Não estou aqui para contar histórias bonitas. Não estou aqui para respirar a imaginação de outra pessoa. Estou aqui dando duro para conseguir ser eu, e viver com isso. Estou aqui para fingir amar e escrever sobre a dor falsa do sabor da morte lenta. Estou aqui para falar sobre ele, na ordem mais horrorosa que eu consiga chorar.

Estou aqui para dar parágrafos onde vejo graça, fugir das linhas obrigatórias e atirar na minha própria cabeça com cada palavra que escrevo.

Estou aqui para morrer por ele. Sentir por ele. Beijar por ele. Estou aqui para ser livre por ele, e não há humano no mundo que torne isso menos pesado ou mais bonito.

Mas ainda é cedo pra anunciar um fim de mim.

Continuo fingindo que minhas digitais não são minhas, e quem sabe, no penúltimo capítulo dessa novela, eu me permita enfim, beber a vida.