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Capítulo BÔNUS 1 - "O elemento"

Olá! 
Pequeno aviso IMPORTANTE: Esse capítulo bônus está sendo postado pois muitos leitores disseram que queriam vê-lo. O capítulo regular dessa semana sai sexta-feira, provavelmente.

CAPÍTULO BÔNUS!!!

Como funciona um capítulo bônus? Bem, sempre será diferente, mas quando acontecer serão capítulos onde o que acontece é (provavelmente) canônico para a história, mas não achei que se encaixava num capítulo regular (iria atrapalhar o desenvolvimento do nada), então estão aqui. Um exemplo seria o dia que Dumbledore não viu o nome do Harry na lista de alunos de Hogwarts.
Não tem porque colocar no desenvolvimento normal, mas se eu escrever e vocês quiserem, vai aparecer nos bônus. Vocês vão descobrir, sem atrapalhar o resto.
Esse em específico são cenas DELETADAS que fiz no capítulo 19, outra que fiz no capítulo 21 e uma do capítulo 18 (se não me engano). Eu juntei tudo, mudei um pouco, fiz uma vitamina e surgiu o capítulo bônus. Mas são cenas DELETADAS que eu tinha escrito, mas achei que não deviam estar lá mais. Por serem cenas assim, talvez pareça meio estranhas.
Espero que gostem...
E talvez futuramente eu faça mais capítulos bônus se forem concordando, só pegar as cenas que fui apagando (porque se passou de mil palavras eu tenho dó de apagar e guardo em um arquivo, tudo junto).
PS: ESTOU POSTANDO ISSO PELO CELULAR NA ESTRADA VOLTANDO PARA A MINHA CIDADE. Me avisem os erros <3

PSS: Lembrem-se sempre que se estiver gostando da fanfic pode conhecer mais do meu trabalho acessando meu livro publicado na Amazon! Chama-se "Aquilo que se vê no escuro" por Bárbara Regina Souza e está totalmente gratuito para assinantes do kindle unlimited. Seria muito bom para apioar essa autora nacional independente.

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CAPÍTULO BÔNUS 1 – "O elemento"

Harry abriu a passagem para a comunal da Sonserina e foi com passos decididos até as poltronas, Tom estava sentado em um sofá próximo a lareira, as janelas que mostravam o lago negro brilhavam com uma luz esverdeada e aquilo deixava o herdeiro de Salazar ainda mais etéreo, como uma pintura mesmo.

O Potter não deu nem meio segundo para reparar nisso, apenas murmurou:

- Tom – e a Horcrux teve que evitar o impulso de se encolher. – Quantas?

- Como?

- Lakroff disse...

- Grindelwald disse – corrigiu.

- Ele não se conhece mais por esse sobrenome, ele...

- Mas eu sou Tom?

- QUER QUE EU TE CHAME DE VOLDEMORT?! – gritou e sua raiva pingou por cada palavra, fazendo Tom apertar seus punhos próximo ao corpo. – Acredite, estou me esforçando para botar barreiras entre vocês, mas se fizer tanta questão que eu o veja assim...

- Não! – disse se levantando. – Eu só...

Mas não sabia como explicar. Havia uma dorzinha incomoda que vinha sentindo e simplesmente não a entendia.

- Lakroff disse – continuou Harry, cruzando os braços. – Que para um pedaço de sua alma se grudar em mim assim não bastaria apenas o seu grande desejo por se manter vivo, você já teria que ter repartido a sua VIDA em mais de uma parte.

- Eu... – começou, mas se calou com um suspiro.

- Vamos lá, te dou a chance de se explicar, prometo não te machucar se não gostar da resposta. Ou melhor, quando.

Aquele pensamento de que almas não deviam se emaranhar tanto voltou a Tom, ele sabia que estava diferente, se se encontrasse com Voldemort provavelmente não haveriam de reconhecer um ao outro tão fácil, mas se esqueceu que Harrison igualmente estava em contato com a alma de um homem adulto e um tanto...

Sociopata? Psicopata?

Um torturador cruel e homicida. Até que ponto o garoto também não podia estar sendo afetado, mas de forma negativa a tudo aquilo?

Não que ele achasse que estava sendo ruim para Harry. Duvidava que o menino não continuaria sendo como era, com ou sem Horcrux. Mas a forma como ele falou.

O desprezo no olhar, a atitude, as sílabas saindo pela língua de forma fria, cortante e quase escorregando para Parseltong...
Parecia demais o próprio Voldemort, falando com um comensal que sabia que tinha feito uma idiotice grande.

O problema era o que acontecia depois com o tal comensal.

Ele não tinha a tendência de realmente perdoar. Só arrumava outra desculpa para machucá-lo em seguida, assim não "descumpria" com a palavra.

- Eu achava que só estava dividindo a alma – disse Tom.

- Como? – perguntou com uma calma que arrepiou os pelos da Horcrux.

- Eu não sabia que dividiria toda a minha vida ao fazer uma Horcrux. Memórias, alma, magia, tudo... Eu achava que só colocaria um pedaço de algo que estava usando, mas não podia sentir ou... ver... de forma efetiva, então perder um pouco seria um preço pequeno a pagar.

Harry colocou seus dedos na ponta do nariz e apertou. Com força.

- Você só pode estar brincando...

- Eu não tinha seu dom! Eu não tenho. Sei, agora, como a alma e a magia andam juntos num bruxo porque posso acessar suas memórias visuais e mesmo assim não é uma imagem tão clara quanto para você. Eu sei agora como foi estúpido...

- Tom, foi suicídio.

- Eu estava tentando evitar a morte.

- E se dividiu em dois! E eu achando que seus planos de guerra eram idiotas, isso extrapolou todas as expectativas! Como raios você achou que sua alma NÃO faria FALTA?

- Para você é algo obvio, para o resto do mundo não! – se irritou e começou a se aproximar do outro. – Para o resto do mundo a alma é um conceito abstrato do qual nem temos certeza da existência e que, em teoria, nos mantêm vivos, mas em nada está ligado ao resto. Como um órgão sobressalente que não se fere e é etéreo e...

- Tom, você ia dividir...

- Me escuta! – ordenou agora a meio metro do outro. – Não é tão simples quanto é para você. Eu não via utilidade numa alma se a carregar podia me matar! Eu via utilidade em guardá-la e escondê-la para ninguém poder me machucar! Para as malditas bombas não me matarem sempre que eu era forçado a voltar para o orfanato ou alguém que tivesse a ideia de em atacar por...

- Orfanato? – interrompeu Harry.

- O que foi?

- Tom. Quantos anos você tinha quando fez a primeira? – e a cautela como aquela pergunta escorregou pelos lábios rosados da criança fez Tom Marvolo Riddle entender o que era medo.

E covardia.

Mas enfim, um sonserinos sempre preza pela auto preservação.

Ele virou as costas e correu.

A atitude simplesmente não era algo que Harry esperava de alguém tão maduro e calmo como Tom, o que o fez levar vários segundos para raciocinar. Quando percebeu que o companheiro estava literalmente fugindo e escapando pela saída da comunal, esta estava quase se fechando.

- RIDDLE! – chamou indo atrás.

- Dezesseis! – gritou Marvolo do corredor.

- COMO É?! – esbravejou o Potter sentindo que podia atacar o outro de novo agora.
Mas o infeliz estava a metros de distância segura e não era possível usar magia na mente.

Não de forma consciente, apesar de as vezes ela interagir de forma única, como se fosse mágico mesmo e muito belo.

- TOM! VOCÊ... PARA DE CORRER! ISSO É RIDÍCULO!

 - NÃO!

E nisso Marvolo teve sua confirmação. Decididamente ele tinha errado em dividir sua alma. Viver com uma completa (no seu caso, em contato constante e emaranhado com a de Harry) fazia toda a diferença. Voldemort nunca seria tão infantil quanto estava sendo agora, mas também nunca se sentiria tão vivo, nem teria aproveitado a sensação das penas ardendo, mesmo que em uma simples memória muscular que não levaria em nada.

Voldemort não entendia o que era ser mais que uma casca, Tom (por mais absurdo que fosse justamente ele) era uma pessoa e devia isso a Harry.

Que provavelmente o estrangularia se o alcançasse.

 - SE NÃO VOLTAR AQUI AGORA EU JURO QUE DEIXO LAKROFF TE ARRANCAR DE MIM!

Aquilo fez Tom parar e, para sua surpresa, o diabinho que o perseguia estava muito mais próximo do que havia calculado. Mais até que sua voz aparentou antes. Harry era rápido, sem dúvida, quando viu ambos tinham se chocado e caído no chão.

Não era possível sentir totalmente dor na mente, apenas o que seu cérebro associava a uma determinada sensação. Isto é, se Tom caiu alguma vez na vida, sua mente se lembraria ao máximo de como foi e o enganaria, fazendo sentir aquilo.

Ele bateu com a cabeça e detestou isso, mas foi pior abrir os olhos e ver Harry em seus braços...

Pois isso ele queria, mas não podia sentir.

Era apenas o peso de um corpo, nada além. Nem mesmo o calor de uma pessoa ou a textura de suas roupas.

Vestes bruxas detalhadas e alinhadas, feitas sob medida por Lala (que o fez gostar de elfos doméstico pela primeira vez). Apesar de Tom não gostar das correntes e fivelas na calça, deixavam Harry mais parecido com sua idade.

Mas seu cérebro continuava incapaz até mesmo de tentar substituir algo ali por sensações que Tom já tivesse tido contato. As correntes não eram geladas e de metal, o tecido não era nada. Harry continuava especial, sua mente se recusando a ter qualquer informação que não a verdade se tratando dele. O Potter não podia ser comparado.

Ao menos ver Tom podia e estava feliz com o resultado, principalmente pois veio acompanhado de largos sorrisos satisfeitos do menino sempre que se vestia. Ainda haviam as botas...

Admitia que também teria sentido prazer em roubar objetos pessoais do armário de Gellert Grindelwald, ainda mais objetos que ele usava no começo de sua ascensão.

Que elas irritavam o herdeiro e o deixavam constrangido era um bônus a parte.

 Uma leve ardência começou a atingir sua barriga e Tom gemeu, fazendo Harry se levantar rapidamente e sentar ao seu lado.

- Desculpe!

- Tudo bem – murmurou levando as mãos onde estivera Harry e o sangue de Lilian Potter decidiu queimar.

Sentia falta de quando ela não o odiava e permitia abraçar a criança.

- Você está bem?

- Vou ficar.

Eles caíram num silêncio profundo que só foi quebrado quando ambos estavam sentados e Harry se virou de frente para a Horcrux.

- Dezesseis anos? – ele não parecia com raiva o que fez um suspiro aliviado sair do mais velho. – Isso é terrível, você já não era mais você tão novo...

- Não percebi muito diferença. Minha magia realmente ficou instável e fraca por um tempo, mas depois se recuperou.

- Ou você que se acostumou com uma quantidade menor.

- Não acho que seja o caso, eu realmente a senti se recuperando com o tempo. Como se percebesse que tinha espaço para ocupar, como se tentasse recuperar aquilo, então precisasse de força. Acho que se minha alma estivesse completa... Minha magia teria crescido mais, eu vejo isso agora, mas foi minha magia que ocupou o lugar das peças que eu arrancava em mim. Ela tentava juntar os cacos e me manter ali.

- Se você não fosse terrivelmente poderoso então...

- Eu teria morrido. Dividir a alma teria me matado. Talvez não na primeira. Não... Certeza que na primeira não. Mas a partir da segunda. Imagino que por isso não haviam registros de alguém tentando fazer a coisa mais de uma vez.

- Viver com a alma rachada devia dificultar mantê-la no corpo, ou algo assim, mas sua magia...

- Trabalhou para me manter inteiro como podia.

- Os tentáculos rachados que derretiam no chão...

- A cara de cobra, falha de um ritual...

- Sua magia absurda te salvou. Tentou te manter humano, fazer o papel de alma.

- E como ambas andam em harmonia...

- Foi possível – completou.

Ambos se olharam. Aquela foi a conversa mais civilizada e maior que tiveram em dias e, o que ficava mais evidente, ambos ainda se entendiam. Sabiam o que o outro estava pensando antes que terminasse de falar.

- Desculpe – e aquilo assustou Harry, Tom se desculpando? De novo?

- Pelo que?

- Por não ter te contado. Eu juro que nem parei para pensar nas consequências disso. No começo eu nem tinha consciência, então, de repente comecei a... pensar de novo. Ver o mundo, mas tudo através de você e você era o motivo da minha morte, então até evitava. Queria me desligar. Mas seus tios me irritavam tanto. Eu queria mata-los de vez. E comecei a perceber que meus pensamentos chegavam em você. "Os sussurros no fundo da sua mente" e não sabia como aquilo funcionava. Tudo era estranho para mim também, eu só estava tentando entender como era possível e no que eu tinha me tornado. Então vieram as vezes em que você se machucou e eu perdia todos os avanços pois não podia te deixar sozinho. Ambos morreríamos, sim, mas tinha outra coisa que me movia. Eu o curava, então tinha que entender as coisas tudo de novo, pois perdia todos os avanços, tinha que me ver forte para buscar ir mais longe na nossa situação. Teve o tiro e... igualmente repentino eu podia usar legilimência, podia entrar em seu palácio mental e conversar com você diretamente e você estava tão... quebrado. Parecia tanto comigo e a culpa era minha! Eu nunca quis...

- Eu sei – murmurou o menino.

- Eu sei que sabe. Você é muito inteligente Harry. Um pequeno prodígio, com certeza.

- Ou foi sua alma – murmurou sorrindo.

- Não. Você seria um bruxo incrível, com ou sem minha interferência. Você é incrível.

E Harry corou. Tom se sentiu estranhamente satisfeito que tivesse conseguido.

Até se preocupou em usar a palavra mágica que ele e o garoto Longbottom tinham se afeiçoado.

Incrível.

Mas Harry era muito mais que isso.

O problema é que não havia palavra que Tom conhecesse no mundo para chegar aos pés do que sentia que Harrison merecia.

"Divino?" a ideia lhe veio, mas o deixou desconsertado.

- Eu decidi falar com você – continuou. – Decidi mostrar quem eu era, mostrar a mim, porque... Eu senti que devia isso. Eu estava sozinho, você também, mas você buscava consolo em mim e eu nunca tive consolo. Devo ter deixado uma brecha com isso, com aquele sonho das bombas, porque quando voltei a recuperar a consciência você já tinha visto coisas de mais. Já era oficialmente a pessoa no mundo que mais me conhecia e isso era assustador, porque ninguém deveria me conhecer. Mas também era... era estranho... eu não me lembrava de todas aquelas coisas, era como se...

- Tivessem ido embora com a sua alma?

- Ou ao menos minha capacidade de acessá-las. Os sentimentos que me geravam? Não sei. Talvez como o Gri... aquele lá disse – Harry riu, mas igualmente Tom se sentiu feliz que o menino tivesse sorrindo de novo para ele. O som era o mais agradável que conhecia. – Dividir a alma divide as experiências e o que aprendemos com elas. Provavelmente eu esqueci o peso de cada uma daquelas coisas e me enganei achando que era amadurecer, superar, usar como força, mas não era. Eu só perdi tudo. Sei agora como perder te deixa apático, eu não era mais que vazio, a cada tentativa nova menos de jma pessoa restava. Só que você estava preenchendo esse vazio enquanto vivíamos juntos e eu não me importava mais com nada, porque isso era mais valioso. Entender isso, entender...

- Nós? – ofereceu.

- Nós... – concordou se lembrando de uma das primeiras conversas que tiveram. – Eu sei que errei em não ter te contado, mas não era como se eu estivesse escondendo. Só estava distraído demais para lembrar. Todo o mundo envolto era irrelevante, esse era eu agora. Tom, a vinha. E eu sou um obstinado. Estava tão focado nisso que realmente esqueci que... Voldemort podia voltar. Que você poderia se culpar por isso e mais importante, aquele idiota que me tornei poderia querer te machucar.

- Você acha que Voldemort vai vir atrás de mim?

A Horcrux suspirou.

- É provável. A sua existência é uma lembrança constante de uma falha dele. Te manter vivo, faz perder parte do respeito.
Harry baixou a cabeça.

- Mas ele vai fracassar se tentar – acrescentou Tom.

- Como assim?

- Você é forte "Harrison". Quer que eu comece a chama-lo assim também?

- Pode usar Harry, se preferir.

- Hazz? – tentou e se deliciou com o sorriso que recebeu.

- A vontade.

- Hazz, você é forte e tem a mim. Eu sei como me derrotar, eu me conheço melhor do que aquela casca idiota e, a menos que ele ganhe alguma consciência de forma milagrosa e reabsorva as Horcruxes, ele jamais...

- É possível reabsorver? – perguntou com um tom de esperança que Tom estranhou.

- Sim, mas é difícil.

- E se fizéssemos isso?

- Como é?!

- Reabsorver tudo. Eu posso pegar o anel de Lorde Gaunt/Peverell em alguns anos, você só precisa me dizer onde estão as outras, eu posso absorver e....

- Harrison, não! Não é assim que funciona. Não é uma simples magia.

- Então como...

- Eu tenho que me arrepender.

- Como?

- Eu tenho que me arrepender de ter matado a pessoa. Tenho que querer, verdadeiramente, que aquilo não tivesse acontecido e isso causa uma dor imensa. É descrito que a dor de recuperar a alma é dez vezes pior que parti-la e eu desmaiei quando parti a minha. Tive dores por meses. Foi a pior coisa pela que já passei antes de me sentir melhor. A alma principal, ela e somente ela, tem que voluntariamente pegar a Horcrux e fazer o ritual pelo qual terá que se mostrar arrependida e disposta a dor, terá que pagar com sangue e sentir várias vezes a dor daqueles que feriu por ter matado. Não só a pessoa em si, seu assassinato, mas de cada um que sofreu por isso, em ondas e por sabe-se lá quanto tempo, sem querer fugir. Vai ter q aceitar cada gota daquela amargura. Você nunca poderia fazer isso por mim, nem eu faria por mim. Nunca Voldemort será alguém racional. O anel mesmo. Acha que me arrependo de ter matado minha família? Meu pai? Eles nunca se importaram comigo, sempre me ignoraram e rejeitaram, eu tenho nojo deles e os quero mortos! Meu pai não pensou, independente de todos os seus motivos, que deixou uma criança dele com a "bruxa má" que o enfeitiçou. Nunca pensou o que ela faria comigo. Eu jamais seria capaz de me arrepender e reabsorver a alma no anel. A menos que...

- Que?

- Esqueça Hazz, estou dizendo, é impossível. Eu seria o primeiro a concordar com a ideia se houvesse chance real.

- E as outras?

- Seis, contando com você.

- SEIS?! VOCÊ PARTIU A ALMA EM SEIS MALDITAS VEZES?! TOM MARVOLO RIDDLE!

- Já entramos num consenso de que fui tolo. Vamos ignorar isso, sim? – perguntou se levantando e Harry fez o mesmo, mas com medo de que o outro estivesse apenas procurando uma forma mais eficaz de fugir uma segunda vez.

- Não me diga que tinha algum tipo de objetivo idiota de chegar a sete para completar o número mágico? –  Perguntou o menino e Tom ficou quieto. – Meu doce Merlin, você tinha. – Bufou esfregando o rosto. – O que você fez?

- Um diário aos dezesseis. O anel aos dezessete. Dezenove fiz o colar de Salazar Slytherin. Vinte a taça de Helga Lufa-Lufa. O diadeba de Rowena Revenclaw foi aos vinte e oito, já estava percebendo que precisava, no mínimo, me dar mais tempo para a recuperação. Antes pensei que repartir enquanto ainda estava frágil deixaria o processo mais fácil, mas estava piorando.

- MAS É CLARO! Que ideia, Tom! Vou me cortar por cima de outro corte, já está ruim mesmo, está aberto, então vai dar no mesmo. Nem vai demorar MAIS para voltar e piorar o processo de cicatrização!

- Eu não estava pensando direito.

- OBVIO?! Você estava sem alma! Sem consciência! Parece até que bateu com a cabeça numa parede antes de dar cada passo.

- Já entendi! Ok?

- O que vamos fazer então?

- Como assim?

- Sobre Voldemort. Eu não quero que você seja afetado, mas não podemos simplesmente deixar como está. Não desejo um maluco psicótico vindo atras de mim.

- Não tenho certeza...

- Podemos pegar todas.

- Como assim?

- As Horcruxes. Todas elas. Se Voldemort ressurgir temos algo contra ele.

- E você espera o que? Dizer que se ele não se render destruímos todas?

- Não pensei muito nisso...

- Ele criaria novas. É um idiota e tem um exército, mesmo fraco de corpo e magia, é forte na mente, os comensais continuariam dando trabalho. Não podemos ameaça-lo diretamente. Acho que o melhor é descobrir onde ele pode estar e ficar de olho. Quando ele der um passo... vemos o que acontece.

- Ele pode ferir muitas pessoas no processo.

- Ele vai precisar de um corpo primeiro.

Harry ficou quieto, Tom sabia que o menino estava pensando, teve que conter o impulso de estender a mão para afagar seus cabelos, não podia fazer isso com Lilian o torturando sempre que tentava.

- Ele não vai conseguir te ferir. Nem ninguém que você gosta – disse Tom após um tempo.

- Eu...

- Você é um dos bruxos mais impressionantes que já nasceu, tem a mim e tem o "Mitrica", independente do que eu pense sobre tudo isso...

- Independente de sua rixa com ele – corrigiu Harry.

- Ele é um bruxo muito forte – continuou de mal gosto ignorando o outro e iniciando uma caminhada para a biblioteca. – Voldemort tem apenas um e meio por cento de sua alma e, portanto, de sua magia agora com ele. Nunca que terá a menor chance contra Mitrica. O velho só precisa respirar perto de Voldemort que o desmontará.

Harry sorriu:

- Está dizendo que Mitrica é mais forte que você?

- Que Voldemort. Se eu estivesse inteiro ganhava daquele projeto de ser humano feito às pressas.

- Está irritado porque ele fez um plano melhor que o seu.

- Ele teve mais sorte e é a merda de um vidente.

- Lakroff nunca tem sorte, ele mesmo disse.

- Mentira, ele teve! Inferno... Se eu tivesse acesso aos conhecimentos que ele conseguiu...

- Admitiu que os Grindelwalds têm mais conhecimento do que você conseguiu em anos procurando só por isso, dois a zero para eles. Conto três pela sua falha em me matar?

- Eu estou muito perto de te expulsar da minha mente!

A criança riu e decidiu provocar um pouco mais:

- Se te serve de consolo eu acho que ambos foram tolos.

- Como assim?

- Você e Gellert Grindelwald. Não importa muito agora quem fez mais o que, no fim ambos fracassaram e eu acho que ambos fizeram tudo errado. Lakroff é a consequência da falha de Gellert. Já das suas falhas está seu estado atual. A consequência suprema de suas decisões impensadas.

- E você acha que teria feito muito melhor?

- Não pretendo me tornar um Lorde das trevas, mas sim, consigo pensar em alternativas que parecem mais viáveis. Só que vocês eram muito impacientes e imediatistas. A propósito, essa raiva toda também é porque ele continua bonito depois de todos esses anos e você virou um cara de cobra?

- COMO É?

- Você tem raiva do Lakroff porque ele te superou até na aparência?

- Onde raios você tirou essa conclusão?!

- Tom, eu nunca reparei que tenho cílios "largos e grandes", ou sei lá, mas você reparou. Você reparou em cada aspecto físico possível do Lakroff e não só os que temos em comum...

- Eu estava apenas vendo como tinha funcionado e... – Parou e encarou a criança suspirando. – Não vou cair nas suas provocações.

 - Você gosta de homens? – perguntou de repente e Tom realmente tropeçou.

- O que você disse?

- Nunca percebi você reparando na aparência de mulheres.

- Inferno sangrento, você já me viu reparando em alguém?

- Lakroff.

- É diferente! – bufou. – Eu estava reparando por outros motivos e você sabe bem! Dá para parar com essa brincadeira?

- Homens podem estar com homens? Como um casal? Marido e mulher? Seria marido e marido?

- Por Morgana, era isso que eu estava evitando – sussurrou a Horcrux. – É sim possível, Harrison – respondeu. – Mas você só tem sete anos, vamos deixar essa conversa para quando você sentir interesse em ter um par?

- Como assim?

- Casais se formam quando se apaixonam... ou por interesse, mas aí você teria que ser ainda mais velho, enfim... Na sua idade dificilmente sua mente cria a emoção certa para querer algo com alguém. Você vai saber quando chegar a hora e, se aceitar não me arrastar para essa conversa agora, eu juro que te explico tudo que quiser saber. Eu apenas prefiro esperar que esteja maduro o bastante para esse diálogo.

- Posso só ter a resposta para a outra pergunta?

- Qual delas?

- Se você gosta de homens.

Tom inspirou fundo e analisou se valia ou não a pena falar sobre isso.

- Te respondo se me disser o que você quis dizer com ter alternativas para a guerra.

- Por que quer saber?

- Por que quer saber minha sexualidade?

- O que é sexualidade?

- Minha preferência por... pessoas em se tratando de... relacionamentos – respondeu cauteloso.

- Sou curioso – disse Harry, como se respondesse tudo.

- Eu também – murmurou Tom, pois para uma criança aquilo bastaria.

No fim era a verdade. Só queria ver o que um menino astuto como Harry teria tirado de todas as suas aulas de política com lordes das trevas.

- Você primeiro – disse Harry.

- Sou assexual – e o menino ia perguntar, mas Tom já ofereceu a explicação. – Eu não sinto como as outras pessoas, eu não valorizo as mesmas coisas, principalmente quando se trata de contatos físicos específicos. Eu tenho a minha forma de demonstrar afeto e de me afeiçoar. Não é tão simples quanto para a maioria beijar ou encontrar um par, meu corpo não sente as mesmas necessidades, tão pouco eu me sinto a vontade ou atraído por alguém facilmente. É uma junção específica de coisas e geralmente envolve a personalidade também que podem me deixar atraído por uma pessoa. Essa atração nem sempre é duradoura, e como está relacionada a personalidade que eu tenho da pessoa antes de conhece-la, depois que conheço pode sumir. Da mesma forma que posso me sentir atraído por alguém que não tem nada a ver com o que gosto, apenas porque conheci por tempo o suficiente e criei afeto. Em teoria esse seria o mais forte, o "amor" - e a palavra saiu em tom de zombaria. - criado com o tempo, criado com conhecer de verdade e se apaixonar, eu não teria motivos para não gostar mais da pessoa, então a única coisa que me impediria de querê-la, é ela mesma. Mas nunca aconteceu comigo.

"Eu nunca gostei de ninguém a esse ponto. Eu apenas me interessei fisicamente por algumas pessoas ao longo da vida e nunca fiz questão de ter a mesma quantidade de experiências sex... românticas que os outros. Na verdade, devo ter tido cinco vezes mais do que eu realmente gostaria, apenas por interesse. Talvez até mais que cinco. Dez vezes mais? Acho incomodo, demorado e parece que não tenho metade do prazer e emoção que os outros partilham quando fazem algumas coisas a dois. Enfim... Como existe essa junção de fatores, sinceramente o gênero da pessoa pouco me interessa. Eu me importo com o conteúdo geral, o físico é praticamente dispensável quando se trata de me relacionar. Agora, olhar... Eu também olho para pessoas as vezes e devo dizer que reparo mais em homens, mas pode ser minha constante necessidade de julgar tudo e a todos que estão envolta e me sentir superior que estes, então como na minha época os que tinham chance real de me superar seriam apenas Lordes homens, se tornaram meus "alvos"?

- Por isso também questionei que você tenha me notado reparado em qualquer pessoa que seja. Não... acontece muito. Nem quando tudo era normal.

Harry fez apenas um muxoxo após longos segundos em silêncio e Tom riu:

- Viu? Você é muito novo para uma conversa dessas.

- Talvez você tenha razão...

Ambos entraram na biblioteca e se sentaram em uma mesa confortável perto de uma das janelas, mas um tanto isoladas. Era onde Tom sempre ficava em sua época em Hogwarts.

- Sua vez – comentou a Horcrux.

- Sou novo para uma conversa de casais, mas não para um debate político?

- Com a quantidade de aulas que estamos te dando? Não. Onde acha que eu e Grindelwald erramos tanto para que você, em sua terna idade, tenha conseguido arrumar um plano melhor?

- Não é melhor. Sem dúvidas algo me fugiu e ainda não aprendi legislação, então é provável que tenha falhas. É mais uma ideia. Um raciocínio abstrato que eu fiquei me questionando de porque vocês não usaram.

- Siga em frente.

- No começo, eu concordava que se tudo que você dizia fosse verdade...

- Se fosse?

- Lakroff tem livros para provar seus pontos, eu só tinha sua palavra e livros replicados pela sua mente de gênio muito mais experiente. Me dê esse desconto.

- Fico orgulhoso de que não confie em tudo que te digam, apesar de ter desconfiado de mim. Continue.

- Se tudo fosse verdade, sobre as políticas bruxas e como são negligentes, hipócritas e lentas... Obviamente guerras continuarão a surgir. Você pode ter incentivado tudo, pode ter se colocado como líder e pego a culpa, mas se existem falhas no sistema, alguém sempre vai se levantar contra elas de um jeito ou de outro. Vai se tornam um ciclo de lorde das trevas atrás de outro. Você foi muito extremo, mas foi uma consequência. Um lado pode querer tirar vantagem, mas no fim o povo só apoia tanto uma luta quando a maioria está insatisfeita. Vocês dividiram a sociedade em dois, poucos eram neutros, então igualmente poucos não acreditavam que deviam mudar algo. Não vou entrar tanto no mérito sobre quem fez melhor, matar seus inimigos ou torna-los reféns e aliados, acho que depende muito. Mantê-los vivos e no mesmo lugar, como Grindelwald, realmente parece uma receita desastrosa, mas ser bom o bastante para tornar aqueles que te atrapalhariam em vantagem... Enfim, eu concordo com vocês na maior parte do tempo, mas discordo da ideologia ante trouxas de vocês.

Tom bufou. Não era algo que faria na frente de pessoas, mas Harry era diferente e no fim estavam apenas em sua mente. Podia ser sincero.

- Discorda é? – perguntou sarcástico.

- O que foi? – questionou o menino.

- Você pensa assim só porque tinha arrumado alguns de estimação. Se estivéssemos falando dos seus tios...

- Eu não matei meus tios.

- Por que não sabia como esconder as provas depois. Ficou com medo. De toda forma, na ideia de sociedade de Grindelwald você poderia manter seus bichinhos, se te fariam feliz – resmungou revirando os olhos.
Harry preferiu não comentar sobre o deboche do companheiro acerca das crianças que tinha se afeiçoado no orfanato.

- Eu acho... – começou alto, pra que o outro parasse com aquele tom. – Que vocês fugiram do problema principal. Deram o passo maior que a perna. Queriam tirar a raiz da árvore, sem derrubá-la primeiro, e talvez nem soubessem qual era a raiz e qual era o tronco.

- O que quer dizer?

- Do que adianta fazer toda uma guerra contra uma espécie, que lutará contra vocês, enquanto seus próprios ainda resistirão pelas costas? Vocês arrumam dois inimigos de uma vez, quando poderiam mudar todo o sistema bruxo primeiro e esperar.

- Mudar todo o sistema bruxo, você disse? Que ideia pirralho, acha que isso é fácil?

- Só me escuta. O problema principal são os trouxas, não são? Gellert tem medo deles nos usarem como armas, você viu na pele como eles são. Trouxas, certo?

- Bem... existem outros pontos...

- Sem grandes complicações. Vocês estavam preocupados com a ameaça trouxa, você ainda tomou apoio dos sangues puros, mesmo que nunca tivesse gostado de como o desprezavam, porque se trouxas não existissem a mestiçagem também não existiria, problema resolvido na sua cabeça. Outros como você não sofreriam as mesmas mágoas do abandono por algo que não afetou em nada suas capacidades. Entretanto, ambos podiam ter ignorado os trouxas, mudado as leis bruxas certas, pequenos projetos e reformas que superficialmente não teriam nada de mais, mas que juntas podiam criar brechas no sistema, criado colônias e cidades puramente mágicas, protegidas e totalmente impedidas da entrada de qualquer trouxa, controlar políticos por debaixo dos panos, fazer a mudança de dentro, mas sem nunca mostrar a cara. Assim não seriam culpados e tachados de lordes das trevas.

"Vocês podiam conseguir que orfanatos mágicos, escolas preparatórias para bruxos, onde nascidos trouxas podiam ser ensinadas desde cedo, e civilizações bruxas inteiras existissem separadamente, criando aos poucos um mundo onde o conhecimento era mais igualitário e esperado que essas diferenças se tornassem menores entre nós. Fazer isso possível e lentamente. Teriam o apoio de várias classes diferentes, dos nascidos entre trouxas com as escolas, dos sangues puros com a proibição cada dia maior da entrada de parentes não mágicos. Então um dia os trouxas atacariam. Se Grindelwald é um vidente bom o suficiente isso é inevitável. Mas você já teria feito todas aquelas pequenas leis e estaria pronto para o ataque.

"Nesse dia os bruxos se uniriam de vez, afinal teriam um inimigo em comum. Nada junta mais uma sociedade que um inimigo, você sabe disso. Mesmo os nascidos entre trouxas teriam que concordar que você não tinha feito nada, trouxas que começaram uma guerra e é natural se defender. Vocês já teriam todo um sistema pronto de retaliação. Proteção. Se os não mágicos atacassem, vocês estariam aguardando, porque com uma lei aqui, uma brecha ali, um incentivo a estudos mágicos acolá, magias mais destrutivas teriam sido ensinas, artes das trevas menos desencorajadas, os bruxos saberiam como causar dano. Você teria os deixado fortes sem nem notarem, mas também teria usado a vantagem clara da magia para deixar tudo mil vezes mais difícil para os trouxas. Nesse dia, quando eles atacassem, você protegeria a todos contra uma ameaça que não viram chegando, ou seja, era um cidadão preparado e acima de seu tempo.

"Assim todos que eram contra seu governo e de seus aliados perderão a força. Você nem seria conhecido por ser extremista, então durante todo esse tempo não tinha uma luta armada de resistência, só algumas dificuldades políticas que podiam ser compradas para gerar apoiadores ou manipuladas. Um jogo de xadrez ou um duelo de marionetes que você teria ganhado. Quando você usasse tudo que fez até então para proteger o mundo mágico com facilidade, todos o apoiariam cegamente por ter impedido que o pior acontecesse. No caso de os trouxas ganharem algumas lutas, para você e Gellert, que são mais impiedosos, seria ainda melhor. Poderiam conseguir fácil o apoio para, não só se proteger, mas acabar com os inimigos de vez. Eles teriam começado, não vocês. Os bruxos os veriam como heróis, não vilões. Vocês nunca seriam lordes das trevas, seriam os heróis que apareceram no momento que todos mais precisaram com um plano perfeito! Por Merlin deixaria de existir, seria por você. Ambos foram direto para o final, quando tinham que mudar os bruxos primeiro.

"Os trouxas mostrariam sozinhos porque deviam ser temidos, não era para convencer os outros a ataca-los, mas se proteger, criar um exército as escondidas e quando eles dessem o primeiro passo, retaliar com força total com todos batendo palmas atrás. Você não seria um monstro que matou "inocentes", mas o inocente que se vingou. Quando todos estivessem com medo, por finalmente notar que os inofensivos trouxas eram um perigo e se perguntando quem poderá ser seu herói? Seria você. Entende a diferença cronológica aqui? Vocês não precisavam ser lordes das Trevas, precisam ser um ministro ou coisa do tipo. Não comensais, precisavam de assassinos discretos, para os inimigos insistentes. Muito dinheiro, aliados inseridos em todos os cargos possíveis e conhecimento das leis. Muito. Para manipulá-la com toda a força.

"Também precisam de inclusão bruxa. Pessoas que poderiam influenciar os outros em todos as áreas, apoio de famílias bruxas do máximo de posições que conseguissem e tempo. Paciência. Teria que estudar os trouxas também e aí que entram os meus "bichinhos de estimação". Alguns deles para se infiltrar e me dar todo o conhecimento do armamento inimigo. Alguém no exército de um país que Grindelwald sabia que teria muita força militar, por exemplo, ou uma fábrica de armas trouxas só minha. Quem disse que nós não poderíamos ter as armas deles a nosso favor também? Teríamos o dobro de força. A deles e a nossa.

- Acha que não encontraríamos trouxas que trairiam a própria espécie com o incentivo certo? Sendo ele, simplesmente, dinheiro?

- Continue articulando – pediu Tom, sentindo que havia algo... interessante ali, apesar de bem vago.

Mas o que esperar afinal? Estava falando com uma criança.

- Vamos me por de exemplo. Pode ser?

- Claro, vá em frente.

- Se eu fosse fazer a coisa, me tornar esse "salvador escondido", esse... não sei o nome.

- Lorde das trevas?

- Não, não isso! Lorde das trevas implica em agir como você e Grindelwald. Vamos chamar de Elemento. Se eu fosse me tornar um "elemento", primeiro teria que estudar o máximo da magia, para entender como ela funciona de verdade, assim poderia atingir seu máximo e me preparar para uma batalha futura.

- Naturalmente. Nada diferente de um Lorde das trevas até aqui.

- "Elemento" – corrigiu. – Claro, eu faria questão de aprender e ensinar todos os bruxos a usar seus dons sem uma varinha...

- Por quê?

- A varinha é um alvo perfeito para o exército trouxa. Uma fraqueza clara. Se nos tiram, a maioria é inútil. Meus pais foram eliminados facilmente por isso. Eu nunca faria um feitiço com varinha depois que o aprendi com clareza ou se não for para esconder minhas capacidades, de pessoas que ainda estou avaliando. Esconder suas capacidades seria primordial, ninguém veria minha força verdadeira antes da hora ou ficariam cautelosos. Conseguiria os aliados de que falei, pessoas que influenciariam os outros por mim. Eu sou famoso no âmbito político, alguém famoso para o povo seria útil também, um atleta, por exemplo? Que me exaltaria para as massas que não entendem de votos, estes me apoiariam apenas porque o outro falou. Há esportes bruxos?

- Sim. O mais popular é quadribol.

- Então um atleta do quadribol, sem dúvidas eu teria um do meu lado. Depois alguém que estivesse relacionado a política, o filho de um ministro, vários futuros herdeiros de família com cargos altos, assim teria o apoio de quem é mais difícil. Afinal são os verdadeiros votantes, no sistema que finge democracia, dizendo que todos têm palavra e podem votar, mas funciona numa ideologia de acúmulo de cadeiras no supremo tribunal, onde cada cadeira é um voto e um único lorde, por casamentos bem planejados, pode chegar a ter até 15 votos só dele, enquanto os comuns continuam com apenas um por terem acabado de chegar. Herdeiros, não os Lordes. Eu os pegaria no começo, faria suas cabeças, principalmente para acreditarem que foi escolha deles. Também procuraria gente de diferentes países. Assim conseguiria terreno para as colônias bruxas, que não teríamos na Grã-Bretanha, e apoio global quando a guerra estourasse.

-Essas colônias de que fala...

- Beco diagonal, comece com um centro comercial, eu poderia comprar terrenos, produzir prédios, anunciar e conseguir pessoas para ocupa-los, criar outro centro comercial, maior, melhor, turístico. Atrairia mais gente, faria crescer, transformaria em um polo de movimentação bruxa. Apenas para bruxos e seres mágicos.

- Seres?

- Goblins, lobisomens, vampiros, gigantes, fantasmas. Esqueça a divisão bruxos e seres, todos seríamos iguais, nossos inimigos sãos os trouxas, não podemos nos permitir dar qualquer força mágica para eles. Todos têm que estar do meu lado, inevitavelmente. Crie o orgulho mágico e insira todos, nunca algo nocivo, apenas patriótico e nossa pátria é a magia. Somos todos escolhidos por Lady Magic. Consegue ver as vantagens em aliados que sempre viram os bruxos com olhos desconfiados, que sempre foram neutros, mas de repente estão do nosso lado? Você fez isso com os lobisomens, eu faria com todos. Nascidos trouxas principalmente.

- Nascidos trouxas?

- Não! Nascidos trouxas, não. Mudaríamos isso também. Nascidos entre trouxas. Eles não podem ser uma desvantagem, mostre que são diferentes do futuro inimigos, que são um de nós, não trouxas, todos somos mágicos! Todos únicos! Deixe-os confortáveis e dispostos a trair aqueles que os geraram em prol de nós, a sua sociedade. Sangue puros me verão como fraco, mas quando chegar a hora cuido deles, no fim só querem dinheiro, um bom casamento e influência. Eu precisaria de pessoas envolvidas nos últimos conflitos também...

- Como assim?

- Comensais, apoiadores de Grindelwald, são obviamente os mais dispostos e veriam o surgimento de um novo líder, precisam estar do lado dele, mas quietos, sem que revelem os verdadeiros objetivos, além de lhe darem uma visão das falhas anteriores e acertos. Outra coisa que seria primordial seria conseguir espalhar sua palavra de forma que as pessoas não vejam como influência e ideologia, apenas debates, garantir que seja ouvido... Eu tenho mais força política na Grã-Bretanha, mas não vou para Hogwarts, isso é fato. Durmstrang, provavelmente. A escola tem muitos ministérios envolvidos, é um desafio muito maior, mas se conseguir números de apoiadores lá, eu tenho metade da Europa comigo e justamente os mais dispostos a ver esses problemas. Esperaria uma oportunidade para pegar a Inglaterra.

- E quem te ouviria?

- Eles te ouviram, não foi? Um simples órfão. Você tinha seus cavaleiros em Hogwarts. Existe a opção também de escrever artigos e publicar de forma anônima ou conseguir que alguém influente faça por você, um aliado bom o bastante e tudo vai se resolvendo. Eu tenho meus empecilhos, mas vamos lá, se nada der certo como Harry Potter basta alguém que possui uma posição de poder que ninguém estou por trás. Alguém que todos assumiriam mais facilmente que me influencia e não o contrário. Mas ainda acredito que sozinho da trabalhar também, eu só precisaria ir com calma e descobrir quem e como ir atrás. Concordando comigo ou não, o importante é fazer todos ouvirem, espalhar várias vezes e por tempo o suficiente para fixar.

"Também teria de mostrar uma figura disposta a ouvir e ensinar, que respeita a todos, mas ainda individual. Garantir que, aos poucos, me vissem como alguém acima dos demais. Quando achar que é a hora, eu me tornaria um líder assumido. Mas faria parecer que eles que colocaram lá. Como um presidente votado, por exemplo. Daria toda a ajuda que precisam, em qualquer situação. Faria um esforço para que sintam que podem contar comigo e então consigo meus leais. Ensinar. Ensinar. Reforço, melhoras na escola. Fazer com que vejam o mesmo que eu, mesmo que não concordem sempre. Magia sem varinha, todos com sangue mágico sendo um só, talvez conseguir que alguma criatura chegue ao contato deles e com frequência, para se apegarem.

"Números para os exércitos, falhas menos óbvias retiradas... Comunicação. Ensinar mais línguas, para que não tenhamos problemas em transmitir e interagir com outros países, criar situações para essas interações, eventos mundiais. Línguas antigas também seriam úteis, para que possamos ler todos os textos mágicos e nada seja desperdiçado dos conhecimentos que vieram antes. Pessoas como Merlin ou Salazar, ou Godric eram apenas bruxos com conhecimento. Onde isto está registrado? Eles devem ter algum registro. Como forjar espadas como a de Godric? Como enfeitiça-las como Merlin fazia? Por que depois de tantos anos o mínimo que temos a fazer é conseguir replicar esses conhecimentos. Faltaria apenas a habilidade e as armas para uma vitória.

"Eu buscaria que os bruxos fossem treinados para aprender a fazer magias novas, magia experimental deve ser incentivada, assim garanto pessoas talentosas para aprender como fazer uma defesa adequada às armas trouxas. Magia marcial seria interessante também, ensinar todos a lutar quando a magia estiver acabando, ensinar a atirar, a usar o corpo contra o inimigo tanto quanto a magia. De novo, teremos feitiços e a ciência.

"Me infiltraria aos poucos, garantiria que estou em cada canto sem que me vejam, não seria O líder no começo, apenas... uma força. Então cresceria. Discreto e ardiloso, influenciaria jornais, revistas, faria livros, traduziria conhecimentos, transmitiria, daria aulas, não guardaria para mim, todos terão que ser fortes juntos contra os trouxas no fim. Seguir...

- E... Bem... não sei. Não consigo pensar muito além disso, ainda não tivemos tempo de aprender tanto, estou falando muito superficialmente e talvez nem funcionaria de verdade.

- Você criaria uma teia de agentes seus em toda a sociedade, divididos em camadas, mudaria o superficial das estruturas que regem nosso mundo, esperando que com isso criasse mentes mais abertas e a retomada dos costumes? Garantiria um plano de décadas onde cada nova mudança não só ajudaria a diminuir diferenças sociais, como ensinaria os bruxos a se defender de uma ameaça que nunca pode vir, mas...

- Os trouxas eram ou não eram a maior preocupação de você e Grindelwald? Eu só os deixei por último. Se no fim nada acontecer, ainda ajudei os bruxos.

- Há muitas barreiras sociais, você é um mestiço, por exemplo, adorado pela Luz – continuou Tom, baixinho, pensando muito.

- Então eu só preciso me aproximar das trevas. Daí estudar na Durmstrang parece ainda mais vantajoso. A luz já me apoia, é só não os irritar que continuam assim. Quem preciso agradar é a alta sociedade negra, certo? Seria tão difícil? Eu sou um Potter e herdeiro Black. Se deixar claro que estou ciente das minhas origens e pretendo honrá-las, da forma que eles acham adequado, eu conseguiria. Depois só mostrar talento e força adequados. Como você fez?

- Força. Mostrei que era um Slytherin...

- Não acha que eu teria sucesso? Ainda mais com sua ajuda?

- Bem... é claro.

- Talvez um diretor.

- O que?

- Um diretor – repetiu Harry. – As pessoas tem a tendência a fazer associações. Os políticos já são vistos com cautela e eu disse que não seria um líder no começo. Deixaria outra pessoa, alguém que eu quero, no cargo de ministro. Preferencialmente teria mais de um ministro. Sei lá, um britânico e um alemão, apenas pela história da coisa toda? Eu poderia ficar apenas como um diretor, assim como Dumbledore. As pessoas o associam Dumbledore como líder da luz, se o menino que os salvou, o-menino-que-sobreviveu, virar diretor todos verão com bons olhos de um jeito fácil... Posso abrir minha própria escola, focar no que sei que seria útil para a guerra, achar meus aliados e separá-los dos demais sem que ninguém estranhe o fato.

- Fundar a própria escola? Você acha que é simples?

- Para mim é. Sou famoso, rico, cheio de bibliotecas com conhecimentos escondidos. Eles vão querer no mínimo ver do que se trata. Se eu me dedicar a ser o melhor aluno de todos, de qualquer um que já pisou na minha escola, ganho credibilidade. E fazer amizade com professores? Posso ainda convencê-los a ver problemas de suas instituições e partirem para a minha. Se os professores me preferiram, os alunos não vão?

Tom riu.

- Você não está dando muito poder e influência a si mesmo?

- Você entende que se eu estiver certo nós vencemos no final? – Tom levantou o rosto e encarou os olhos avada que estavam com um sorriso... estranho enquanto relaxava na cadeira, deixando uma mão apoiar seu queixo. – Podemos concertar essa sociedade, vê? Se fundar uma escola é demais, então basta conseguir alguém para mudar as estruturas de uma já existente e torna-la mais útil aos meus planos. Temos seu conhecimento, o conhecimento de Gellert Grindelwald, o dom da visão e tudo que te faltou está em mim. Eu não vou começar do zero, como você teve que fazer. Eu não tenho que me levantar e conquistar, só preciso saber como sorrir e acenar da forma certa. Todos já estarão me olhando, todos já estarão esperando. Devo controlar o que mostrar e garantir que notarei os que reagiram da forma certa. Não nos falta nem mesmo cadeiras no tribunal britânico, que são minhas por direito e independente de onde eu estude, more, ou como seja, ainda são minhas para votar. Se quisermos agilizar a coisa ainda podemos conseguir um casamento arranjado.

- Por...?

- Se eu me juntar com a família certa as pessoas vão me ouvir. Você sabe disso. Todos obedecem a certos nomes. Eu já sou o herdeiro Black, tenho o anel de herdeiro Peverell, esses nomes já calam muita coisa, mas e se eu me juntasse a família com mais poder, para acabar com isso de vez? Seriam os Malfoys, certo? Será que eles têm uma filha?

- Você não pode estar falando sério...

- Se eu estou na Durmstrang e sinto que já fiz o que precisava por lá, que tal arrumar um casamento para me dar um motivo que levaria a retornar para a Grã-Bretanha? Se estou me juntando a uma família com tanto nome seria natural "abandonar" tudo e me focar nisso, certo? Ninguém desconfiaria que estou indo para fazer mudanças, mas sim que é um curso natural. Com a ajuda dos que já tenho, eu continuaria meu trabalho fora e começaria a colocar as cordas nas marionetes britânicas.

"Outra que pesei agora. "Meus trouxas" ... Acha mesmo que não encontro órfãos como Heris por aí? Que já são forçados pela máfia a fazerem coisas, então oferecer a eles a chance de vingança e de ficar do lado de ganha? Acha que pessoas assim não ficariam do lado que tem a magia? Eles obviamente nos veriam como os vencedores óbvios e nenhum deles iria querer estar do lado oposto ao dos vencedores. Eu fiz um grupo de pessoas criadas perto da religião cristã aceitarem de bom grado fazer um ritual bruxo pagão achando que isso os faria ir direto para o inferno. O que eu não faria tentando? E quem suspeitaria deles? Basta coloca-los nos lugares certos... Heris e Diego já sabiam como funciona uma fábrica de armas, Liu sabia usar uma, eles tinham dezessete anos. Entende que se acho alguns certos, podem ensinar aos outros e faríamos nosso próprio exército armado? Lakroff disse que no nome dos Mitrica estão empresas que cresceriam se Gellert perdesse a guerra, que tipo de coisa se fortaleceu muito depois da guerra que não a indústria armamentista pela corrida da Guerra Fria? Um dos países com o exercito armado mais forte? Estamos, concidentemente, nele. Na mansão Russa dos Mitrica. Russia, que começou o processo de derrota dos alemães na Segunda Guerra Mundial e que Gellert podia muito bem ter previsto que se tornaria uma potência, junto dos Estados Unidos. Uma potência armada.

Tom não respondeu, ficou apenas encarando o menino na sua frente.

Inferno, será mesmo que os devaneios de uma criança faziam tanto sentido?

Harry riu, riu alto e com o corpo todo antes de dizer:

- Certo, agora você já pode começar a dizer o quão ridículo estou sendo. Com certeza tem muitas falhas e quero ouví-las.

Mas ele continuou quieto.

Quais eram as falhas?

Conseguir aliados influentes, que trabalhariam ser serem vistos. Não era uma falha.

Conseguir um cargo de liderança, sem que as pessoas notassem que estivera planejando tudo. Se fizesse direito...

Conseguir ser ouvido e mudar a opinião dos bruxos, influenciar o aprendizado, fazer com que vissem o que antes ignoravam. Entrar na política por algo comum como casamento, garantindo com que ninguém suspeitasse.

Mudar o sistema de dentro e deixar uma guerra preparada.

Esperar o inimigo principal.

Apenas se necessário, assim nunca comprometendo a própria imagem, se levantar como um mestre absoluto e pronto, que protegeria seu povo na necessidade.
Não um lorde das trevas, um inimigo para parte da população.

Um herói.

Na cabeça deles.

Uma cobra venenosa e gigantesca, mas em pele de cordeiro da luz. Harry já tinha a forma de cordeiro da luz...

Faltava amarrar os pescoços de todos. Conseguir que o mundo estivesse em suas mãos sem que nunca soubessem.

O menino sempre entendia as coisas mais que o normal para a idade, sempre foi excepcional de um jeito...

Mágico?

Como se as respostas simplesmente lhe viessem. Como se, assim como podia ver a magia, pudesse ver...

O futuro...

As pessoas...

Ele era um Grindelwald. Será que haviam sim mais coisas em sua capacidade do que estavam percebendo?

Ele via o mundo, como ninguém mais e parecia ler a verdade nele.

Além de tudo tinham um ao outro. Era como disse. Havia o conhecimento e as experiências de Voldemort, em alguém novo e excepcional como Potter.

E Grindelwald. Tudo que ele deixou preparado para que Harry pudesse usar agora.

- Precisamos que Lakroff arrume livros da legislação atual – disse Tom de repente.

- O que? – perguntou Harry piscando, bem confuso.

- Legislação. Britânica, mas de outros países também. Vamos começar vendo quais leis mudaram desde a minha época, descobrir onde ainda sou útil – afirmou.

- Tom... – começou o outro, cautelosamente. – Eu não me interesso tanto assim por política.

A Horcrux parou e encarou o menino, depois levantou uma única sobrancelha e por fim apertou a ponta do nariz.

- Por que faz tantas perguntas sobre isso, então?

- Gosto de ouvir você falando.

Tom simplesmente não teve resposta, nem para a fala, nem para o sorriso inocente e amistoso que o acompanhou. Conseguiu apenas dizer:

- Pirralho!

Harry riu divertido:

- Você e Lakroff obviamente gostam do tema e ensinam muito bem, então me distraio.

- Foi você que ficou tagarelando dessa vez – continuou o mais velho irritado.

- Estava tentando entender a cabeça de vocês Lordes das Trevas! Mas, se quer saber, isso tudo também é muito trabalhoso. Eu não me vejo como alguém que faria tanto.

- Não? Você não é ambicioso, senhor Potter?

- A questão não é ambição, é motivação. Eu faria para que? Ajudar a sociedade que literalmente me abandonou depois do sacrifício feito pela minha família pelo fim da guerra? Nunca verificaram minha saúde ou bem estar. Uma sociedade egoísta da qual eu posso me dedicar completamente e por anos para mudar, mas acima das minhas próprias vontades? Acima de casar por amor, ao invés de força política, ou mesmo... não sei, aprender magia porque gosto e não para ajudar numa batalha? Pensar em cada passo, cada palavra, ser fruto de um plano de anos para ajudar pessoas quando eu nunca tive ajuda? Décadas, uma vida inteira calculada, amizades cheias de interesse e nada feito apenas por fazer? Tudo para um resultado que beneficiária o mundo que poderia se explodir...

- Isso não seria exatamente o motivo? Impedir que o mesmo volte a acontecer com os outros? Mudar o padrão do mundo em ruínas, fazer dele um lugar que se orgulharia de viver e ajudar as pessoas?

- Então eu me sacrifico? Quanta nobreza, lorde Voldemort – brincou.

- Podemos assumir que, por pensamentos assim, meu plano foi o que foi. Envolvia massacres, não política. Simples, sem grandes sacrifícios da minha parte. Não sou do tipo que se doaria. Então isso te faz mais lorde das trevas que elemento?

Os dois se encararam por um tempo em silêncio e, praticamente juntos, sentiram os cantos das bocas se levantarem, perceberam a ação do outro, de tentar disfarçar, e foi o suficiente para explodirem em gargalhadas.

- Você era insano, isso sim – murmurou o menino entre risos.

- Era?

- Bem... Ainda é. Um sociopata, com certeza.

- E você está tendo uma conversa agradável com ele.

- Agradável? Você me acha agradável?

- Você também não parece se preocupar com todos que podem morrer nas mãos de trouxas um dia. "Poderia explodir", foi o que você disse?

- Eu me dedicaria a fazer orfanatos, isso com certeza. Mas não é preciso um plano tão complexo. Alguns amigos influentes, ou mesmo um bom discurso no momento de apresentar o projeto de lei. De resto não ligo. Os adultos que se virem. Se um dia houver guerra, se um dia a sociedade mágica for exposta e tudo de ruim que sabemos que pode acontecer vier, aprenderão a ouvir os monstros na próxima existência. Não tem ninguém no mundo mágico pelo qual eu faria tudo isso que falamos.

- E seu amigo?

- Neville tem ajuda, apoio e força própria, não precisa de uma babá ou que o mundo inteiro mude para ser feliz.

- Que pessoa egoísta você, senhor Potter.

- Você está me chamando de egoísta? – resmungou de olhos bem abertos.

- Eu quis e tentei, a minha maneira, mudar o mundo, não é? – sorriu.

- Eu mereço essa! Sendo chamado de egoísta por Voldemort!

- Tom – corrigiu. 


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Espero que tenham gostado. Lembrando que foi um bônus e ainda teremos o capítulo regular nessa semana (sexta ou no fim de semana, que estava viajando e não consegui escrever na Páscoa).

Enfim... Me digam o que acharam!

Eu tinha escrito e dado uma revisada antes de partir para viagem, mas como essa última revisada foi na tela do celular (que nunca uso por dar dor de cabeça), na rodovia (sendo que passo MUITO mal só de entrar num carro) eu tô só o pó kkkk. Me perdoem, mas pelo menos cumpri com o que disse no tiktok, postei hoje.

Falando em tiktok ainda estou pegando perguntas até amanhã a noite para fazer o vídeo de perguntas e respostas sobre a fanfic. Teve gente que me perguntou até no tiktok, sintam-se a vontade, mas perguntem. Lembre-se que perguntas simples ganham respostas simples e que não pretendo dar grandes spoilers.

Enfim. Muitos beijos e até o fim da semana.

Ou até o meio da semana na rede vizinha, para quem me segue .

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