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Capítulo III


Estavam quase na cidade e, com a ajuda dos guardas locais, talvez conseguissem capturar a bruxa com vida. Ela era uma assassina treinada com uma mestria da magia que poucos ainda vivos poderiam sequer pensar em igualar. Se fosse ele a devolvê-la à Torre, de certeza que todos os seus pecados seriam perdoados.

Além disso, estaria a fazer a escolha certa, ao livrar o mundo dela.

A cidade espreitava sobre o horizonte, mais umas horas e já lá estaria, mais umas horas e ver-se-ia livre dela. Só mais um pouco e podia voltar a ser um Cavaleiro. Já estava a contar os minutos! Ve vez enquanto olhava para Yex de relance, à procura do momento em que ela mudaria o rumo para se afastar da cidade, para poder fazer o melhor que pudesse para a impedir. Ela parecia entretida a observá-lo de canto e, talvez distraída por isso, ainda não tinha virado.

Um par de guardas já avançava na sua direção, a pé, e ele teve que se forçar a manter o passo para não ir a correr ter com eles. A bruxa continuava a seguir a seu lado, sem dar sinais de sequer desacelerar. Olhou-a com cuidado, à procura de alguma arma, mas tinha quase a certeza que ela não tinha pistola e o arco estava bem guardado, sem corda, às costas do cavalo. Ela não achava que podia entrar numa cidade e evitar captura, pois não? É que eles já estavam tão perto dos guardas, e a bruxa ainda não tinha mostrado qualquer intenção de lhes fugir. Nedoy endireitou-se na sela, preparando-se para os receber.

Até que Yex lhes acenou.

–Já de volta, Yex? –perguntou um deles.

Nedoy tinha a certeza que ia cair para o lado, mas agarrou-se antes que isso acontecesse. Eles conheciam-na?

–Que vos parece? –sorriu ela. –Mas estou só de passagem.

–Como sempre.

O grupo riu-se, e Nedoy agarrou as rédeas com mais força.

Isto era impossível! Ela era uma traidora, um monstro, e eles tratavam-na assim, com amigabilidade? Seriam tão covardes ao ponto de ignorar uma criminosa tão perigosa para evitar um confronto? Se calhar eram também eles traidores à Pátria.

–Sim, como sempre, – respondeu Yex. – Vejo-vos esta noite? –perguntou ela, avançando sobre o cavalo negro para entrar por entre os edifícios.

–Claro, Yex. Oh, mas antes de ires...

Era agora. Ela virou-se para trás na sela, nem se dando ao trabalho de redirecionar a montada.

–Dizes-nos quem é este?

Ele sentiu o seu sangue a ferver. Quem era ele? Ele era um Cavaleiro! Certo, talvez já não fosse bem um Cavaleiro, mas eles não tinham como saber isso quando ele estava coberto das insígnias da Torre e, mesmo que já não fosse da Torre, pelo menos não era um traidor perigosíssimo, em fuga da lei há décadas! Com campónios destes a "proteger" o interior do continente, não era chocante que esta maldita Original ainda estivesse viva, ou que as rebeliões se estivessem a alastrar.

Yex só encolheu os ombros. –Não faço a mais pequena ideia. Só viemos juntos até à cidade; ele está por conta própria.

Os guardas acenaram-lhe com a cabeça. –Muito bem. Vemo-nos esta noite, então.

E ele estava demasiado chocado para a conseguir impedir de ir embora.

–Nome? –O guarda perguntou, redirecionando a sua atenção para Nedoy com um olhar aborrecido e uma lista de papel na mão.

– O que é que estão a fazer? – disse ele, quase gritando. – Vocês sabem quem ela é? Sabem os crimes de que é culpada, e deixam-na entrar assim numa das cidades da Torre, seus mal-treinados?

Os dois homens entreolharam-se, ligeiramente preocupados. – É Cavaleiro, senhor? Está acompanhado?

–Sou Cavaleiro, sim. Nedoy, filho de Nuno, número de identificação 1611-04. – Cuspiu as palavras enquanto arregaçava a manga direita para mostrar a tatuagem que o marcava como propriedade da Torre, que certificava o que ele tinha acabado de dizer. – Vocês não podem simplesmente deixar a bruxa ir, ela tem de ser capturada.

Um guarda passava os olhos pela lista enquanto o outro se tentava justificar.

–Ela é mítica, senhor. Se lhe pedissem para prender Ulisses, fá-lo-ia? Além disso, ela nunca fez nada para magoar inocentes e já não atenta contra a Torre desde que os Originais perderam a primeira guerra! E além disso, – repetiu – se for tão poderosa quanto se diz, nós não temos qualquer hipótese de a capturar, pelo menos não com vida, como a Torre quer. Ela arrancaria toda esta cidade do mapa!

O outro guarda, o que tinha a lista, deu um encontrão ao outro para lhe chamar a atenção. Inconscientemente, Nedoy levou a mão à arma. Não lhe serviria de muito; só tinha uma bala carregada, e eles eram dois. Seria possível que as notícias do seu exílio já tivessem chegado a essa vila no meio do nada?

– Parece que o senhor não pertence à Torre. Sabe que é crime impersonar um Cavaleiro?

– Eu não estou a impersonar ninguém! Eu sou um Cavaleiro, independentemente do que essa lista viscosa diga.

–Nedoy, filho de Nuno, –repetiu o guarda, de papel na mão. –Seja como fôr, sabe que não é bem vindo aqui.

Ele sabia isso perfeitamente, mas eles tinham deixado Yex escapar e, com ela, as suas esperanças de voltar a servir sob a Torre. Como é que a deixavam passar a ela, mas tentavam prendê-lo a ele? Como se atreviam!

–Pensei que ela também não fosse, –retorquiu. – Ela é culpada de crimes muito piores do que aqueles de que sou acusado.

Ambos os guardas levaram as mãos ao coldre. Aquele momento de silêncio pareceu durar uma eternidade.

–Tu mataste um dos teus. Pelas costas, ainda por cima. –Nem o sol queimante do deserto conseguiu impedir o arrepio que lhe subiu a espinha. –Não há crime mais hediondo que esse.

Ele tinha dificuldade em manter os dois na sua linha de visão, e eles sabiam-no. No espaço aberto fora da cidade, eles afastavam-se a pouco e pouco um do outro, forçando-o a dividir a atenção. Fazia-lhe falta um parceiro em que pudesse confiar, e o facto de isso ser culpa sua não o tornava mais fácil de aceitar.

–Eu sou inocente.

–Porque é que fugiste, então?

Ele mandou o cavalo recuar um passo, e depois outro. Os guardas estavam a tentar bloquear-lhe a saída; ele conhecia aquele truque tão bem quanto as costas da sua mão. Alguns fregueses da cidade já se tinham posto à espreita, também, reduzindo-lhe ainda mais as hipóteses. Ele não queria magoar ninguém.

–Se és inocente, traidor,não deves ter problema em passar uns tempos connosco até podermos ir buscar um Inquisidor.

Quase tremeu com essa palavra, mas conteve-se. Não podia ser. Não a ele.

–Claro que não. Mas tenho a certeza que ele ia adorar ouvir tudo sobre a vossa relação com a bruxa, não acham?

As expressões dos guardas mudaram num instante. Sabia que parecia ameaçador mas, naquele momento, tudo em que conseguia pensar era como sair daquela merda em que se meteu. Ele sabia que não ia conseguir fugir para sempre, e ter ido até uma cidade tinha sido um erro que lhe podia custar a vida.

–Quem acreditaria na sua palavra sobre a nossa? –Um deles quebrou o silêncio, o mais corajoso de entre os dois. Mas a sua voz deixava claro que tinha tanto medo da Inquisição quanto Nedoy. –És só um traidor. Não tens lealdade a nada. E é óbvio que mentirias para te safar.

Nedoy riu-se em resposta. –Não iam precisar de acreditar em mim. Toda a cidade a conhece, não é? –gesticulou para a pequena multidão de curiosos que se aproximava aos poucos. –Vão-se encontrar com a bruxa hoje à noite! E já nem é a primeira vez que ela por cá passa. Tenho a certeza que haverá gente que contará a verdade ao Inquisidor.

O suor nas testas dos homens não era causado pelo calor. Um finalmente tirou a mão do coldre.

–Talvez não haja necessidade para o chamar. Mas isso não nega o facto de ires passar uns bons tempos na nossa cadeia. Inocente ou não, roubaste o Cavalo e a pistola à Torre; isso é algo que podemos provar.

A multidão, achando aquele acordo muito pouco interessante, começou a dispersar.

–Algum oficial superior há sempre de vir, e tenho a certeza que também estará interessado na minha história.

Os homens entreolharam-se. A única maneira de se livrarem daquele problema era livrando-se dele, e ele tinha a esperança que eles optassem por simplesmente o deixar ir embora em vez de... bem.

–Deixa a pistola e o cavalo. Podes ficar cá esta noite, mas não mais que isso.

–O cavalo fica comigo. –Os homens trocaram olhares silenciosos. –Fiquem com a pistola, mas a Preciosa fica comigo.

O silêncio foi pesado por um momento, enquanto eles ponderavam. Já só havia meia dúzia de gatos pingados a presenciar o evento.

–Deixa a pistola. E, se te voltarmos a ver, sofrerás as consequências.

Nedoy acenou com a cabeça, aliviado.

–Eu vou agora soltar o coldre, – disse, tentando evitar levar com um tiro por as mãos se terem aproximado da arma. Devagar, perfeitamente ciente de que os guardas podiam sacar das próprias pistolas num instante, soltou o coldre do cinto sem o abrir e, com muito cuidado, deixou-o cair no chão.

Um dos guardas veio recolher a arma, mas ele não esperou por permissão para finalmente avançar por entre os edifícios da cidade, à procura de sombra.

Bem,aquilo não tinha corrido conforme o esperado

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