Capítulo 3
Marcos olha de forma curiosa para a mulher chamada Alessandra que conversava com o médico que acabara de chegar no quarto. Ela é uma morena de cabelos compridos, olhos verdes, tendo 1,64 no máximo, o corpo bem feito chama a atenção de qualquer um, tudo aquilo apresentado em uma camisa branca e calças jeans. Alessandra olha para Marcos e sorri timidamente para ele, que sente seu coração acelerar.
"Como consegui esquecer essa mulher?"
— E como estamos indo, senhor Marcos?
— Me diga você, doutor. — O médico se aproxima e começa a examinar Marcos.
— A senhorita Alessandra me disse que você não se lembra quem é.
— Sim, isso mesmo.
— Não precisa se preocupar, a tomografia não indicou nenhuma lesão no cérebro. faremos mais alguns exame por segurança, mas suas lembranças devem voltar em alguns dias, então descanse você teve muita sorte.
"Você não imagina o quanto."
O médico e Alessandra saem do quarto, o que permite a Marcos pensar a respeito dos últimos acontecimentos. Segundo as informações, o motorista que o atropelou fugiu após o acidente sem documentos ele foi trazido para a Santa casa de São Paulo o que o ajuda pelo menos a se situar.
"Tenho minhas dúvidas que tenha sido um acidente."
Por sorte Alessandra já estava o procurando, Parece que Marcos não dava notícias há vários dias para a mãe que vive no interior que por sua vez ligou para sua namorada.
"Ex-namora."
E mesmo com tudo o que aconteceu parece que ninguém além dela veio o ver durante esse tempo, então com um pouco de sorte o cara de óculos escuros e os demais pensam podem estar achando que ele morreu. O que ao seu ver, é uma benção, Então o próximo passo lógico é pegar as suas coisas e se mandar de São Paulo para bem longe.
"Será que a Alessandra viria comigo se eu pedisse com jeitinho?"
Enquanto Marcos pensava quanto custaria 2 passagens para Portugal, Alessandra volta ao quarto.
— Tenho ótimas notícias, o médico vai lhe dar alta e você pode ir para casa comigo.
— Com você? — Alessandra parece confusa e envergonhada ao perceber o que tinha acabado de falar e desvia o olhar de Marcos que sorria como se tivesse ganhado na mega sena.
— Bem, sim, afinal você ainda está se recuperando e não sabemos quando sua memória irá voltar. Como sou uma pessoa boa vou cuidar de você. Pelo menos até que esteja melhor ou com certeza vai acabar morto em algum bueiro.
"Também tenho certeza."
Então até se recuperar vai ficar na minha casa, mas sem gracinhas ta me ouvindo?
— Sim senhora! — Marcos fala batendo continência, Alessandra sorri e vendo seu sorriso o coração do homem volta acelerar. Minutos depois um palio vermelho deixa o estacionamento do hospital com destino a casa de Alessandra na periferia da cidade.
Durante a viagem Marcos olha de forma vaga para os lados tentando se lembrar de alguma coisa, o carro para em um farol vermelho, ele encara a luz vermelha que parece a crescer até tomar toda a minha visão e gradativamente ela diminui novamente se tornando a chama de um isqueiro.
— Que bela roubada você se meteu meu amigo. Sentado diante de Marcos, o homem dos óculos escuros apaga o isqueiro e dá uma longa tragada em um charuto fedorento.
— Você entendeu? Ele me deve então você me deve simples, como sou um homem justo se concluir o serviço continua vivo, caso não consiga bom acho que não preciso explicar.
— Mas todos vão perceber e vou acabar preso.
— Não vão, ninguém vai. Você tem uma semana nos encontraremos no parque do ibirapuera perto da entrada "B" e se tentar fugir ou falar com a polícia, vou atrás de você e de todos que ama, entendeu?
— Sim.
— Agora saia daqui! — dois capangas do homem dos óculos escuros agarram Marcos e o arrastam para fora o jogando na rua.
— Chegamos! — A voz animada de Alessandra desperta Marcos que havia cochilado. Ao sair do do carro ele se depara com uma casa de frente simples pintada de branco com azul com vasos de flores na janela. Dentro da residência ele se depara com uma sala pequena e aconchegante com um sofá de dois lugares e uma poltrona antigos e convidativos. Na parede dividindo espaço com alguns quadros, uma televisão LCD parece destoar todo o equilíbrio do lugar enquanto olhava os quadros na parede um gato se aproxima desconfiado. Marcos tenta fazer carinho no felino apenas para vê-lo fugir.
— Tudo bem?
— Sim, seu gato não gosta de mim
— E uma gata e o nome dela é Mia e ela sempre gostou de você deve ser o cheiro do hospital, por falar nisso por que não toma um banho enquanto preparo algo para gente comer? O banheiro fica na segunda porta à direita.
Marcos sinaliza concordando e vai na direção que Alessandra aponta. Uma vez no banheiro ele se olha no espelho e se assusta por não conseguir reconhecer o homem que o encarava. Claro que sabia se tratar dele mesmo. Porém, até aquele momento, se qualquer um perguntasse qual era a cor dos seus olhos, Marcos não saberia dizer. Seus olhos são castanhos escuros, com cabelos cacheados revoltados, de feições leves com a pele morena. Não é um galã de novela, mas também não e feio longe disso.
Marcos tira a roupa e liga o chuveiro e fechando os olhos deixa a água morna cair sobre seu corpo suavemente. Ali parado ele começa a pensar em tudo que havia acontecido enquanto tenta se lembrar. Entretanto, não é isso que acontece, milhares de imagens começaram a surgir em sua mente, de forma confusa. Fazendo sua cabeça doer o forçando a parar e esvaziar com um exercício de respiração.
Mais tarde de banho tomado e estômago cheio, o casal senta-se na sala e conversam de forma animada. Mia se aproxima ainda desconfiada, mas logo se rende e aceita os carinhos de Marcos carinho.
— falei que era o cheiro de hospital. — Marcos olha para Alessandra que usava uma camisa na cor, vinho e um short combinando que mostrava um par de pernas perfeitas.
— E parece que sim. — Alessandra ajeita seus cabelos e seu perfume invade o nariz de Marcos que sente seu peito esquentar enquanto olha para os lábios da mulher. Inconscientemente seus olhos vão descendo passeando pelo corpo de Alessandra que animada contava uma piada sobre um cara que perdeu a memória.
— Ei para onde você está olhando?
— Desculpe o que dizia?
— Disse que foi um longo dia e que e hora de dormir. — Alessandra se levanta e vai em direção ao quarto enquanto Marcos a segue parando na porta.
— Bom e onde vou dormir? — Alessandra escuta a pergunta e sem dizer nada vai até o guarda roupas e volta com um lençol e um travesseiro os jogando na cara de Marcos.
— Eu no meu quarto você pode ir dormir no inferno! — Alessandra mal termina de falar e bate a porta na minha cara.
— Olha isso, não é coisa que se faça com um homem doente, viu?
Conformado, Marco tenta se instalar o melhor possível no sofá e finalmente adormece. Durante a noite ele sonhou que pessoas sem rosto que o perseguiram enquanto destroem tudo em caminho tentando o agarrar até que finalmente estavam quase o agarrando Marcos acorda e percebe estar banhado em suor com Alessandra com a face assustada parada diante dele.
— Você estava gritando.
— Desculpa, tive um pesadelo.
— Não se preocupe, estou aqui. — Alessandra se senta ao lado de Marcos o abraçando. Seus rostos se aproximam até que se beijam. Alessandra se levanta segurando a mão de Marcos e o leva para seu quarto.
Na manhã seguinte Marcos acorda no dia seguinte sentindo a luz do sol em seu rosto as lembranças da noite anterior voltam a sua mente o fazendo sorrir. Ele rapidamente se levanta e vai para a cozinha atraído pelo aroma de café fresco. Lá ele encontra Alessandra arrumando a mesa do café ao se aproximar para abraçá-la, ela se vira e coloca a mão em seu peito o impedindo.
— Nana, nina, não! Pode ir parando por aí mesmo moço, o que aconteceu ontem foi um erro que não vai se repetir.
— Pode ser, mas foi um ótimo erro. — Alessandra fica vermelha enquanto tenta bater em Marcos com a frigideira. Ele se esquiva do ataque e rapidamente se afasta indo lavar o rosto. Após o café o casal está novamente no carro agora indo para o apartamento de Marcos pegar algumas roupas já que de acordo com Alessandra ele não poderia passar o dia nu.
"Até posso só preciso da companhia certa."
No prédio tudo correu da melhor forma possível graças a Alessandra que tomou a frente cortando o síndico curioso que desejava saber por onde Marcos andava. Com o fim do interrogatório vão para o apartamento e Alessandra o surpreende mais uma vez ao tirar uma chave de dentro da bolsa e destrancando a porta.
— Que foi? Esqueci de devolver!
— Não estou falando nada.
— Me erra, Marcos. — Dentro do apartamento o casal se depararam com o lugar todo virado revirado. — Meu Deus! O que aconteceu aqui?
Marcos suspirava de forma triste aquela cena só servia para confirmar seu maior temor.
"O pesadelo só está começando."
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