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32° Capítulo

CONTINUAÇÃO...

Brunna despertou, mas optou por não abrir os olhos. Ela conseguia sentir as presenças no quarto e os sussurros que os filhos e a esposa davam para não a acordar.

A mulher seguiu fingindo que dormia, pois sabia muito bem o que eles estavam aprontando naquele quarto. Era dia das mães, e certamente eles deveriam estar querendo surpreendê-la, mas havia um problema. Ela odeia essas datas comemorativas!

Nina; Será que já pode acordar ela? - Sussurrou o mais baixo que conseguiu.

Léo: Cala a boca, Nina, a Mama nem terminou de trazer as coisas do café ainda - Cutucou a irmã com o cotovelo.

Nina: Mama, olha ele! Me mandou calar a boca e me bateu - Fez um bico ameaçando chorar.

Ludmilla: Sem briga, crianças, hoje é o dia da mamãe, então vamos fazer tudo pra deixar ela feliz, ok? - Falou se abaixando ao lado deles e acariciando os cabelos de ambos

Nina: Mas é seu dia também, mama!

Ludmilla: Eu sei meu amorzinho, mas o foco é sua mamãe! Agora fiquem quietinhos que eu vou trazer o presente de vocês e aí podem acordar.

Ela saiu do quarto e os pequenos ficaram observando a mãe. Brunna se sentiu um pouco mal de estar enganando eles, mas quanto mais demorasse para chegar o momento, melhor.

Ludmilla voltou para o quarto e então os dois pequenos pularam na cama cantando "parabéns pra você'. A mulher fingiu recém ter despertado e coçou os olhos com as mãos, logo olhando para os filhos que estavam animados batendo palmas. Brunna se espreguiçou e sentou na cama. Ela odiava comemorações e surpresas, mas ver aqueles sorrisos animados no rosto dos filhos não tinha preço, o único que ela conseguiu fazer foi sorrir de volta para eles.

Léo/Nina: Feliz dia das mães, mamãe! - Os dois gritaram juntos e se jogaram encima dela a abraçando com força.

Brunna: Que abraço mais gostoso - Falou com os olhos fechados enquanto apertava um filho com cada braço.

Léo: À gente tem uma surpresa pra você, mamãe! - Separou do abraço e foi para o lado da bandeja que tinha encima da cama - Café da manhã para nossa mãe preferida!

Brunna: Que lindo! - Falou ajeitando Nina em seu colo - Foram vocês que prepararam? - Olhou sorrindo para a Ludmilla, enquanto ela botava a bandeja perto dela.

Nina: Sim! - Bateu palmas animada - A mama só ajudou com algumas coisas, mas a gente que teve a ideia toda!

Brunna: Uau, como vocês são criativos - Beijou o rosto da menina - Isso é só pra mim ou é coletivo? - Brincou fazendo cócegas na filha.

Ludmilla: É pra ser só seu, mas você conhece os monstrinhos que pariu, né? Se pronunciou rindo.

Brunna: É de nós duas, mas quero todo mundo comendo comigo antes de ir pra aula - Falou e se ajeitou na cama para todos se sentarem.

Léo: Eu tenho mesmo que ir pra aula? - Resmungou - Hoje é o dia da mamãe.

Brunna: Hoje é domingo, bobo, eu tô só zoando - Falou rindo da cara do filho e a esposa apenas negou com a cabeça enquanto tinha um sorriso no rosto.

Nina: O Léo é burro - Pôs a mão na boca e começou a rir.

Ludmilla: Não fala assim do seu irmão, filha - A repreendeu.

Brunna: Vamos comer logo ou esse café vai esfriar - Disse para os três.

Léo: Agora nós temos um presente! - Falou quando terminaram de comer o que havia sido preparado.

Ele entregou o presente e Nina ficou com um bico nos lábios.

Nina: É meu também - Falou indignada olhando para o presente nas mãos da mãe.

Brunna: Eu sei, meu amor - Ela sorriu e beijou a testa dela.

Brunna abriu o pacote e se deparou com um kit, que era um perfume juntamente com alguns cremes que ela amava usar.

Brunna: Eu amei! - Falou sorrindo e abraçou os dois ao mesmo tempo.

Nina: Esse é o presente chato - Disse fazendo a morena e a loira sorrirem - Agora nós temos o presente legal.

Ela desceu da cama e saiu do quarto juntamente com o irmão.

Brunna: Eles não vão descer as escadas, né? - Olhou preocupada para Ludmilla e ela negou com a cabeça sorrindo - O que foi? - Reparou no sorriso bobo que ela tinha nos lábios.

Ludmilla: Você é linda - Deu de ombros - E eu amo esse seu lado mãe, você consegue ficar ainda mais linda quando tá com nossos filhos.

Brunna: Eu amo eles - Revelou também sorrindo - Eles conseguiram derreter o gelo - Passou a mão pelo peito sinalizando o coração.

Ludmilla: Achei que não tivesse coração antes - Deu uma risadinha.

Brunna: Tava escondido - Brincou se ajoelhando na cama e ficando de quatro apoios para a olhar de perto - Não ganho beijo de dia das mães?

Ludmilla: Às crianças vão entrar a qualquer momento.

Brunna: Achei que nessas datas a gente merecia ser mimada e receber o que quisesse - Fez um bico.

Ludmilla: Manhosa - Falou com os olhos semicerrados e encaixou os dedos na nuca da mulher a puxando para um beijo calmo.

As línguas não passavam do limite dos lábios, apenas tocavam de leve no lábio da outro para que o beijo não viesse a se aprofundar mais do que deveria.

Ludmilla: Feliz dia das mães, para a mãe mais linda do mundo - Seguiu com a mão na nuca dela, mas agora os olhos estavam se olhando.

Brunna: Obrigada e feliz dia das mães, para a mama mais incrível do mundo - Sussurrou e deu um selinho nela - Vou ser eternamente grata por você ter me dado esses presentes e me feito mãe - Ludmilla sorriu e mordeu o lábio dela dando uma leve puxada - Por que eles cantaram 'parabéns pra você?

Ludmilla: Eu já falei que isso é só em aniversário, mas eles insistem em cantar em qualquer data comemorativa, até mesmo no Natal - Deu uma risadinha explicando.

Brunna: Essas crianças são doidas - Deu uma risada - Tinham que ser seus filhos mesmo.

Ludmilla: A doidinha aqui é você - Ela puxou seu rosto e seu mais alguns selinhos.

Léo: Desculpa a demora, mamãe - A voz do Léo fez ela se afastar e sentar na cama novamente - A Nina tinha escondido o presente.

Nina: Era pra você não achar - Se justificou.

Eles subiram na cama novamente e entregaram uma espécie de cartaz para Brunna. Ela pegou e o abriu em seu colo. De um lado tinham alguns desenhos aleatório de carros, pessoas, casas e pinturas de tinta, e do outro eram apenas rabiscos, com marcas de mão em tintura vermelha espalhadas por tudo.

Brunna: Que lindo - Ela não conseguia entender o porquê de se sentir emocionada com o desenho, já que eram apenas coisas aleatórias - Esse definitivamente é o presente legal.

Ela olhou para os dois com lágrimas nos olhos e ficou admirando os rostinhos. Nina era tão parecida consigo, inclusive na personalidade. O rostinho delicado, mas com traços fortes, assim como o dela, deixavam a menina linda e seus cabelos claros eram apenas um charme a mais. Léo era muito parecido com a Ludmilla, principalmente pelo fato de ele ter aqueles olhos de esmeraldas, assim como os da esposa, só que as bochechas o davam um ar mais fofo.

Brunna: À mamãe ama vocês - Ela segurava a mão de Nina e acariciava o braço do Léo - Demais!

Nina/Léo À gente te ama demais também! - Os dois se jogaram encima dela a enchendo de beijos.

Ludmilla tinha os olhos cheios de lágrimas enquanto observava a cena. Se lembrou do dia em que a esposa acordou sem memória e que ela ficou com medo de ela magoar os filhos. Mas ali estava novamente aquela mulher que ela tanto amava.
















VOLTEIIIIIII, EU NÃO ABANDONEI NINGUÉM NÃO! 🤣❤️

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