Loretta ❄️

A pior coisa de ser adolescente é ter que frequentar a escola e ter que fazer as atividades propostas por ela. Por eu ter iguinorando Alec a semana passada inteira, hoje, mais uma segunda-feira, resolvemos marca para terminar o trabalho de biologia que será apresentado na quarta-feira.

— Você ainda está irritada comigo? Eu juro que não fui rude com meu pai depois do jantar daquele dia. — Alec fala, após eu só entrar em sua casa e começar o maldito trabalho.

—  E daí? Você quer que eu esqueça que me beijou sem a minha permissão? Além de me fazer falar para os nossos pais que estamos namorando? — O fito indigitada.

Alec estrala o próprio pescoço enquanto tem os olhos fechados depois de um suspiro, e sim, eu sou uma tonta por estar observando ele.

— Eu sei que foi bem idiota da minha parte, mas eu não sei como reagir perto de você. — Ele diz depois de um tempo.

— Isso não justifica nada Alec. — Retruco cansado desse joguinho dele.

— Me desculpa por ter te beijado sem o seu consentimento e ter praticamente ameaçado acabar com a noite da sua mãe e ter te feito falar que namorávamos. — Ele diz parecendo realmente sincero.

— Desculpas não mudam nada.

— Loretta! — Ele fala meu nome em meio que um choramingo enquanto se aproxima mais de onde estou no sofá.

— O que? Você faz essas coisas, sempre me trata mal pra caralho e quer que eu esqueça? — Tento me afasta mas basicamente não tem mais para onde eu ir, não ser que eu caia do sofá.

— Eu só não sabia como me comportar com você, mas eu juro nunca mais te tratar daquela forma.

— Isso não justifica e nem vai apagar o que você fez, Alec. Nunca mais tente me beijar, ou juro que você vai se arrepender.

— Então você prefere beijar o idiota do Theo? — Alec pergunta quase gritando.

— O único idiota aqui é você! — Ele me fita indiguinado. — Eu beijaria ele mil vezes antes de enlouquecer ao ponto de querer te beijar. E vamos terminar a porcaria desse trabalho, antes que a gente reprove por causa dele. — Digo voltando a fitar o laptop e o cardeno a minha frente.

— Eu não vou deixar que o Theo se aproxime de você, quando nos beijarmos novamente vai perceber que vai não querer mais parar. — Ele rápido em se aproximar de mim e me fazer fitá-lo, enquanto segura meu rosto com sua mão grande, não ao ponto de me machucar é claro.

— E por que eu iria querer isso, Alec? Depois de tudo que você me fez.  — Por incrível que pareça eu não gaguejo enquanto falo.

— Porque eu mudei, porque eu não vou desistir de você Loretta, nem de nós. Eu não consigo tirar você da minha mente, você a monopolizou, então por favor me leve em consideração, pois eu vou te mostrar que não sou um completo babaca. — Ele diz segurando a agora minha nuca, estamos quase que testa com testa grudados, sinto sua respiração quente ir contra ao meu rosto e eu não consigo me afastar.

— Desista Alec, eu não vou sofrer mais por sua causa. — Quando eu sinto um aperto em minha cintura enquanto ele me puxa para ficar mais próxima de si graças aos céus a porta da frente é aberta, escuto o pai dele falar algo que não entendo, então o empurro para longe de mim.

O pai de Alec nos comprimenta e vai para o próprio quarto. Eu volto a me concentrar no trabalho mesmo que os olhos castanhos do Alec me queimam enquanto o faço, chego até lhe dar um tapa para que ele termine a parte dele, mas eu não sei se adianta muito pois ele volta a falar.

— A minha mãe ia te adorar sabia? Ela iria abominar as atitudes que tive com você. — Ele diz sem me fitar.

Ah pronto! Chantagem emocional agora?

— É por isso que essa sendo gentil comigo? — Pergunto realmente não querendo ouvir sua resposta.

— Não! Mas sim. A minha mãe me ensinou tantas coisas  sobre gentileza, empatia e quando ela morreu tudo pareceu errado para mim e eu me revoltei e descontei todo a minha raiva nas pessoas em minha volta. — Ele parece tão quebrado.

Isso me assusta.

— E o que te fez repensar?

— As coisas que o meu pai disse naquele dia que começamos o trabalho de biologia. Eu não quero ser um mostro para você.

— OK, mas não espere que seja a sua amiga depois de tudo. Eu ainda tenho medo de você. — Alec não me olha mais depois do que eu digo.

Nos terminamos o trabalho praticamente em silêncio falando apenas o necessário.

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Aimée ☀️

Finalmente eu chegou o grande, ou não tão grande assim, dia da apresentação do trabalho de biologia que vale só 50% da nota do semestre.

Confesso que estou um tanto nervosa, não para falar a parte que me cabe do trabalho, mas para enfrentar os olhares dos meus colegas não tão amigáveis sobre mim.

Enfim, eu conversei isso com as minhas amigas e como a Ise e a Loretta não vão está ao meu lado,  mas sim de frente para mim, ambas pediram para que eu apenas as fitasse e se concentra-se no que eu tinha para dizer.

Eu não tenho como agradecer a força que elas me dão.

Logo eu e meu grupo começamos a nos apresentar e mesmo estando em um clima de merda nos apresentamos muito bem.

— ... e é isso. — Mabelle diz finalizando a nossa apresentação.

Ela sorrir para mim que a fitava, as vezes quero me bater por me sentir tão afetada com ela, a mesma é a minha amiga e eu aqui pensando besteiras.

Depois do nosso grupo é o das meninas com o Alec e Gael. A dinâmica deles é diferente da nossa, as duplas de casais se complementam e são muito fluidos, não estou dizendo que eu grupo foi engessado só não fomos tão renovadoras quantos eles.

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— Tiramos 10! — Comemoramos praticamente em uníssono, enquanto estamos no gramado aproveitando o primeiro Intervalo do dia.

— Deveríamos comemorar! — Digo animada.

Pelos o nosso esforço valeu apena no final  nos dando a nota máxima.

— E se eu disser que já sei onde podemos ir e ainda de quebra apresento o meu irmão para vocês, hum? — Mabelle é quem diz.

— Para onde? — Pegunto.

— O parque de diversões vai está aberto esse final semana, quem deu a ideia ao mesmo tempo que me lembrou foi Matteo. — Mabelle fala, nos relembrando que seu irmão está na cidade.

— Então vamos finalmente conhecer o bonitão das fotos? — Loretta fala, mas logo depois leva um susto, o qual eu só não levei por que estava de freneticamente para eles.

— Quem o bonitão? — Alec pergunta com um tom grave, estando com Gael ao seu lado, este que vai direto para o lado da Elouise que fica vermelha quando ele a comprimenta.

Eu preciso de um namoro desses dois, para ontem!

— O irmão da Mabelle, ele faz faculdade na capital do país e veio passar uns dias aqui, vamos conhecer ele no final de semana. — Explico.

— Onde? — Gael é quem pergunta dessa vez.

— No parque de diversões. — Ise diz ingênua, esculto um suspiro vindo da Loretta ao meu lado, com certeza por que a nossa amiga falou na frente do seu arqui-inimigo que parece um cão farejador ao seu lado.

— Podemos ir? — Alec pergunta se referindo a ele e ao meu meio irmão.

— Só se estiver tudo bem para as meninas. — Mabelle diz nos fitando em questionamento enquanto basicamente nos entreolhamos.

— Por mim tudo bem. — Eu e Elouise dizemos quase que ao mesmo tempo, eu, claro, com menos empolgação que ela.

— Lore? — Mabelle a chama em um questionamento.

— Desde que o Alec não estrague tudo. — Ela diz fitando duro o mais alto.

— Não vou. — Ele responde na mesma intensidade que ela, enquanto trocam olhares.

— Então iremos todos, vou fazer um grupo para marcamos o dia e horário melhor. — Mabelle fala.

— Aimée, posso fala com você rapidinho? — Gael me pergunta.

— Pode. — O acompanhando para ficar mais longe de onde os outros estão. — O que foi?

— Você deve saber o que a mãe da Elouise fez depois do nosso encontro né? — Eu assinto. — Então, eu quero recompensar o que eu fiz e dar a ela um livro de presente.

— Você sabe que não é sua culpa, né? — Ele assente com um suspiro enquanto põe seu fios loiros para trás. — Ela estava querendo uma duologia  de fantasia da autora favorita dela, você deve saber qual é, então compra o primeiro.

— Vou comprar os dois. — Ele diz iluminado com sorriso no rosto.

Quase digo para ele pedir ela em namoro logo, mas tudo no tempo dos dois. Voltamos para perto dos nosso amigos, e graça ao céus ninguém perguntou o que estávamos conversando.

Eu gosto de climas bons como esses, seria muito mais feliz se fosse sempre assim.