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III.

Jane apareceu no acampamento na manhã seguinte no mesmo horário que resgatara John. O homem estava sozinho, pois Professor Porter decidiu colher frutas que eram caríssimas quando compradas na Inglaterra e Clayton o seguiu.

Começou com um livro de animais, o que despertou a curiosidade da mulher rapidamente. Naquele dia ela havia se banhado na cachoeira junto com Tantor, então, ela não estava coberta de poeira. Ela pedira para que Terk e Tantor não contasse a ninguém que havia achado outros de sua espécie, pois não sabia como se comunicar com eles. Tentaria encontrá-los de novo, pois não podia perdê-los de vista.

Tarzans como ela. Anos se passaram e ela pensava que era a única. Nunca esperou que naquele dia normal em que ela passeava pela floresta encontraria um macho de sua espécie; muito menos que ele fosse tão diferente comparado a ela.

― Gorila. ― Disse ele apontando para o desenho de um primata.

― Gorila? ― ela franziu o cenho, como sempre fazia para memorizar a imagem e logo suavizou o rosto. ― Gorila.

― Isso mesmo. ― John respondeu com satisfação.

Era uma cena interessante de se fitar: John sentado em uma cadeira com as penas abertas e Jane sentada no chão como o aristocrata ensinou, algo que a deixara bastante desconfortável nos primeiros minutos. As pernas estavam fechadas e esticadas para frente, uma posição que ela preferia mais do que sentar naquilo que chamara de cadeira.

― Tarzan, o que é isso? ― Perguntou Jane enquanto bisbilhotava o livro.

"O que é isso?" fora uma das primeiras frases que seu tutor fizera questão de ensina-la. Logo John se vira soltando uma ou duas palavras em gorilinês, como ele batizara a língua de Jane. Para ele era bastante engraçado já que boa parte das palavras vinham de gritos, grunidos e caretas.

― Camisa. ― Respondeu ao vê-la segurar o pedaço de tecido. ― A gente usa para cobrir o corpo.

Ele explicava fazendo gesto, se esforçando o máximo para que ela entendesse. Jane era uma boa aluna, deduzira ele depois da primeira semana; aprendia rápido, era curiosa, e se esforçava para manter uma conversa com ele, mesmo que às vezes tivesse que passar minutos até que entendessem o que queria dizer ao outro.

Logo, uma amizade fora fortalecida entre eles. Professor Porter se mostrava extremamente surpreso com a facilidade de aprender que Jane tinha e ajudava-os nas lições, interessado em conhecer sobre a mulher. Era visível o orgulho que John sentia ao vê-la acertar uma palavra ou dizer uma frase coerente e o rosto pomposo da garota era uma prova que ela gostava do olhar que lhe direcionavam.

Não sabia exatamente quando começara a associar o cheiro de pitanga a Jane, mas se tornara quase automático lembrar-se dela. Descobrira que ela costumava amassa-los e passar em seu cabelos, pois eles ficavam mais macios ― quem diria que mesmo uma selvagem tinha suas vaidades no meio da selva?

Depois de começarem a estudar pelas imagem do projetor de Porter, ela começou a tentar agir como as fêmeas da imagem. A careta de estranheza que John fez fora inevitável; principalmente quando ela tentara domar seus cabelos castanhos em um coque. Ele a flagrou tentando pentear as madeixas com a escova de cabelo que ele tinha, um tarefa árdua quando nunca o tenha feito.

― O que está fazendo?

A pergunta repentina a assustou, fazendo-a derrubar os escassos produtos de barbear de John no chão.

― Nada, Tarzan. ― Respondera de imediato, o rosto vermelho denunciando o embaraço.

John queria ajudá-la, obviamente, mas nunca teve que escovar cabelos de mulheres; teria alguma diferença com a dos homens. Decerto sua mãe seria a mais indicada a ensinar-lhe como damas se comportavam.

― Eu posso fazer isso por você, se quiser. ― Disse se aproximando.

Ela deu os ombros, uma mania que adquirira assim que entendeu o seu significado, e desviou o olhar para o chão timidamente. Naquele momento era difícil perceber que ela foi criada longe dos seres humanos e não por uma tribo qualquer na África. Jane ainda carregava consigo traços que antes John pensava ser coisa que a sociedade impusera nas mulheres.

― Talvez isso vai doer. ― Alertou o homem com uma careta.

O aristocrata fizera o máximo para ser delicado, mas os cabelos de Jane pareciam um ninho de tão embaraçados. Recebera alguns grunidos no processo que quase o fizera desistir, o medo de ser atacado querendo evitar um conflito. Mesmo sendo tecnicamente mais alto e forte ele sabia que na prática não era assim e John nunca levantaria a mão para bater em uma dama, mesmo que ela não fosse exatamente uma.

Jane ficara deslumbrada com a maciez e a diminuição de volume de seu cabelo, com um sorrisinho no rosto agradeceu ao seu tutor que tentava se livrar do tanto de cabelo que espalhara-se em seu cabana.

― Por nada. ― repondera, parando o que fazia para fitar o jeito hipnótico que ela olhava para seu reflexo no pequeno espelho.

― Quero saber quando ela vai nos levar onde está os gorilas! ― Gritara Clayton, dois meses depois, em uma manhã rara e nublada ― Seu cortejo com a selvagem só nos atrasa!

― Ela vai dizer se ela quiser. ― Retrucara John. ― Não estou pedindo pra ninguém me ajudar a ensina-la inglês, então, fique quieto. Sou eu que estou pagando a você para estar aqui, não o contrário.

Clayton resmungara algo inteligível e olhou para Professor Porter pedindo apoio.

― Não se preocupe, John, eu vou continuar as buscas com Clayton e você pode focar em Jane. ― o homem careca sorrira para o aprendiz ― Não esqueça de anotar todos os detalhes, tenho certeza que todos adorarão conhecer a história dela.

John sorrira afetado quando viu os dois homens voltarem a entrar na selva. Ele esquecera totalmente de sua volta; o que iria dizer a Jane quando fosse embora? Iria ela com eles, sujeita a ser criticada por tudo e todos por causa de sua vida? E como ela se adaptaria a Alta Sociedade?

― Tarzan! ― A voz de Jane fez com que ele saísse de seus devaneios. A aquela altura ela começara a andar com os dois pés, mesmo que ainda tivesse dificuldade de se equilibrar.

― Ah, oi.

Ela franziu o cenho.

― Tarzan está estranho.

― Nada, Jane.

Ela deu os ombros.

― Ir água! ― Exclamou puxando o braço de John para o lado contrário de Clayton e Professor Porter.

― O quê? ― Perguntou deixando ser arrastado.

― Ir grande água! ― ela fez o gesto de algo grande.

Sem entender nada, o homem não fez nenhuma objeção dando-lhe um voto de confiança. Se permitiu viajar em seus pensamentos tentando imaginar Jane com os vestidos longos e agindo de forma pomposa. Sorriu com desdém; aquela não era Jane. Ela era muito melhor e mais autêntica do que isso. Seu rosto se iluminou em compreensão quando viu que estavam indo em direção à cachoeira que costumava se banhar todos os dias.

― Isso é água grande. ― murmurou para si ― Jane, chamamos isso de cachoeira.

― Cachoeira― ela franziu o cenho como sempre fazia. — Cachoeira!

John olhou para os lados tentando capturar cada detalhe daquela selva; queria ter aquelas imagens grudadas em sua mente até a morte.

― Por que você nos... ― Engasgou, interrompendo sua pergunta ― Que diabos você está fazendo?

Virou-se bruscamente de costas quando viu Jane retirar o casaco de pele e as poucas roupas que costumava usar e correu para dentro do lago como uma criança em dias de verão.

― Tarzan não estar vindo. Por que não estar vindo? ― Ela perguntou com o cenho franzido.

― Jane, você não pode tirar sua roupa na minha frente. ― Explicou mortificado, ainda de costas. ― Isso é indecente.

Ela deu os ombros.

― Tarzan pode tirar a roupa. Eu não ligar.

O rosto de John adquirira a cor escalarte assim que a imagem dois dois juntos pelados tomando banho. Sua falta de experiência com mulheres fazia aquela situação ser mais embaraçosa ― beijara apenas algumas garotas em bailes durante sua época rebelde. Recusara os convites para ir à casa de mulheres para ler assiduamente o que o fazia ser ainda virgem.

― Então vou voltar para o acampamento.

Dera dois passos para frente, crente que conseguiria ir sem problemas, quando Jane pulou em suas costas, uma brincadeira que fazia sempre com Terk. No susto John perdera o equilíbrio e antes que percebesse o que acontecia, caiu na água com a mulher no encalço. Na pressa para segurar algo tentando se firmar tateou lugares no corpo da aprendiz que dispensava detalhes. Nadou até a superfície e o jogou o cabelo já grande para trás que teimava cair e seus olhos.

― Essa brincadeira não teve graça. ― Gritou furioso para Jane, o rosto vermelho de raiva e vergonha.

― Mas água faz Jane feliz. Não faz Tarzan feliz também? ― Perguntou sem entender a sua fúria.

― Não desse jeito, Jane!

Ela cruzou os braços, ato que aprendera com Clayton, e fez uma careta inconformada.

― Jane quer ajudar Tarzan.

Ele virou-se, incapaz de continuar a olhando. Suspirou e saiu andando até a margem da cachoeira.

― Te vejo no acampamento, Jane. Vestida, por favor.

Jane não entendera de imediato o que ele falara, mas por algum motivo aquilo lhe fizera se sentir mal. Um frio na barriga estranho e um desespero poucas vezes experimentado com ela. Fitou as costas molhadas de Tarzan, como o chamava, enquanto ele praguejava palavras sem sentido tentando tirar as botas encharcadas.

Quando John sumira por entre as árvores e ela foi voltar a se vestir, desanimada. Tantor e Terk apareceram segundos após que Jane havia decidido voltar ao acampamento e pedir desculpas, mesmo que não lembrasse das palavras certas.

― Onde está os outros da sua espécie, hein? ― Indagou Tantor ― Pensei que você ficava com eles nessa hora.

― Deixa ela aí, Tantor. ― Disse Terk, rancorosa ― Esqueceu completamente da gente porque achou um macho para acasalar.

A face de Jane se tornou vermelha como um pimentão com a observação da gorila.

― Olha pelo lado bom, Terk. ― Comentou Tantor ― Logo você vai ser tia.

Terk gruniu, não gostando da ideia.

― Ele vai afastar Jane da gente. Duvido que vamos chegar a ver os filhotes.

― Quem disse que vou que vou acasalar? ― Falou Jane emburrada ― Nem sei como é que funciona para eles.

― Mas você não está em tempo fértil? ― Perguntou Terk, sem entender nada. ― Como é que eles fazem para acasalar?

― Acredito que não estou no tempo ou Tarzan falaria algo sobre isso. Vou pergunta-lo.

Então, a mulher segurou um dos cipós e se balançou em direção ao acampamento, deixando seus amigos para trás. Contudo depois de pedir desculpas e se perder entre as conversas de John, Jane escolheu não fazer pergunta alguma sobre isso.

.

Já haviam se passado meses desde que chegara na África e John parecia ficar cada vez mais encantado com a mulher selvagem. Jane era esperta, inteligente e adorava sorrir; tinha um coração puro e inocente que o deixava extasiado. Facilmente fora seduzido pelos olhos azuis como cristais que eram tão familiares e o som da sua risada. À noite se pegou imaginando o que aconteceria se eles fossem da Alta Sociedade ― com certeza teria casado com ela assim que tivesse oportunidade, entretanto, odiaria não ouvi-la chamar de Tarzan (o apelido viralizara de forma que até mesmo Clayton passara a chamá-lo desse jeito).

Em uma manhã ensolarada percebera que estava apaixonado. Seu coração batia descompassado no peito e ele sentia uma vontade imensa de beija-la quando a vira tão interessada no livro de figuras de Professor Porter. O magistrado que conhecia aquele olhar, apertou o ombro do aprendiz, assustando-o.

― Quando irá se declarar para a moça? ― Perguntou o homem baixinho.

John coçou a garganta.

― Não sei. ― respondera depois de um tempo ― Não importa, de qualquer jeito vou ter que voltar para casa e ela vai ficar aqui.

― Como você pode saber que ela não vai querer voltar conosco?

Apertou os lábios, indeciso.

― Apenas fale com ela, Tarzan. ― O chamou pelo apelido com um sorriso brincalhão.

O objetivo de John era se aproximar silenciosamente de Jane, porém, ao perceber que estava perto, a mulher segurou seu rosto com força em direção a página que olhava.

― Jane e Tarzan pode fazer isso. ― Ela disse enquanto ele segurava sua mão delicadamente como sempre fazia quando ela exercia sua força sobre ele o machucando, não intencionalmente.

Olhou para a imagem e a fitou de esguelha quando viu que apontava para um casal dançando. Segundos depois ele fora puxado para uma dança desajeitada.

― Espere, eu conduzo você.

Jane admirava a paciência que John tinha para ensinar qualquer coisa para ela, mesmo que ela fosse extremamente ansiosa para aprender. Ele conseguia a acalmar e fazê-la baixar a guarda sem gritar ou com rispidez. O toque suave que ele lhe dava era um contraste às suas mãos ásperas e isso sempre lhe proporcionava um instinto primitivo que poderia confiar nele.

Fora estranho para ela deixar-se levar pelo balanço, sem saber que era necessário uma música para que aquilo fizesse mais sentido. Pisara nos pés de Tarzan diversas vezes, mas ele não parecia incomodado. Na realidade, ele mantinha um sorriso discreto de felicidade que a fez soltar um suspiro.

O que era aquilo que ela estava sentindo?

― Tarzan... ― Ela sussurrou ― Por que Jane sente coração... Err... ― ela deu soquinhos no peito ― Bater assim: tum tum tum, quando Tarzan sorrir? Isso ser ruim?

O estômago de John revirou com aquela revelação tão inocente e sincera da mulher. Com num sorriso maior que o rosto podia suportar, o aristocrata que segurava sua cintura com delicadeza aproximou seus corpos a fazendo prender a respiração.

― Não é nada ruim, Jane. Tarzan também sente isso.

De longe, Clayton observava a cena com cinismo no olhar. Seu plano poderia ter ido em caminhos diferentes, mas com certeza estava indo muito bem, obrigado.

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