25° Capítulo
Ludmilla: Brunna, por que tá demorando tanto?- Estava parada na porta do banheiro do quarto delas.
Brunna: Eu tô enjoada, Ludmilla! Acho que não é uma boa ir - Falou lá de dentro.
Ludmilla: Amor, abre a portaele - Pediu com a voz calma.
A porta se abriu e Brunna apareceu com os olhos assustados.
Ludmilla: Não faz essa carinha - Ela segurou seu rosto entre as mãos - Eu já falei que você não tá sozinha e que vai dar tudo certo. Não falei? - Ela assentiu com a cabeça - E você confia em mim?- Assentiu novamente - Então troca de roupa e vamos logo.
A mulher respirou fundo e resolveu fazer o que ela pediu.
Ludmilla: Vamos te esperar lá embaixo.
Brunna trocou de roupa rapidamente, ajeitou o cabelo, fez uma maquiagem e logo encontrou a família no andar de baixo.
Ludmilla: Vamos nessa?
Eles foram para o carro e partiram para o endereço que a Mia havia mandando para o WhatsApp da Ludmilla.
Brunna: Nina, me da a mão? - Ela pediu para a pequena, quando eles pararam na porta do restaurante.
À menina sorriu animada e pegou a mão da mãe dando um pequeno beijo nela. Eles adentraram o local e encontraram uma grande mesa redonda com a Mia, Jorge, Silvana, Renato, Luane e Marcos.
Silvana: Até que enfim! - Levantou animada e beijou o rosto dos netos, logo fazendo o mesmo com a Ludmilla - Oi, Brunninha - Sorriu para a nora.
Brunna: Olá, como vai? - Forçou um sorriso simpático.
A mulher se surpreendeu e Ludmilla sorriu para a esposa, mostrando que estava tudo indo no caminho correto. Ela não fez contato físico com ninguém, a não ser com seu pai, mas os cumprimentou gentilmente, inclusive a Mia.
Mia: Ela já recuperou a memória? - A mulher perguntou para o genro.
Ludmilla: Infelizmente ainda não - Sussurrou - Mas tudo tá se encaminhando bem.
Brunna e Ludmilla se sentaram ao lado dos filhos.
Ludmilla: Já pediram algo? - Perguntou.
Luane: Não, estávamos esperando vocês
Silvana: Falando nisso, por que você não atendeu o celular? Eu liguei três vezes e a Mia ligou mais duas - Disse para a filha.
Nina: Elas estavam beijando na sala - Falou dando uma risadinha.
Brunna, que estava tomando água, se afogou com a fala da menina e começou a tossir.
Ludmilla: Calma - Bateu de leve nas costas dela - Nina! - A repreendeu.
Léo: É verdade, eu também vi! - Confirmou dessa vez.
Os familiares se surpreenderam pois não sabiam que elas estavam mantendo esse tipo de relação.
Brunna: Você quer me matar, garota? - A frase fez a pequena rir.
Todos fizeram seus pedidos e logo já estavam comendo.
??: Que coincidência - A voz feminina já conhecida, se fez presente.
Ludmilla: Mirella - Sorriu e se levantou para cumprimentá-la.
Mirella: Olá, gente, como vão? - Seu sorriso diminuiu um pouco quando chegou em Brunna e viu que ela estava sentada ao lado da morena.
Silvana: Muito bem - Sorriu - Como tá o trabalho lá?
Mirella: Ótimo, ontem mesmo chegou uma menininha linda para ser atendida - Falou sorrindo para Nina.
Mia: O que aconteceu com ela? - Perguntou preocupada.
Léo: A mamãe deu pizza para ela de noite! - Dedurou a mulher.
Brunna: É hoje, meu pai - Falou suspirando.
Mirella: Mas ficou tudo bem no fim - A médica disse sorrindo - Qualquer coisa que precisar sabe que é só aparecer lá, né? - Acariciou o braço da Ludmilla exatamente como havia feito na noite anterior.
Ludmilla: Claro.
Brunna: Sério mesmo? - Deu uma risadinha irônica - Olha, você quer paquerar a MINHA Esposa? Ótimo, eu não me importo! Mas precisa fazer isso na minha frente e na da nossa família? - Olhou para a mulher com as sobrancelhas arqueadas.
Todos na mesa se surpreenderam com a frase. Luane, que não era muito fã daquela médica, adorou a frase da cunhada.
Mirella: Brunna, me desculpe se foi isso que deu a entender, mas...
Brunna: Não deu a entender, tá bem nítido. E não te dei intimidade para me chamar pelo nome, para você é senhora Oliveira - Olhava séria para a mulher.
Mirella: Desculpem pelo incomodo, gente - Disse sem graça e se retirou do local.
Brunna: Merda - Ela resmungou vendo que havia regredido em sua evolução.
Nina: A mamãe falou palavrão! - Sorria de tudo que a mãe fazia.
Brunna: Desculpa, eu... - Brunna falou quando a esposa se sentou ao seu lado novamente.
Ludmilla: Relaxa - Interrompeu apertando seu ombro - Hoje eu reparei que realmente tem uma certa malícia. Eu faria até pior se fosse o contrário.
Luane: Eu acho que você arrasou, cunhadinha. Inclusive deveria ter puxado o cabelo oxigenado dela e arrastado pelo restaurante - Apoiou a Loira.
Renato: Luane, isso é jeito de falar na frente das crianças? - A repreendeu - Relaxa, minha filha, ninguém tem sangue de barata.
Brunna: Eu faria isso antes do acidente? - Ela olhou para Ludmilla.
Ludmilla: Não desse jeito. Você me chamaria para conversar e se passasse do ponto, aí você se metia - Explicou.
Brunna: Que ponto? - Se sentiu um pouco enciumada.
Ludmilla: Nada demais, só se você achasse que eu tava devolvendo a paquera, coisa que não aconteceria, pois eu já te falei lá em casa o porquê - Se referiu ao fato de ela ser a mulher da vida dela.
Nina: Você fica engraçada quando tá brava, mamãe - Falou rindo.
Brunna: Essa menina acha que eu sou humorista - Olhou séria para a pequena.
Nina: Depois que ela se curou do dodói, ficou engraçada - A pequena falou para o irmão, mas todos ouviram.
Léo: É porque ela não se lembra da gente! - Ele falou baixinho, mas novamente foi audível.
Brunna franziu a testa olhando para eles. Não fazia idéia de que eles sabiam sobre isso até agora.
Brunna: Você falou? - Olhou para Ludmilla.
Ludmilla: Ele perguntou - Revelou.
Elas seguiram comendo e mudaram o assunto.
Nina: Mamãe, eu quero colo! - Resmungou claramente com sono.
Brunna: Eu tô comendo - Foi o que a Loira disse.
- Eu quero minha chupeta - Fez um bico olhando para a mãe, com os olhinhos castanhos.
Brunna: Nada disso - Negou com a cabeça - Espera até a gente chegar em casa, que você dorme.
Nina: Mas eu quero... - Ameaçou chorar e foi necessário apenas um olhar furioso de Brunna para que ela se aquietasse.
Ludmilla: Ela só tá com sono, mor - Falou de forma calma e botando a mão na perna dela.
Brunna segurou a mão dela e tirou de sua perna.
Brunna: Desculpa - Fechou os olhos fortemente demonstrando o arrependimento e pôs a mão da mulher novamente em sua perna - Força do hábito.
Ludmilla: Relaxa - Deu um sorriso para ela.
O almoço seguiu da forma mais tranquila possível. Brunna não havia conseguido se comunicar com a mãe, pois estava com medo de voltar com a armadura anterior e acabar ofendendo a mulher, coisa que procurou não fazer. A todo o momento a esposa dava apertos em sua perna demonstrando que ela estava indo bem, mesmo que as vezes a tivesse que cutucar por estar sendo um pouco rude.
As famílias se surpreenderam com o novo posicionamento da Brunna, mas estavam muito feliz pela mudança que estava acontecendo na mulher.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro