Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo XV


Yex mal teve tempo de ir buscar o seu arco e as suas lâminas e para agarrar numa bolsa de conservas e num cantil; não havia tempo para mais nada. Os Cavaleiros podiam estar em qualquer sítio, o deserto era enorme e eles já tinham tido tempo de escapar. Os guardas que apetrechavam os cavalos estavam preparados para uma perseguição longa, de dias ou semanas, de sacos cheios de água e medicações. Ela viu o pânico nos seus olhos. Não podia pensar nisso agora.

Eris entrou e dirigiu-se para o cavalo cinza. Nedoy seguia-a, confuso e assustado. A espada brilhava-lhe na mão. Sem mais uma palavra, dirigiu-se à égua branca para a começar a preparar.

–Sabem para onde eles foram? –perguntou Eris, dirigindo-se ao cavalo cinza.

–Não. –Yex cobriu o lombo de Lyin com o pano que o protegeria da sela. –Encontraram um dos pontos de água, só pode, mas agora a questão é saber se voltaram para lá ou se decidiram continuar a trotar para longe daqui.

Eris era lenta a preparar a sua montada. Nedoy era mais rápido a apetrechar o cavalo branco, anos de prática mostrando-se na eficácia dos seus movimentos.

Yex conhecia o deserto melhor que ninguém, e achava que sabia para onde aqueles Cavaleiros tinham fugido. Mas para já, aquilo não era mais que um palpite, um instinto.

–Tens a certeza que queres vir? –perguntoy a Nedoy enquanto guiava Lyin para fora do edifício. Talvez ele conhecesse aquela gente. Talvez tivesse até treinado com eles. Seria capaz de os capturar?

Ele só acenou com a cabeça. Yex olhou à volta, para Eris e para os guardas que preparavam os outros cavalos, e acenou-lhe de volta.

Não demorou até ele estar a seu lado, montado sobre a égua branca. Eris demorou um pouco mais e, assim que ela montou, Yex trotou para fora da cidade.

–Não vais esperar? –perguntou Eris. –Estão a criar um sistema para garantir que se verificam todos os sítios, e...

–Não, –respondeu Yex. –Isso vai demorar demasiado tempo, e se alguém é capaz de os encontrar, sou eu.

Eris olhou-a por mais um momento, mas acabou por concordar. Não demorou até que os três abandonassem as ruas pavimentadas da cidade e sentissem a gravilha grossa sob os cascos dos cavalos.

Teria sido aquele par o primeiro a descobrir Eshafra? Será que a Torre já sabia da localização dos pontos de água que os guiavam até ali?

A constelação de luzes de todas as pessoas que viviam na cidade já começava a ficar tosca pela distância. Ela respirou fundo e fechou os olhos —com o sol ainda tão forte a cegá-la não é como se lhe fossem sequer úteis— para se focar em tudo o que sentia. Era difícil fazê-lo montada sobre o cavalo, mas felizmente a combinação da sua memória muscular com o treino de Lyin significavam que a tarefa não era impossível.

Sentia o calor do sol a bater-lhe nas costas, a tocar todo o solo a depois emanar dele, ofuscando o que se podia esconder sob as suas areias. Sentia a energia esforçada do cavalo negro, sob si, e, atrás de si, dos outros animais que carregavam com Eris e com o Cavaleiro. Só esperava estar a ir na direção certa, porque se os escutas da Torre estivessem algures atrás do brilho de Eshafra, ser-lhe-ia quase impossível detetá-los. Para já, sentia o voo das aves invisíveis sobre eles, e tentava lê-lo por dicas de onde os intrusos podiam estar.

Aquilo junto da terra podia ser só um grupo de animais. Aproximou-se na mesma e, quando conseguiu finalmente ler a marca inegável de dois humanos, redirecionou o cavalo e começou a avançar mais rápido.

Eles deviam estar do outro lado do horizonte.

–Onde é que vais? –perguntou Eris, carregando a besta que tinha trazido enquanto tentava acompanhar o avanço de Yex.

–Eu sei onde eles estão.

Nedoy acelerou, também, e sacou da espada como se isso fosse fazer alguma diferença. –E qual é o plano?

–Matá-los, –respondeu ela.

O sol começava-se a pôr às suas costas. Conseguiria ficar escondida no seu brilho por mais um bocado. Sentia o brilho dos homens encostados à grande formação de pedras que escondia o ponto de água. Ela sacou do arco, deixou as flechas na mão para ser mais rápida a disparar e acelerou ainda mais, deixando Eris e Nedoy para tráz. Ela dava conta disto sozinha.

Os homens da Torre davam de beber aos cavalos, com certeza pensando que tinham escapado de quem os perseguia. As selas ainda estavam postas, a maioria dos mantimentos sobre elas, talvez porque tinham acabado de chegar. Yex abrandou um pouco, ciente de que os Cavaleiros estavam armados com pistolas carregadas, tentando aproveitar o facto de a visão daqueles dois estar limitada na sua direção por causa do pôr-do-sol atrás dela.

Carregou uma flecha no arco, e disparou contra o que estava mais próximo dela.

Acertou-lhe.

Ele sacou da pistola e disparou, mas a bala nem tinha passado perto dela. Eles ainda não sabiam onde ela estava, e ela aproveitou para disparar outra vez. Os homens saltaram para os cavalos assustados e, de alguma forma, conseguiram fazê-los avançar. Yex voltou a disparar, e a flecha passou perto o suficiente do braço do homem para ele deixar cair a pistola que tentava recarregar. Mesmo daqui conseguia ouvi-lo a rogar pragas.

O parceiro disparou. Esta bala passou mais perto.

Ouviu o bater de cascos a seu lado. Teve que se recordar que não estava sozinha e que tinha mais outras duas pessoas com quem se preocupar.

–Porra, Yex! –Era Nedoy que gritava.

Ela ignorou-o e disparou outra flecha, e depois outra e mais outra. Um dos Cavaleiros foi atingido no braço e deixou cair o frasco de pólvora.

Focou-se em ajudar o cavalo, emprestando-lhe magia. Não podia abrandar agora.

Assustou-se ao ouvir um tiro atrás de si. Nedoy devia ter conseguido apanhar a arma do homem e agora disparava-a contra o dono. Pelo menos tinha pontaria, porque o da Torre gritou em agonia e abrandou o cavalo.

Yex fechou os olhos, focada. Não os podia deixar escapar. Um movimento da mão, e o grito de dor do homem ecoou pelo deserto quando, agarrado à cara queimada por um feitiço, quase caiu do cavalo. Gritava alto, mas voltou a agarrar-se às rédeas como se a sua vida dependesse disso.

O som de um zumbido passou por ela e, nem sequer um instante mais tarde, o homem caiu inerte, inconsciente ou morto, e a corrida do cavalo não demorou até o deitar ao chão.

O parceiro abrandou por menos de um segundo antes de o abandonar. Yex voltou a disparar, aproveitando a mais pequena hesitação para o ferir no braço três vezes com a mesma exatidão de sempre e, quando ele se virou, a espetar-lhe uma no meio das costas que o fez gritar de dor e pânico.

Estava cada vez mais próxima do que perseguia. Fez o cavalo saltar sobre o corpo do outro, chegando-se cada vez mais ao que ainda fugia. Os cavalos começavam a mostrar o cansaço de uma corrida tão desenfreada. Apenas Lyin, suplementado pelos feitiços que Yex lhe fazia, estava tão rápido quanto de início.

Mais um tiro. Ela estava perto que chegasse para ver o sangue jorrar do braço do soldado atingido pelo chumbo que Nedoy tinha roubado ao parceiro inconsciente. Yex tinha alcançado o fugitivo, e agora cavalgava a seu lado. A segunda flecha que Eris atirou falhou por pouco e o soldado, com o cavalo cansado e o desespero a dar-lhe forças, sacou da espada e tentou atacar Yex. Ela afastou-se, deixando Eris ultrapassá-los para forçar o da Torre a mudar de rumo. Mas o cavalo assustou-se, levantou as patas frontais, e Eris mal teve tempo de se desviar do caminho para não ficar ferida. O fugitivo, com o braço a jorrar sangue, nem teve hipótese de se agarrar e caiu ao chão com um som horrível.

Yex saltou para o chão. –Quem mais sabe o caminho para Eshafra? –perguntou, irada.

O homem lutava por se levantar, mas não respondeu.

Oh não, não. Ele não tinha a opção de não responder. Yex disparou três flechas consecutivas, cada uma a se espetar numa linha reta, cada uma mais próxima do pescoço do ferido.

–Os Irmãos sabem o caminho para aqui? –gritou, irada.

O fugitivo conseguiu levantar-se, com o braço ferido a pender-lhe inerte ao lado e a outra mão a agarrar a espada com força suficiente para lhe tirar a cor das mãos. Os olhos dele pareciam feitos de terror puro. Yex riu-se e deu um passo em frente, nocando uma flecha no fio.

–E se eu te disser que não podes fazer isso, cavaleiro? –ameaçou. Puxou o fio para trás.

Nedoy correu para ali, de espada na mão, e ela acalmou o fio para não o ferir. Ele conseguiu desarmar o homem que, demasiado ferido para reagir, não montou qualquer resistência. Caiu de costas, gritando mais alto que nunca quando a flecha espetada nelas o atravessou um pouco mais.

Yex pegou na espada que ele deixou cair e encostou-a ao pescoço dele. A sua voz soou gélida e controlada.

–Eu fiz-te uma pergunta.

Ele piscava os olhos para esconder as lágrimas e engoliu em seco, ainda se recusando a responder. Ela pôs-lhe o pé no peito e empurrou, forçando a flecha a cortá-lo ainda mais.

Alguém lhe tocou no braço, e ela saltou para trás, em alerta. Era só Nedoy. O ferido tentava-se levantar, mas não demorou muito até parar de se mexer, fraco demais para se mover ou talvez já inconsciente pela dor.

Só agora via o olhar de medo puro nos olhos de Eris. Nedoy escondia-o melhor, mas sob as camadas de frieza e de preocupação, ela conseguia ver que o falso Cavaleiro tinha tanto medo dela quanto todos os outros. Yex não se importava.

Voltou a montar sobre Lyin, cansada, o pôr-do-sol a tirar-lhe a hipótese de recarregar baterias.

–Vou ver se consigo apanhar os cavalos fugidios, que podem dar jeito.

–Yex... –chamou Eris, a medo. A bruxa olhou-a. –Ele ainda está vivo. O que é que... O que... –sussurrou, sentido o pulso fraco do ferido.

–Ótimo, –respondeu Yex, virando-lhe as costas. –Mais uma razão para ir buscar os cavalos. Esse vem connosco para Eshafra.

Eris acenou com a cabeça, ainda a medo, e começou a fazer o que podia para manter o cativo vivo. Nedoy montou o seu cavalo e, sem mais uma palavra, saiu na direção oposta para tentar apanhar os animais fugidos.

Ia ser uma longa noite.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro