74° Capítulo
Nina: Mama! - Desceu as escadas rapidamente e foi em direção a mãe, que estava na cozinha tomando café da manhã.
Ludmilla: Oi, minha filha - Sorriu feliz e a pegou no colo beijando seu rosto - Quer alguma coisa? - Apontou para a mesa.
Nina: Sim! Tem uma coisa que eu quero muito, muito, muito, muito, muito, mas você e a mamãe também vão ter que querer - Olhou com os olhinhos castanhos brilhando para a mulher.
Ludmilla: É algo de comer? - Começou a ficar desconfiada das palavras e da animação toda da menina.
Nina: Na verdade não - Ela desviou os olhos dos dela, mas logo a encarou novamente - O que acha de um cachorro?!
Ludmilla: Fofinhos, mas dão trabalho - Deu de ombros - Agora fala o que você... Ah, é isso? Você quer um cachorro?
Nina: Sim, mãe, por favor? - Juntou as mãos em frente ao queixo - Eu quero ele muitíssimo! O Lê e o Ben também querem!
Ludmilla: O Ben falou isso? - Arqueou as sobrancelhas segurando o riso.
Nina: Sim! Pergunta pra ele, pra você ver.
Ludmilla: Mas cachorro da muito trabalho, filha.
Nina: Eu e o Lê vamos cuidar. A gente promete! - Tinha expectativa em seus olhos.
Ludmilla: Você fala isso agora, mas vai acabar sobrando pra mim e pra mãe de vocês.
Nina: Mama, por favor!
Ludmilla: Vou pensar no seu caso - Semicerrou os olhos.
Brunna: Bom dia! - Chegou na cozinha e beijou a cabeça da filha e o rosto da esposa - Que cara de piedade é essa, Nina?
Ludmilla: Fala - Disse ao ver que a filha hesitou.
Nina: Eu quero um cachorrinho. Quer dizer. Eu, o Lê e o Ben queremos um cachorrinho - Ficou olhando para a mãe e esperando alguma reação.
Brunna: E que nome você daria a um cachorrinho? - Perguntou servindo café em sua xícara.
Nina: Se fosse menino, eu chamaria de Rex e se for menina, eu chamaria de Laila.
Brunna: Então já tem até nome escolhido? - Falou dando uma risadinha.
Nuna: É claro! Eu sou uma criança organizada! - Disse como se fosse algo óbvio.
Brunna: Ok, senhorita Organizada, eu prometo que vou pensar no seu caso, ok? Quero ver mesmo se vai ser organizada - A menina concordou com a cabeça - Então vamos comer que eu tô morta de fome - Ela foi pôr a xícara com café na boca, mas parou no caminho - Que droga!
Ludmilla: O que foi, amor? - Perguntou preocupada.
Brunna: Nada - Suspirou e largou a xícara, servindo suco em um copo - A Emmy e eu combinamos de ficar um tempo sem café, porque já estamos viciadas, mas não é nada demais.
Ludmilla: Bobeira, amor, café é bom. -
Brunna: Você sabe que eu nunca desisto, certo? - Ela concordou - Então só vou parar quando ela se cansar.
Ludmilla: Você é terrível - Falou rindo - E é exatamente por isso que eu te amo.
??: Mamãe! - A voz abafada surgiu no andar de cima.
Brunna: Parece que o Ben acordou - Falou se levantando da cadeira e indo até as escadas - Oi, meu bebê - Chegou no final e pegou o menino no colo - Você tá com fome?
Ele coçou o olho e negou com a cabeça, deitando no ombro da mãe. A mulher desceu as escadas novamente e foi para a cozinha.
Ludmilla: Oi, campeão - Beijou a cabeça do menino e ele resmungou.
Brunna: Tá com sono ainda - Ajeitou o filho no colo e voltou a comer.
Nina: Já decidiu? - Perguntou após alguns minutos de silêncio.
Brunna: Você é apressada, hein? Credo! - Falou rindo - Prometo que até o natal a gente te da uma resposta.
Nina: Mas falta um mês pro natal ainda - Resmungou.
Brunna: Se você continuar resmungando assim, eu não vou nem pensar no caso, só vou dizer não - Arqueou as sobrancelhas.
Nina suspirou e voltou a comer. Depois que o Léo desceu e eles terminaram de comer, os dois filhos mais velhos foram jogar videogame e o casal ficou na sala enquanto o filho mais novo brincava no chão.
Ludmilla: O que você acha sobre o cachorro? - Acariciou o rosto da esposa.
Benjamin: Cachorro? - Perguntou de maneira enrolada.
Brunna: Deixa de ser curioso, menino - Brincou o fazendo rir - Não sei, amor. Por mim tudo bem.
Ludmilla: Sério? Achei que você não queria cachorros - Franziu as sobrancelhas.
Brunna: Tá doida? Eu sempre gostei de cachorros. A gente nunca teve porque uma vez você disse que não gostava, então eu nem insisti - Deu de ombros.
Ludmilla: Eu até queria dar pra eles, mas só de pensar na sujeirada, xixi, pêlos, já me da uma preguiça - Resmungou.
Brunna: Amor, nós temos um pátio enorme na parte de trás da nossa casa. Isso não seria um problema.
Ludmilla: E quem vai ficar limpando as sujeiras?
Brunna: Eu vou ensinar as crianças e, quando eles não estiverem, eu mesma faço - Acariciou o braço da esposa.
Ludmilla: Mas quem vai cuidar quando nós estivermos trabalhando?
Brunna: Você sabe muito bem que a minha mãe adora cachorros, então posso deixar lá na casa dela, juntamente com o Ben.
Ludmilla: Aí já é abusar demais né, meu amor - Beijou a testa dela - Sua mãe tem a vida dela.
Brunna: Se você não quer, diz que não quer, não fica inventando desculpas - Revirou os olhos e virou de barriga para cima, para não ficar de frente para ela.
Ludmilla: Você ficou brava? - Segurou o riso.
Brunna: Não gosto quando fica enrolando. Se você não quer o cachorro, é só falar, eu não vou te morder - Cruzou os braços.
Ludmilla: Tá na TPM, amor? - Pôs a mão na barriga dela acariciando.
Brunna: Eu só tô um pouco irritada, mas daqui a pouco passa - Virou de costas para ela, olhando para a TV.
Ludmilla: Não fica assim, vai? - Colou seu corpo atrás do dela e ficou acariciando a coxa da loira - Não é que eu não queira um cachorro, mas nós temos que pensar em tudo antes. Cachorro é que nem criança.
Brunna: Nenhum dos nossos filhos foi planejado e nós nos viramos muito bem.
Ludmilla: Eu sei, amor, mas é que a essa altura, não sei se é uma boa ideia arranjarmos mais coisa pra gastar - A fala da mulher, fez ela engolir seco - Nossa casa nova está em andamento, eu tô super empenhada e sem tempo pra nada, a gente tá investindo pesado e... não sei se seria uma boa ideia agora, entende?
Brunna: Então quer dizer que um cachorro novo, seria um peso na nossa vida? - A voz estava embargada.
Ludmilla: Você tá chorando? - Ela puxou seu rosto vendo as lágrimas presentes - Amor, se você quer tanto, a gente pode ter um cachorro, não precisa chorar.
Brunna: Não é isso - Ela limpou o rosto.
Ludmilla: O que foi então? Você quer conversar comigo sobre isso?
Ela pensou se deveria falar ou não, mas aquele não era um bom momento, então apenas negou com a cabeça e ficou em silêncio.
Penúltimo Capítulo
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro