9° Capítulo
NARRAÇÃO...
??: Mamãe - Brunna podia ouvir uma voz vindo de longe enquanto dormia - Mamãe, acorda! - A voz fina se fez cada vez mais próxima e ela apenas despertou, quando sentiu uma pequena mão balançando seu ombro.
Brunna: O quê? - Ela se sentou rapidamente na cama alarmada.
Nina: Calma, mamãe - Falou assustada.
Brunna: Ah, é você - A Loira suspirou e passou a mão pelo cabelo bagunçado.
Nina: Você já saiu do hospital? - A mulher teve o impulso de dar uma resposta atrevida, mas o sorriso no rosto da menina fez que sua ironia se acalmasse.
Brunna: Ontem a noite - Falou.
Nina: Por que a mama não tá aqui? - Fez um bico olhando para a mãe.
Brunna: Eu... Ela tava com calor, eu acho - Estava um pouco confusa por recém ter acordado - Já tá na hora de acordar?
Nina: Não - A menina Sorriu - Eu tive um pesadelo e vim deitar com a mama, mas só tinha você aqui, aí eu fui lá embaixo e vi ela no sofá.
Brunna: Você desceu as escadas sozinhas? - A mulher se assustou com sua própria frase.
Nina: Eu já sou grande agora, mamãe! - Ela esticou os braços para cima - Eu fiz três anos enquanto você estava dormindo no hospital.
Brunna: Mas não deixa de ser perigoso, Não faça mais - A olhou séria - Você vai dormir aqui? - Ajeitou o próprio travesseiro.
Nina: Posso? - Juntou as mãozinhas em frente ao peito e deu o maior sorriso que conseguiu.
Brunna: Acho que pode - Se deitou novamente ficando de costas para a menina.
Nina: Até daqui a pouco, mamãe - A menina se aninhou nas costas da mulher lhe deu um beijo no local.
Normalmente ela se incomodaria demais com a ação, mas o toque daquela menina não parecia tão estranho para ela.
Quando sentiu que a respiração de Nina estava pesada e que suas mãos já não seguravam seu pijama com tanta força, Brunna se desvencilhou e levantou da cama. Ela saiu do quarto e desceu as escadas lentamente, quando chegou ao final, viu a morena deitada vestida na oarte de cima apenas por um top, de barriga para cima no sofá com o peitoral e o abdômen definidos a mostra e vestindo apenas a bermuda de moletom da noite anterior.
Brunna: Gostosa ainda essa miserável - Negou com a cabeça e começou a andar pela sala procurando um relógio.
Ludmilla: Algum problema? - A voz rouca de Ludmilla, fez a mulher levar um susto.
Brunna: Não podia dar um aviso prévio?- Suspirou e tirou a mão do peito.
Ludmilla: Precisa de algo? - Ela se sentou no sofá e esticou os braços de espreguiçando.
Brunna: Eu quero saber que horas são - Ela limpou a garganta um pouco desconfortável com a vontade de olhar para aquele tronco musculoso da mulher.
Ludmilla: Tem um relógio lá no quarto - Ela deu uma risadinha e se levantou.
Brunna: Eu não enxerguei.
Ludmilla: Eu tô com seu celular guardado. Vou pegar - Ela passou por ela deixando o rastro do seu cheiro no nariz da mulher - Deixei ele sem proteção já que você não deve lembrar a senha.
A morena ficou surpresa com o tamanho do celular que a mulher deu em sua mão.
Brunna: Que celular é esse? - Analisou o aparelho.
Ludmilla: Um iPhone X - Ela falou - Você tem um Samsung também caso...
Brunna: Só esse aqui tá bom - Ela apertou o botão do meio e apareceu uma foto do Léo com Nina no colo, de quando a menina era menor.
Ludmilla: É antiga, mas você nunca quis trocar - Ela sorriu, vendo ela analisar a foto.
Ela ficou em silêncio e deslizou a tela para o lado desbloqueando o celular e exibindo uma foto onde ela estava abraçada a morena e Ludmilla lhe dava um beijo no rosto.
Brunna: Já tá na hora de acordar eles? - Limpou a garganta e bloqueou a tela novamente.
Ludmilla: Daqui a pouco. Quer acordar eles?- Perguntou e ela apenas negou com a cabeça - Tá, então... fica a vontade.
Brunna: Nina tá lá na cama - Falou enquanto a morena subia as escadas.
Ludmilla: Tá bom.
Ela se sentou no sofá e desbloqueou o celular novamente.
Brunna: Aclamada - Sorriu quando viu que haviam mais de vinte mil mensagens em seu WhatsApp. Não sabia muito bem o que era, mas era nítido que era uma rede social.
Ela ficou olhando para o ícone que indicava a galeria de fotos. Queria abrir, mas estava com medo do que apareceria naquele lugar. Foi salva por uma chamada de “Best”, em seu celular.
Brunna: Que merda é essa? - Falou antes de atender
Brunna: Alô?
??: Amiga, como você tá? - Reconheceu a voz da Emilly.
Brunna: Fisicamente? Melhorando. Quero voltar a trabalhar logo - Resmungou.
Emilly: Faz um dia que saiu do hospital - Sorriu - Você não quer visitar a academia?
Brunna: Sim! Quero ver se eu continuei com meu bom gosto depois de anos.
Emilly: Pode acreditar que sim! Depois daqui a gente pode ir lá para casa botar o papo em dia - Sugeriu.
Brunna: Tudo que eu menos quero é ficar presa aqui nessa casa - Suspirou.
Emilly: Você tá aonde? Com a sua mãe?
Brunna: Credo, Emilly, nem brinca com uma coisa dessas - Reclamou - O médico disse pra eu vir morar aqui na casa da Oliveira.
Emilly: Isso vai ser bom pra você, amiga - Disse calma.
Brunna: Essa não parece a Emilly que eu conheço - Estranhou.
Emilly: Eu sou uma pessoa séria agora - Disse séria - Quer dizer, só um pouquinho - Riu após a frase.
Brunna: Vou desligar porque você já tá falando demais.
Emilly: Você é um amor, Brunna! - Disse irônica - Vou te pagar aí as 8:00, esteja pronta! - Dito isso ela desligou a chamada.
Léo: Mamãe! - Viu a mulher e começou a correr.
Brunna: Vai cair, menino! - Exclamou irritada e se levantou.
Ele terminou de descer e abraçou as pernas dela.
Léo: Eu tava com saudade de ter você na nossa casinha, mamãe - Ele sorriu quando sentiu a mão da mulher tocar levemente em seu cabelo, mas logo ela afastou.
Brunna: Vou preparar algo para nós comermos
Ludmilla desceu com Nina sonolenta nos braços. Ela havia visto o gesto da mulher com o filho e aquilo fez um sorriso surgir em seus lábios.
Léo: Vamos lá, mamãe! - Puxou a mão da mulher e foram para a cozinha.
Ludmilla: Quer que eu te mostre como funciona seu carro? - Perguntou enquanto os filhos estavam na mesa comendo cereais.
Brunna: Não. Vou sair com a Emilly - Mordeu o lábio inferior quando se deu conta de que estava dando satisfações.
Ludmila: Tá, quando quiser aprender, é só me avisar - Ela deu uma rápida olhada para os lábios cheios e se afastou. O impulso de dar um selinho nela, estava forte dentro dela.
Brunna: Eu vou ir trocar de roupa - Ela não estava preparada para um 'café da manhã em família”, então decidiu sair dali.
Ela foi até o quarto, abriu o armário e começou a escolher uma roupa para vestir.
Brunna: Eu tenho ótimo gosto, mas tô meia careta agora - Estranhou a quantidade de roupas fechadas.
Ela pegou um vestidinho florido e pôs no corpo.
Brunna: Cara de mãe de família hein, Brunnaa? - Se olhou no espelho e suspirou - Mas é isso que você é, não é mesmo?
Ela terminou de se arrumar e desceu, encontrando a casa já vazia. Não demorou muito e ela ouviu uma buzina no lado de fora. Pegou a bolsa preta que pensou ser sua e seu celular, e saiu da casa.
Emilly: Que demora! - Exclamou quando ela entrou.
Brunna: A morena não me falou as chaves para trancar esse tanto de coisas, não vem botar a culpa em mim - Falou irritada. Odiava que chamassem sua atenção.
Emilly: Chata - Ela sussurrou.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro