(26) Eles e ela
Mabelle 🌙
Em algum momento durante a noite eu e a Aimée nos abraçamos provavelmente pelo frio que fez e está fazendo.
Quando me acordei percebi que estava chovendo e apenas depois que faço minha higienes pessoais que me atrevo acordar Aimée que ainda dorme tão lindamente.
Seu rosto rosado junto a seus cabelos loiros ondulados que molduram a sua face fica ainda mais belo com a luz da manhã mesmo que com uma luz tímida por conta da torrente de chuva que cai do lado se fora.
— Aimée? — A chamo baixinho me ajoelhando perto da beirada da cama do lado que ela ocupa.
— Hum? — Ela murmura abrindo os olhinhos azul.
— Vamos tomar café da manhã? — Pergunto abrindo um sorriso mínimo com sua feição fofa.
— Eu quero panquecas. — Ela diz me fazendo soltar um riso soprado.
— Não sei fazer panquecas. — Digo o que deveria ser óbvio.
— Eu sei. Vou me arrumar e já desço para fazer pra todos. — Eu assinto me pondo de pé
— OK, vou arrumando as coisas enquanto isso. — Digo e Aimée assente levatando da cama.
Se ela soubesse o quanto é linda.
♤♡◇♧
Desço as escadas e vou direto para a cozinha, arrumou os talheres, copos pego frutas e cereais, uma garrafa de leite e outra de suco e os ponho na mesa. Irei chamar os outros assim que terminar de ajudar Aimée que não demora muito a descer com um sorriso no rosto. Só ela mesmo para está sorrindo de manhã e com um frio desses.
Enquanto fazemos as panquecas não deixo de notar o quanto Aimée parece mais leve loge do caos que é a escola, que a sua família e a cidade em si.
Talvez, ela seja uma garota do campo.
Antes de terminarmos todas as panquecas com a massa que a Aimée preparou, Gael e Elouise descem as escadas. A nossa amiga ruiva parece bem, ela só está estremamente acanhada ao lado do loiro.
— Bom dia, eu fiz panquecas. Vocês querem? — Aimée pergunta animada ao casal.
— Na verdade eu quero pedir desculpas por ontem. — Elouise fala com a voz tão baixa que quase não consigo escutar.
— O que? Não! Não foi sua culpa Elouise. — Digo me aproximando dela.
— Isso mesmo Ise, não tem o porquê se desculpar. — Aimée fala segurando as mãos trêmulas dela.
— Eu falei a ela. — Gael fala a fitando com sorrisinho no rosto.
— Mas eu causei um constrangimento em vocês. — Ela insiste.
— Não mesmo minha querida, só ficamos preocupadas. Mas como você está? Quer voltar para casa? O meu pai mesmo com essa chuva pode vir nos buscar. — Aimée fala tão docemente que pego pensando o quanto ela vai ser uma boa mãe.
Céus! Ela só tem 15 anos.
— Não, vamos no horário que combinamos, tá bom? Eu estou um pouco ansiosa ainda, mas nada que não vá me deixar curtir esse dia com vocês. — Elouise diz convicta.
— Pois fique tranquila, estamos aqui para o que precisar. — Digo recebendo acenos de sim dos outros e um sorriso da nossa ruivinha.
Alec e Loretta só descem para comer quando eu vou chamar, ambos com rostos vermelhos envergonhados e ela com o moletom dele, esse dois não enganam ninguém.
As panquecas da Aimée estavam deliciosas, comemos tanto que não sobrou nada.
O frio parece aumentar ainda mais com o decorrer do dia, enquanto a chuva ainda não deu trégua durante o dia inteiro.
Nós jogamos jogos de tabuleiros que já tinha na casa, conversamos e comemos as besteira que compramos antes de vir apenas quando estava próximo a hora do pai do Gael e da Aimée vir nos buscar que descobrimos que teríamos que passar mais uma noite aqui. Sorte nossa termos trago comida suficiente para uma semana.
Agora estou aqui, depois de uma queda de luz, junto a Aimée assistindo um filme que ela tinha baixando, antes de vir, em seu laptop, antes que ele descarregue. Fizemos até chocolate quente, mas a Elouise estava muito cansada e foi dormir com Gael, mesmo após a Loretta se oferecer para ir dormir com ela. A Loretta adormeceu enquanto conversávamos então o Alec resolveu levá-la para o quarto, então só sobrou eu e Aimée assistindo a um filme clichê no escuro de uma noite chuvosa.
E talvez esse dia se tornou meu dia favorito. E também só talvez eu esteja gostando da Aimée mais que uma amiga e isso me assusta.
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Gael💧
Confesso que venho me preparando a um tempo desde que soube do que a Elouise passa. Mas vê-la daquela forma e não poder acabar instantaneamente com o seu sofrimento me fez querer aprender ainda mais, eu sei que é algo muito complexo mas poder ajudar ela ainda mais com o decorrer do tempo será mais que uma conquista para mim.
Agora estamos aqui jogando banco imobiliário, mas meu pai me liga bem na hora que estou prestes a ganhar mais uma rodada do jogo que escolhemos para passar o tempo.
— Oi, pai. Já está vindo nos buscar? — Pergunto assim que atendo.
" Vocês não veem noticiário?" Ele pergunta irritado.
— A Internet tá instável aqui, aconteceu alguma coisa? — Questiono pacientemente, no querendo brigar.
"A estrada está interditada, um barranco caiu aí na serra por conta da chuva e só vão conseguir resolver amanhã de manhã pelo que entendi. A tarde vou buscar vocês, não se preocupem vou falar com a escola..." conversamos mais um pouco, eu passo os números dos outros pais para que ele possa conversar com eles e então volto a jogar enquanto explico aos meus amigos o que aconteceu.
♤♡◇♧
A noite logo chega e assim que eu a Ise entramos no quarto que estamos ocupando a energia acaba nos assustando.
— Segura a minha mão vou pegar uma lanterna. — Digo enquanto seguro a mão dela que apenas murmura antes que eu sinta seus dedos nos meus.
Lá fora pela janelas o céu é iluminado com relâmpagos o que deixa tudo ainda mais assustador, pelos menos para mim.
Graças ao céus com a ajuda da lanterna do meu celular encontro as lanternas que tem nas gavetas da mesinhas de cabeceira de todos os quartos. Não é a primeira vez que estou aqui e falta energia.
— Está tudo bem? — Pergunto a Elouise.
— Está sim, estaria melhor se você não estivesse apertando muito a minha mão. — Ela fala me deixando envergonhado.
— Desculpa.
— Tudo bem. Você está com medo? — Ela pergunta enquanto me abraça.
— Não gosto de trovões, relâmpagos, e raios. Certo, eu não gosto de chuva.
— Sabia que meu sonho é dançar na chuva com o meu futuro namorado.
— Sério? — Ela acena que sim. — Acho que vou ter que superar meu medo então, mas pode ser outro dia? — Ise rir enquanto assente.
Então sem pensar no que ela acha, nas consequências de não perguntar a mesma diretamente, mesmo que seus olhos parecessem dizer sim. Eu a beijo.
Eu tomo os lábios dela com os meus, em um beijo. Sim, um beijo. Eu estou finalmente beijando a garota que roubou meu coração desde a primeira vez que a vi.
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Alec ☃️
Acordar tendo a Loretta em meus braços é inexplicável, ela parece se encaixar perfeitamente em mim. Seu cheiro, seu corpo pequeno, tudo nela me faz pensar no tempo que perdi sendo um idiota com ela.
Eu não sabia como me comportar quando eu a conheci. Só Deus sabe o quanto o meu coração disparou a primeira vez que coloquei os olhos nela. Confesso que por algum tempo me senti errado, não entendi o porquê reagir tanto a ela que era um menino.
Mas não, a Loretta é a uma mulher, uma menina, que me cativou no primeiro instante que a vi. E eu entendi isso depois de ser tantas vezes um completo idiota com ela, depois de perceber que já era tarde de mais que eu estava a perdendo.
Eu tenho vontade de me bater por conta disso.
Aperto a Loretta em meus braços, não forte o suficiente para machucá-la, apenas para senti-la melhor. Ela resmunga algo, mas não se afasta, então aproveito para acordá-la com beijo no topo da cabeça como fiz antes dormir.
— Já acordou? — Pergunto baixinho logo depois beijando novamente sua pele alva da testa.
— Para de me beijar. — Ela resmunga.
— Então por que você não se afasta? — Pergunto com um sorrisinho no rosto.
— Está muito frio. — Ela esconde seu rosto no meu peito e eu tenho quase certeza que deu para escutar o meu coração acelerado.
— Você trouxe algum casaco quente. — Ela nega. — Eu tenho um moletom se você quiser.
— Você vai me emprestar um? — Ela pergunta supresa.
Eu devo parecer um monstro para ela ter perguntado isso.
Depois que eu assenti nos levantamos fizemos separadamente nossas higienes e trocamos de roupas. Enquanto eu pega os moletons Loretta me fitava com certa expectativa, eu quase desmaio quando vejo seu sorriso assim que lhe entrego o tecido de cor vermelha.
— Está parecendo a chapeuzinho vermelho. — Digo a ajudando a vestir já que ela se complicou na metade do caminho.
— Não seja tosco. — Ela diz revirando os olhos.
— Não sou, chapeuzinho. — E mais uma vez ela revira os olhos. — Você está linda. — Felei meio que sem pensar.
Sinto meu rosto queimar em vergonha, não pelo que eu disse, mas pela minha impulsividade. Loretta também fica vermelha, mas quando está preste a falar algo Mabelle nos chama para tomar café da manhã.
♤♡◇♧
Hoje com toda certeza foi um dos dias mais divertidos e tranquilos da minha vida, foi como se não existisse um mundo lá fora. Só nos seis se divertindo, como adolescentes que somos.
Enquanto conversávamos após cansarmos de jogar, percebo Loretta adormecida deitada com a cabeça em minha pernas enquanto eu acariciava seus fios negros.
Resolvo levá-la para cama e a mesma não é tão leve quanto pensei. Assim que a ponho na cama, ela abre os olhos o que me faz bufar pois a trouxe escada assim para no último minuto ela acordar.
— Por que está me olhando assim? — Ela pergunta.
— Você deveria ter acordado antes. — Reclamo.
— Não pedi para ninguém me tra... — Loretta não termina a frase pois a luz se apaga totalmente.
O que me surpreende é ter sua mão agarrando o meu braço.
— Você tem medo de escuro? — Questiono baixinho para assustar ela.
— Você não? — Sua voz sai trêmula o que me faz desistir de qualquer brincadeira.
Eu pego rapidamente uma lanterna de emergência e ilumino o cômodo.
— Vamos dormir? — Ela assente encolhida entre as cobertas.
Eu deito a seu lado e como na noite anterior eu não sinto nenhuma resistência ao abraçá-la e isso me dá uma certa esperança.
Eu gosto da Loretta e vou lutar por ela.
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