É que eu amo você. E isso é estranho, porque quando tô com você não me importo de sentir as coisas com exatidão. Não me importo de fechar os olhos e deixar que você flua por mim e me faça sorrir.

Amo quando a gente dança na sala, pulando no tapete e no sofá. Amo como você se mexe e canta a melodia como se nada mais importasse. E eu amo quando, nos últimos momentos da música, você para de dançar e me abraça. Vai chegando bem perto e me aperta forte. Amo sentir sua camisa, o cheiro do seu shampoo forte e o nariz gelado na minha testa. Eu amo quando você sussurra que me ama, e tenho uma queda gigante pelos post its agradecendo pela dança que você deixa na geladeira antes de ir embora.

Eu amo você, Nam. Amo você. E tenho medo de acordar e não te ter aqui, porque já perdi muito. Já perdi muito e não posso me perder. Não posso te perder, nem perder suas danças e seus abraços no fim da música.

Continua me abraçando na sala e colorindo minha geladeira com post it, tá?