Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 10

Vitória foi acordada por sua irmã em um susto.

- Vitória! Vitória, acorda!

- O que aconteceu? - Vitória levantou assustada.

- Temos que sair daqui! - Suzana jogou as coisas de Vitória em cima dela.

- Mas por quê? Não podemos ir com calma?

Suzana, nervosa, puxa Vitória e a coloca diante da janela.

- Está vendo aquilo? Estamos com problemas!

Vitória continuou olhando pela janela e viu o dono da estalagem, que havia abrigado elas noite passada, junto a outro homem, um tanto que idoso, um pouco baixo, careca e que usava uma grande veste branca, como um vestido, e na frente tinha uma cruz vermelha.

- Não eram só as mulheres que usavam vestidos?

- Não é um vestido! É uma vestimenta sagrada, apenas homens especiais usam uma roupa dessas, ele é chamado nas casas para curá-las!

- Como ele poderia curar uma casa? - Diz Vitória sorrindo enquanto Suzana tentava bolar um plano de como sair dali andando de um lado para o outro.

- Ele veio pegar a gente, devem ter dito que somos feiticeiras!

- Feiticeiras? Mas elas não estão sendo caçadas aqui?

- Isso mesmo Vitória, devem achar que somos feiticeiras porque não falamos com eles!

- É, foi meio estranho "pedir" um quarto ontem! - Diz Vitória fazendo as aspas com as mãos.

De repente passa um flashback por sua mente.

No dia anterior elas estavam molhadas andando em direção a cidade, o que não era normal, estava bem frio mas não chovendo. Elas bateram na estalagem e um homem as atendeu, um senhor alto, meio forte e com um bigode ruivo enorme. Tinha uma placa na frente da casa informando ser uma hospedaria. O homem começou a cuspir um monte de palavras enquanto ia fechando a porta. Suzana segurou a porta impedindo o homem de fecha-la, como já disse antes elas eram bem mais fortes que qualquer humano, ela segurou a porta com uma mão e com a outra levantou uma bolsa cheia de moedas de ouro, em seguida jogou as moedas dentro da estalagem.

O homem nunca havia visto duas moças molhadas com tanto dinheiro assim antes. Na verdade ele nunca havia visto tanto dinheiro assim nunca. 

Ele abriu a porta e as deixou entrar, em seguida fechou a porta e foi andando por um corredor, ao fim deste havia um grande salão com poucas mesas e cadeiras, era imundo, no canto direito do salão tinha uma escada que levava para o andar de cima onde haviam os quartos.

Nas mesas haviam vários homens bebendo e algumas mulheres sentadas em seus colos já tão bêbadas quanto estes, o dono da estalagem tinha nojo desses homens, mas não tinha escolha, era isso ou morrer de fome junto com seus dois filhos órfãos de mãe, uma menina pequenina e um rapaz já na adolescência.

Ele foi andando na frente conduzindo elas até à escada.

- Andem rápido, estes homens imundos sujam meu estabelecimento!

Eles estavam andando em fileira por entre as mesas. Um homem que estava com mais outro rapaz em uma mesa passou a mão na bunda de Vitória, esta por sua vez deu um giro e parou com uma faca em seu pescoço. O homem, obvio, ficou assustado mas nada poderia fazer, tudo o que ele tinha em mãos era uma garrafa suja de vinho. Elas continuaram andando, o dono da estalagem havia percebido que essas damas eram diferentes, mas talvez elas fossem de outro lugar, não deu muita importância ao ocorrido. Ele subiu as escadas com as jovens, no andar de cima haviam ao todo catorze quartos, ele as levou até o último quarto que ficava no fim do corredor.

- Espero que tenham uma boa noite de sono. Eu ia oferecer o jantar, mas meu filho mais velho saiu para caçar e ainda não voltou! Têm roupas quentes ali no baú. - O homem apontou para um baú que havia em baixo da janela - E servimos o café ao nascer do sol, se quiserem comer estejam de pé antes deste! 

Suzana apenas olhava o homem enquanto Vitoria tirava sua bolsa das costas e a jogava no chão, não disse nenhuma palavra.

- Bom, então... Espero que fiquem confortáveis! - O homem saiu batendo a porta.

O quarto delas não era luxuoso, mas era o suficiente para passarem aquela noite. Haviam duas camas de solteiro feitas de madeira e com colchões de palha. Não haviam cobertores, apenas lençóis feitos de um pano tão grosso que poderia ser comparado ao tão conhecido pano de saco de batatas. Entre as duas camas havia uma janela, e em baixo desta um baú com roupas para homens ou mulheres. E ao lado da cama do lado esquerdo do quarto havia uma cadeira velha e ao lado da cadeira um balde para as necessidades.

Depois que o homem saiu Vitória já foi tirando o seu vestido, jogou sua bolsa de couro no chão mesmo, e o vestido molhado em cima da cadeira. Suzana fez o mesmo, quando abriram o baú pegaram a primeira roupa que viram. Vitória vestiu-se com um vestido Verde de mangas longas e justas, cintura justa com uma espécie de fita trançada nas costas e a saia longa. E junto com o vestido havia uma capa com capuz, ela jogou a capa na cabeceira da cama e deitou para dormir. Suzana colocou um vestido vermelho no mesmo estilo do de Vitória.

Voltando.

- Não foi estranho! Apenas não dissemos uma palavra! - Diz Suzana ainda andando de um lado para o outro - O que eu não consigo entender é como esse homem santo descobriu que nós estávamos aqui!

- Por que o medo Suzana? Não somos feiticeiras! 

- Como vamos provar isso a ele se nem podemos falar? E mesmo se falássemos não acreditariam! Olha para nós! Temos armas pesadas aqui, espadas, arco e flecha, e agora essa besta que você pegou daqueles rapazes! Com certeza eles não vão nos olhar como simples donzelas!

- E o que vamos fazer? - Diz Vitória colocando sua capa.

- Temos que fugir, agora!

Lembram do rapaz que tentou alisar Vitória na noite anterior? Pois é meus amigos, ele não achou nada normal uma donzela tão bonita ter tanta habilidade com uma faca. Sim, ele foi chamar o padre e teve tanto medo da moça que ficou na própria igreja esperando o padre retornar.

As jovens saíram do quarto e foram andando de fininho pelo corredor para não acordar ninguém, mas foram assustadas por uma porta abrindo.

- Papai? - Disse uma linda garotinha ruiva saindo de um dos quartos.

As moças ficaram olhando ela como se a garotinha fosse um pequeno monstrinho.

A garotinha parou em frente as duas irmãs e as ficou encarando enquanto coçava os olhos recém acordados.

- Oi. Vocês viram meu papai?

Ela era tão fofa que dava vontade de apertar, mas Vitória tinha que se controlar, não poderia se deixar levar por aquelas sardinha e nem mesmo por aqueles enormes olhinhos azuis.

- Oi, vocês sabem falar?

- Suzana, ela pode nos ajudar! - Diz Vitoria sussurrando no ouvido de Suzana.

Suzana encarou sua irmã concordando com a ideia e ao mesmo tempo com um pé atrás.

- Oiii! - A menininha insistiu.

- Oi! - Vitória respondeu a garotinha, passando à frente de sua irmã - Você tem nome?

A menina fez que sim com a cabeça - O meu nome é Emília!

- E o meu é Vitória. Não vimos o seu pai, mas nós vimos um homem mal, que quer nos pegar! Você pode nos ajudar? 

Suzana foi andando de fininho até o fim do corredor e viu que o padre havia entrado no estabelecimento e vinha para a escada.

- Vitória, temos que ir! - Dizia ela sussurrando.

Vitória, pegou a garotinha no colo e entrou no quarto dela com Suzana.

- Fica quietinha aí! - Disse Vitória pondo a menina na cama e colocando o dedo em frente a boca - Xii!

Suzana fechou a porta e se pôs atrás desta, estava a ouvir os passos do dono do estabelecimento, do padre e de dois soldados. Elas podiam ouvir o barulho das espadas.

- Como pode ver Senhor, não têm bruxas em meu estabelecimento! - O homem ruivo abriu a porta do quarto de sua filha, esta estava na cama, e as duas irmãs atrás da porta.

O padre olhou para o quarto e não viu nada, apenas a menina sentada em sua cama. O padre continuou andando pelo corredor junto ao homem que ia abrindo as portas e  mostrando os quartos.

Depois que a porta do quarto foi fechada, elas duas sentiram um verdadeiro alivio.

- Vamos Suzana! - Diz Vitória indo em direção a janela.

Atrás do estabelecimento tinham cavalos amarrados à alguns troncos, e perto destes havia muito feno.

- Vocês vão embora? - Perguntou a menina.

- Xiii! Sim! Adeus. - Diz Vitória sussurrando.

O soldado que estava acompanhando o padre ouviu a menina falar e julgou que esta não falava sozinha.

Quando ele abriu a porta do quarto novamente, viu a menina e as duas jovens em frente a janela.

- Padre! A menina está acobertando elas! - Gritou o soldado.

O padre veio correndo e viu a situação.

- Ora, então vamos queimá-la junto a elas! - O padre ia entrando no quarto.

Suzana não perdeu tempo e pulou a janela.

Vitória ouviu o que ele disse, iriam queimar aquela inocente criança por sua causa.

Ela puxou a menina para pegá-la ao seu colo e se atirou da janela também, o padre quase conseguiu agarrar sua capa.

- Não percam tempo, vamos atrás delas! - Diz o padre aos soldados que estavam parados, até eles tinham medo de serem enfeitiçados.

Os soldados foram correndo na frente.

- Senhor, santíssimo! E a minha filha? Traga ela para mim! Traga a minha menina de volta! - O homem ruivo implorava ao padre.

- Ela está junto com as bruxas, vai ser queimada junto com elas!

- Não! Não senhor, por favor, ela é uma criança, tenha piedade! - O enorme homem, agora estava de joelhos.

O padre o olhou com nojo e se foi, desceu as escadas e tentou seguir a balbúrdia dos soldados procurando as jovens.

O homem foi até a janela. Viu Vitória com a doce menina no colo e Suzana cortando a corda dos cavalos com sua faquinha.

- Fujam! Eles estão indo atrás de vocês! Fujam, salvem minha Emília!

Vitória ouviu o que o homem dizia, mas não poderia levar a menina consigo, seria sua perdição.

Elas soltaram os cavalos, Suzana montou em um cavalo branco e Vitória em um cavalo negro, puxou sua capa e escondeu a menina, esta era pequenina.

Começaram a cavalgar, quando saíram na rua em frente à hospedaria os soldados às viram.

- Lá estão elas, detenham-nas! Bruxas! Feiticeiras! Satânicas! Peguem! Peguem!

Os soldados corriam e outros subiram em cavalos de pessoas comuns e iam seguindo elas, cavalgaram por uns quinze minutos, mas não conseguiam despistar os soldados, até certo ponto, os cavalos pararam quando viram o rio que cortava aquela aldeia.

- Essa não! - Diz Suzana - Os cavalos não vão atravessar o rio Vitória, teremos que ir!

Suzana desce do cavalo rapidamente, os soldados já se aproximavam.

Vitória desceu do cavalo também, porém não podia entrar no rio, a garotinha não sabia nadar e ela não poderia levar a menina no colo e nadar ao mesmo tempo.

- Vitória! Vamos!

Suzana se prepara para pular no rio e começar a nadar até o outro lado.

- Não posso, ela é muito pequena!

- Vitória, não podemos levá-la, deixe a menina.

- Ela vai morrer!

Os soldados começaram a descer de seus cavalos e irem na direção de Vitória com suas espadas.

- Vitória! - Suzana gritou.

Um dos soldados ia acertar Vitória, ela deixa a menina no chão e puxa sua espada da cinta, quando a espada do soldado se choca com a dela esta se quebra.

Ela gira e com um chute no ar joga o soldado longe.

- Ora, sua vagabunda! - Os outros soldados avançam em Vitória.

- Alguém chamou a cavalaria?

Os soldados pararam quando viram a enorme embarcação passando diante de seus olhos naquele rio.

Os vários marujos de José desceram e começaram a lutar com os soldados.

E em minutos todos estavam encurralados.

- Parece que vocês não aprenderam como tratar um dama! - Diz Jaqueline com uma faca no pescoço de um soldado que foi pego por Pietro e com um garrafa de rum na outra.

- Não Jaque, esses aí nunca conheceram uma dama, apenas prostitutas e adúlteras. - Diz José descendo do navio.

- Elas são feiticeiras, estão cometendo um grande erro! - O soldado adverte José.

- Elas não me parecem bruxas! - José olha para Vitória.

Vitória estava em posição de ataque, com uma mão segurava sua espada e com a outra segurava a menina atrás de sua perna, sua capa e seus negros cabelos voavam junto com o vento, e sua face tinha um misto de fúria e pavor.

Suzana estava à beira do rio, quase próxima a Vitória, também em posição de ataque.

- Quem disse isso? O reverendo? - Pergunta José.

- Sim, na nossa cidade não é permitido a entrada de bruxas!

- Mas no meu navio sim, e se elas são realmente bruxas não precisam mais se preocupar, eu assumo daqui! E à propósito... Meus marujos não têm a mesma piedade que eu! - José se vira e vai até Vitória.

Atrás dele cabeças e corações são perfurados. Apenas deixam um soldado.

- Leve esta mensagem para o seu senhor! Diga a ele que a caça às bruxas nesta cidade acaba aqui! - Diz Pietro Segurando o soldado, em seguida o solta e este vai correndo com medo, de volta à cidade.

- Senhorita! - José se dirige à Vitória.

Esta por sua vez aponta a espada para ele.

- Não precisa disso, eu quero te ajudar! - Diz José segurando a ponta da espada de Vitória.

Vitória o fitava com os olhos furiosos. Tinha uma expressão de uma leoa protegendo o seu filhote.

- Vitória, vamos! - Diz Suzana.

- Venham comigo! Eu posso protegê-las!

- Vamos moça. - Diz a garotinha puxando a orla do vestido de Vitória - Vamos com ele!

- Sim, venham conosco, estarão seguras... - Diz Jaqueline.

Suzana vai andando até Vitória.

- Não! É uma péssima ideia! Lembre-se do que eu te falei sobre esse navio!

- Suzana, se entrarmos no navio, podemos dizimá-los lá mesmo! Se conseguirmos a confiança deles podemos jogá-los no mar quando menos esperarem! - Diz Vitória sussurrando com sua irmã.

Suzana ainda com o pé atrás aceita a proposta.

- Sabia que iriam aceitar! Para aonde vão? - Pergunta José estendendo a mão para ajudá-las a subir.

- Para Portugal! - Diz Suzana subindo no navio por uma corda rejeitando a ajuda de José.

Vitória à aceita, pega a menina no colo e sobe no navio.

Ela sabia que se fosse reconhecida estaria perdida, então coloca a sua capa e o capuz sobre a cabeça, Suzana faz o mesmo.

Estavam em perigo dos dois lados, não podiam confiar em humanos e nem mesmo serem vistas com eles, mas em compensação conseguiram um carona até Portugal, iriam atravessar os rios, passar pela França e sair no mar, indo em direção à Portugal.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro