61° Capítulo
Brunna: Amor, vamos levantar, eu quero aproveitar o dia com as crianças - Disse enquanto a esposa a prendia em um abraço para ela não sair da cama.
Ludmilla: Tá cedo ainda, amor, eu quero ficar aqui abraçadinha com você - Resmungou encostando o nariz no pescoço dela - Você chegou ontem e a gente nem se curtiu direito.
Brunna: Não sei se lembra, mas nos transamos no sofá ontem à noite - Falou rindo e tentando se soltar dos braços dela.
Ludmilla: Mas eu ainda to com saudade de você, amor - Falou manhosa e a apertou mais ainda entre os braços.
Brunna: Eu também to, meu bem, mas eu quero aproveitar os nossos filhinhos agora e depois, quando chegar a noite novamente, a gente pode matar a saudade mais uma vez - Segurou o rosto dela entre as mãos e sorriu.
Ludmilla: Eles tão dormindo ainda - Fez um bico.
Brunna: Tá bom, sua manhosa - Falou rindo e se ajeitou na cama ficando de frente para ela com a perna em sua cintura - É muito gostoso sentir o calor do seu corpo de novo.
Ludmilla: Nem me fale - Ela sorriu - Já tava quase esquecendo como era a sensação de tocar na sua pele - Ela passou a mão pela coxa da esposa.
Brunna: Uma pena que esses meses todos foram a toa, né? - Fez uma careta.
Ludmilla: Não, amor. Não foram a toa. Eu conversei com a Mirela ontem e ela disse que pode ser a longo prazo os efeitos - Acariciou o rosto dela - Não perca as esperanças.
Brunna: Ela seguiu te procurando depois que eu viajei? - Não conseguiu evitar sentir ciúmes.
Ludmilla: Na verdade a gente se encontrava quando eu levava as crianças pra consultar e algumas vezes por casualidade fora do hospital.
Brunna: Casualidade, sei - Semicerrou os olhos.
Ludmilla: Eu conversei com ela ontem e ela admitiu que tinha interesse em mim - Revelou.
Brunna: Sério? - Fingiu surpresa - Nunca imaginei uma coisa dessas - Seu tom de voz era irônico.
Ludmilla: É sério, para de falar assim - A repreendeu - Ela deixou bem claro que não tentaria nada porque era nítido o quanto eu te amo e sou completamente sua - Olhou apaixonadamente nos olhos da esposa.
Brunna: Eu encontrei com o Yuri em Portugal - Não queria, mas resolveu falar já que a esposa estava sendo tão sincera com ela.
Ludmilla: Sério? Como ele tá? - Sorriu.
Brunna: Ludmilla, não é possível que você não veja a maldade nesse seu sobrinho - Deu uma risadinha sem humor.
Ludmilla: O que ele fez? - Apoiou o cotovelo na cama e a olhou séria.
Brunna: Bom, a gente se encontrou em um restaurante que eu havia ido jantar com uns amigos que fiz lá e ele me chamou para conversar - Se sentou na cama tomando uma postura mais séria - Ele me pediu perdão por...
Ludmilla: Perdão?
Brunna: Uma vez, quando a gente tava no Happy, ele me chamou de vadia e disse algumas coisas não muito agradáveis - Resolveu abrir o jogo com a esposa.
Ludmilla: Por quê? - Se sentou na cama também não entendendo o que acontecia.
Brunna: As coisas que ele falava não eram só brincadeira, Ludmilla. Eu conseguia sentir
o olhar desejoso dele, vez ou outra ele passava a mão em mim alegando ser sem querer, mas eu relevava para não entrar em conflito com os pais dele - A morena estava chocado com as revelações. - Você sabe como eu sou e se eu explodir.
Ludmilla: E o que aconteceu em Portugal? - Sentiu seu sangue ferver já esperando a bomba que vinha.
Brunna: Depois que a gente conversou e ele me pediu desculpas, resolvemos terminar o jantar e sair para visitar as baladas de Portugal - A morena franziu as sobrancelhas.
Ludmilla: Por que você saiu com ele, mesmo depois de tudo?
Brunna: À conversa foi bem esclarecedora, Ludmilla, tudo parecia estar resolvido. Só que aí a gente começou a beber em uma das festas e ficamos completamente alterados - Mordeu o lábio inferior e desviou os olhos do dela - Em certo momento, quando a gente foi para um lugar da festa que era a céu aberto, ele simplesmente me prendeu contra a parede e me...
Nina: Mamãe! - Entrou correndo animada no quarto.
Brunna: Meu amorzinho! - Disse no mesmo tom ao ver a menina subindo na cama.
Ela sentou no colo da mãe e a abraçou com força.
Nina: Eu sonhei que você tinha voltado a viajar - Fez um bico.
Brunna: Agora a mamãe vai ficar aqui com você pra sempre - Sorriu acariciando os cabelos claros da menina.
Nina: Mamãe, sabia que a Mama o Lê me ensinaram a andar na bicicleta que você me deu?
Brunna: Sério? Que tal a gente ir passear e você me mostrar o que aprendeu? - Sorriu.
Nina: Sim! Eu quero muito! Vamos, mama? - A menina olhou para a mulher, que tinha a cabeça longe.
Aquelas informações haviam sido demais para ela e ficar sem saber o final da história que esposa estava contando era torturante. O que havia acontecido? Ele havia beijado e ela se afastado? Ela devolveu o beijo por causa da bebida? Eles transaram, mas foi apenas coisa de momento? Ou ele havia feito algo sem o consentimento dela? Milhares de questionamentos rondavam a sua mente.
Nina: Mama - Chamou novamente a tirando da bolha que sua mente se encontrava.
Ludmilla: Oi? - Balançou a cabeça e a olhou sorrindo.
Nina: Vamos no parque novamente? A mamãe quer ver eu andar de bicicleta!
Ludmilla: Amm... Claro, vamos sim - Forçou um pequeno sorriso e olhou séria para a esposa.
Brunna: Meu amor, o que acha de ir no quarto acordar seu irmão? - Falou para a filha.
Nina: Tá bom - Sorriu animada e desceu da cama saindo do quarto.
Brunna: Amor - Falou em um tom calmo, mas vendo o estado que a esposa estava, sabia que não seria uma boa ideia terminar a história naquela hora - Vou ir preparar nosso café da manhã - Se levantou e saiu do quarto.
Ela a olhou indignada. Queria saber o resto daquela história, ela não podia simplesmente sair do quarto sem finalizar aquilo.
A mulher se levantou irritada e foi tomar um banho. O banho foi frio para a impedir de ficar imaginando as coisas que aconteceram. Ela terminou sua higiene e então se vestiu para acompanhar os filhos e a esposa no parque.
A mulher entrou no quarto e começou a se despir sem falar uma palavra sequer.
Ludmilla: Léo já acordou? - Perguntou séria.
Brunna: Sim. Os dois já estão vestido lá embaixo - Ela ficou indignada novamente ao ver o tom de voz normal dela.
A mulher terminou de se vestir e desceu para tomar café com os filhos.
NÃO SEI SE VOU VOLTAR MAIS HOJE KKK.
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