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60° Capítulo

A pessoa que todos menos esperavam naquele momento adentrou a porta. Brunna foi quem chegara. Sua aparência estava um pouco diferente. Seus cabelos estavam um pouco mais longos e mais claros, seu corpo estava mais magro e ela havia finalmente assumido os óculos de grau.

Ludmilla: Amor? - Tinha um sorriso bobo no rosto, mas sumiu quando viu a expressão séria que a mulher a olhava.

A Loira largou a mala e caminhou com passos firmes até ela. O som do estalo da mão dela, no rosto da esposa, fez todos exclamarem surpresos.

Mia: Brunna!!! - Disse com os olhos arregalados e a mão na boca.

Emilly: Eu falei! - Estava boquiaberta.

Ludmilla: O que é isso? - Pôs a mão no rosto olhando para a esposa sem reação.

Sua expressão fechada mudou para um sorriso e ela abraçou o corpo da esposa com força.

Brunna: Que saudade que eu tava de você - Cheirou o pescoço dela algumas vezes, mas parou ao ver que ela não a abraçava de volta - O que foi?

Ludmilla: Eu que pergunto! - Disse indignada.

Brunna: Eu te falei que a primeira coisa que faria, era dar um tapa na sua carafalou como se fosse algo óbvio - Você não tinha o direito de me fazer pensar que te perdi.

Naquele momento a conversa que elas tiveram, veio à tona e ela sorriu. A mulher passou os braços na cintura da esposa e a abraçou forte a erguendo do chão.

Ludmilla: Eu estava com muita saudade de você - Largou ela no chão novamente e deu um pequeno selinho em seus lábios.

Ela sorriu para ela e se afastou para poder cumprimentar o resto.

Brunna: Uau - Olhou para a barriga da Emilly, quando chegou na vez da amiga - Você tá gorda!

Emilly: Vai a merda! - Amorena exclamou rindo e abraçou a amiga com força.

Brunna: To muito feliz por você - Falou baixinho no ouvido dela.

Emilly: Eu também.

Brunna: E aí, gente, cadê os meus filhos?- Perguntou ajeitando o óculos de grau em seu rosto, depois que terminou de abraçar a todos.

Ludmilla: Eu... eu vou chamar eles - Falou subindo as escadas.

Ainda não havia caído a ficha de que a esposa estava ali novamente.

Ludmilla: Crianças, a mamãe chegou! - Os três desceram a escada rapidamente.

Nina: Mamãe! - Gritou animada e Brunna imediatamente a pegou no colo.

Brunna: Que saudade, minha pequena - A apertou com força entre os braços enquanto sentia aquele cheiro que tanto sentiu falta.

Nina: Você demorou muito! - A menina olhou nos olhos da mulher - Sabia que dei a minha chupeta para o papai Noel?

Brunna: Sério? E é verdade dessa vez? - Semicerrou os olhos.

Nina: Eu já sou grande, mamãe! Vou entrar na escola - Abriu um largo sorriso.

Brunna: Eu sei que sim - Beijou o rosto dela mais algumas vezes e a deixou no chão para dar atenção ao outro filho - Oi, meu filho - Se ajoelhou e abriu os braços esperando ele vir.

O menino a abraçou em silêncio.

Brunna: Desculpa a demora, amor - Lamentou acariciando os cabelos cacheados.

Léo: Nunca mais some, mamãe - Ele separou o abraço e a olhou sério.

Brunna: Eu prometo - Sorriu e deu um beijo na testa dele.

Todos queriam conversar e fazer perguntas sobre o tratamento, mas a primeira hora foi totalmente exclusiva para as crianças que não paravam de rodear ela e querer inteira atenção.

Brunna: Dormiram - Suspirou quando chegou no fim da escada.

Já estava um pouco tarde e os dois não estavam mais se aguentando de sono, então ela resolveu os pôr para dormir já que fazia muito tempo que não fazia isso.

Emilly: Hora das perguntas! - Disse animada - O que aconteceu com seu cabelo?

Brunna: Tá ruim? - Se aproximou da Esposa, que estava sentada em uma cadeira, e sentou em uma de seus pernas. Ela abraçou a cintura dela e beijou seu ombro.

Luane: Não, tá lindo - Falou.

Brunna: Eu deixei ele crescer e resolvi pintar de uma cor mais clara - Deu de ombros - Nada específico.

Mia: E os óculos? - Perguntou - Você deixou de usar óculos quando completou 18 anos e nunca mais quis nem ouvir falar deles.

Brunna: Eu tava de saco cheio já de ficar colocando lente, então parei de usar e, como não enxergava muito bem, tive que comprar os óculos - Explicou.

Silvana: Por que você tá mais magrinha? - Questionou - Já não era magra o suficiente?

Brunna: Não foi uma opção - Falou dando uma risadinha - O tratamento era muito estressante, então acabei perdendo uns quilos sem querer - Olhou para a amiga e deu um sorriso malicioso - 55, Emmy e você?

Emilly: Eu vou matar a sua esposa, Ludmilla - Mostrou o dedo do meio para a Loira.

Ludmilla: Amor, por que você chegou mais cedo? Eu queria ir te buscar no aeroporto - Fez um bico quando o olhar da esposa encontrou o seu.

Brunna: Eu mudei o voo com outra pessoa e consegui vir mais cedo - Falou - Queria surpreender vocês - Sorriu e acariciou o rosto dela.

Luiza: Como foram as coisas lá? - Perguntou curiosa enquanto bebia um pouco de refrigerante.

Brunna: Uma chatice. Inclusive queria beber vinho, lá não podia tomar nada de álcool por causa dos medicamentos - Revirou os olhos.

Ludmilla: Eu pego pra você, amor - Beijou o ombro dela novamente e se levantou indo para a cozinha.

Todos ficaram conversando por muito tempo e atualizando sobre tudo que havia acontecido, até que ficou tarde e se cansaram.

Brunna: Eu preciso de um banho - Resmungou trancando a porta de casa depois que os últimos saíram.

Ludmilla: Eu sei que você tá cansada e que são muitas horas de viagem, mas eu to com uma vontade quase que incontrolável de beijar a sua boca - Falou se aproximando dela e segurando seu rosto entre as mãos.

Brunna: Seis meses... não foi fácil, né?olhou para os lábios dela e mordeu os próprios.

Ludmilla: Não. Tinha vezes que eu até sonhava que ia até Portugal só pra te beijar e fazer amor com você - Passou o nariz pelo dela.

Ela deu um pequeno sorriso e pôs a mão na nuca dela encaixando os lábios. O primeiro contato foi gentil, romântico e até mesmo inocente, mas foi necessário apenas que os lábios se abrissem e as línguas se encontrassem para que o fogo se acendesse.

Ludmilla segurava os cabelos da esposa com vontade enquanto dançava com sua língua sobre a dela. Brunna arranhava as costas da esposa e puxava seu corpo contra o dela.

Haviam sido seis meses longe uma da outra e elas sabiam que não dariam conta de esperar para matar aquela vontade e saudade que sentiam.

O beijo logo evoluiu e as mãos entraram em ação. A primeira coisa a voar longe foram os óculos da Brunna que estavam atrapalhando a movimentação das cabeças.

A morena desceu suas mãos e segurou a camisa da esposa com força, a puxando para cima e retirando de seu corpo.

Brunna: Saudade dessa sua pele quente - Se abaixou e lambeu a barriga dela.

Ludmilla: Eu to com saudade de você todinhal! - A puxou pelos cabelos com vontade e voltando a atacar sua boca.

O casal começou a andar até as escadas enquanto tiravam as peças de roupas.

Ludmilla: Qual a chance dos nossos filhos virem aqui na sala? - Elas vestiam apenas as roupas íntimas e a Morena não estava com paciência para ir até o quarto.

Brunna: Eles estão apagados no quarto, na verdade.

Ludmilla pegou a esposa no colo e levou até o sofá, a deixando no mesmo. Ela passou as mãos pelo tronco dela, logo indo para as pernas, onde puxou a calcinha para baixo a deixando completamente nua.

Ludmilla: Que corpo - Mordeu os lábios e se abaixou para beijar aquele corpo que tanto sentiu falta.

Ela terminou de despir a si mesmo e então seguiram com os beijos quentes até que os corpos se encaixaram sem nenhuma barreira, causando um alto gemido de alívio.

Brunna: Que saudade que eu tava disso - Disse enquanto apertava o cabelo da esposa com uma mão e arranhava suas costas com a outra. - Isso amooor - Ela gemeu assim que sentiu a esposa a penetrando firme.

Ludmilla: Me diz o que você quer?

Brunna: Você dentro de mim fundo, forte e rápido...

Ludmilla: Puta que pariu, não fala assim amor, assim eu fico com mais fogo - Ela deu uma estocada forte e começou a fazer um vai e vem rápido.

(...)

Elas se amaram de forma intensa, matando toda a vontade acumulada em seis meses.

Brunna: E eu achando que nada poderia superar o sexo do nosso aniversário de casamento - Disse ofegante enquanto a mulher tinha o rosto em seu pescoço.

Ludmilla: Foi muito tempo longe, não tinha como não ser perfeito - Beijou o pescoço dela - Eu queria continuar, mas sei que está muito cansada. Vamos tomar um banho e dormir abraçadinhas? - Ela assentiu com a cabeça sorrindo.

Elas tomaram banho juntas e logo estavam deitadas e abraçadas na cama.

Brunna: Eu nunca mais quero ficar longe de você, amor - Falou com a voz fraca entregando o sono que sentia.

Ludmilla: Não se preocupe. Isso nunca mais vai acontecer - Deu alguns selinhos em seus lábios - Eu te amo muito e nunca vou deixar você escapar daqui - A apertou entre os braços.

Brunna: Confio em você - Deu um pequeno sorriso - Boa noite, meu amor.

Ludmilla: Dorme bem.

Elas deram um último selinho e então pegaram no sono abraçadas, em uma paz.

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