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73° Capítulo

Brunna: O que você tá aprontando, Luiza? - Perguntou enquanto a irmã a empurrava em direção ao quarto que dividiria com as crianças.

Luiza: Para de ser chata, Brunna. Fica quieta por um tempinho, por favor - Fechou a porta do quarto.

Brunna: O que é isso? - Analisou o vestido dourado que tinha encima da cama e os sapatos de salto preto que estavam no chão.

Luiza: Isso é pra você vestir - Falou como se fosse óbvio - Toma banho aí que eu vou lá falar com a Ludmilla tomar banho no outro quarto - Foi até a porta - E não demore!

Ela saiu do quarto e foi em direção ao quarto que havia deixado a cunhada.

Luiza: Tudo certo aí? - A porta estava aberta, então pôde ver a mulher parada em frente ao terno feminino cinza que tinha encima da cama.

Ludmilla: O que é isso? - Olhou estranha para ela.

Luiza: Vai tomar banho e veste isso daí. Você e a Brunna são iguaizinhas, credo! - Resmungou e se retirou novamente.

As duas obedeceram as ordens da irmã caçula da Loira. Depois que saiu do banho. Ludmilla vestiu aquele terno cinza com a camisa preta e calçou os sapatos que estavam ali.

Ludmilla: Bem a minha cara - Disse orgulhosa ao se olhar no espelho e ver que havia caído bem certinho.

Brunna saiu do banho e foi secar os cabelos. Depois disso ela vestiu o vestido, o sapato e fez uma maquiagem que combinasse com o look que estava. Logo ajeitou seu cabelo o deixando solto e saiu do quarto para encontrar com a irmã.

Ludmilla: O que tá acontecendo? - Falou curiosa quando encontrou a esposa no corredor.

Brunna: Não entendi nada também - Pôs as mãos nos ombros dela - Mas você tá um pedaço de mau caminho - Mordeu o lábio inferior olhando para a mulher.

Ludmilla: E você está perfeita, amor - Sorriu docilmente e deu um leve selinho para não estragar o batom dela - Cadê aquela peste? - Se referiu a Luiza.

Brunna: Deve estar tirando com a nossa cara - Reirou os olhos - Onde meteram nossos filhos?

Ludmilla: Espero que eles estejam bem.

Luiza: Já tão prontas? - Saiu do quarto de Mia e Jorge.

Brunna: Antes que você - Brunna a olhou com as sobrancelhas arqueadas.

Luiza: Eu sou a guia, tenho o direito de me atrasar - Deu de ombros - Agora vamos logo que as crianças têm medo de escuro.

Brunna: Escuro? - Perguntou assustada.

Luiza: Sim, andem logo!

Elas saíram andando atrás da jovem. Ela foi em direção a uma das trilhas.

Brunna: Acho que não é muito seguro andar aqui a noite, Louisa - Falou.

Luiza: Bobeira!

Elas andaram um tempinho até que chegaram em frente à um grande galpão que estava todo fechado.

Ludmilla: Tá tendo uma festa aí, por acaso? - Perguntou.

Luiza: Calem a boca e abram as portas - Apontou para o lugar.

As duas foram até o local e cada uma puxou um lado da porta. Quando já estavam abertas, as luzes se acenderam e então várias pessoas gritaram “surpresa”, em conjunto.

Havia muita gente do seu meio social ali. Familiares, colegas de trabalho, amigos, clientes. Muitas pessoas que apreciavam o casal.

Brunna: O que é isso? - Perguntou confusa e encantada com toda a arrumação, decoração e iluminação do local.

Mia: É a festa dos dez anos de casamento de vocês - Explicou e abraçou a filha - Parabéns por essa família maravilhosa que você construiu, meu amor.

Brunna: É sério isso? - Sentiu seus olhos marejarem.

Silvana: É seríssimo - Foi a vez de Silvana ir até o casal - Desde que vocês casaram a Ludmilla sempre falava que queria uma super festa no aniversário de dez anos e, já que vocês estavam sem tempo, nós preparamos isso - Apontou para o salão - Não sei se é como queriam, mas é de coração.

Brunna: É perfeito, Sil! - Disse emocionada e abraçou o sogra.

O casal foi cumprimentadas e felicitadas por todos que estavam presentes naquele salão.

Brunna: Você sabia de tudo isso, minha princesa? - A mulher perguntou pegando Nina no colo e a beijando.

Nina: Sim! E não falei nadinha! - Falou orgulhosa de si mesma.

Brunna: Essa é a minha garota! - Bateu a mão na dela.

Léo: Ela quase falou várias vezes - Disse irritado - Eu queria pôr um esparadrapo na boca dela.

Brunna: Oh, não é para brigarem - Repreendeu. - Léo já pedi para você não falar assim da sua irmã, você precisa ser mais paciente e carinhoso com ela filho!

Léo: Era um esparadrapo com desenhos de corações - O menino falou forçando um sorriso e arrancando risos da mãe.

Brunna: Tá bom - Beijou o rosto dos dois - Vão brincar.

Ludmilla: Mor - Chegou com Benjamin chorando em seus braços - Ele tá com fome e sua mãe disse que o leite que você deixou, já acabou.

Brunna: Vamos lá na cozinha.

Elas foram até a cozinha e ela se sentou em um cadeira para amamentar o filho.

Ludmilla: Você desconfiava de algo? - Perguntou enquanto observava a esposa.

Brunna: Não fazia ideia - Disse sincera - Conseguimos a nossa super festa de dez anos - Sorriu para a esposa.

Ludmilla: Sim - Sorriu de volta - Não vejo a hora de virem os vinte e cinco - Acariciou os cabelos loiros dela.

Brunna: Calma, amor - Deu uma risada - A gente recém entrou na casa das dezenas.

Ludmilla: Mas eu tenho certeza absoluta que eu nunca vou me separar de você - A olhava apaixonadamente - Eu te amo e sou apaixonada por você há mais de dez anos. É impossível que esse sentimento morra algum dia.

Brunna: Eu tenho certeza que não - Beijou a mão dela - Eu falo sério quando digo que nascemos uma para a outra. Tenho certeza que a gente não frequentava o mesmo clube e a mesma balada em vão.

Ludmilla: Tenho certeza que aquele dia que nós ficamos presas no clube e acabamos tendo nosso primeiro beijo também não foi em vão - Passava o dedo pela sobrancelha e contornava seu nariz - Já estava tudo desenhado para acontecer.

Brunna:  Eu amo a nossa história, sabia?

Ludmilla: Eu amo demais! Mesmo sendo um pouco conturbada, talvez até um pouco clichê, eu amo cada pedacinho dessa história que a gente escreveu - Fechou os olhos e suspirou - Se eu tivesse a oportunidade de fazer tudo de novo, faria exatamente do mesmo jeito que aconteceu.

Brunna: Deixaria eu ficar em coma por um ano de novo? - Arregalou os olhos.

Ludmilla: Você é sem graça, Brunna.

Brunna: Desculpa - Sorriu - Eu to brincando - Puxou ela pela nuca e beijou seus lábios - Ai, seu filho... de mim mesma - Brigou com Benjamin e o afastou de si ajeitando o vestido.

Ludmilla: O que foi? - Perguntou rindo ao ver a expressão de riso no rosto do pequeno.

Brunna: Ele me mordeu - Se levantou - Não tem graça.

Ludmilla: Tem sim, amor - Sorriu e a segurou pelo rosto dando alguns selinhos - Agora vamos lá aproveitar a nossa festa, com as pessoas que a gente ama.

A festa foi definida como perfeita pelo casal. Haviam todas as pessoas próximas à elas reunidas, ótima comida e bebida, músicas do gosto delas, decoração maravilhosa, não havia o que reclamar.

Quando pensavam nessa festa, era exatamente assim que imaginavam.

Ludmilla: Eu tenho um presente pra você - Sussurrou no ouvido da esposa.

As crianças já estavam dormindo e os adultos haviam partido para as bebidas alcoólicas e a dança.

Brunna: O que? - Virou de frente para a esposa.

Ludmilla: Vem - A puxou pela mão a levando até o andar de cima do galpão.

Brunna: Não sabia desse lugar.

Ela abriu duas pequenas portas que tinham e deu acesso ao telhado do local.

Brunna: Uau - Disse encantada com a visão do céu que aquele lugar dava.

Ludmilla: É lindo, né? - Desabotoou alguns botões da camisa sentindo calor.

Brunna: Adorei o presente - Falou sorrindo e, quando se virou de frente para a esposa, a viu ajoelhada no chão com duas alianças dentro de uma caixinha preta - Que isso, amor?

Ludmilla: Você aceita usar essa aliança de dez anos de casamento e me aguentar pelo resto da vida? - Deu um sorriso terno.

Brunna: É lógico que eu aceito!

Ela se levantou, pôs a aliança no dedo dela e beijou o local, logo ela fez o mesmo.

Ludmilla: Eu nos declaro pra sempre casadas!- Falou sorrindo e beijou sua esposa transmitindo todo o amor que sentiam uma pelo outra.

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