Capítulo 5 - Mal Pressentimento
Depois do último aluno entrar, Celeste fechou o auditório e a diretora com um grupo de professores caminharam em direção ao palco.
Áurea a esperava sentada num dos bancos do lado de fora, a senhora aproveitava a tranquilidade para continuar preenchendo os quadrados do caça palavras que gostava de jogar nesses momentos de calmaria.
– Quando o silêncio reina, lembramos como é bom não trabalhar mais com esses seres dano aula e perdendo a nossa saúde. – Celeste comentou e Áurea assentiu não os suportava na secretaria falando sem parar sem dar espaço, por isso os ignorava até decidirem falar um de cada vez.
– Já descobriu o motivo dela ter procurado a ficha daquela garota? – Áurea perguntou a colega e continuou preenchendo as colunas com palavras, tinha certeza de que a conversa com o pastorzinho tinha culminado nisso.
– Não. – Celeste respondeu chateada e se levantou animada lembrando de uma forma de descobrir.
– A diretora não me deu abertura, mas, podíamos dar uma olhada no telefone dela para saber quais ligações fez pela bina. – Sugeriu, estava curiosa para saber o que foi relatado de tão grave.
A senhora pôs a revista no bolso do vestido e se levantou, não estava entendendo o motivo da diretora ter decidido procurar algo justamente dessa.
– O que o pastorzinho contou? – Áurea perguntou enquanto caminhava do lado da colega.
– Não sei. Marcela disse que Edgar contou que ela falta desde sexta-feira, mas, não dá para acreditar que esse seja o motivo. – Celeste contou e a colega concordou, tinha sido contado mais coisas.
As senhoras entraram na sala dos professores e depois foram pelo corredor para ir até a sala da diretora, Celeste mexeu na maçaneta e forçou um pouco, mas, estava trancada.
– Não tenho a chave reserva, ela não fez a cópia depois que perdeu. – Celeste reclamou.
A diretora era desconfiada, tudo perguntava por que queria saber e há algum tempo evitava falar dos alunos na secretaria só em reunião com os professores limitando até Amadeu que sempre foi muito próximo.
– Qual a importância disso tudo? – Celeste perguntou a auxiliar, estava mais curiosa por Marcela não ser a diretora mais presente quando se resolve os problemas dos alunos.
– Ela é da comunidade dos ilhados e se é um problema sério, eu quero saber. – Áurea respondeu e foi para a sua cadeira se sentar.
– Mal humor. – Celeste comentou e saiu da secretaria.
Áurea esperou um pouco e depois pegou seu celular, digitou um número, aguardou um pouco, mas, a ligação foi rejeitada e tentou de novo até que foi atendida.
– Atenda na primeira chamada. – Mandou irritada. – Como está a adaptação da garota? – Perguntou.
O interlocutor riu e gesticulou para se apressarem quando um dos dois homens entraram numa porta e trancaram por dentro.
– Está aprendendo. Os rapazes são bons professores. – Disse antes de tampar o ouvido quando escutou um grito e sons de tapas contra a porta.
– Qual o problema? – Perguntou sem entender o motivo da ligação.
– O pastorzinho foi conversar com a diretora no intervalo e agora a idiota procurou a ficha dessa garota, não estou com bom pressentimento. – Áurea contou.
– Mando ela para o tratamento de choque na praia? – O homem perguntou com escárnio e apertou o membro sobre a calça pensando como seria bom participar ignorando a preocupação da senhora.
– Faça o que quiser. – Áurea respondeu sem se importar.
– Se achar que ela continua arisca, leve-a para o pior bordel do interior que temos, apesar de os rapazes da praia serem bem eficazes. – Falou com um sorriso de lado supondo como voltaria menos arredia.
– Resolvido, eu vou me atrasar para chegar na lanchonete e levá-la. Vou ajudar. – O homem contou e começou a rir.
Áurea revirou os olhos e encerrou a chamada, não queria saber o que faria, só tinha interesse em conseguir o dinheiro que aquilo deveria lhe render.
O homem continuou escutando os gritos da garota agora também os urros dos homens que faziam sexo com a adolescente e continuou andando pelo corredor onde havia outros quartos também ocupados.
Essas garotas vão render bastante para a gente. Pensou caminhando e bebeu mais um pouco da dose.
Abriu a porta e entrou na pequena boate, havia garçonetes atendendo a homens entregando bebidas e outras atendendo as suas necessidades ajoelhadas.
Passou e deixou seu copo vazio sobre a mesa, então, deu um tapinha no ombro de um que estava de olhos fechados, as pernas afastadas e as calças arriadas.
O homem abriu os olhos e sorriu, pegou a carteira na mesa e entregou outra cédula de cem, então, pôs a mão na cabeça da garota a forçando a fazer garganta profunda.
– Aproveite. Depois me encontre no estacionamento, vamos sair. – O homem falou após tirar sua carteira e pôr a cédula lá.
O outro homem assentiu afobado e gemeu alto enquanto gozava na boca da garota que tentava se afastar, mas, não conseguia e precisou engolir a ejaculação.
– Certo. Vou para lá em dez minutos... preciso me recompor. – Respondeu antes de se escorar na cadeira e depois dar um tapa leve no rosto da garota.
– Sua boca é de veludo. – A elogiou.
A garota assentiu se levantou e andou apressada na direção do banheiro sentindo vontade de vomitar.
Essa é mais uma que precisa treinar mais antes de participar das festas. O dono do local pensou avaliando a atitude da garota depois do oral e começou a andar novamente em direção a saída.
Após sair resmungou incomodado com a luz do sol forte em seu rosto, tirou os óculos escuros da gola da regata e pôs no rosto.
O centro da cidade estava bem animado, alguns homens entravam no bordel e caminhou em direção a sua moto.
Ao entrar no estacionamento locado do lado do bordel, acenou para o rapaz que terminava de passar a cera deixando sua moto brilhando, tirou do bolso uns trocados e entregou.
– Desça para a praia, vai perder seu cabaço hoje. – O homem avisou ao garoto e ele assentiu animado antes de sair correndo apressado.
Não demorou muito para o outro homem chegar ainda afoito, a blusa estava soada e quando chegou foi logo para a moto do lado.
– Posso continuar ajudando a aperfeiçoar elas. – O homem disse animado pelo alívio no meio do dia.
– Traga aquela mercadoria e deixe na lanchonete, mas não esqueça, é para colocar no último freezer. – O homem avisou.
– Certo. O garoto acreditou? Eu confundi os freezers. – O homem disse envergonhado coçando os cabelos atrás da orelha.
– Se ele acreditou ou não, estou pouco me importando. Eu só quero evitar isso acontecendo porque ele ainda não está pronto para começar a ajudar, diferente do Victor, ele é muito certinho, puxou o meu pai. – O homem respondeu incomodado, seu filho já devia ter entrado no esquema levando as drogas de bicicleta para os clientes também.
– Ele já ajuda é muito ao senhor. Seu garoto não perde uma luta. – O homem sugeriu e quando o chefe levantou os óculos o olhando irritado por ter falado demais passou a perna para o outro lado da moto e a ligou.
Idiota. O homem pensou irritado.
– Depois vai até o Ariel e pega a outra encomenda para levar até o irmão dele que vai empacotar no quiosque, temos uma praia cheia hoje. – O homem passou a outra tarefa dele e o seu funcionário saiu em disparada.
Agora eu vou no apartamento da minha galega aproveitar aquela comida caseira dela e descansar. Pensou animado olhando a hora no seu relógio de pulso, quase onze e meia da manhã.
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