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Capítulo XXI


–Isto é ótimo, –disse Yex. –Temos informações novas, e já não era sem tempo!

A sala onde o Conselho se reunia estava escura que o normal, para ser mais fácil para os outros verem os riscos que, sob uma lente que filtrava os raios do sol que eram deixados entrar, brilhavam no mapa da Torre. Eram demasiado finos para Yex os conseguir ver claramente, mas Inês já a tinha posto a par do que mostravam.

–Já sabemos quais pontos a Torre conhece, –disse a mais nova no Conselho, jovem de cabelo entrançado que Yex agora sabia chamar-se Biara. –O prisioneiro não teve hipótese de os informar dos que estão escritos nessa tinta "invisível", só temos de nos preocupar com os que estão desenhados a preto. Concordam?

–Sim, –respondeu Inês, e a miúda nem esperou pela resposta de Yex para começar a abrir as pesadas cortinas.

A luz era dolorosa, e ela mal teve tempo de se preparar, mas escondeu-o o melhor que pôde. –Não podemos sabotar os pontos de água, independentemente de os Irmãos saberem deles, –disse Yex, ainda antes de a criança se voltar a sentar, para tentar impedir Inês de se chatear com ela. –Há mais gente que os usa, e não temos forma de os informar a todos.

–E, se tivéssemos, de certeza que a Torre descobriria o que estávamos a planear, –completou Biara.

A porta abriu-se para deixar entrar Mrol, um general que já não servia há décadas e o principal arquiteto de Eshafra. –Ouvi dizer que tinham um mapa?

–Sim, –respondeu Inês, entregando-lho. –Reconheces alguma coisa, tu que eras nómada?

Ele deu uma vista de olhos. –Talvez? –disse, sentando-se à mesa com o mapa estendido à frente. –Reconheço alguns dos poços, mas acho que nunca houve uma rota por aí... –Apontou para um dos pontos assinalados ali. –Vez? Este aqui é pequeno demais para suportar uma tribo inteira, e não é o único pelo caminho que assim é.

Inês levantou-se, baixando-se para abrir um dos baixos armários que decoravam as paredes da sala. A voz soou abafada quando ela pôs a cabeça lá dentro para procurar alguma coisa.

–Isso é ótimo, não é, Mrol? Quer dizer que não temos de nos preocupar com um exército grande, tão cedo. –Ela bateu com a cabeça ao levantar-se e praguejou, mas lá arrastou com ela um grande rolo de papel que prontamente desenrolou sobre a mesa. –Não enquanto eles só souberem desses sítios.

O grande papel era um mapa que mostrava as diferentes rotas que atravessavam o deserto de Nyin. Era um verdadeiro ninho de linhas e de cores, e era assim grande para poder mostrar uma maior quantidade de detalhe. Nos tempos antes da chegada da Torre, o deserto era atravessado por centenas de tribos, cada uma trilhando o seu caminho, cruzando-se nos oásis maiores, nas cidades ou em pontos de importância espiritual. Havia as rotas principais, claro. As mais frequentadas eram que uniam a costa ao interior para lhes levar maioritariamente sal e trazer de volta peles e artesanatos, e estavam marcadas com linhas vermelhas e grossas que até ela conseguia ver, como um fio de lã feito de tantos outros entrançados por causa das mudanças sazonais na caça ou nos pontos de água. O rio que cortava o deserto quase a meio, que começava nas montanhas que dividiam Nyin das terras férteis a poente e ia desaguar na cidade que hoje era a Capital, estava completamente cheio com um azul celeste, cruzado apenas em certos pontos específicos pelas pouquíssimas rotas que uniam o sul e o norte daquele seu deserto. Muitas cruzavam-se sobre o maior templo à Lua, perto do coração do deserto. A deusa da noite preferia ser honrada em templos, edifícios altos que se estendiam ao céu, para ao pé dela. Para o deus do Sol, bastava ter os pés bem assentes na terra e orar sob a luz do dia.

Ela encontrou a rota da sua tribo, uma roda incerta que cobria quase todo o deserto acima do rio, apenas se afastando da área mais costeira. Os oásis dali eram muitas vezes de água salgada, mesmo mais no interior, e saber quais os sítios onde era seguro descansar e beber era tão importante que ela, mesmo séculos depois, não se conseguia esquecer das lengalengas e canções tradicionais feitas como mnemónicas para as suas localizações.

Aquela linha estava marcada com o mais escuro preto, muito mais grossa do que a sua afluência merecia. Tinha-se queixado de passagem, há tantos anos atrás, de não a conseguir ver, e Mrol tinha feito questão de a tornar mais contrastante e larga.

–Estes pontos, –disse ele, apontando entre o mapa da Torre e o que estava aberto sobre a mesa, –não faziam parte de nenhuma rota, mas estão anotados. Eram demasiado pequenos para suportar grupos grandes, aparentemente.

Biara levantou-se e rodeou a mesa para ver ambos mais de perto. –E o que quer dizer este símbolo aqui? É um dos que a rota da Torre passa.

–Quer dizer perigo. Devia ser território de animais perigosos, que era o mais comum, ou talvez sobre solo instável. –Mrol entregou-lhe o mapa, encolhendo os ombros. –Mas nada nos garante que continua a assim ser. Eu vivo em Eshafra desde que foi construída, e não sei de ninguém que siga assim caminhos tão fora das rotas. Bem, a não ser os nossos "amigos" da Torre, ao que parece.

Biara ergueu uma sobrancelha e olhou para Yex. –Quando andas pelas terras da Torre, não evitas os caminhos principais? De certeza de que não queres vir aqui dar uma vista de olhos?

Mrol acenou que não com a cabeça. –Estes pontos são pequenos demais para isso, e a maioria nem tem nome pelo qual ela os pode identificar.

–Mas pela localização...–Ela olhou entre os presentes na sala, não percebendo a questão. Inês levantou-se, mas Biara continuou a falar. –Quer dizer, se alguém souber alguma coisa sobre isto, sobre rotas fora de rotas e pontos de água que já não são usados há gerações...

Yex sorriu, pondo a mão sobre o braço de Inês que estava a ficar protetiva demais. –Isso sim. Mas digamos que ver não é bem um dos meus pontos fortes.

Oh.

–Yex! –tentou Inês interromper.

Yex olhou para ela e sorriu. –Vá lá, se ela chegou ao Conselho é porque merece aqui estar, não é? –Olhou para Biara. –E luzes fortes magoam-me, também, por isso agradecia se pelo menos avisasses quando voltares a tornar a sala mil vezes mais brilhante de repente.

A miúda parecia não ter buraco onde se enfiar, o que era uma pena, visto que nada daquilo era culpa dela. Yex estava acostumada a jogar com as cartas bem pegadas ao peito, especialmente no que tocava à sua falta de visão. Tinha aprendido a compensar bem e, para quem não sabia o que procurar, os seus olhos transparentes seriam verdadeiramente a única pista nessa direção.

–Nada disso importa, –disse Inês para quebrar o silêncio desconfortável, e Biara ficou instantaneamente aliviada de não ter mais toda a atenção sobre si. –Se são estes os pontos que a Torre conhece, isso pelo menos diz-nos que será impossível que consigam trazer um exército até às nossas portas, não é?

Mrol dobrou o mapa da Torre. –Com cavalos a gastar a água, conseguem trazer, no máximo, para aí vinte homens? Por mais mal treinado que o nosso povo esteja, conseguimos lidar com isso, –confirmou ele. –E isso era se conseguissem passar pela parte que os escutas mais recentes mapearam, mas de qual a Torre ainda não recebeu notícias.

–São ótimas notícias, –confirmou Yex. –Significa que podemos mobilizar toda a gente para o ataque, e confiar que Nyin vai continuar a defender Eshafra.

–Então o plano...

–Não vai ter de mudar, –sorriu Yex. –Estava à espera de notícias muito piores, realmente. De tudo o que podia ter acontecido, este é mesmo o melhor cenário.

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O nosso Nedoy é tão teimoso! Ele é daquelas personagens que faz o que quer, independentemente do quão veemente eu consiga ser a dar-lhe ordens. Esta cena não existia no primeiro rascunho porque ele nem conheceu o escuta da Torre, no segundo era completamente diferente porque ele decidiu libertá-lo, e agora foi escrita de raiz OUTRA VEZ porque ele decidiu ficar do lado dos rebeldes!!! Que frustração! Digamos que o Destino está bem chateado com Nedoy por ele não seguir o que está planeado.


Mas nem tudo é negativo, I guess. Este mapa deu-me a oportunidade de falar sobre as antigas rotas de Nyin, um nadinha sobre as religiões do deserto, um bocado sobre a sua geografia e um pouco sobre as origens de Yex. Também foi uma ótima altura para garantir que todos os leitores sabem sobre a falta de visão dela! Sei que alguns gostam de ler nas entrelinhas e que outros preferem que lhes seja diga diretamente e, para a vantagem dos dois, achei que fosse uma boa altura de o começar a confirmar. Há algumas referências a isso em capítulos anteriores, mas não sei se serão suficientes. Alguém suspeitava? Ainda estou a ter de fazer imensa pesquisa e, claro, se alguém quiser falar sobre as suas próprias experiências, eu agradeceria imenso! <3

(Para leitores que vêm da segunda versão para ler este capítulo por eu ter avisado que estava diferente, não se preocupem! Quase não havia referências aos problemas de visão de Yex, muito menos tão cedo na história, e as que havia estavam ainda mais mal feitas do que as que há agora. Vocês são demasiado inteligentes para não terem reparado em nada; fui só eu mesmo que não pus!
Ah, e obrigada pela paciência de voltarem aqui depois de terem lido tudo. Já vos disse o quão PERFEITOS são??)


Beijinhos!^3

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