Capítulo 8 - Samhain e o Cálice de Fogo
Capítulo 8 – Samhain e o cálice de fogo
"As chamas se tornaram vermelhas e faiscaram ao expelir um quarto papel
para Harry não importava mais nada, se Neville fosse chamado, aquele cálice se tornaria história e cinzas"
Não podemos dizer que todos em Hogwarts aprenderam a lição do almoço, durante o restante do dia ainda haviam comentários como "mas só estamos querendo dizer que os pais dele não iriam querer algo assim para sua vida" ou "a culpa não é dele, é claro, só estamos querendo ajudar a entender que os pais..." entre outros. O que demonstrava uma falta de capacidade para chegar ao cerne da questão:
Não importava se James e Lilian detestassem magia negra ou mesmo que o filho se tornasse uma vergonha para suas memórias, eles não estavam lá para reclamar ou fazer alguma coisa contra.
Mas Harry conseguiu passar por todos os seus compromissos sem mais nada do tipo chegando em seu próprio ouvido, então já era uma vitória.
Tudo que soube a mais foi: Krum está de detenção.
Pessoalmente essa informação melhorou seu humor, fazia muito tempo que Viktor não partia para cima de alguém. Mesmo assim, ele teve uma séria conversa com o amigo na presença dos diretores e professores na enfermaria. Dimitrika tinha deslocado o braço, estava roxo e muito inchado, mas ficaria bem já no fim do dia com algumas poções.
Igor Karkaroff reclamou que Viktor tivesse que ficar de detenção por "algo tão pequeno" e ficou mais preocupado que tivesse machucado a própria mão.
Só dessa vez Harry deixou a mania do diretor de mimar Krum passar em pune e até ficou grato por isso.
- Ótimo, nossa casa começou o ano no negativo de novo – comentou Ivan em algum momento.
- Das últimas vezes ganhamos mesmo assim – lembrou Axek.
- Mas dessa vez não vamos ter quadribol para nos render pontos extras!
Quase toda A Corte estava indo para Hagwarts juntos, para aproveitar um pouco do banquete de Halloween, antes de voltarem para o Samhain.
- Eu já não estou mais aguentando de sono – reclamou o Tshkows.
- Você não cansa de falar um minuto? – reclamou o meio irmão.
- Eu só paro de falar quando ocupo minha boca com outras coisas.
- Meu Merlin, porque eu aturo isso? – perguntou com os dedos na base do nariz.
- Na próxima vai dormir ao invés de invadir nosso dormitório por sexo, assim não fica com sono! – reclamou Natasha, que era da Wasser e havia pego o colega russo na noite anterior.
- O sexo foi por um bom motivo.
- Você bem que podia...
- Nev! – Harry chamou, fazendo todos encerrarem aquele assunto. O de cabelos pretos foi animado até o outro que estava no corredor sozinho.
- Olá, amigo inglês do presidente – cumprimentou Rusev se aproximando também.
- O-oi para vocês – cumprimentou sem deixar de reparar como o grupo parecia intimidante reunidos daquela forma.
Altos, bonitos, fortes e obviamente importantes. As suas faixas brancas, nos braços ou cortando o troco, contrastando com os uniformes normais, Harry bem no centro, a jaqueta perfeitamente alinhada de presidente do conselho. Eram quase um cartaz ou uma pintura do que representava superioridade.
E todos o olhavam com curiosidade enquanto Hazz agarrava-lhe o braço. Neville ao menos achava que era curiosidade o brilho estranho que passou pelos olhos de alguns com aquele ato.
- Oi Nev – Krum cumprimentou com um sorriso tão simpático que quase parecia uma carícia.
Ele não tinha nenhuma faixa ou peça de uniforme branco, o Longbottom notou.
Viktor não fazia parte do conselho? Por que será? Heinz também não, apesar de ser monitor e parte do grupo. Os dois não quiseram entrar?
- Nev – chamou Harry. – Esses que você não conheceu são o Rusev Spasova, ele é da Haus Luft e é secretário geral e chefe do comitê de disciplina. Está com os corvinos. E Natasha Sidorov, Haus Wasser, secretária da cultura e monitora da Wasser. Está com os lufanos.
- Prazer. Neville Longbottom – se apresentou inclinando um pouco a cabeça em respeito.
- Prazer.
- Prazer, querido! – Nat sorriu, apesar dos ciúmes que sentia com seu príncipe agarrado ao braço de outro.
- Cadê seus amigos? – Harry perguntou.
- Estou bravo com eles, estava os evitando.
- Quer sentar na Sonserina com a gente de novo? – Krum ofereceu.
Neville riu da expressão de Harry, ele ainda estava descrente que aquilo tinha mesmo acontecido e não estivera presente.
- Se você conseguir convencê-los a me aturar de novo, eu aceito, sim.
- Já disse que sou convincente.
- Ou é um jogador famoso e eles querem poder dizer depois que já foram amigos de Viktor Krum, ou mesmo pedir um ingresso e te cumprimentar na frente de uma galera para se exibir – comentou Ivan.
- Pouco importa o motivo, mas conseguir o que quero. Vamos, então Nev?
- Vamos.
Harry preferiu não comentar como em algumas horas em que os deixou sozinhos, seus dois amigos pareceram criar alguma intimidade, afinal era uma boa notícia que estivessem se entendendo.
- Nos vemos mais tarde, Rusev, Nat, Yor?
- Até mais tarde, alteza.
- Presidente – corrigiu.
- Presidente, claro – concordou o Luft se despedindo e seguindo um grupo da Beauxbatons para o salão principal.
- Desculpe, presidente – Nat se corrigiu sorrindo e igualmente saiu, mas para a mesa de amarelo e preto.
Yorlov nem se deu ao trabalho, apenas acenou e seguiu para a Grifinória.
O restante continuou seu caminho e prontamente ignoraram os olhares e sussurros no salão, enquanto passavam de cabeça erguida até o lugar que havia praticamente se tornado deles entre dois dos grupos de sonserinos:
O primeiro, formado por Nott, Malfoy, Zabini e Parkinson. Eles tinham sido os sortudos que estavam lá na noite da chegada e foram os primeiros a liberar espaço para Heinz, sem saber que isso atrairia todo o restante conforme a classificação se seguia. Ninguém tentou mudar esse arranjo e Pansy parecia muito orgulhosa de si mesma em ter convidado o húngaro, mesmo que só tivesse feito isso por acha-lo muito bonito.
Graham Montague, Adriano Pucey e Cassius Warrington acabaram se juntando ao outro lado por serem os que faziam companhia nas aulas à Harry, já que eram do mesmo ano e, de novo, terem sido os primeiros felizardos a se oferecerem.
O espaço para os colegas da Durmstrang estava totalmente desocupado e todos começaram a tomar seus acentos. Axek e Heinz de um lado da mesa, paralelos a Ivan, Harry e Krum.
Neville ficou de pé.
Algumas pessoas no salão pareceram cheias de incredulidade ao perceber que o garoto de ouro da Grifinória estava novamente pretendendo sentar com as cobras!
- Malfoy, Nott, Zabini, Parkinson – cumprimentou, já que eram os mais próximos e da mesma idade, o quarteto esmeralda apenas o encarou com rostos limpos, mas olhares frios ainda o faziam querer tremer. Neville, entretanto, não era da Grifinória por nada, coragem não lhe faltava. – Apenas queria confirmar, posso me sentar aqui novamente?
- Pode, Longbottom – foi Draco que respondeu, o som saindo totalmente cortante e apático, como se não falasse com nada além de um simples inseto, mas foi o máximo de hostilidade que apresentou.
- Draco – Harry chamou, seu melhor sorriso na face enquanto encarava diretamente o loiro e se deliciava ao ver ele corar levemente. Até que era bem fofo... – Do que estavam falando antes de chegarmos?
- Samhain.
- Que parte, exatamente?
- E porque parecia que estavam todos prestes a brigar por isso? – perguntou Ivan.
Esteve claro para ele que os sonserinos não pareciam de bom humor quando chegaram, de novo.
- É que... – Draco começou, mas hesitou não sabendo como explicar toda a situação.
- Ainda tem uns babacas, comentando sobre o que aconteceu antes, sabe? Nós não! – acrescentou Nott rapidamente. – Nós estamos só comentando sobre o sabbat, contando nossas experiências. Só que alguém disse que era uma coisa muito macabra, aí...
Neville soltou um muxoxo que fez a maioria olhar em sua direção. O garoto se aproximou mais de Harry involuntariamente buscando segurança.
- Você discorda que seja um ritual macabro, Nev? – perguntou o de olhos verdes.
- Claro?! – a indignação estava pingando de sua voz e de repente sentiu mais da sua coragem estupidamente leonina enchê-lo. – Qual é a parte macabra? A maçã? Ela vai matar alguém? Ou a terra e o sal? Já sei, são as velas coloridas, porque elas sem dúvidas vão invocar um mostro! – resmungou cheio de ironia e amargura.
Hazz riu das expressões dos Sonserinos.
- Você realmente já comemorou o Samhain como um pagão! – observou Pansy chocada.
- É claro, eu sou pagão! Sou um bruxo e decididamente não sou um traidor de sangue ignorante.
Assim que percebeu o que disse Neville arregalou os olhos e cobriu a boca com ambas as mãos, como se tivesse cometido o maior dos pecados, os rivais de casa pareceram igualmente alarmados que justo Longbottom tivesse dito as palavras "traidor de sangue". Potter não se aguentou e começou a rir alto levando o rosto para a mesa tanto que seu corpo sacudia.
- Eu sou uma péssima influencia para você pobre Nev.
- Não fale isso, Hazz! – choramingou.
- Na mesa da Sonserina e falando de sangue no meu terceiro jantar em Hogwarts. As pessoas que se preparem, até o final do ano ninguém poderá reconhece-lo.
- Deixe disso. Será que alguém na Grifinória ouviu? – perguntou em um sussurro se encolhendo.
- Talvez não – ofereceu Axek.
- Provavelmente sim – disse Ivan e Krum lhe deu um tapa.
- Nev, relaxe. Não tem nada de mais no que você disse. Nós apenas conhecemos nossa história e não abandonamos a tradição, só porque é popular e progressista, ser totalmente aberto a religião mais comum entre os trouxas e suas crias que andam entre nós. Viu? Falei algo igualmente ruim, podemos os dois aceitar o fato e continuar com nossas vidas.
- Merlin, que isso não chegue no Rony e na Mione.
- Só porque os Weasleys se ofendem em serem chamados de traidores de sangue não quer dizer que não seja verdade – disse Draco recebendo a atenção de todos do grupo. – O que?
- Nada – Neville suspirou. – Eu só não quero ele me enchendo ainda mais com isso.
- Seu amigo ficou mesmo bravo com você por não se juntar ao ministério nessa ideia idiota de se curvar ao governo trouxa?
- Quase...
- Como quase?
- Acho que ele só está chateado que eu siga essas tradições, aquelas frases idiotas de que isso é coisa de bruxos das trevas "sangues puros".
- Mas você é sangue puro, você faz parte dos sagrados vinte e oito, qual a lógica?
- Bom, eu estou na Grifinória e não ando com bruxos que são herdeiros de famílias tradicionais, nem ajo como o "futuro lorde Longbottom", eles acabaram assumindo que minha família é... – deixou a frase no ar.
- Eu tenho muitas palavras para terminar essa sua frase, mas podemos ficar com progressista mesmo.
- Eu também achava isso – disse Zabine. – Sendo bem sincero, estou surpreso com você Longbottom, acho que nunca nem o ouvi mencionar algo do tipo antes. Apesar de que não conversamos de qualquer forma.
- Eu realmente evito esse assunto, não é de se estranhar.
- E porque você evita? É sua religião e parte de você.
- Você entenderia se sentasse naquela mesa e ouvisse as porcarias que ouço – disse indicando a Grifinória discretamente.
- Falando mal da Grifinória para cobras, usando merda, traidor de sangue, porcarias e sei lá mais o que. O mundo está em colapso! – dramatizou Harry.
- Estou falando sério, Hazz. Quando éramos pequenos eu reclamava de você detestar a Inglaterra e passar tão pouco tempo nas visitas, mas tem horas que eu também canso.
- Eu nunca disse que detestava a Inglaterra, disse que preferia passar o tempo com torturas físicas, são menos desconfortáveis.
Neville soltou um som estrangulado e fez uma careta.
- Não me faça rir das suas piadas macabras! – reclamou.
- Eu só contei a coisa, se você quis rir a culpa é toda sua. Essa nem foi das piores, sabe disso.
- Eu agradeceria se não começasse com aquelas sobre morte, massacres e assassinatos em geral.
- As sobre lordes das trevas estão incluídas nessas categorias?
- Claro que sim!
- Que pena, são as minhas favoritas – Nev lhe deu uma cotovela. – Nossa, mas você é bruto né? É coisa de leão essa agressividade desnecessária?
Viktor Krum ria da interação.
- Piadas sobre lordes das trevas? – murmurou Pansy, muito confusa e curiosa para Draco, ele apenas sacudiu os ombros.
- Malfoy – chamou Nev.
- Sim?
- Sua família também comemora todas as tradições, não é?
- Mas é claro! – respondeu como se fosse um absurdo sugerir qualquer coisa diferente.
- Seu pai trabalha no ministério, ele provavelmente conseguiria uma autorização para visitar o barco da Durmstrang fácil. Você poderia comemorar os próximos feriados também.
Draco não soube nem como responder ou como reagir àquilo. Pansy estava com a boca aberta de forma totalmente indecorosa para uma dama, Blaise pareceu engasgar e Nott estava encarando Neville como se tivesse enlouquecido. O herdeiro Malfoy devia ter entendido alguma coisa errada, ou o grifinório tinha mesmo o convidado para algo?
- Ele poderia, não é, Hazz?
- Sim – respondeu muito feliz e satisfeito que o amigo não se deixou levar por qualquer preconceito e rivalidade, que estava tentando manter uma conversa.
Neville apenas estava grato que eles, mesmo que tivessem feito por Krum e Harry, já tivessem na segunda refeição aturando-o e sem insultos desnecessários.
– Teria que convencer alguém maior de idade para ficar como responsável por você, Draco, mas se o Lorde Malfoy conversar com algum dos professores acho que eles ficariam felizes em ajudar mais uma criança a ficar próxima de suas tradições e fortalecer sua magia. Qualquer um que quiser está convidado a tentar, nós da Haus Feue receberíamos vocês da Sonserina de braços abertos, assim como fizeram conosco.
- Com certeza. E seria legal ter pessoas novas para a Lupercalia – disse Ivan com um sorriso malicioso semi escondido por uma taça de suco de abóbora.
- Alguém que está desse lado bate nesse idiota – pediu Axek.
Krum o fez.
Logo todos voltaram ao assunto que estava antes na mesa, sobre suas experiências mais interessantes de Samhain e Nev e Hazz se animaram contando como, após um pouco mais de ano de amizade, o primeiro sabbat tradicional acabou com os dois dormindo durante a meditação e acordando no chão enquanto os adultos continuavam em transe sem nota-los. Draco perguntou porque eles não saíram assim que começaram a se cansar, igual todas as crianças, e Harry teve que explicar que os dois realmente apagaram.
- Eu te juro, assim que o tutor do Hazz disse "Que assim seja e que assim se faça!" eu simplesmente acordei no chão morrendo de dor no corpo. Achei que tinha caído, que deveria ficar mais um tempo, mas quando saí e vi o relógio já tinha passado das duas! – contou Nev.
- Mas isso iria querer dizer que vocês dois realmente entraram em transe no primeiro sabbat da vida – reclamou Pansy.
- Eu sei!
- Parece absurdo mesmo, mas a família do meu tutor sempre foi de necromantes, eu não duvido que as entidades protetoras da morte estavam presentes e nos ajudaram a ter tanto sucesso, mesmo sendo muito novos.
- Eu mesmo nunca passei um sabbat inteiro em transe até participar com Hazz – disse Viktor.
- Harry ficou inconsciente até umas quatro naquele dia – disse Nev. – Acordou quando caiu no chão igual a mim, foi engraçado assistir, estava passando para verifica-los bem na hora e pareceu que alguma coisa tivesse o empurrado para fora com força.
- Você deve ter atrapalhado minha conexão, isso sim.
- Reclame menos. Foi um ótimo Samhain.
- Seu tutor tem necromantes na família? – perguntou Draco interessado naquela parte.
- Sim. Quase todos focaram em alguma área da magia dos mortos, feitiços, poções, rituais, tudo.
- Seu tutor então é um bruxo... – começou, mas percebeu que podia ser indelicado em perguntar então deixou a frase acabar no ar.
- Das trevas, você quer dizer? – Harry perguntou quando o loiro se calou. – Ele é sim, um dos melhores que conheço, me ensinou tudo que sei e que achou que eu tinha idade para aprender. Apesar de sempre ter alguma coisa que ele tenta evitar de entrar em contato comigo, é mais um na lista de super protetores na minha vida.
- E mesmo com uma lista tão grande ainda temos problemas em te dar um pouco de juízo – murmurou Nev.
Crabbe, não muito longe, não teve a delicadeza de perceber o erro que cometeria antes de questionar:
- Mas seus pais não ficariam bravos com um tutor desse?
A mesa da Sonserina virou uma onda de insultos onde cada pessoa mais próxima gritava com Crabbe e, quando as do lado ouviam do que se tratava, também entoavam em descontentamento.
Harry, porém, riu e se levantou, acalmando a agitação.
- Está tudo bem, calma. Obrigada pela consideração, mas não precisam condenar o menino nem me tratar como se fosse de vidro.
Mesmo assim Nott acertou um tapa na cabeça do colega.
- Ei!
- O que foi? Estou pegando o exemplo da Haus Feue, só isso.
- Ótimo, agora somos a influência da agressão física para os Slytherins – reclamou o Potter voltando a se sentar. – Parabéns Ivan.
- Agora a culpa é toda minha? Todos aqui já bateram em alguém pelo menos uma vez, só hoje!
- Respondendo sua pergunta Crabbe, meus pais dificilmente se importariam. Na verdade, eu realmente gosto de tocar nesse assunto, porque é o ponto em que posso dizer que as pessoas tem uma ideia muito enganosa dos Potters.
- Como assim?
- Bem. Meus pais começaram a ser santificados pelas pessoas, mas eles não eram anjos perfeitos. James era um babaca, do pior tipo, com todo mundo que ele não gostasse. Bem ao estilo filho de uma Black, se ele não fosse com a sua cara a coisa ficava feia.
- Filho de uma Black? – perguntou Draco.
- Pensei que você soubesse, sua família não estuda as árvores genealógicas que participam? Somos primos de vários graus, pela sua mãe e minha avó, não que seja novidade entre famílias antigas, né?
- Eu realmente não cheguei a ver os Potter por lá, desculpe, eu devo ter...
- Provavelmente minha avó, Euphemia Potter, nee Black, estava tão fundo na árvore dos negros que você nem reparou. Sem contar que ela e Fleamont demoraram muito para ter um filho. Não é estranho deixar passar, eu mesmo me confundo lendo aquela coisa.
- Entendi...
- Posso perguntar, você disse que esse assunto era tranquilo, mas se não quiser responder... – começou Pansy, bem insegura.
- Fique à vontade senhorita Parkinson.
- Você usou plural. Disse que os Potter não eram tão bonzinhos...
- Se você pudesse ler tudo que temos guardado na nossa biblioteca, ficaria bem chocada que alguém um dia nos considerou uma família totalmente da luz, posso te garantir. Mas sobre isso, melhor não me aprofundar... – um sorriso misterioso finalizou a fala.
- Mas e sua mãe? Ela...
- Lilian Evans, enquanto ainda era conhecida assim, era melhor amiga de um comensal da morte e foi ela quem entrou em contato com o meu tutor pouco depois de virar uma Potter, tire suas conclusões.
Neville achou que Hazz estava satisfeito até demais em ver as reações que aquela declaração causou, não que ele também não quisesse rir daquilo, era bom estar do outro lado da moeda dessa vez. Quando ouviu a história pela primeira vez tinha quase caído da cadeira só de imaginar que Lilian era amiga de um comensal, piorou quando soube que esse comensal praticamente a colocou como alvo de Voldemort sem querer.
- O que?! – perguntou Draco mais alto do que seus modos deveriam permitir, quando finalmente o silêncio do choque passou.
- Você pode dizer o que quiser, que minha mãe já tinha se afastado do que foi para o lado do lorde das trevas, antes mesmo de tudo acontecer, ou que ela precisava da ajuda do meu tutor, mas a verdade é que ela teve contato com os dois, bruxos das trevas e com opiniões distorcidas, por tempo o bastante para considerar manter fotos deles guardadas. Para se criar um vínculo com alguém, por mais diferentes que sejam seus ideais, alguma coisa você tem que se identificar. Mesmo o meu pai, ele era amigo de Pedro Pettigrew, que também de aliou às trevas. Já temos três bruxos do tipo no círculo intimo deles, acha mesmo que o problema era a magia negra e não a guerra e o preconceito?
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O sabbat, assim como Harry instruiu que seria melhor, foi comemorado no dormitório do conselho com até seis pessoas por círculo.
Neville ficou com Hazz, Krum, Ivan, Axek e Heinz.
Enquanto se preparavam o garoto foi descobrindo várias coisas sobre a Durmstrang. Falaram dos professores, das aulas e também o fato de que, assim como os monitores tinham um quarto próprio na sua casa, o conselho estudantil tinha uma sala comunal, banheiros e quartos seus no castelo, praticamente uma casa própria a parte das demais, mesmo que antes de Harry dificilmente pessoas de casas diferentes participassem de uma mesma formação de conselho.
Ali no barco, por questões de economia de espaço, haviam sido divididos juntos dos outros, recebendo apenas acomodações maiores onde os membros podiam dividir independentemente da idade. Todos se reuniram no quarto masculino que tinham recebido na Haus Feue para revisarem os preparativos, e o segundo grupo (com Yorlov, Natasha, Rusev, Elizaveta, Lara e Anastasia) após um tempo levantou uma barreira no meio do cômodo, para que o ritual de nenhum atrapalhasse o outro.
Tudo correu bem.
{ATENÇÃO! AQUI COMEÇA O RITUAL DE SABBAT, QUEM NÃO TEM INTERESSE DE SABER DETALHES SOBRE ELE PODE PULAR SEM PROBLEMAS! HAVERÁ OUTRO AVISO DEPOIS}
Ivan, Axek e Harry quem comandaram, lendo e fazendo os ritos necessários. O Potter fiou no centro e dentro do círculo de sal e velas (intercalando as laranjas e pretas), enquanto os demais sentavam em cinco pontas, como em uma estrela de pentagrama, o Miller bem na cabeça norte.
Com as runas já desenhadas pelo chão, Harry posicionou um caldeirão no meio do círculo, no pentágono formado pela estrela, e colocou as maçãs na água, se sentando depois. Ivan tomou algumas das frutas e distribuiu ao redor. Axek acendeu os incensos com cuidado e, por fim, com uma única palma, Hazz fez todas as velas queimaram com chamas azuis. Ninguém comentou sobre isso.
"Terrível Senhor das Sombras, Deus e doador da vida, conhecedor da Morte! Nesta noite as portas dos planos material e espiritual estão abertas por ti! Nesta noite tão sagrada e poderosa, toda magia é possível!" começou com a segurança de quem já havia feito aquilo várias vezes. As mãos levantadas para o céu. "Que possam os irmãos do outro mundo juntarem-se a nós neste Círculo de força e poder! Que possamos, quando nossa hora chegar, ter vossa permissão para adentrar em teus reinos, onde iremos sem medo. Renasceremos novamente por tua graça e da grande mãe!".
Ele repetiu em seguida as mesmas coisas, mas em outra língua, a mesma que seu tutor usava quando eram mais novos e Neville percebeu que nunca perguntara qual era, só o que era dito.
Enquanto Harry se levantava e começava a circular o caldeirão com tranquilidade e postura perfeitas, no sentido anti-horário, Ivan tomou a fala:
"Que aqueles que foram antes de mim, amados por nós, possam retornar hoje para abençoar-nos. Sintam-se bem vindos nesse círculo! Que as Bruxas ancestrais se façam presentes. Elas que tudo sabem, elas que tudo podem. Elas que possuem luz, força, poder e magia. Que possuem brilho, encantos e sabedoria. Que venham transmitir boas energias e que possam me ajudar neste rito sagrado de Bruxaria!"
Enquanto dizia as palavras, todos se permitiram imaginar as bruxas antigas dançando pelo quarto, abençoando o ritual.
O Potter voltou a se ajoelhar diante do caldeirão, dessa vez de frente para Axek. Pegou o athame, mergulhou-o na água para purificação e entregou ao Miller, este fez o mesmo, mas em um pote de terra atrás dele. Com o punhal cerimonial novamente na mão de Hazz, ele mergulhou-o em uma segunda bacia e espetou uma das maçãs, colocando-a sobre o carvão em brasa.
"Rogamos agora pelos nomes daqueles que amamos, já perdidos!"
{AQUI COMEÇAM OS PEDIDOS, SÃO RELEVANTES PARA ENTENDER UM POUCO DOS PERSONAGENS, MAS AINDA FAZ PARTE DO RITUAL E PODE SER PULADO}
Axek tomou ar com a deixa e falou em bom som:
"Eu te invoco, Alicia Kruger Miller, mãe da minha própria pessoa! Perdida anos atrás! Desejo-lhe toda a paz merecida, digo-lhe para que mantenha seu toque carinhoso, mas firme, que guia e apoia nas jornadas que escolho! Torço para que aceite cada passo que pretendo dar e proteja-me com sua sabedoria me concedendo visões nesta noite de poder!"
Ivan, que estava logo a sua direita começou:
"Eu te invoco, Ivan Tshkows primeiro, pai da minha própria pessoa! Eu te invoco, Aleksander Krima Tshkows, pai do meu pai! Desejo-lhes paz e felicidade! Espero que possa honrar suas memórias, atingir os objetivos que nunca puderam e ser maior como sempre me quiseram, levar nossa família além em mais uma geração! Por favor, para me guiar e fortalecer nesse caminho tortuoso, concedam-me visões nesta noite de poder!"
Neville entendeu então porque eram os dois que estavam ajudando Harry em todo o ritual, os três eram os únicos a terem parentes muito próximos mortos.
Enquanto Heinz e depois Krum falavam ficou claro que não tinham grandes perdas, pediam apenas visões a parentes distantes, que possivelmente mal conheciam, assim como o próprio Longbottom tinha o costume de fazer.
Mas isso era antes. Naquela noite ele tinha alguém:
"Eu te invoco" começou a voz engasgada de lágrimas quase formadas. "Tracy Davis, colega de escola, rival em algum ponto. Sempre próxima em idade e conhecimentos, mas tão longe igualmente! Imploro por seu perdão, por minha fraqueza e minhas falhas. Desejo-lhe agora e para toda a eternidade a paz e alegria merecida! Peço a ti, mesmo que em vida não partilhasse de meu sangue, que me conceda visões, pois é a você que desejo poder honrar e jamais permitir que se apague da memória. Mostra-me os caminhos certos, para me fortalecer e nunca permitir que a enfermidade recaia sobre outro em minha guarda novamente. Permita-me sua presença, nessa noite de poder!"
Todos respeitaram seu momento e não comentaram ou olharam-no enquanto falava. Foi um suspiro de alívio após muito tempo e Neville sentiu o maior dos prazeres quando sua magia pareceu realmente respirar! Deixou que suas lágrimas caíssem em silêncio, aproveitando aquele momento, era como se se soltasse de alguma coisa que vinha empurrando para baixo após anos. A magia finalmente dançava livre.
Ele inspirou e expirou, deixando ir.
"Eu os invoco, James Fleamont Potter e Lilian Rose Evans Potter! Pai e mãe queridos, perdidos a muitos anos atrás" disse Harry. "Desejo-lhes mais uma vez paz, e peço que cuidem de mim e não me julguem. Rogo por todo o amor que sempre pareceram dispostos a oferecer-me, que aceitem meus caminhos, pois são os que desejo seguir, meu destino, minhas falhas por maiores que sejam e não se desesperem com aquilo que posso vir a me tornar! Por favor, concedam-me visões nesta noite de poder!".
{CONTINUA O RITUAL DAQUI}
Axek continuou:
"Que através do poder dos 4 Elementos este Instrumento Mágico seja abençoado!"
Harry repartiu as maçãs e todos comemos um pedaço. Quando terminamos e voltamos a abaixar as cabeças Ivan continuou:
"Que o fruto da vida revigore o meu corpo e minha alma, para que assim todos os meus sonhos, desejos, esperanças e objetivos se realizem. Pelo poder do 3 vezes 3, que assim seja e que assim se faça!" ele também foi quem pegou o vinho e bebeu deixando um pouco na taça, esta recuperada por Hazz e dada à Axek, que despejou o restante na terra.
"Em nome da Deusa e do seu Filho e consorte o amado Deus, eu faço esta libação em homenagem a todos aqueles que partiram antes de mim."
Por fim o Potter disse em bom som: "Mais uma vez a Roda do Ano gira e sempre continuará a girar. Possa a Deusa, o poderoso Cornífero e todos os Antigos Deuses da Colina do Norte protegerem-me com saúde, alegria e prosperidade. Que assim seja e que assim se faça!".
Todos repetiram: "Que assim seja e que assim se faça!"
Ele também repetiu, mais uma vez na outra língua desconhecida.
- Assim esperamos... – encerrou em um sussurro e todos abaixaram suas cabeças em silêncio para meditar.
{AQUI ACABA TOTALMENTE O RITUAL DE SABBAT!}
Neville, desta vez, não acordou no chão, mas desejou que tivesse, pois, suas pernas estavam lhe matando ao ter dormido sentado em cima delas naquela posição ímpia por mais de sete horas inteiras.
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No café da manhã do dia primeiro de novembro os alunos da Durmstrang estavam obviamente mais relaxados e animados do que pareciam normalmente, a maioria conversava entre si e com outros de casas diferentes, como se sempre fossem os melhores amigos. Partilhavam suas experiências, visões, contavam sobre os entes que receberam em sonhos e deixavam suas magias circularem pelo salão calmamente, renovadas e fortalecidas com o ritual.
Nem Neville ou Harry apareceram por lá.
A dupla pegou algumas coisas na cozinha diretamente com os elfos e aproveitaram um piquenique quieto, onde Hazz podia liberar sua magia sem sentir olhares de julgamento. Nev não comentou nem por um segundo a pressão absurda e a sensação obscura que vinha dela, o amigo estava sorrindo tanto que era impossível se importar com qualquer outra coisa.
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Neville conseguiu, durante o almoço, enfim falar com os amigos.
Não que falar seja a melhor palavra naquele caso. Hermione empurrou Rony em sua direção e o ruivo disse que na próxima vez que estivesse dizendo coisas estúpidas como aquelas era para avisar. Não precisou de muito mais que isso para os dois, mas a garota do trio passou bons vinte minutos dando bronca em ambos. Neville, por esconder coisas e esperar que interpretassem corretamente as circunstanciais e Rony por não pedir desculpas adequadas.
O importante é que ele pôde voltar para a mesa dos leões e apenas assistir de longe como Harry e os Sonserinos pareciam se entender. Os mais velhos tomando a maior parte da atenção dessa vez falando sobre os professores, até onde entendeu. Isso, depois de todo o conselho passar em cada mesa confirmando com os alunos suas apostas para aquela noite.
Então finalmente veio o jantar.
Era o momento!
A refeição pareceu durar muito mais do que habitualmente. Neville não pareceu interessado o suficiente para nada além de um prato simples, como todas as pessoas no salão, a julgar pelas constantes espichadas de pescoços, as expressões impacientes nos rostos, o desassossego de todos que se levantavam para ver se Dumbledore já acabara de comer. O menino queria simplesmente que os pratos fossem retirados e os nomes dos campeões anunciados.
Depois de muito tempo, a louça voltou ao estado de limpeza inicial; houve um aumento acentuado no volume dos ruídos no salão, que caiu quase instantaneamente quando Dumbledore se ergueu. A cada lado dele, o Prof. Karkaroff e Madame Maxime pareciam tão tensos e ansiosos quanto os demais. Ludo Bagman sorria e piscava para vários alunos. O Sr. Crouch, porém, parecia bastante desinteressado, quase entediado e Lakroff Mitrica brincada distraidamente com um garfo equilibrado no dedo.
- Bom, o Cálice de Fogo está quase pronto para decidir – disse Dumbledore. – Estimo que só precise de mais um minuto. Agora, quando os nomes dos campeões forem chamados, eu pediria que eles viessem até este lado do salão, passassem diante da mesa dos professores e entrassem na câmara ao lado – ele indicou a porta atrás da mesa –, onde receberão as primeiras instruções.
Ele puxou, então, a varinha e fez um gesto amplo; na mesma hora todas as velas, exceto algumas dúzias no teto, se apagaram, mergulhando o salão na penumbra. O Cálice de Fogo agora brilhava com mais intensidade do que qualquer outra coisa ali, a brancura azulada das chamas que faiscavam vivamente quase fazia os olhos doerem. Todos observavam à espera... alguns consultavam os relógios a todo momento...
As chamas dentro do Cálice de repente tornaram a se avermelhar. Começaram a soltar faíscas. No momento seguinte, uma língua de fogo se ergueu no ar, e expeliu um pedaço de pergaminho chamuscado – o salão inteiro prendeu a respiração.
Dumbledore apanhou o pergaminho e segurou-o à distância do braço, de modo a poder lê-lo à luz das chamas, que voltaram a ficar branco-azuladas.
– O campeão de Durmstrang – leu ele em alto e bom som – será Vítor Krum.
Neville tinha a impressão que Rony falou alguma coisa, mas foi impossível ouvir por cima dos gritos que vieram da mesa de verde, os alunos da Durmstrang não só explodiram em vivas, como começaram a socar a madeira e pisar no chão tão alto que parecia o urro de um monstro gigante, a própria Sonserina pareceu se empolgar e se juntaram à onda iniciada por Harry Potter que gritava:
- Viktor! Viktor! Viktor! – enquanto continuavam com os barulhos com o corpo. Batendo e pisando.
Nev viu Krum se levantar e se encaminhar com as costas eretas para Dumbledore; ele virou à direita, passou diante da mesa dos professores e desapareceu pela porta que levava à câmara vizinha.
– Bravo, Vítor! – disse Karkaroff com a voz tão retumbante que todos puderam ouvi-lo apesar dos aplausos. – Eu sabia que você era capaz!
- E quem não? – reclamou Harry, revirando os olhos e tirando risada dos colegas mais próximos.
Os aplausos e comentários morreram. Agora todas as atenções tornaram a se concentrar no Cálice de Fogo, que, segundos depois, tornou a se avermelhar. Um segundo pedaço de pergaminho voou de dentro dele, lançado pelas chamas.
– O campeão de Beauxbatons é Fleur Delacour!
A garota que parecia uma veela levantou-se graciosamente, sacudiu a cascata de cabelos louro-prateados para trás e caminhou impetuosamente entre as mesas da Corvinal e da Lufa-Lufa.
– Ah, olha lá, eles estão desapontados – disse Hermione sobrepondo sua voz ao barulho e indicando com a cabeça o resto da delegação de Beauxbatons.
"Desapontados" era dizer pouco, pensou Neville. Duas das garotas que não tinham sido escolhidas debulhavam-se em lágrimas e soluçavam, com as cabeças deitadas nos braços. Quando Fleur Delacour também desapareceu na câmara vizinha, todos tornaram a fazer silêncio, mas desta vez foi um silêncio tão pesado de excitação que quase dava para sentir seu gosto e, mesmo que Ivan Tshkows tivesse sussurrado, alguns sonserinos ouviram:
- Se for o garoto Cedric eu juro que nunca mais duvido de absolutamente nada que sair de sua boca, alteza.
- Presidente – corrigiu baixinho.
O Cálice de Fogo ficou mais uma vez vermelho; jorraram faíscas dele; a língua de fogo ergueu-se muito alto no ar.
– O campeão de Hogwarts – anunciou Dumbledore – é Cedrico Diggory!
– Não! – exclamou Rony em voz alta, mas ninguém o ouviu exceto Neville; a zoeira na mesa amarela era grande demais. Cada um dos alunos da Lufa-Lufa ficou de pé, gritando e sapateando, competindo ferrenhamente com o barulho anterior da Sonserina.
Quando Cedrico passou por eles, estampando um enorme sorriso no rosto, a comoção não se encerrou, os aplausos para o lufano foram tão longos que passou algum tempo até que Dumbledore pudesse se fazer ouvir novamente.
- Você acertou os três? – perguntou Draco à Hazz que sorriu concordando.
- Vossa alteza, eu sou um fiel servo que está aqui apenas para que o senhor faça o que quiser – brincou Ivan.
- Jamais, nós mortais, poderíamos duvidar de vossa alteza, nosso profeta! – continuou Axek, ambos naquele momento raro em que se pareciam o suficiente para todos esquecerem que não tinham vínculo sanguíneo e geralmente gastavam o tempo juntos se insultado.
– Excelente! – exclamou Dumbledore feliz, quando finalmente o tumulto serenou.
Ele iniciou um discurso sobre apoiar os campeões de sua escola e ia continuar falando quando teve que parar inesperadamente. Tornou-se óbvio para todos o que o distraíra.
O fogo no cálice acabara de se avermelhar outra vez.
Expeliu faíscas. Uma longa chama elevou-se subitamente no ar e ergueu mais um pedaço de pergaminho. Com um gesto aparentemente automático, Dumbledore estendeu a mão e apanhou-o, ergueu e seus olhos se arregalaram para o nome que viu escrito. Mitrica, assim como os outros professores, se esticou para tentar ver melhor, mas Harry percebeu a expressão muito irritada que ele tinha.
Também notou como a magia do vice diretor estava mortalmente à beira de se descontrolar, sendo segurada com todas as forças contra a explosão iminente.
Os olhares dele e de Potter se cruzaram enquanto uma longa pausa se seguia, ambos bem conscientes de suas iras, Lacroff já juntando as peças do que aquilo queria dizer.
Mas para Harry não importava mais nada, se Neville fosse chamado, aquele cálice se tornaria história e cinzas, então seu foco voltou-se para o papel.
Dumbledore pigarreou e finalmente leu para todo o salão...
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Olá, Olá!
Boa segunda para vocês?
Não sei qual dia dessa semana que vou postar de novo, mas vou lhes dar o nome que provavelmente o próximo capítulo terá, assim podem ir se empolgarem com o que vem a seguir:
"Capítulo 9 – O tutor de Harry Potter e Lorde Voldemort".
Sim, esse dois vão finalmente dar suas caras!
Obrigada de novo por todos os votos, comentários, recomendações e por estarem lendo! Espero que tenham gostado!!!!!
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SOBRE OS RITUAIS DE SAMHAIN:
Eu fiz minhas pesquisas e achei muitas informações, algumas diferentes entre si, as que mais me baseei para este capítulo foram dessas fontes...
https://www.astrocentro.com.br/blog/simpatias/o-que-e-samhain/
https://www.iquilibrio.com/blog/espiritualidade/wicca/ritual-de-samrain-wicca/
https://vibemundialfm.com.br/vivamelhor/como-fazer-o-ritual-de-samhain-wicca/
Também levei em conta o que uma amiga disse que fazia no próprio sabbat. Espero ter retratado bem o suficiente.
Uma boa tarde, um dia dia e uma boa noite!
PS: Se está gostando do trabalho dessa autora saiba que ela tem um livro publicado na amazon e adoraria ter sua opinião e apoio. O nome é "Aquilo que se vê no escuro" por Bárbara Regina Souza e está gratuito para assinantes do Kindle Unlimited
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