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- Tá bem, então a Ludmilla é a minha mamãe. - Isabella diz pegando sua mamadeira que estava sobre a ilha da cozinha.
- Você perguntou para ela se você podia chamar ela assim? - Brunna pergunta encarando a menina que levava bico amarelo da mamadeira rosa até sua boca.
- Uhum. Ela disse que era para eu perguntar para você se eu podia porque ela tava com medo de você ficar brava com ela.
- Bom dia, bom dia. - Ludmilla diz descendo as escadas da cozinha com David nos braços - Que cheirinho bom.- se aproxima de Brunna e beija sua têmpora.
- Fiz o seu café favorito. - Brunna sorri sentindo o braço de Ludmilla rodear o seu corpo e a abraçar pela lateral.
- Assim eu me apaixono ainda mais. - brinca e a outra pega o bebê do colo de Ludmilla.
- Essa é a intenção. - responde no mesmo tom. Brunna da um beijo na bochecha de David e o bebê passa as mãos pelo ombro da mesma.
- A mamãe deixou eu te chamar de mãe. - Isabella diz saltitante fazendo Ludmilla levantar a sobrancelha e colocar as mãos na cintura.
- A é? Meu Deus, ganhei uma filha. - fala levando a mão até o rosto e finge chorar fazendo Isabella rir, se aproximar e a abraçar pela cintura.
- Agora eu tenho duas mamães, igual a Dai! - exclama fazendo Ludmilla rir e a abraçar de volta.
- Eu vou ser a mãe legal, vê só. - sussurra para Brunna que revira os olhos e ri indo até a cadeira de alimentação rosa que era de Isabella.
Horas depois, após muitas brincadeiras, Ludmilla entra no quarto de Isa e se senta na cama da menina vendo Brunna guardar algumas roupas limpas. Seus olhos percorrem todo o quarto, ele era infantil mas havia muitos porta retratos espalhados pelas paredes.
Seus olhos param sobre uma foto onde tinha um homem alto, musculoso, de cabelos castanho claro bem cortados, barba bem feita com Isabella mais nova sobre seu ombro esquerdo e Brunna com a cabeça encostada em seu peito.
Ludmilla se levanta e caminha até a foto, segura o porta retrato e fica por alguns segundos vendo o sorriso dos três, as alianças douradas brilhando entre todo aquele pano preto que eles usavam para se proteger da neve.
- Esse é o Tom. - Brunna fala quebrando o silêncio do quarto ao ver que Ludmilla olhava aquela foto com atenção.
- Vocês eram um lindo casal. - olha para Brunna e vê um sorriso triste surgir em seus lábios.
- Ele era um bom homem. - suspira terminando de dobrar uma blusa rosa e a coloca na gaveta.
- Como ele era? - pergunta voltando a olhar a foto mas desvia para Brunna rapidamente - Desculpe, se você não deve querer falar sobre isso. - diz rapidamente e Brunna solta uma risada baixa.
- Tudo bem, amor. - sorri fechando a gaveta, se aproxima de Ludmilla e para ao seu lado encostando a cabeça no ombro da mulher - Ele era policial, um sargento na verdade... Nós nos conhecemos no último ano na escola e ele sempre dizia que iríamos nos casar. - Ludmilla a olha com atenção - Quando ele começou a ser treinado para policial, ficamos mais ou menos dois anos sem nós ver mas por algum motivo, nós nos encontramos devido a amigos em comum... Nós começamos a namorar e por fim nos casamos. - passa seu braço no de Ludmilla e apoia sua mão por dentro do braço da mesma - Ele era um amor, sempre trazia presentes em dias especiais, mesmo com o serviço dele, ele era um pai presente e tudo mais... Até que a alguns anos atrás aconteceu um assalto, ele estava por perto com o parceiro dele, eles foram ver o que era e acabou sendo baleado. Ele não resistiu. - Ludmilla aperta os lábios e deixa a foto onde estava.
- Sinto muito. - murmura e Brunna nega com a cabeça.
- Eu o amei, na verdade, eu ainda o amo mas nós temos que aprender a lidar com a falta de alguém. - Ludmilla afirma com a cabeça entendendo - Mas olha só, Deus tirou um homem maravilhoso da minha vida mas colocou o David e você. - sorri passando seu nariz pela bochecha de Ludmilla - Uma mulher maravilhosa que me ama, e eu a amo. - Ludmilla sorri e leva sua mão até a nuca de Brunna iniciando um carinho ali - E um novo possível filho. - completa antes de selar seus lábios em um simples selinho porém que transmitia todo o seu amor pela mulher.
Brunna sabia que Ludmilla entendia o fato que apesar dela ainda amar seu ex marido, não anulava e nem diminuía o amor que ela sentia por ela, e sim, poderia até aumentar por Ludmilla saber disso.
- Tenho sorte de te ter. - Ludmilla murmura com sua boca próxima dos lábios de Brunna.
- Eu também tenho sorte em te ter. - diz no mesmo tom arrancando um sorriso apaixonado dos lábios de Ludmilla.
- Você quer mesmo ir para Nova York? - Ludmilla pergunta olhando os olhos castanhos que a olhavam com tanto amor e intensidade - Aqui é a seu lar... Eu não pensei direito e...
- O meu lar vai ser onde você estiver pois no momento que você me deu isso. - levanta a mão que tinha a aliança prata - Você se tornou o meu lar.
- Amo você. - fala com a voz trêmula de tamanha felicidade ao ouvir aquilo.
- Eu também te amo, meu bem. - sorri levando sua mão que tinha a aliança até o rosto de Ludmilla e passa polegar pelas grossas sobrancelhas, em seguida pela lateral de seu olho, bochecha e seus lábios, até seu queixo dando um aperto leve.
Brunna se encontrava totalmente rendida por Ludmilla. Principalmente agora por saber que ela tinha um pouco de curiosidade sobre seu antigo relacionamento, nada de forma ciumenta ou possessiva, nem tinha cabimento na verdade, e sim, apenas para conhecer ainda mais ela e da sua vida.
Elas se olham por breves minutos até que Brunna cola seus lábios para dar um beijo de verdade na sua mulher. Os braços de Ludmilla envolvem o corpo de Brunna em um ato carinhoso e abraça fazendo Brunna também envolver seus braços em volta do pescoço da mulher.
- Mamães, eu terminei. - Isabella grita do banheiro fazendo as duas se separarem e soltar uma risadinha pelo "mamães".
- Vou lá antes que ela acorde o Davi. - Brunna diz soltando Ludmilla e aponta para o berço móvel onde David dormia com calma.
- Vai lá acudir essa criança. - brinca soltando Brunna que ri e nega com a cabeça indo em direção a porta do banheiro.
Ludmilla da uma última olhava para a foto de Tom, sorri e faz um sinal positivo com a mão.
- Obrigada, por nós dar a Isa. - diz baixinho antes de sair do quarto e fechar a porta para dar a devida privacidade para Isabella.
Ludmilla se encosta na parede do corredor e fica encarando a parede que estava na sua frente, um sorriso cresce em seus lábios e ela ergue sua mão que tinha a aliança.
- O meu lar vai ser onde você estiver. - Ludmilla repete as mesmas palavras ditas por Brunna e sente seu coração fazer uma festa em seu peito. Seus olhos brilharem como nunca antes e um sorriso apaixonado se tornar dono dos lábios da mulher.
- MAMÃE, ADIVINHA? - Isabella berra saindo do quarto com um pijama rosa e branco.
- Isabella, não grite! Vai acordar o David. - Ludmilla repreende a menina e arregala os olhos encarando Brunna que vinha logo atrás - Meu Deus, em um dia eu me tornei você. - aponta para Brunna de uma forma amedrontada fazendo a mulher rir.
- Está vendo o que eu tenho que aguentar? - cruza os braços e Isabella faz um bico mimado por não estarem deixando ela falar.
- Fala, meu bem. O que foi? - Ludmilla pergunta encarando a menina.
- A mamãe vai fazer uma torta. Uma torta doce e hoje é quinta! - fala animada arrancando uma risada da mais velha - Eu convenci ela!
- Não faz mal burlar uma regra de vez em quando. - Brunna mexe os ombros vendo os olhos claros sobre ela.
- Gostei de ver, você está boa na arte do convencimento. - Ludmilla brinca fazendo um high-five com a menina - Aprendeu rápido. - sussurra alto o suficiente para Brunna ouvir e levantar a sobrancelha.
- Ha ha ha. - Brunna força uma risada - Muito bonito, Ludmilla Oliveira. - afirma com a cabeça e aperto meus lábios ouvindo o choro alto de David sair do quarto de Isabella.
Isabella encolhe os lábios e abaixa a cabeça ao receber um olhar bravo de sua mãe sabendo que o seu tom alto foi o motivo de David acordar.
- Desculpa. - Isabella diz olhando para Ludmilla com uma carinha culpada.
- Está tudo bem. - passa pela menina e beija o topo da sua cabeça - O monstrinho acordou, lá vou eu. - lamenta indo em direção ao quarto da menina fazendo as duas Gonçalves rirem - O vidinha, acordou? - afina sua voz se aproximando do berço móvel e pega David no colo.
- Mamã. - fala embolado e choroso agarrando a blusa de Ludmilla.
- Mamãe tá aqui, calma. - beija o cabelo loiro do menino começando o balançar. Vira a cabeça em direção a porta e vê Brunna com um sorriso orgulhoso nos lábios por ouvir Ludmilla se chamar de mamãe para David.
Ludmilla retribuí o sorriso e acaricia as costas de David na tentativa de acalmar o bebê.
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