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13 - "O Grande Dia"


— Meu Deus, Hobi, não sei se foi uma boa ideia ter feito isso no cabelo. — diante do espelho, Jimin encarava o novo tom dos fios.

Naquela manhã, quando Hoseok foi para a casa dos alfas, com a intenção de ajudar Jimin com os preparativos para o casamento, uma ideia bastante inusitada inundou a mente do ômega. Se Jimin iria mudar completamente de vida, por que não mudar também a cor dos cabelos?

Estava à disposição de Jimin uma maquiadora, um cabeleireiro e alguém especialmente cuidando de seu traje. Jimin dispensou de cara a maquiadora, não queria passar o dia todo sem poder tocar no próprio rosto e correr o risco de seu rosto "derreter". Com o cabeleireiro, ele pretendia aparar um pouco os fios, mas o Jung o impediu de se aproximar do amigo com uma tesoura. Pelo contrário, manteria o comprimento e modificaria sua tonalidade. Jimin, ingênuo, concordou. Só não imaginou que a cor escolhida pelo melhor amigo seria tão...contrastante.

— Você está lindo, Jiminie. Tenho certeza que o velho Jeon vai cair duro ao te ver entrando na nave, nesse maravilhoso terno e com esse cabelo esplêndido! — Hobi o observou de cima a baixo.

Mais uma vez, olhando para sua imagem no espelho, Jimin concordou que o terno era maravilhoso. Todo marfim, com apenas a gravata preta.

No geral, em casamentos de alfas com ômegas, eles usavam branco e preto. Segundo a tradição dos betas, o terno casual para um casamento era mais neutro, enquanto a noiva usava branco, que significava a pureza de sentimentos que ela entrava naquele relacionamento. Porque nada poderia ser mais puro que o amor. Para os alfas e ômegas, um usava terno branco com gravata preta, e o outro o inverso, terno preto com a gravata branca, simbolizando Yin e Yang, uma dualidade para mesclar naturezas tão diferentes, mas que se completavam. Fechando o ciclo de que um pertencia ao outro.

O que não estava deixando Jimin muito satisfeito, era seu cabelo extremamente loiro. Tão loiro beirava o platinado. Hoseok escolheu a cor por achar que Jimin ficaria lindo com ela (ou a falta dela), e porque ele ficaria muito atraente com o visual repaginado. O ômega tinha um gosto um tanto quando espalhafatoso, pensou Jimin quando viu o cabelo pela primeira vez.

— Acho que é melhor chamar o cabeleireiro, não vou aparecer assim na frente de todo mundo. — Jimin ficou nervoso.

— Nada disso, não dá tempo para fazer isso agora, já estamos há poucos minutos do casamento. E aqui não tem o necessário para ele fazer o que precisa.

Jimin e Hoseok estavam em uma sala privada, a poucos metros de onde correia a cerimônia. Ainda nervoso, Jimin começou a caminhar sem rumo, indo e voltando dentro do cômodo.

— Onde está Jinhyon?

— Ele me mandou uma mensagem dizendo que já está vindo para cá com o seu alfa Kim. — sentado no longo sofá, Hoseok parecia muito despreocupado, enquanto Jimin estava uma pilha de nervos.

— Hobi! Não acho que seja legal você falar assim do Sr Kim. Uma hora ou outra o Sr Min pode acabar ouvindo e não gostar.

— Não é como se vocês ainda fossem dividir a mesma casa. Pelo contrário, agora você tem seu próprio apartamento. Claro, não ficará lá hoje, mas isso é só um detalhe. — Jimin ficou mais nervoso. — Jiminie, pare de andar feito barata tonta, está me deixando enjoado.

— O Sr Jeon não é um velho nojento e asqueroso, como aquele que vimos na internet. — Jimin parou, mas suas mãos ainda se mantinham em movimentos, os dedos entrelaçando uns nos outros.

— Isso é ótimo! — levantou empolgado. — Não vai terminar a consumação todo babando e cheirando a gente velha.

— Hobi, você não entendeu. — Jimin se aproximou e falou bem baixo. — Ele é um alfa de 27 anos. Imagine só.

— Que maravilha! Na flor da idade, como diria minha avó.

— É aí que está o problema. — Hoseok o encarou confuso. — Tem ideia de quantos ômegas ele já teve em sua cama ? Imagina só se ele tiver gostos... peculiares?

— Mas isso não estava no contrato.

— Exato! Tudo o que tinha lá era que não haveria romance algum, carícias ou toques. E se ele quiser me amarrar e me chicotear?

— Meu Deus, Jiminie, é verdade. — Hobi arregalou os olhos. — Mas ele não teria que colocar isso no contrato, caso goste?

— Não sei, talvez. Porém, pensando um pouco sobre isso, ele não especificou nada além da falta de interesse em ser tocado, quem sabe ele não é um dominador sádico?

— Estilo Christian Gray?

— Não, esse aí detalhou um contrato com seus termos bizarros. E não estamos em um romance esquisito no qual o protagonista se apaixona pela mocinha. Isso aqui é a vida real, e estou com medo de estar em más lençóis.

— Literalmente, não é? — Hobi brincou.

— Hoseok, estou falando sério. — o ômega se aproximou de Jimin e colocou as mãos em seus ombros.

— Você não precisa se preocupar, estava claro no contrato também, que se você o recusar, ele não pode tocar em você. Lembre-se dessa parte. — Jimin sentiu parte da tensão deixar seu corpo ao ser lembrado daquela parte.

— Você está certo. Não vou me preocupar com isso agora, ainda tenho uma carta na manga, que ele mesmo me deu.

— Isso aí. — Hobi o abraçou pelo ombro. — Agora vamos tomar um pouco de champanhe, precisamos relaxar de todo esses esforço mental.

Yoongi conversava com dois advogados do Jeon, que estariam presentes na cerimônia, e o juiz de paz já estava pronto para dar as devidas bençãos e concretizar a união.

O local não tinha sido decorado além de algumas flores, para manter o ambiente mais harmônico. Jungkook não fez questão de um "espetáculo", Jimin muito menos. Concordou com uma cerimônia simples e rápida.

A sala do cartório tinha algumas cadeiras, todas vazias. Jungkook não convidou ninguém além de Yoongi, claro, e seu tio, Namjoon. Ambos poderiam ser suas testemunhas. Caso não quisessem, seus advogados estariam lá para atestar a "livre e espontânea vontade" do Jeon com aquele matrimônio.

Namjoon chegou acompanhado de Seokjin, seu marido. Cumprimentaram Yoongi e trocaram algumas palavras. Sentaram-se e aguardaram a chegada do Jeon. O casamento começaria em menos de 20 minutos.

Taehyung chegou menos de 10 minutos antes do início da cerimônia, acompanhado de Jinhyon. O garoto estava ansioso para ver seu irmão finalmente se casando. Diferente do que ele imaginou, Jimin não se casaria com Hit, e isso o deixava muito feliz.

Além destes, apenas um fotógrafo, para registar a cerimônia, era um completo desconhecido no local. Mas isso era bem comum, as pessoas não costumavam conhecer quem prestava esse tipo de serviço. Apesar de Taehyung ter se prontificado a fazer os registros fotográficos, Yoongi não concordou que ele estivesse no evento à trabalho. Queria que ele aproveitasse um pouco do clima de descontração, já que fazia pouco tempo que havia voltado de uma viagem que fotografou um desfile de moda.

Jungkook entrou na sala do cartório parecendo muito calmo e tranquilo. Cumprimentou seus advogados com um menear de cabeça e, pessoalmente, falou com Namjoon e Seokjin. Ao lado do tio, estava Taehyung, JK o cumprimentou também. Em uma cadeira ao lado de Taehyung, estava Jinhyon. Jungkook não lembrava dele ser um dos filhos de Namjoon e Seokjin. Estranhou, mas não disse nada.

Se posicionou ao lado do juiz de paz e suspirou quando Yoongi parou ao lado dele.

— Você parece bem. — sussurrou.

— Eu estou bem. — afirmou.

— Tão bem que deixou a gravata torta? — JK levou as mãos até a gravata para arrumá-la, Yoongi notou seus dedos trêmulos. — Deixa que eu arrumo isso pra você.

Desde que se tornou adulto e passou a se vestir sozinho, Jungkook nunca precisou de ajuda para colocar uma simples gravata. Quando criança, sua babá fazia o nó da gravata de seu uniforme escolar, e o jovem Jeon aprendeu rápido a fazer um nó impecável. Assim que o viu com o nó todo torto e um pouco amassado, Yoongi soube que ele estava nervoso demais para fazer algo que no dia a dia, fazia de olhos fechados. Porém, não perderia a chance de mostrar ao alfa que ele o conhecia até nos mínimos detalhes.

— Ainda nervoso com as núpcias?

— Não.

— Mentiroso. — riu o Min, finalizando a gravata dele.

— Eu já disse que está tudo bem. Só não estou acostumado a sair da minha rotina, nada de mais.

— Ah, eu entendo bem isso, não é todo dia que se assina uma certidão de casamento. — ainda em tom de zombaria, Yoongi acrescentou.

Evitando dar mais corda para a ousadia de Yoongi, Jungkook procurou assuntos os quais realmente se importasse.

— Ele veio, certo? — Yoongi o encarou com incerteza. Jungkook achava mesmo que se o ômega não tivesse ido, eles ainda estariam ali?

— O que você acha que estamos esperando? Ou melhor, quem?

— Ele pode mudar de ideia a qualquer momento, e pelo que vi, você está por aqui há algum tempo. Ele pode muito bem ter desistido e ido embora sem que você saiba. E nós estarmos aqui feito bobos.

— Se o Jinhyon está aqui, ele não desistiu.

— Jinhyon? Quem é Jinhyon?

Yoongi passou para o lado esquerdo de Jungkook e olhou para o irmão de Jimin. Com um sinal muito sutil, o alfa apontou para o garoto com a cabeça.

— Aquele garoto é Jinhyon. — Jungkook voltou a ficar tenso.

Se havia alguma ligação direta entre o ômega e o garoto, e a presença dele significava a certeza de que ele não havia desistido, qual a real importância daquele garoto na vida do ômega?

— O ômega com quem vou me casar tem um filho dessa idade? — Yoongi comprimiu os lábios para não rir descaradamente da expressão assustada no rosto do Jeon.

— Acha mesmo que há alguma possibilidade dele ter um filho dessa idade? — mas Jungkook não ouviu o que o alfa disse. Primeiro, por estar distraído encarando o garoto. Segundo, pela movimentação atípica próximo da porta.

Yoongi se afastou e foi até lá, deixando JK sozinho, com as ideias confusas. Seu ômega não apenas tinha alguma experiência com a relação à dois, como também já tinha um filho.

Precisarei ser um pouco mais enérgico, no mínimo mostrar certa confiança. Imagine só o que ele pensará de mim com todo esse...nada, que eu possuo de experiência?

Como será que ele gosta de começar o ato? O que devo fazer primeiro, chegar já tirando minha roupa? Não, ele vai achar que sou um maníaco sexual! Devo praticar o ato com as luzes acesas ou apagadas? Não tenho ideia. Quão significativo deve ser o uso dos feromônios durante o tempo que estivermos juntos?

Um verdadeiro emaranhado de perguntas bobas se formou na cabeça dele. Ficou ainda mais tenso.

Quem diria que todo o contrato de casamento seria menos relevante para o alfa do que uma noite de núpcias? Certamente, ninguém.

Jungkook olhou de esguelha para onde Yoongi estava, não conseguia ver Jimin, só uma outra pessoa que ele não sabia dizer quem era, dando atenção ao alfa e mais alguém atrás da porta. Conseguiu controlar a respiração por saber que ele não havia desistido, que estava ali, para finalmente acabar com aquele momento que quase o estava travando todo o corpo de tão tenso que estava.

Limpou a garganta e arrumou a postura, colocando as mãos para trás e entrelaçando os dedos. Yoongi estava se aproximando, enquanto o outro, mais baixo, vinha logo atrás, e parou do outro lado, perto de Taehyung. Imaginou que fosse a testemunha de Jimin.

Enfim, o casamento começaria.

Jimin não queria entrar e fazer todo aquele "suspense" , mas Yoongi lhe orientou a fazer assim, pois teriam registros fotográficos daquela tarde, e não seria de bom tom ele entrar de qualquer jeito.

Respirou fundo, se lembrando das palavras de Hobi, para não se distrair demais e acabar tropeçando. Claro que ele não queria que isso acontecesse, seria vergonhoso demais. Retomou o fôlego mais uma vez e, enfim, passou pela porta de vitrais.

Assim que Jimin deu os primeiros passos adentro da sala, o coração de Jungkook parou na garganta.

Deus...

Ver a foto de Jimin naquela pasta foi impossível não atestar sua beleza. Vê-lo pessoalmente era como ter uma das sete maravilhas do mundo diante de si. Ele engoliu em seco, apertando os dedos uns contra os outros e sentindo sua nuca pinicar. A temperatura no ambiente deve ter subido relativamente rápido, porque Jungkook sentiu a roupa desconfortável e sua testa molhar gradativamente.

O fotógrafo o fez parar durante o percurso, para tirar fotos. Jungkook se permitiu observá-lo um pouco mais. Como todos os olhos estavam sobre o ômega, não poderia ser diferente com ele, assim pensou. No entanto, o que havia de diferente era o fator "impressão". O alfa tinha certeza que se tivesse que dizer algo naquele momento, não conseguiria. Jimin lhe arrancou a capacidade de dissertação sobre qualquer coisa.

O terno que usava lhe caía perfeitamente bem, como se feito sob medida. Apesar dele não caminhar com a graciosidade que Jungkook esperava, ainda era calmo, confiante. Os cabelos claros ressaltaram seus olhos, deixando-os em evidência. Lindo, sem dúvida. Ele colocou a mão sobre o abdômen, instruído pelo fotógrafo, escondendo os dedos entre os botões do terno e elevou um pouco o rosto. Foi quando o alfa puxou o ar com força, quase emitindo um grunhido engasgado.

— Espero que goste da escolha que fiz. — Yoongi murmurou muito baixo em seu ouvido.

Não poderia ser mais perfeito que isso, Yoongi! — sua boca quase acompanhou seus pensamentos. Mas, ao invés de dizer isso, ele apenas sussurrou:

— É satisfatório. — Yoongi olhou-o de esguelha, sabendo bem que não era isso que ele tinha a dizer. Não pela expressão embasbacada que ele tinha no rosto, ainda apreciando a entrada do ômega.

— Foi o que eu imaginei. — o Min arrumou a postura, contendo o sorriso.

Jimin estava sentindo o pescoço pinicando. Na verdade, todo seu corpo estava incomodado dentro daquela roupa, exatamente como o alfa. Não sabia se deveria ou não passar a mão pelo pescoço e eliminar de vez as micro gotículas de suor surgindo ali. Todavia, se manteve como Hoseok lhe instruiu: com a cabeça sempre erguida, corpo ereto e andar confiante, como se nada pudesse abalá-lo. Era difícil. Muito difícil. Principalmente ao se dar conta de quem era o alfa com quem se casaria.

Deus, como era belo.

Alto, ombros largos e silhueta curvilínea, em um terno que acentuava suas formas imponentes como um verdadeiro alfa dominante. Os olhos escuros, lábios finos e cabelos impecavelmente arrumados.

Quando seus olhos encontraram os dele, Jimin quase não conseguiu dar mais nenhum passo à frente. Sentiu as pernas bambear e a respiração falhou.

Ele será o meu marido. Será o meu alfa...
Deus, não vou sobreviver a um alfa como ele. Socorro!

A postura imponente do Jeon diante de Jimin, o fez travar. Ele parou dois passos depois do fotógrafo liberá-lo. Estava apreensivo. Aqueles olhos escuros escondiam alguma coisa, Jimin tinha certeza, e temia pelo que viria com o fim daquele dia.

Jimin encarou Yoongi, que estava com as sobrancelhas franzidas, visivelmente apreensivo. Olhou para Hoseok que lhe sorriu e fez um gesto com a cabeça, instruindo que ele continuasse. Voltou para Yoongi, depois Jungkook. Não conseguiu decidir o que fazer. A respiração falha e seu peito subindo e descendo muito rápido. Os olhos lhe traindo entre as lágrimas, destacando sua vulnerabilidade.

De onde estava, Hoseok o estimulou, diante de sua hesitação.

— Não precisa ficar nervoso, Jimin, isso é normal em um dia como o de hoje.

Olhos nos olhos, os dois ômegas conversavam em silêncio. Hobi sabia que Jimin não estava nervoso, estava apavorado. Jimin soube pelo semicerrar dos olhos de Hobi que, se ele desistisse ali mesmo, ele correria para longe com seu melhor amigo. E levaria Jinhyon consigo, pela forma como envolveu a mão do garoto na sua. E isso foi tudo o que Jimin precisou saber.

Jinhyon...

A decisão dele mudaria a vida de seu irmão, ou o manteria no inferno que ele sempre viveu. Nada do que acontecesse depois daquele dia, era mais importante do que mantê-lo seguro. Afinal, ele era um adulto, sabia que enfrentaria as mais diversas situações em sua vida, fossem elas boas ou ruins. Mas Jinhyon não precisava pagar por suas péssimas escolhas. E não era tão difícil assim escolher.

Ele se casaria, iria para a casa de um alfa que ele não conhecia, consumaria o casamento e daria uma vida melhor para seu irmão, ou voltaria atrás, para sua antiga casa, a mercê de um alfa que ele já conhecia e desprezava mais do que tudo e traçaria um destino miserável e incerto para Jinhyon?

Jimin deu um passo à frente. Depois outro, e outro. Por fim, estava ao lado do Jeon, diante do juiz de paz. Envergonhado, olhou para Jeon, que lhe ofereceu um sorriso amarelo.

Jungkook estava mais do que nervoso, tinha certeza absoluta que Jimin desistiria no momento em que parou no corredor. Podia jurar que viu medo em seus olhos, e que nada o faria mudar de ideia. Se não fosse pelo ômega do outro lado, ele tinha certeza que precisaria esperar que Yoongi lhe conseguisse outro ômega para o matrimônio.

No entanto, o que o intrigou foi, por que ele estava com medo?

— Bom dia, senhores! Estamos aqui hoje para celebrar a união deste ômega com este alfa...



— Por que olha tanto para esse relógio? Está com pressa para ir para casa? — Yoongi parou ao lado de Jungkook, que estava sozinho em um canto do salão. — Espero que isso seja ansiedade.

Desconfortável com a provocação do alfa, o Jeon tomou a taça de sua mão e virou de uma vez o champanhe.

— Não seja ridículo! — devolveu a taça vazia. Yoongi apenas a encarou nas mãos e semicerrou os olhos para o Jeon.

— Será sua primeira vez com um ômega, é normal que esteja ansioso.

— Fale baixo! — puxou Yoongi para mais perto e murmurou. — E eu não estou ansioso.

— Isso só piora tudo. — JK franziu as sobrancelhas. — Se não está ansioso, significa que está nervoso. E pelo jeito como está ficando pálido, acho que nervoso até demais.

— Deus, quando é que você vai dizer algo realmente relevante? Eu estou bem!

— Por que você é sempre tão cuzão? — os olhos do Jeon arregalaram.

— O quê? — sua voz quase não saiu.

— Por que não pode agir como qualquer pessoa normal? Por que finge que não se importa ou sente as coisas que, claramente, sente?

— Você perdeu o juízo?

— Eu, sinceramente, achei que esse casamento pudesse ser a sua salvação. — Yoongi chegou tão perto do Jeon, encarando seus olhos, que o alfa sentia o calor de suas palavras no rosto. — Seja homem uma vez na vida e assuma as responsabilidade de ser...uma pessoa. — Jungkook engoliu em seco. — Eu tenho muita consideração por você, Jungkook, mas se você ousar ser menos que "satisfatório" para o Jimin, eu juro que te dou uma surra.

— Acho que você bebeu além da conta, está falando bobagens. — tentou se afastar, mas Yoongi colocou a mão em seu peito, obrigando-o a permanecer no lugar.

— Nunca estive tão lúcido em toda a minha vida. Eu já deveria ter te dito isso há muito tempo, mas também fui covarde. E se você acha que pode usar contratos para fugir da vida real, lamento te informar, mas você vai quebrar muito a cara com isso. Então, tente ser humano com pelo menos uma pessoa nessa vida. Com aquela que está mudando tudo para entrar nesse seu mundo e almejando um futuro diferente. Não ferre com isso também.

— Jungkook? — a voz de Jin interrompeu a troca tensa de olhares entre os alfas. — Está tudo bem por aqui?

— Está tudo ótimo! — se colocando ao lado de Jungkook, Yoongi passou o braço pelo ombro dele, apertando levemente a área. — Conselhos matrimoniais, sabe como é. — deu uma piscadela para Jin. — Tenho certeza que ele irá refletir muito sobre o assunto.

— Não sabia que já estava casado. — Jin colocou as mãos nos bolsos, lançando um sorriso irônico para o alfa.

— Talvez a única coisa que esteja faltando, seja um pedido. — gabou-se.

— Muito bem.

— Eu vou deixar vocês conversarem. — despediu-se com um gesto de cabeça e saiu.

— Eu vim apenas me despedir e lhe dar os parabéns pelo casamento. Claro, desejar felicidades também. — Jungkook apertou a mão de Jin e recebeu de bom grado um abraço de felicitações.

— Obrigado por ter vindo, sei que é muito ocupado e significa muito ter você aqui.

— Agora que está casado, prometo que nossas visitas em sua casa serão mais frequentes. Namjoon sente falta de passar mais tempo com o único sobrinho.

— Seria ótimo passar mais tempo com ele também.

— Enfim, você é um homem agora! — Namjoon se aproxima, de braços abertos. — Sempre me perguntei se um dia como este chegaria para você. — abraça Jungkook, que demora um pouco mais nos braços do tio.

— Obrigado por ter vindo. Sua presença é muito importante para mim. — sussurra do ouvido do alfa.

— Eu não perderia este momento por nada nesse mundo. — se afasta, ainda com as mãos no ombro do Jeon. — Você é importante para mim, Jungkook. Sempre será minha família, apesar de tudo. — o alfa contrai os lábios, evitando as emoções.

— Eu vi isso, Nam. — observa Jin.

— Não houve nada.

— Olhe só para vocês, dois alfas sentimentais.

— Casamentos são assim, amor. — acrescenta Namjoon.

— Claro que são. Recheados de boas emoções.

— Eu os visitarei em breve. — o Jeon muda de assunto.

— Avise com antecedência, assim, preparo seu prato favorito. — Jin se anima.

— Pode deixar.

— Eu tenho certeza que você escolheu o ômega certo, Jungkook. — Nam insiste. — Ele é tudo o que você precisa. Passei alguns minutos conversando com ele, e fiquei admirado com o quão gentil e carinhoso ele é. E seja paciente com o irmão dele, os mais novos são assim mesmo.

— Irmão?

Antes que pudesse se certificar de que tinha ouvido corretamente, o fotógrafo sugeriu uma foto dos três, e Jin não perderia a chance de agraciar mais uma imagem com seu belo sorriso.

Depois, Seokjin e Namjoon partiram para casa.

— Hobi, pare de ficar encarando ele, isso já está ficando estranho. — nervoso, Jimin vira de costas para a direção que seu amigo tanto olhava.

— Meus Deus, Jimin, ele é lindo demais. Você tem muita sorte.

— Como meu melhor amigo, você deveria dizer que ele tem muita sorte. — Jimin deixa em um canto da mesa, sua taça ainda cheia. Não está interessado em beber.

— Eu sei que você é uma das melhores pessoas desse mundo, mas olhe só pra ele. Rico, lindo e...muito rico. — Jimin revirou os olhos.

— E ainda pode ser louco. — finalmente Hoseok lhe deu atenção.

— E tem como um alfa daquele ser louco?

— Esquece. Você está vislumbrado demais para raciocinar.

— Não tem a ver com isso, exatamente. — Hobi ficou ao lado de Jimin, e falou baixinho. — Sabe, a poucos minutos, ele estava com um casal, pareciam íntimos, e ele me pareceu bastante normal naquela interação. Não me parece um alfa louco depois do abraço que eu vi.

— E você acha mesmo que os loucos são assim, tão evidentes? — o ômega deu um longo suspiro e observou Jimin com pena.

— Eu sei que seu histórico de vida não te permite confiar abertamente nas pessoas, mas todo mundo merece o benefício da dúvida. — Jimin o encarou. — Já pensou na hipótese de você ter um casamento feliz? — Jimin abriu a boca para protestar, mas Hoseok continuou. — Eu não estou falando de você e ele caírem de amor um pelo outro, mas, quem sabe, os próximos anos possam ser bons pra você. Sem se preocupar com as contas, ou com o que comer. Menos ainda com um alfa inescrupuloso te rondando. Talvez, ele realmente só queria de você, o que está naquele contrato e permita que você goze de uma vida que jamais poderia ter, se ainda estivesse em casa.

O sorriso solidário no rosto de Hoseok deixou Jimin pensativo. Sem acrescentar mais nada, e com a falta de qualquer argumento do parte do Park, ou melhor, do novo Jeon, Hobi se retirou e o deixou pensando no que havia dito.

Jimin se virou na direção do alfa, seu marido, e o observou por algum tempo. Ele parecia tranquilo, um homem de poucas palavras, mas ainda assim, tranquilo em meio àquelas poucas pessoas.

No momento em que seus olhos se encontram, Jimin paralisou. Temia ver presunção, arrogância e dissimulação naquele olhar penetrante, mas viu apenas hesitação. Jungkook desviou o olhar e engoliu em seco, desconcertado e tímido.

Sim, talvez, na verdade, um enorme talvez, ele fosse um homem digno, honrado e cumpriria à risca sua parte naquele contrato. Jimin não lhe daria plena confiança, estaria sempre com o pé atrás, mas não custava nada tentar.

Yoongi se juntou a Jimin e abriu um sorriso calmo.

— Vamos lá? — Jimin piscou confuso.

— Onde vamos?

— Jungkook não é muito adepto a eventos, prefere ir para casa cedo.

Todos os pêlos do corpo de Jimin arrepiaram. Havia chegado a hora. Ele teria de ir para a casa de seu marido e consumar o casamento.

— Eu...eu...preciso me despedir do Jinhyon. — Yoongi assentiu somente.

Jimin se despediu de seu irmão e de seu amigo. Tremia mais que vara verde, e Hoseok olhou firme em seus olhos e enfatizou que se nada estivesse certo, ele poderia apenas dizer não, e tudo acabaria. Ele precisava confiar, pelo menos um pouco, no que o Jeon se propunha em cada cláusula daquele contrato. Jimin respirou fundo e seguiu Yoongi, que o aguardava na saída. Ainda trêmulo, mas apostando todas as suas fichas em uma única palavra de três letras.






Oi, galerinha!
Bem, acho que alguns aqui podem ter entendido a ironia no título do capítulo, mas outros não.
Sendo um casamento Jikook, em uma fic destinada a mostrar o nascimento de um romance, muitos leitores podem ter esperado um casamento fofo e cheio de surpresas. Porém, ambos não se conhecem e estão se casando por pura conveniência para cada um. Então, não faria sentido colocar algo glamouroso, para um casamento sem sentimentos. Por isso, queria pedir desculpas e compreensão por parte daqueles que não se sentiram satisfeitos com esse casório, mas estava destinado a ser assim.
É isso, galerinha, até a próxima.

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