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• nota 4

O vento soprava forte e fazia as cortinas dançarem na janela. O barulho dos carros passando na rua me lembrava de casa. Não por serem confortáveis, mas pelo costume dos gritos da cidade fazendo caos na Terra.

Eu tinha apertada entre os dedos aquela caneta vermelha, martelando dentro de mim vozes que nunca se calavam, mas não podiam ser escritas. Castigo infernal daquele que escreve: ter as letras vivas no íntimo, e mortas no papel.

A dor no quarto era presente. Minhas mãos tremiam ao segurar o papel. Imaginei então o quão confusa minha cabeça era. Talvez confusa demais até pra permitir que eu mesma saiba o que está errado aqui dentro. Acredito que não fui feita para amar; só pra escrever. E quando essa escrita falta, preciso colar o que está quebrado aqui dentro pra poder respirar. Eu só pude deixar minha mão tremer, e suspirar pelo vento que fazia barulho na janela.

— Não vou te atrapalhar, só quero pegar um negócio rapidinho. — A voz surgiu no quarto, e ele entrou.

Eu o observei de longe. Algo nele sempre me lembrava histórias antigas e bonitas, daquelas que a gente nunca sabe se são de verdade ou não. Eu não entendo o que é essa ideia maluca, mas sempre a tive. Vi ele tirar a camisa e coçar os olhos depois de bagunçar o cabelo escuro. As pintas em suas costas mostravam uma constelação que eu já tinha decorado, mas nunca me cansava de lê-las outra vez. Ainda de costas para mim, ele bagunçava sua gaveta na procura de uma nova peça de roupa.

Pareceu finalmente achar alguma coisa de seu agrado, então passou o tecido de cor morta pela sua pele bonita outra vez. Os cabelos se bagunçaram mais um pouco e ele bocejou, tentando arrumar os fios negros, que mesmo em plena desordem, estavam bonitos. Os olhos dele brilhavam para seu reflexo no espelho. Sua postura se virou para mim, e então pude vê-lo se aproximar um pouco mais.

— Está escrevendo sobre o que hoje? — Perguntou com a voz calma, se agachando ao lado da poltrona em que eu estava sentada.

— Tintas.

— E o que mais?

— Algo bonito. Mas ainda é um mistério...

— Algum chute para conseguir desvendá-lo?

— Talvez eu escreva sobre você...

— Eu? O que vai falar de mim?

Deixei de lado aquela folha, ela já não importava mais. Me abaixei um pouco até estar com o rosto próximo do dele, decorando cada estrela que brilhava naqueles olhos. Lhe segredei, então:

Tudo.

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