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Capítulo XXXIX



No campo Rebelde, as coisas não acalmavam. Yex passou de cuidar dos feridos a organizar mantimentos e questões táticas a, agora, treinar com os magos do grupo. Tinham começado a marcha para a Capital há poucos dias, avançando de forma dolorosamente lenta. Os feridos já recuperavam, mas nem todos tinham a capacidade de levar o peso dos mantimentos ou de ajudar na montagem das tendas que era necessária fazer todas as noites. Pelo menos a angústia quase física que dantes se sentia no ar começava a acalmar, com os cantares tradicionais a voltar a pouco e pouco e com as histórias à volta da fogueira a darem o seu melhor para manter o moral do pequeno exército.

Havia apenas uma criança entre eles, agora, que o resto das poucas que os tinham acompanhado até ao ataque e ficado justo das tendas durante a batalha tinham sido levadas para trás, de volta a Eshafra e para longe da comoção. Achiq, tinha-se recusado a voltar, jurando a pés juntos que ia ser útil, sim, e que se ia comportar bem e ficar a tomar conta das tendas quando os adultos tivessem de se ir embora. Queria ficar junto da sua mãe, que já estava novamente saudável depois dos ferimentos que sofreu em batalha, mas na realidade o pequeno tinha demasiada energia para lhe passar o dia todo a fazer companhia. Ele corria de um lado para o outro, perguntando histórias aos adultos ou treinando pequenos feitiços com a irmã mais velha que teimava em o acompanhar para todo o lado, e realmente estava a ser mais útil do que qualquer um deles podia ter esperado.

–O que achas que será deles? –perguntou-lhe Inês, referindo-se ao miúdo e à irmã. Avançava ao lado de Yex à frente do grupo. O pequeno tinha ficado para trás depois de tentar os movimentos de luta que a professora de combate lhe ensinara. Dizia estar a lutar com espíritos, ao bater assim no ar.

Yex sorriu. Era difícil não o fazer, ao ver aquele raiozinho de luz a ser docemente ignorante da situação em que estava.

Mas a irmã estava ao lado dele, tão séria quanto sempre, coberta pela sua capa negra que ainda lhe era grande demais. Se Achiq era o sol, Eshn'stra era a sombra. Segundo as tradições de Nyin já era adulta; era das poucas que Yex sabia ter escolhido o seu nome na altura certa, e trazia o brinco na orelha esquerda para o provar. Nem tinha os seus catorze anos feitos, mas já se portava como se trouxesse o peso do mundo aos ombros.

Tinham-lhe roubado a infância. Achiq ainda era um bebé a sua mãe foi capturada pela Torre e acusada de sodomia. Mas 'Stra já tinha memórias daquela fuga, de quando tiveram de fazer as malas à pressa ao saber que a sua mãe não iria voltar, levada pela mão da mãe sobrevivente naquela fuga desenfreada para longe da sua cidade natal . Infelizmente, a rudeza do mundo não poupava as crianças.

–Vão sobreviver, –disse Yex, eventualmente. –Depois de tudo isto acabar, podem voltar a ser crianças.

Inês sorriu ternamente, voltando a virar-se para o caminho. –Achas que isso é possível?

Eshn'stra tinha escolhido aquele nome de propósito. Queria dizer "aquela que se dá à terra", ou que se oferece ao deus do Sol. Tinha sido preciso quase todos os adultos daquele campo para a convencer para não se juntar à batalha de Porto Seguro, e, mesmo assim, ela só ficou para trás porque não queria deixar o irmão sozinho. Ela queria lutar, queria dar-se à causa e à luta, talvez achando-se invulnerável ou pensando que, se o fizesse, as coisas voltariam ao que eram. Queria ser uma guerreira, mas ainda pouco o sabia para o concretizar.

Olhando para ela, Yex via uma Biara mais nova. Mas agora Biara estava morta, e ela não queria que aquele destino fosse também o da pequena.

–Não sei, Inês. Mas a esperança é a última a morrer.

~~~~

Nedoy foi forçado a subir aquelas escadas em espiral. Era difícil manter o equilíbrio ali, ao ser empurrado à força, com as mãos atrás das costas enquanto tentava evitar os guardas e funcionários que subiam e desciam ao lado dele pelos degraus tortos e gastos pelo tempo. Pelo menos o homem que o estava a levar até algum dos andares de cima do edifício não estava a fazer de propósito para que ele caísse ou para lhe magoar o ferimento. Depois de tudo o que passou, seria estúpido morrer por cair escadas a baixo.

Pararam. Naquela zona do topo do edifício quase nem havia movimento, e o guarda afrouxou o seu segurar nas cordas que prendiam as mãos de Nedoy para bater a uma porta. Aquele andar era acima até do sítio onde os Cavaleiros costumavam ficar, e só coronéis e acima é que ficavam tão alto nas torres.

Com sorte, seria Mosé em pessoa. Ou seria azar?

–Entre, –veio uma voz de dentro do escritório, acompanhado de seguida pelo destrancar da porta.

O guarda respirou fundo antes de a abrir. Indicou para que Nedoy entrasse, e ele obedeceu, tentando esconder o seu receio. O guarda, em vez de o seguir, trancou-o lá dentro e ficou de guarda do lado da entrada. Nem se tinha dado ao trabalho de afrouxar os nós que seguravam as mãos de Nedoy antes de o abandonar.

O superior estava sentado do outro lado de uma secretária grande, coberta de livros abertos e de papéis com notas, listas e diagramas, escrevendo alguma coisa num caderno. A sala estava iluminada por duas janelas com barras, na parede atrás dele, que deixavam toda a luz que entrava em feixes concentrados causar sombras ásperas e aguçadas pelos poucos móveis e muitas estantes que enchiam o exíguo espaço. O homem de cara de diabo gesticulou para que Nedoy se sentasse sem sequer levantar os olhos do que fazia, e ele não viu opção senão obedecer.

Estava bem vestido demais para um burocrata. A camisa branca estava bordada a ouro, com símbolos ou escritos numa língua que Nedoy reconheceu do livro que Yex roubou. Não tinha os folhos de pescoço típicos das roupas dos mercadores mais ricos e dos imigrantes mal adaptados, o que era estranho para alguém da sua estação, que podia gastar todo o dinheiro que quisesse em aparências. Pousada sobre as costas da cadeira estava uma larga capa de seda roxa que tingia a luz daquela cor tão cara e que difundia a luz em texturas mesmerizantes. O homem não trazia anéis nem pendentes, mas os botões da camisa eram dourados e os de punho estavam decorados com jóias arroxeadas, condizendo com a capa e com outros detalhes da roupa.

Mesmo com todo aquele brilho, com aqueles detalhes intrincados e mesmerizantes, era difícil desviar os olhos da cara do oficial. E nem era pelas suas feições fortes e belas ou pelo olhar focado que os olhos escuros deitavam sobre o trabalho. O que realmente chamava à atenção nele era a cicatriz que lhe cobria metade da cara.

A pele era irregular e ligeiramente avermelhada. Como um papel amassado que era impossível voltar a endireitar, era assim a textura que lhe cobria a bochecha e que por pouco não apanhava o olho. Descia-lhe pelo pescoço como magma, deixando as falhas de terra seca por ali abaixo, irregular e afiada como se a própria pele lhe tivesse sido arrancada e tivesse tido problemas em voltar a crescer. Nuns sítios, aquelas marcas pareciam só rugas numa face demasiado jovem para isso, mas noutros era como se raízes de árvores lhe estivessem a pressionar sob a pele, a espalhar-se em altos disformes e em quebras à superfície, marcando-o com aquelas imperfeições dolorosas.

–Nedoy, certo? –disse o homem, finalmente levantando os olhos do que escrevia.

Ele deu um pequeno aceno com a cabeça. Mosé riu-se.

–Não tenhas vergonha, homem! Deus sabe que não a tiveste até agora.

Nedoy segurou-se para não tremer. Aquela frase tão inocente tinha em si um tom de ameaça. Não se podia dar ao luxo de incomodar aquele homem, não se quisesse sair dali vivo. Mas também sabia que não podia nunca confiar nele.

–Sim, é Nedoy.

–Não foi tão difícil assim, pois não? Já soube de muito do que fizeste, 1611-04, e deixa-me que te diga que fiquei impressionado! –Mosé encostou-se mais na cadeira, relaxado. –Não é todos os dias que alguém nos trai e sai vivo.

O silêncio que se seguiu foi desconfortável de propósito. Nedoy ainda tinha as mãos atadas atrás das costas, tornando-lhe impossível sentar-se confortavelmente, e Mosé sorria cada vez mais largo ao vê-lo assim. Depois soltou uma risada leve que, em qualquer outra situação, aliviaria a tensão quase física que enchia a sala.

–Bom para ti, zero-quatro, ótimo para ti. E, se quiseres que assim continue, vais fazer com que essa sorte tua me sirva de alguma coisa. Não concordas?

Nem de olhos abertos Nedoy conseguia ignorar a energia que aquele homem emanava. Ele era um buraco negro de magia, o resultado de uma falha qualquer na criação no Universo que o tinha deixado imune à ordem natural das coisas. Era um mago poderoso.

E, mesmo se assim não fosse, ele continuaria sem ter escolha.

–Claro, senhor.

Mosé sorriu ainda mais, fazendo com que a bochecha cicatrizada ficasse ainda mais irregular e enrugada. –Claro. Faz-te de útil, então...–Ele inclinou-se para a frente, olhando-o nos olhos com aquela expressão tresloucada, feita de propósito para o atemorizar. –Diz-me: o que sabes de Yex?

–A bruxa mitológica? –disse, fazendo-se de ignorante.

Mosé fez um qualquer gesto no ar, os seus olhos cintilando. –Eu não quero as lendas nem os mitos, que eu estava aqui quando foram feitos. Eu quero que me contes sobre a real. Estavas com ela em Vitomouro, e ouvi dizer que estavas na mesma estalagem onde ela ficou quando me veio visitar aqui, em Porto Seguro. Foi, não foi?

Nedoy fingiu surpresa. –Senhor, eu não...

Uma dor cortante encheu-lhe cada um dos músculos. Estavam tensos ao ponto de quebrar, desconfortavelmente dobrados contra a sua vontade. Gritou, incapaz de acabar a frase enquanto sentia a energia daquele monstro a esticar-se pelo seu corpo como tentáculos doentios que o prendiam como fios de uma marioneta. Aquele biltre estava a enfeitiçá-lo!

–Ouve com cuidado, zero-quatro, se quiseres sair daqui com vida, –disse Mosé, não relaxando nenhuma parte do feitiço, aparentemente tomando prazer na dor que incutia. –Eu sei que sabes do que ela é capaz. Sei que já a conhecias de bem antes de ela ser capturada, senão terias fugido do ataque dela ou ficado escondido num qualquer edifício como uma pessoa com siso, não a lutar do lado dela. –A pressão ficou ainda pior e Nedoy perdeu até a habilidade de gritar. O ar travava-se-lhe na garganta, asfixiando-o aos poucos. –Andas do lado dos Rebeldes como o traidor que és, a lutar do lado deles e ao lado dela. Eu ainda estou na esperança de que tenhas algumas informações úteis. –Ele sorriu ainda mais, com um divertimento a dançar-lhe nos olhos enquanto Nedoy lutava por respirar. –Se não tiveres nada disso, se não me fores útil, não sais daqui vivo!

O feitiço foi quebrado de uma vez e Nedoy respirou fundo como alguém que estava prestes a se afogar. Ainda lhe doía tudo mas, pelo menos, agora conseguia mexer-se. Mosé ria, ria-se dele enquanto tomava notas no seu caderno como se nada se tivesse passado.

–Que me tens a dizer, zero-quatro? –perguntou levianamente.

Ele engoliu em seco, ainda assustado e confuso com o que tinha acabado de acontecer. O simples olhar que o homem lhe deu, sobre o nariz ainda virado para o papel onde escrevia, quebrou-o um pouco mais por dentro.

–Que sim, senhor. Eu serei útil.

–Ótima escolha, –disse Mosé, ainda a sorrir daquela forma distorcida e sem humor. –Agora conta-me tudo.

Não se atreveu a mentir a Mosé. Duvidava ser capaz de o fazer, fosse como fosse, e ele preferiria ser capaz de sair daquela situação ainda com a cabeça sobre os ombros. E tinha mesmo de arranjar maneira de sair dali. Depois de conhecer aquele homem, aquele monstro, tinha cada vez mais certeza de que a Torre tinha que cair, e ele queria tanto, mas tanto, ser parte disso que se ia recusar a morrer até que o trabalho estivesse feito. Por isso, em vez de mentir, esticou a verdade e omitiu todos os detalhes que pôde. Admitiu que seria incapaz de encontrar os pontos de água até Eshafra sozinho, mas também avisou que a cidade tinha sido abandonada pelos Rebeldes; Mosé não precisava de saber da população que ainda lá vivia, ou que as crianças tinham ficado para trás ao cuidado dos idosos e inválidos que não podiam fazer parte da luta. Contou a verdade sobre os vários ataques às cidades a norte do rio, sobre a sequência de vitórias em todas elas, na pequena esperança de que Mosé pudesse enviar parte das forças da Torre para lá. Contou como tinha escapado de Vitomouro pela mão de soldados Rebeldes depois de uma batalha ganha, e que a cidade estava agora sob o controlo deles e não da Torre, cujos soldados tinham todos sido mortos ou capturados. Viu a ira disfarçada a encher a face de Mosé, e esperou que aquilo o fizesse dividir o exército que por agora ocupava a Capital.

Oxalá fosse tão fácil assim.

–Perfeito, –acabou Mosé por dizer quando a luz da tarde já se começava a difundir e as sombras já ficavam cada vez mais longas. Ele levantou-se da cadeira, relaxado, e dirigiu-se para perto da porta, atrás de Nedoy.

Era impossível não ficar tenso quando o homem saiu da sua área de visão, mas ele temia virar-se. Ser capaz de lhe sentir os movimentos mesmo pelas costas servia de pouco para o acalmar. Ainda não era perfeito nisso e, mesmo se fosse, duvidava conseguir alguma vez ver com a mente com toda a clareza que os olhos lhe davam.

Mosé, sentindo a sua tensão, riu-se. –Relaxa, zero-quatro. Serves-me de mais vivo. Parabéns!

–Obrigado, senhor, –disse, incerto, numa tentativa vã de se acalmar. Mas aquilo só fez o monstro rir mais alto.

Uma luz quente e suave foi acesa para suplementar o brilho decrescente do sol, e finalmente Mosé voltou-se a dirigir para detrás da secretária.

–Diz-me, zero-quatro, que eu não consigo perceber bem. –Sentou-se na cadeira com um baque antes de descansar os cotovelos sobre a mesa. Depois falou num sussurro de cobra. –Qual é o interesse que a bruxa tem em ti?

Nedoy tremeu. A verdade é que não sabia e, francamente, duvidava que até Yex o percebesse bem.

–A bruxa confia em mim, –respondeu.

Mosé sorriu, fazendo um gesto qualquer no ar. –Não. Que a bruxa não confia em ninguém! Tem de haver outra razão para ela ter aguentado contigo este tempo todo.

–Bem, –começou. –Não é só a bruxa que tem interesse em saber como é o funcionamento interno da Torre. Tanto quanto eu sei, sou o primeiro Cavaleiro a...

Deixou a frase desfazer-se. "Trair a Torre" não seria algo que ele quisesse dizer em frente ao seu arquiteto. E ele sabia nem sequer ter sido o primeiro a escapar, somente o primeiro a lutar pelos Rebelder.

Mosé cruzou os dedos e, com os cotovelos pousados na mesa, descansou o queixo disforme neles. O seu olhar era frio e fundo, perigoso como um poço sem água. Ele estava a avaliar Nedoy como um caçador avaliava a presa, e ele não conseguiu evitar engolir em seco em resposta. Isso só fez Mosé sorrir mais, sem nunca mostrar os dentes, desfigurando ainda mais a sua face mal cicatrizada. O que raio lhe tinha acontecido para ficar assim?

–Isso serve, –acabou por dizer, levantando-se de uma vez do sítio onde se sentara. –Levanta-te; esta conversa acabou.

Nedoy fez o que lhe era dito, ouvindo Mosé a abrir a porta para dar indicações ao guarda que ainda ali esperava por ele. Ele avançou incerto até à escadaria, esperando ser guiado de volta a uma qualquer cela para a conveniência deste homem-monstro.

Mosé voltou a fechar a porta do escritório e, mesmo ainda tendo as mãos atadas e um guarda a mantê-lo de olho, Nedoy relaxou um pouco. Ainda tinha a cabeça às voltas com a misticidade daquele encontro, com a forma como se tinha dissociado e lhe parecia que estava a acordar de um pesadelo cheio de questões para as quais não tinha resposta. Foi guiado em silêncio escadaria a baixo. Pelo menos desta vez o guarda deu-lhe mais distância, tentando facilitar a descida incerta, já que Nedoy ainda tinha as mãos presas e não se ia conseguir apoiar no caso de tropeçar.

–Para aí, –disse o guarda, surpreendendo-o. Ele estava preparado para ir até ao rés-do-chão, para passar a noite na sua sob o frio letal do deserto ou numa cela sob a cidade. Em vez disso, o homem abriu a porta de um quarto.

Não se queixaria disso. Talvez fosse mais valioso do que pensava, ou talvez Mosé só o quisesse perto o suficiente para ser chamado numa questão de momentos, mas se isso lhe desse o direito a dormir numa cama em condições, não ia ficar chateado.

–Vira-te, –indicou-lhe o guarda de uma forma surpreendentemente terna.

Desatou-lhe as cordas que lhe prendiam os pulsos e ele sentiu o alívio picante do ar frio nas feridas. Não disse nada enquanto alongou os ombros doridos da posição inatural.

–Desculpa, –sussurrou o guarda, antes de trancar a porta com Nedoy lá dentro.

O espaço estava bem arrumado. As cortinas que cobriam a pequena janela eram translúcidas e espalhavam a luz do sol poente por todas as paredes caiadas a branco. Não era grande e tinha pouca mobília, com apenas duas camas, uma grande secretária e dois baús com chave que serviam de arrumação. Mas, depois do que tinha passado nestes últimos tempos e sabendo quais seriam as alternativas, aquilo era um paraíso. Atirou-se sobre uma das camas, ainda vestido, e ficou a olhar o teto. Tinha lágrimas a picar-lhe os olhos, e ele sabia exatamente porquê.

Aquilo era um quarto de Cavaleiros, igual a tantos outros que partilhou com os vários parceiros que teve durante ao longo dos anos. Os lençóis de linho barato eram exatamente iguais aos que conhecia, e assim era também o colchão suave em que estava deitado, as mobílias, até o tom caiado das paredes. Ele estava de volta àquilo que um dia chamou de casa. Conhecia aqueles espaços como a palma da mão, tendo passado quase tanto tempo em camas idênticas àquela do que no seu quarto de infância. Aquele era o lugar onde sempre tinha pertencido, mas ele odiava-o tanto, tanto, tanto quanto odiava Mosé e as suas regras e Aron e a Torre e tudo aquilo que um dia tinha achado como normal ou até como bom. Estava de volta a um mesmo sítio, um sítio igual a tantos outros só que, desta vez, fazia-o como prisioneiro.

Como raio é que ele acabava sempre naquelas situações, mesmo?

.........

Oie! Digam-me lá: quais são as vossas opiniões quanto a Mosé? O que acham que ele quer de Nedoy, e qual é o seu interesse em Yex e nos Cavaleiros em geral?

Acham que é um bom vilão? >:D

O facto de eu não ter descrito a sua aparência física quando Yex esteve com ele foi uma decisão propositada. Estou curiosa por saber a vossa opinião sobre isso. Como o tinham imaginado? Quão diferente é do que tinham imaginado? Ficaram tão chocados quanto Nedoy com esta revelação?

Não se esqueçam de deixar a estrelinha e tal e coiso. Beijinhos!

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