63° Capítulo
Brunna: O que? Mas você não ia morar em Roma? - Perguntou confusa ao ver o Yuri sentado no sofá.
Yuri: Eu vou - Ele deu um sorriso simpático - Vim ao Brasil para contar para os meus pais e o restante da família. Acha mesmo que eu ia sair sem um último beijo? - Ludmilla sentiu seu sangue ferver, pois conseguiu sentir a malícia das palavras do sobrinho enquanto olhava para sua esposa.
Silvana: Que último, menino? Vira essa boca pra lá - O repreendeu.
Yuri: Ninguém vai me cumprimentar? - Se levantou do sofá e foi até os quatro - E aí, crianças?
Nina/Léo: Oi, Yuri! - Falaram em uníssono e beijaram o rosto do homem, quando ele se abaixou ficando na altura deles.
Yuri: Tava com saudade de você, tia - Sorriu para Ludmilla e o abraçou. Sentiu que não havia sido correspondido, então apenas se afastou e ficou de frente para Brunna - Você eu já encontrei há pouco tempo, não precisa de abraço, né?
Brunna: Esse é o motivo da reunião? - Ignorou a presença de Yuri em sua frente e perguntou para a cunhada.
Luane: Sim. Ele chegou aqui dizendo que havia recebido uma proposta para trabalhar em Roma, então resolvemos fazer uma "festinha" de despedida - Disse orgulhosa e beijando o rosto do filho.
Marcos: Sentem-se, nem parece que são de casa - Disse rindo e puxando cadeiras para elas.
As duas trocaram um olhar cúmplice e se sentaram nas cadeiras. Nina se sentou no colo de Brunna e Léo foi para perto de seus avós.
Renato: Como é isso de que vocês se encontraram? - Perguntou curioso pois havia reparado na fala do neto.
Yuri lançou um olhar aterrorizado para a Brunna, como se fosse proibido saberem o que aconteceu, e ela apenas o olhou confusa.
Brunna: Nos encontramos em um restaurante em Portugal - Revelou.
Yuri: É eu... eu tava fazendo um passeio com uns amigos - O jovem falou nervoso.
Luane: Aconteceu algo? Por que você parece tão nervoso, filho? - Olhou estranha para ele.
Yuri: Não acho que seja o certo falar - Olhou para Brunna, logo para Ludmilla e desviou o olhar.
Silvana: Nina, Léo, por que vocês não vão brincar lá no quarto do Yuri? - Sugeriu vendo o rumo que a conversa poderia tomar.
Nina: À gente pode? - A menina perguntou animada para o primo.
Yuri: Claro - Ele deu um pequeno sorriso.
Os dois forma correndo e sumiram no corredor.
Ludmilla: Tá tudo bem, Yuri - Falou - A Brunna me contou o que aconteceu e, confesso que fiquei com vontade de arrebentar sua cara na hora, mas agora já passou - Deu um pequeno sorriso olhando para o sobrinho.
Yuri: Que alívio, tia - Ele respirou fundo - Fico feliz que você seja tão madura a esse ponto. Não sei se eu aguentaria saber que a minha companheira transou com outro e ficar de boa.
Todos: O quê? - Todos presentes na sala, exceto o jovem, falaram ao mesmo tempo.
Luane: Que história é essa? Você transou com meu filho? - Olhou irritada para a cunhada.
Brunna: Eu... não! - Não estava conseguindo entender o que acontecia - Você pirou, menino?
Yuri: Você mentiu para a sua esposa? É claro, ninguém ia aceitar uma traição assim... dentro da família - Negou com a cabeça.
Brunna: Cala a boca! Amor... - Se virou para a Esposa - A história que eu te contei é a verdadeira!
Silvana: Vamos nos acalmar - Falou vendo as expressões nos rostos dos envolvidos - O que aconteceu exatamente?
Yuri: Nós...
Silvana: Versão da Brunna - Interrompeu o neto.
Brunna: Eu estava no restaurante, nós conversamos sobre algumas coisas que haviam acontecido antes de Portugal e depois disso, fomos para algumas baladas. Acabamos bebendo demais e ele tentou me beijar. Eu resisti e acabou assim - Disse de forma resumida.
Luane: Mas ontem quando você chegou, falou que não havia bebido por causa dos remédios - Falou e Ludmilla imediatamente olhou para a esposa.
Era verdade e ela sequer havia reparado nisso quando ela contou sua versão da história.
Brunna: Merda - Falou baixinho - Olha, foi só nesse dia. Eu tava frustrada por causa do tratamento, o susto da Ludmilla havia sido recente! Confesso, fui irresponsável, mas eu jamais seria capaz de dormir com o sobrinho da minha esposa ou com qualquer outro que não fosse ele - Olhou para o homem vendo o olhar indignado em seu rosto. - E outra Eu sou lésbica assumida.
Silvana: Agora, José, conte a sua versão - Falou para o neto.
Yuri: Depois que fomos para a balada, realmente bebemos demais e acabamos indo para um lugar mais calmo. Aí no calor do momento, ambos estávamos carentes, a bebida agiu errado e a gente acabou ficando - Falou olhando para as mãos.
Brunna: Yuri! - Falou em um tom de repreensão - Isso não é verdade!
Yuri: Depois que a gente beijou, fomos para o banheiro e... vocês já imaginam o resto, né?
Brunna: Amor, não é verdade - Olhou assustada para a esposa - Você sabe que eu jamais seria capaz de fazer uma coisa dessas.
Ludmilla tinha uma expressão enfurecida. Ela se levantou da cadeira que estava e se aproximou do sobrinho. O jovem se levantou ficando de frente para a mulher e foi surpreendido por um abraço.
Ludmilla: Me desculpa - Tinha um tom irritada na voz.
Separou o abraço e surpreendeu a todos dando um soco no rosto do sobrinho.
Ludmilla: Isso é pra você aprender a parar de ser mentiroso.
Luane: Ludmilla! - Gritou assustada e se aproximou do filho - Você tá bem?
Yuri: Você prefere acreditar na vadia com quem se casou, né? - Deu um sorriso malicioso - Você não conhece essa mulher.
Ludmilla: E quem conhece? Você? - Fechou o punho com força.
Brunna: Amor, vamos pra casa - Se aproximou da esposa e segurou seu braço.
Luane: Depois que fez a confusão, quer fugir né?- Disse irritada para a cunhada.
Marcos não falava nada, pois sabia bem do que o filho era capaz, principalmente para terminar com o casamento de sua tia.
Luane: Saiam da minha casa! - Gritou irritada.
Ludmilla: Pega os nossos filhos lá - Falou para a esposa.
Renato: Filha, as crianças não têm culpa de nada - Mantinha a serenidade.
Ludmilla: Eu não quero meus filhos nessa casa - Pegou a bolsa da esposa na cadeira - O dia que você abrir seus olhos e ver a verdade, vai se arrepender de ter falado assim com ela, e vamos esperar suas desculpas de braços abertos - Falou para a irmã e saiu batendo à porta da casa.
Brunna: Me desculpem - Foi a única coisa que Brunna falou depois que saiu do local com os filhos.
Elas foram para a casa em silêncio.
(...)
Ludmilla: Não acredito que ele teve a cara de pau de mentir daquele jeito - Falou enquanto estava deitada ao lado da esposa na cama.
Brunna: Você acreditou me mim e é isso que importa, amor - Abraçou a cintura da mulher - Me desculpe por ter nos colocado nessa situação.
Ludmilla: Não foi sua culpa - Ela começou a acariciar os cabelos castanhos dela.
Brunna: Foi, se eu não tivesse sido irresponsável e tivesse ido beber no meio de um tratamento com remédios, nada disso havia acontecido - Lamentou.
Ludmilla: Olha pra mim - Pediu e segurou um lado do rosto da pessoa a fazendo a encarar - Não é culpa sua. Quero que saiba que, independente do que acontecer, eu vou estar sempre ao seu lado.
Brunna: Eu te agradeço por isso, amor. Mas tente não ficar de mal com sua família, tá? Eu entendo que eles confiem mais nele do que em mim. Já dei motivo para desconfiarem.
Ludmilla: Eles não podem te julgar pelo que você era - Acariciou seu rosto - E se eles estão contra você, estão contra mim, e não tem discussão. Você é parte de mim, assim como nossos filhos. Vocês sempre serão o primeiro lugar na minha vida.
Brunna: Eu te amo, e me desculpe por ter mentido sobre o negócio da bebida.
Ludmilla: Tá tudo bem, amor - Sorriu - Eu te amo. Tudo vai se resolver.
Ela deu um pequeno sorriso e a abraçou com mais força sentindo toda a segurança que os braços da esposa passavam para ela.
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