Capítulo 5 - FILIPE
OIIIII gente!
Amanhã irei fazer uma LIVE no Instagram pra falar sobre os meus livros.... em especial o nosso querido QUE ASSIM SEJA, AMOR. Convido vocês para participarem comigo. É só procurar no INSTAGRAM: juparrini - ME ADD LÁÁÁÁÁ!!! <3
A nossa conversa ao vivo será às 21h. <3 Quero ver todos vocês, viu!
O lançamento na AMAZON será no dia 30 e as postagens por aqui continuarão, mas, claro, quem quiser ler tudo de uma vez o livro estará todo lindão pra vocês!
PENSEM EM UMA PESSOA ANSIOSA PRA VER AS PRIMEIRAS REAÇÕES SOBRE O LIVRO TODO?
Prepare o coração e tenha um lencinho em mãos Padre Filipe e Aurora têm muito a mostrar ainda! O livro é bemmmm grande! <3
Então, vou esperar com o coração na mão a opinião de vocês! É DEPOIS DE AMANHÃ! DIA 30! LANÇAMENTO AMAZON! UHUUUUUUUUUUUU
AHHHH, o livro está no comecinho aqui e cada mensagem, cada comentário sobre a história é lido com muita alegria. Por favor, continuem... isso é um incentivo imenso pra mim. OBRIGADA pelas estrelinhas e pelos comentários! <3 Vocês são incríveis!
Agora... vamos logo para o capítulo, né? Vemmmm Filipe... <3
*****
"Reconhece-o em todos os teus caminhos,
e ele endireitará as tuas veredas."
Provérbios 3:6
Aos 15 anos de idade...
Eu já sabia a diferença da pedra de gelo para uma pedra comum. Na verdade, soube perfeitamente quando vi a pedra de gelo derreter na mão do padre Túlio.
Muitas pessoas se dizem cristãs e têm uma fé semelhante com a pedra de gelo. Quando a vida não sai como planejado e os problemas começam a aparecer, elas desanimam como se tivessem perdido a fé. Assim como esta pedra que sumiu da mão do professor, as pessoas não suportam as atribulações e não aguentam as batalhas. Tal como o gelo não aguentou o calor. Eu escolhi ser como uma rocha das mais resistentes. Resolvi ter uma fé sólida, firme, que não se modifica, e resistir a todas as reviravoltas da vida.
Por isso, nesse momento, eu paro e respiro fundo.
Já faz uma hora que minha mãe está chorando de joelhos no pequeno altar que temos em casa.
Eu precisava ser forte. Precisava me manter firme. A minha certeza havia sido posta à prova algumas vezes, e, depois de ter entendido o significado da fé, ela só vinha aumentando.
***
Estava tão cansado pelo dia atípico que apaguei assim que padre Giovanni indicou meu quarto na sua casa ao lado da igreja. Não deu tempo de pensar em nada, apenas dormi que nem uma pedra.
Acordei às 4:30h da manhã e arrumei as minhas coisas no pequeno guarda-roupa do quarto. Seria algo temporário até conseguir achar uma casa simples para alugar aqui na cidade.
Tomo um banho e visto uma calça de moletom preta, uma camisa de manga cumprida, calço o tênis e faço a minha reza matinal. Sem querer acordar o padre Giovanni, abro os armários da cozinha para procurar o pó de café. Ele havia me dito para que me sentisse em casa.
Correr é o meu hobby. Eu precisava do vento no rosto para despertar completamente. Diante do pouco que vi ontem, acho que teria bastante lugar para isso.
Imediatamente eu me lembro da Aurora. Fecho os meus olhos e ainda consigo ouvir a sua doce voz em meus ouvidos. Lembro-me de sua dor ao falar do seu pai. Tínhamos um vazio mútuo. Talvez isso tenha me deixado ainda mais afeiçoado a ela.
Espero que ela esteja melhor hoje.
Saio da casa e corro pela cidade logo depois do dia nascer. Cumprimentei com bom dia as poucas pessoas que encontrei na rua. Uma hora depois, entro de volta na casa do padre Giovanni.
— Aí está o guri. Dormiu bem? — pergunta, enquanto fecho a porta.
— Sim, muito bem, obrigado.
Vou até onde ele está na sala e encontro um grupo de mulheres de pé junto a ele.
— Filipe, essas senhoras vieram te conhecer.
Fico constrangido como se eu fosse a nova sensação da cidade. E, de fato, eu era.
Ajeito o cabelo com as mãos na tentativa de melhorar minha aparência. Estou com a camisa encharcada de suor.
— Como vão, senhoras?
Entre risinhos e olhares carinhosos, um par de olhos faz meu coração dar um pulo.
Aurora.
Ali estava ela, em um canto da sala, com os braços cruzados sobre o peito e as sobrancelhas franzidas.
— O padre Filipe vai se recompor e volta para atendê-las, não é, Filipe? — diz padre Giovanni.
Pisco algumas vezes quando desfaço a conexão com os olhos da Aurora.
— Sim, claro.
Peço licença a elas e tomo um banho rápido.
Aurora agora sabia que eu era o padre. E eu não saberia explicar o porquê de isso me trazer incômodo.
Eu estava nervoso. Não tinha motivos para isso, mas, ainda sim, estava. Não podia negar que Aurora me instigou de uma forma incomum. Talvez eu só estivesse desesperando ter amigos e com medo de ficar solitário nessa cidade. As pessoas que conheci ontem eram tão legais e cheias de vida! Eu poderia facilmente ser amigo deles. Contar sobre o meu sacerdócio ontem iria tirar a informalidade com que me trataram.
Já havia passado por isso. A mudança no comportamento das pessoas quando descobriam que eu era padre era notória. Aconteceu na academia, nas aulas de taekwondo que eu fazia no Rio e até mesmo na barbearia que frequentava. Não seria diferente aqui.
Já arrumado, respiro fundo e apareço na sala. Seis senhoras e Aurora estão com olhos em mim. Apresento o melhor sorriso que tenho.
Eu nunca gostei de ser o centro das atenções então me sinto um pouco constrangido. Entretanto, entendo que todo começo é assim. Ao menos assim esperava.
— Oi, querido Filipe — diz Eleonora, a senhora que trouxe o padre Giovanni em casa ontem à noite. — Deixe-me apresentá-lo às senhoras. Essa é Simone, Zélia, Mafalda, Maria do Rosário e Fátima, mãe da menina Aurora. — Cumprimento com um sorriso cada uma enquanto ela sinaliza para as mulheres. Quando estico a mão, uma delas me puxa para um beijo no rosto. Até chegar em Aurora.
O cabelo está de lado no seu rosto angelical, com a franja tomando metade da testa. Veste uma blusa rosinha e calça jeans.
— Como vai, Aurora?
— Admirada — responde baixinho perto de mim.
Pisco algumas vezes e aperto os lábios.
— Benvenuto padre Filipe! — continua Mafalda, tirando a minha atenção.
— Obrigado.
— Mas é tão novo esse guri! — Zélia comenta com Fátima.
Todas as senhoras devem ter em torno de 60 e poucos anos. A mãe de Aurora é a que aparenta ser mais nova entre elas e eu percebo alguns traços bastante parecidos com a filha.
— Elas trouxeram quitutes da região pra você — conta padre Giovanni, pegando um dos doces da mesa arrumada.
— Não precisava, meninas — digo, e elas riem achando graça do "meninas".
— Queremos que o senhor seja muito bem-vindo na nossa humilde cidade. — Fátima abre os outros potes sobre a mesa.
— Obrigado, Fátima. É muita gentileza de vocês.
— Você não mora aqui, Fátima! — contradiz Maria do Rosário, a mais baixinha delas, de cabelos curtos e cheios na cor de fogo.
— Eu moro no Vale dos Vinhedos, padre Filipe, mas é tudo muito perto. — Ela olha de soslaio para a amiga.
— Temos grostoli, panna cotta, tiramisù...
— Tiramisù? — Aurora alonga os olhos para o doce. — Isso é que é uma ótima recepção, Filipe.
As mulheres se viram para ela.
— Digo... padre. Aproveite.
As outras senhoras vão me mostrando os doces, mas vejo Aurora se despedir da mãe, que protesta, indicando com a mão os doces. Ela sai de fininho.
Aproveitando a animação de todos ao provarem os doces, vou até o lado de fora e encontro Aurora.
Ela me vê e força um sorriso.
— Ah, oi... — diz, descendo o primeiro degrau da frente da casa. — Eu estou indo, ok? Aproveite a festa.
— Não gostaria de provar o tiramisù?
Ela franze o cenho, como se eu dissesse algo estúpido.
O que estou fazendo?
— Olha, eu nunca entrei na casa de um padre...
— E fez isso hoje.
— Precisava ver pra crer. Por que não contou ontem?
Torço a boca.
— Não sei. Não tive oportunidade.
— Eu não deixei, não é? Eu te aluguei com meu blá blá blá e você esqueceu de me contar que era novo o padre da cidade. Resposta aceita.
— Você não me alugou.
Ela desce mais um degrau. Parece querer fugir de mim. Eu sabia que isso aconteceria.
— Eu estava indo falar com meu namorado no bistrô. — Ela aponta para o bar na frente da praça. — O que veio fazer aqui fora?
Sua mudança na conversa me deixa assustado.
— Eu... eu...
— Não está acostumado com essa atenção toda?
— Isso vai passar, não é? — pergunto.
— Vai. Um dia vai. A cidade é pequena, Filipe, tudo que é novo é motivo de atenção. — Ela ajeita o cabelo quase em câmera lenta. — Devo pedir uma penitência?
— O quê?
— Por tudo que eu disse ontem e tal. Eu contei para um padre, não foi?
— Foi. Mas não, você não precisa de penitência. Aquilo não era uma confissão.
— Não para você. Para mim, foi.
— Nenhum pecado foi cometido, Aurora. Para ter penitência precisa ir à igreja e fazer isso no confessionário.
— Não vou à igreja, Filipe.
Franzo o cenho.
— Filipe. Ou preciso falar Padre? Ou Padre Filipe? — pergunta, na tentativa de não responder o motivo de não ir à igreja.
— O que achar melhor.
Ela sorri.
Um belo sorriso.
— Está bem.
— Ah, vocês estão aí! — Fátima aparece. — Fico feliz que tenham se dado bem. Viu, minha filha?! Padre Filipe tem muito a acrescentar à cidade, à nossa vida.
— Estou vendo, mãe — Ela dá um sorriso indiferente.
— A cidade é linda, Filipe. Já viu as parreiras? Conheceu alguma vinícola? — questiona Fátima, animada.
— Ainda não, senhora. Eu cheguei ontem já tarde.
Ela abre um sorriso e arregala os olhos.
— Acabei de ter uma ótima ideia. A Aurora está de férias, Filipe.
Olho rapidamente para a moça ao meu lado na escada.
— Ah, é?! Isso é bom — falo, sem saber aonde ela quer chegar.
— Aurora está desde cedo reclamando que não planejou nada e...
— Estou aqui, mãe. Não fale como se eu não estivesse, por favor.
— Por que você não mostra ao nosso novo padre a cidade de Monte Belo do Sul, Bento Gonçalves e a Casa Fontenelle? É bom para ele conhecer o rebanho. O que acha? Não negaria isso a ele, não é?
O pedido de Fátima parece deixar Aurora desconfortável e, de alguma forma, me entristeço porque tudo o que quero é ver seu sorriso mais uma vez.
--------
OMGGGGGG! E AGORA???? O que a Rory vai fazer???? hahahahaha
AHHHHH, NÃO ESQUEÇAM DE IR LÁ NO INSTAGRAM! Deixe aqui alguma pergunta que queira me fazer que respondo na Live tbm, ok???
Beijoooos! E obrigadaaaa! <3
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro