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Capítulo 8 - AURORA - Parte I



"Eis o melhor e o pior de mim

O meu termômetro o meu quilate

Vem, cara, me retrate

Não é impossível

Eu não sou difícil de ler

Faça sua parte

Eu sou daqui eu não sou de Marte

Vem, cara, me repara

Não vê, tá na cara, sou porta-bandeira de mim

Só não se perca ao entrar

No meu infinito particular"

Marisa Monte – Infinito particular


Ouço duas batidas na porta do meu quarto e peço para entrar. Giulia entra, vestindo o seu conjunto de blazer cor de vinho com o emblema da Casa Fontenelle.

Ajeito-me na cama, com o laptop no colo.

— E aí, está fazendo o quê? — pergunta, sentando na beirada da cama.

Olho para lado e para o outro.

— Como assim? Estou na cama.

— Não, doida. Por que não foi trabalhar agora de manhã?

Reviro os olhos, colocando o laptop na mesinha ao lado.

— Não avisaram para vocês? Estou de férias.

— Férias? Quando que isso aconteceu?

— Tecnicamente, no sábado. Liguei para o RH mais cedo para me certificar disso. Otto acha que eu deveria descansar. Uma grande besteira.

— Será que ele não quer me dar férias novamente?

— Você tirou férias mês passado.

— É. Eu sei. Não reclama, vai!

Aproveito para perguntar a ela sobre o movimento dessa segunda e como estava a organização. Nesse período de pré-colheita das uvas e durante a própria colheita, a Casa Fontenelle trabalha a todo vapor, tanto na parte de produção para receber a safra, como na visitação dos turistas e todas as áreas que eles conhecem. O restaurante e toda a área externa da vinícola ficam abertos e todos os funcionários trabalham arduamente.

Péssima época para as férias. Péssima!

Giulia me tranquiliza sobre o andamento de tudo. A Casa estava cheia e ela aproveitou o período de almoço e pausa na degustação dos vinhos para vir até aqui.

O prédio de visitação da vinícola e a casa ficam na mesma fazenda, com apenas 10 hectares de parreiras estavam entre elas.

— Pablo contou que fizeram as pazes — conta, mudando de assunto.

— É. Apenas vamos com calma. Não está mais chateada?

— Eu senti vergonha pelo meu amigo, só isso.

— Eu também sou sua amiga, Giulia.

— Eu sei. É porque ele estava tão animado com esse pedido. E eu bebi demais.

— Eu só não me sinto pronta para isso — desabafo. — Vai dar tudo certo.

— Claro que vai. Vocês nasceram um para o outro. Vocês se encaixam perfeitamente.

Forço um sorriso.

— Agora me conta: o que pretende fazer nas férias? — Ela aponta para o laptop.

— Eu não tinha nada programado, mas minha mãe logo arranjou algo para me distrair. Bom, é o que ela pensa que fez.

— Ah é? E o que vai fazer?

— Levar o padre para passear.

Ela franze o cenho e deita na minha cama, virada para mim.

— Como assim? O Padre Giovanni está tão mal que vai precisar de babá? Gente! Eu não estava sabendo disso, guria.

— Não. Não o padre Giovanni. O novo padre.

— Tem padre novo nesse fim de mundo?

— Não está sabendo?

— Passei o sábado na ressaca, amiga. E ontem tive que ir até Caxias do Sul com a minha mãe para uma festa de um parente chato e hoje pela manhã não deu nem pra fofocar com o pessoal. Mas me conta... deve ser uma chateação esse novo padre.

— É o seu suposto Filipe — conto, querendo rir.

— Quê? — Ela se senta novamente e faz uma cara hilária.

— O Filipe que conhecemos em Monte Belo na sexta é o novo padre.

Ela arregala os olhos na mesma hora.

— Filipe? Aquele Filipe alto, gato e charmosérrimo?

— Esse mesmo.

Ela tampa a boca assustada.

— Ele me disse! — exclama. — Meu Deus, eu pensei que era brincadeira e acabei dizendo que eu era a Noviça Rebelde.

Giulia permanece espantada e eu começo a rir alto.

— Não ria — pede. — Quase que eu falei que era a Hilda Furacão. Muito pior!

Gargalho ainda mais.

— Sério, Rory! Eu achei que ele estava de sacanagem. Padre? Aquele homão? Você não está se confundindo?

Faço que não quando me recomponho.

— Fui lá pra ver no sábado.

— Que babado! A cidade deve estar polvorosa.

— Mamãe disse que a missa ontem estava lotada.

— É óbvio. Até queria ter ido. Então, você vai ser a guia turística dele?

— Fui convocada.

Ela cruza os braços e faz um bico.

— Por que isso não aconteceu nas minhas férias?

— Quer trocar? — brinco.

— Seu Otto me mataria.

Sorrimos e minha mãe aparece no quarto.

— Oi, meninas. Irei colocar o almoço na mesa. Giulia, você almoça conosco?

— Como resistir a um pedido seu, dona Fátima? — Ela levanta da cama e beija o rosto da minha mãe, saindo do quarto junto com ela dizendo que iria ajudá-la.

Pego o laptop e vejo a lista de alguns lugares que acho que Filipe iria gostar de conhecer. Salvo o arquivo e envio para o meu celular.

Mordo os lábios com a ansiedade. Eu deveria mesmo rir por estar levando um padre bonitão para passear.

Abro o WhatsApp e encontro o seu contato. Ali estava a sua última mensagem, no sábado, aquela que me parabenizava sobre a meu entendimento com Pablo.


"No fim, tudo dá certo.

Estou feliz por você."


Eu não respondi. Não sabia o que dizer. Não estava querendo começar uma conversa ou nada que fosse além do que havia sido.

Ontem passei o dia pensando em como eu deveria me portar diante desses passeios. A melhor saída seria ser exatamente como Giulia havia dito: agir como um guia turístico e só. Eu já havia sido hostess na vinícola. É algo que eu sei fazer. Porém, guias não falam sobre os seus sonhos ou relacionamentos. Eu precisaria me controlar.

Com o WhatsApp aberto na sua mensagem, clico em sua foto no canto superior da tela para aumentar e, sem querer, o aplicativo começa a ligar em uma chamada de vídeo para o padre em um bug desesperador.

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