falei abraçando o corpo do meu namorado que acariciava o meu cabelo.
Deitada sobre a relva eu pensava em tantas maneiras de como contar para a minha família que agora eu estava noiva.
– Eu também estou surpreso com tudo isso. – Jason falou beijando meu rosto. – Nunca tinha passado na minha mente em pedir alguém em casamento, mas você me fez rever os meus conceitos.
Sorri com essa confissão.
– Eu não te culpo. – Falei me sentando para pegar uma garrafinha de água dentro da cesta de piquenique. – Eu também nunca me imaginei ficando noiva tão cedo.
Jason se sentou rapidamente me assustando de uma maneira que eu acabei derrubando a garrafa de água que estava em minhas mãos. A mesma rolou colina a baixo sumindo de minha vista.
– Você acha que eu fui rápido demais? – Perguntou preocupado. – Eu não queria te forçar a nada, não precisa aceitar se não quiser.
Jason começou a falar sem parar pedindo desculpas por ter tão apressado em relação ao nosso relacionamento. Eu tentei chamar a atenção dele, mas nada adiantava, Jason estava entretido demais para me ouvir.
Fiz a única coisa que o faria calar a boca.
Eu o beijei com todo o meu amor, tentando demostrar toda a felicidade que senti quando ele fez o pedido.
Quando nos separamos perguntei:
– Isso foi o suficiente para você entender que eu te amo.
Jason sorriu.
– Acho que sim. – Respondeu colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. – Mas não custa nada me dar outro beijo só para garantir.
Eu o empurrou levemente entrando na brincadeira dele. Jason era um grande conquistador, mas agora era só meu.
– Talvez, depois de tudo o que você fez, está merecendo uma recompensa. – Falei subindo em seu colo.
Jason envolveu minha cintura com carinho e se levantou me levando junto com ele. Eu acabei gritando com o susto e me agarrei em seus ombros buscando apoio para não cair.
– O que você está fazendo? – Perguntei surpresa com tal mudança de situação.
– Estou te levando para dar uma volta. – Jason falou me jogando um pouco para cima com o único intuito de me causar medo.
– Você vai me deixar cair! – Exclamei percebendo que ele estava entrando na mata fechada me levando junto. – Me põe no chão.
Jason me ignorou e continuou avançando para dentro da mata me deixando completamente amedrontada com a possibilidade de cairmos no meio daquela tanto de galhos pontiagudos.
Não tenho medo de me sujar de terra, eu não me importaria de segui-lo por dentro da mata para qualquer lugar que ele quisesse me levar, mas usando minhas próprias pernas.
A instabilidade de estar erguida no ar e dentro de uma mata totalmente cheia de pequenos obstáculos que poderiam fazer Jason cair não era o que estava pensando para finalizar esse dia tão lindo.
Após alguns minutos eu acabei desistindo de tentar negociar com ela e esperei ansiosa para saber aonde esse garoto estava me levando.
– Pronto loirinha chegamos ao nosso destino final. – Jason falou chamando a minha atenção.
Durante esse tempo eu estava focada em observar a lua e as estrelas com o único objetivo de me distrair da situação em que estava.
Para a minha surpresa nós estávamos de frente para um rio extremamente lindo. A água não parecia poluída ou com uma cor estranha como geralmente os rios tem.
– Esse rio fica muito longe da civilização, por isso não está poluído como os outros. – Jason falou parecendo ler os meus pensamentos.
– Isso explica muita coisa. – Respondi entendendo o motivo do rio estar tão preservado.
Estendi minha mão para tocar um pouco das águas límpidas do rio, mas me arrependi ao notar que a água estava completamente gelada.
Um arrepio percorreu meu corpo.
– Eu acho que vai chover. – Comentei abraçando meu próprio corpo.
Jason não pareceu muito convencido.
– São só algumas pequenas nuvens escuras, elas não vão atrapalhar o nosso banho noturno. – Jason falou me fazendo olhar para ele de repente.
– Banho noturno? – Perguntei confusa.
Jason apontou com o dedo para mim e depois para o lago. Demorei um tempo para entender o que ele estava querendo dizer, mas quando entendi tentei correr para o mais longe possível.
– Não adianta correr loirinha. – Jason falou me agarrando pela cintura e colocando em seus ombros.
Comecei a gritar batendo em seus ombros tentando me soltar, mas era quase impossível machucar ou vencer os músculos de Jason.
Ele avançou sobre o rio molhando sua bermuda por inteira. A cada passo que ele dava eu sentia o frio da água se aproximando do meu corpo.
– Isso é loucura! Vamos sair daqui! – Implorei ao sentir meus pés tocando a água fria do rio.
Jason não me respondeu diretamente, mas deixou bem claro a sua opinião quando me jogou com tudo nas águas frias daquele rio desconhecido.
– Jason eu vou te matar! – Gritei emergindo sentindo todos os meus ossos congelarem.
Jason estava rindo de mim. Ótimo, eu vou causar a morte do meu noivo com um dia de compromisso.
Será que serei presa?
– Você fica tão bonitinha brava. – Jason falou tentando segurar o riso.
– Você é um estupido. – Falei tremendo de tanto frio. – Não sei como aceitei me casar com você.
Jason ficou sério de repente.
– Também, não precisa exagerar. – Jason falou jogando um pouco de água na minha cara.
Olhei para ele tentando demonstrar toda a indignação que estava sentindo.
– Se quer matar alguém, mate o nosso avô, pois ele é o proprietário desse rio. – Jason falou jogando outra vez água na minha cara.
– O nosso avô? – Perguntei olhando mais uma vez para o rio e depois para a mata fechada que nos cercava.
Tomara que não apareça nenhum psicopata.
– Ele é o dono desse terreno inteiro, por isso que eu sempre invadia com os meus amigos e ninguém reclamava. – Jason falou surpreso por eu não saber ainda disso, mas até que faz sentido.
Jason continuou contando como ele descobriu essa passagem perto da escola para o rio. Acabou que essa descoberta facilitou muito a vida dele, já que antigamente ele tinha que percorrer um caminho muito mais longo.
– Depois que o grupo se separou, ninguém nunca mais veio na clareira e o caminho para rio ficou com essa mata densa que você viu hoje. – Jason falou ficando nostálgico.
Com um sorriso traquina no rosto eu joguei água no rosto dele.
– Ei! – Protestou acordando do seu transe.
– Eu não posso fazer nada se você congelou no tempo. – Falei dando de ombros.
Jason não se deu por vencido pois começou uma guerra de água não me deixando nem respirar como uma forma de vingança.
Brincando como duas criança não notamos que começou a cair uma chuva fraca sobre nós. As pequenas gotas de chuvas se misturaram as gotas que voavam de um lado para o outro em meio a nossa guerrinha particular.
Não é que o casal mais improvável, finalmente assumiu um relacionamento sério.
Estou tão feliz com isso. ❤️
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E S T R E L I N H A ⭐️
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