23° Capítulo
NARRAÇÃO...
Brunna: Parece que hoje somos só nós três - Olhou para as crianças sentadas no sofá.
Léo: Cadê a mama? - Perguntou.
Brunna: Ela teve que ficar até mais tarde resolvendo coisas de um projeto e provavelmente só voltará depois que vocês já tiverem ido pra cama - Explicou.
Nina: Você vai fazer comida para nós? - Sorriu animada.
Brunna: Não exatamente - Ficou um tempo pensando no que eles poderiam comer.
Ludmilla havia ficado envolvida em um projeto e acabou que não conseguiu sair no horário normal do trabalho. Havia mandado uma mensagem para a Loira dizendo que iria chegar tarde e pediu que ela alimentasse os filhos, já que ela não estaria em casa.
Brunna: O que vocês acham de pizza? - Disse animada.
Léo: A mama não gosta que a gente coma pizza a noite - Rebateu.
Brunna: A mama é um chata - Reclamou e pegou seu celular - Que sabor vocês querem?
Nina: Chocolate! - Gritou animada.
Léo: Eu acho que a mama vai brigar - O menino não estava totalmente convencido se era o correto.
Brunna: Olha só, meu amor - Ela se ajoelhou em frente à ele - Eu sou sua mãe e vai ser eu quem vai pedir a pizza, então escolha um sabor ou a gente vai comer o que eu escolher.
Léo: Queijo - Disse ainda receoso.
Brunna: Bom menino - Bagunçou o cabelo dele e se levantou novamente - E outra, sua mãe não precisa saber disso. Então vou pedir queijo, calabresa e chocolate - Falou e já discou o número da pizzaria que tinha salvo em seu celular.
Ela fez o pedido e então deixou o celular de lado.
Brunna: Daqui a 50 minutos vai chegar. Quem quer tomar banho primeiro? - Olhou para os dois.
Nina: Banho não! - Se escondeu com uma almofada.
Brunna: À senhorita é uma porquinha em?! - Foi até ela e a pegou no colo - E por isso vai ser a primeira. Vamos lá com a gente, Léo.
Os três foram para o banheiro do corredor. A mulher pôs a menina embaixo do chuveiro e a ajudou a tomar banho, enquanto o Léo conversava com ela. Logo ele entrou para o banho e, quando terminou, eles desceram as escadas.
A pizza chegou e então comeram as duas, já que a salgada era meio a meio.
Brunna: Agora tá na hora de ir pra cama! - Falou para os filhos depois que terminou de lavar a louça.
Ela os ajudou a escovar os dentes e depois acompanhou cada um até sua cama. Quando já haviam dormido, ela desceu as escadas e foi se livrar daquelas caixas de pizza para que Ludmilla não brigasse com ela.
(...)
Ludmilla: Olá! - Entrou em casa quando já eram 23:30.
Brunna: Oi - Sorriu para ela do sofá.
Ludmilla: Como as crianças estão? - Se aproximou e beijou a testa dela.
Brunna: Já dormiram - Informou.
Ludmilla: Eu te falei, não tem como esquecer como ser mãe - Disse orgulhosa e ela apenas deu um pequeno sorriso para ela. - Eu não vou jantar, na verdade já vou ir me deitar porque tô exausta.
Brunna: Boa noite - Se levantou do sofá e deu um beijo no canto dos lábios dela - Durma bem.
(...)
Brunna despertou ao ouvir um choro vindo do quarto ao lado. Ela se levantou rapidamente e correu até o local que era o quarto de Nina. A menina estava sentada na cama, com a chupeta na boca, enquanto chorava.
Brunna: O que foi? - Perguntou preocupada e se aproximou se abaixando em frente à ela.
Nina: Minha barriga tá doendo - Ela tinha a mão repousada no local.
Brunna: Eu... eu não sei o que fazer - Sussurrou nervosa para si mesma - Espera aqui que eu vou chamar sua mama.
Brunna correu até o quarto de hóspedes e o invadiu sacudindo o ombro da Ludmilla.
Ludmilla: O que foi? - Acordou assustada.
Brunna: À Nina tá chorando - Sua fala fez a mulher levantar rapidamente e correr até o quarto da filha.
Ludmilla: O que foi, meu amorzinho?- Acariciou a perna dela.
Nina: À minha barriguinha - Apontou para o local.
Ludmilla: Tá doendo? - A menina assentiu com a cabeça - Deixa a mama ver - Ela pôs a mão na barriga dela e deu uma leve apertada, vendo que estava dura.
Brunna: Algo errado? - Mordeu o lábio inferior.
Ludmilla: O que você deu para eles comer ontem à noite? - Se levantou e parou em frente a esposa.
Brunna: Eu...
Léo: Mama, o que foi? - Foi interrompida.
Ludmilla: Sua irmã tá com dor na barriga - Explicou - Vamos levar ela no hospital, não gosto de medicar sem prescrição - Falou para a mulher - Fica com ela, que eu vou trocar de roupa.
Eles se arrumaram e então partiram para o hospital de carro.
(...)
Ludmilla: A doutora Mirela está disponível? - Perguntou - Minha filha tá com dor na barriga e geralmente é ela quem nos atende.
??: Vou verificar para a senhora - Fez uma chamada pelo telefone - Sim, ela está aguardando no terceiro andar, sala 4.
Ludmilla: Muito obrigada.
Ludmilla tinha Nina no colo e Brunna estava de mãos dadas com o Léo, enquanto iam até o elevador.
Léo: Eu tô com sono, mamãe - Resmungou estendendo os braços para ela.
Brunna: Você é muito pesado para colo. Elas chegaram até o local.
- Vai lá com ela, que eu vou ficar aqui com o Léo - Falou para a esposa e ela fez.
A mulher estava com o coração apertado, pois sabia que o motivo da filha estar assim, era a pizza que ela tanto insistiu para eles comerem. Ela estava se sentindo culpada e se martirizando por não ter ouvido o filho mais velho e ter deixado a menina naquele estado.
Léo: Ela vai ficar hem? - Omenino estava deitado no braço da mulher.
Brunna: Claro que vai, é só uma dor na barriga - O reconfortou acariciando sua mão.
Um tempo depois Ludmilla saiu da sala, ainda com Nina no colo, que já estava calma, e com uma mulher loira que acreditou ser a médica.
Mirella: Olá - Ela se aproximou de Brunna e a mesma levantou - Sou a doutora Mirela, é um prazer finalmente conhecê-la acordada. - Brunna franziu a testa não entendendo.
Ludmilla: Ela era os meus olhos aqui, quando você estava em coma - Falou e sua expressão não estava muito boa.
Brunna: Ah, um prazer conhecê-la - Forçou um sorriso simpático.
Mirella: Tá tudo bem com essa menininha, já receitei uns remedinhos que farão essa dor passar e outros caso ela volte, mas não se preocupe, isso deve ter sido apenas alguma coisa pesada que ela comeu e o estômago não deu conta de fazer toda digestão - Explicou para Brunna.
Brunna: Ok - Sorriu sem graça pois aquilo era a confirmação de que a culpa era sua.
Mirella: Bom, eu já vou indo - Ela olhou para Ludmilla e acariciou o braço sarado dela, dando uma pequena apertadinha - Foi bom ver você de novo.
Ludmilla: Igualmente. Obrigada por nos atender. - Ela se retirou sob o olhar estranhado de Brunna. - O que você deu para eles comer ontem à noite? - Perguntou com as sobrancelhas franzidas.
Brunna: Pizza - Falou baixinho e olhando para o chão.
Ludmilla: Pizza? Eu já não falei que eles não podem comer coisa forte à noite? - Seu tom de voz era irritada - Isso faz mal!
Brunna: Eu já entendi, e já me castiguei o suficiente também, não precisa falar assim - A olhou brava.
Ludmilla: Eu... - Ela suspirou - Vamos embora.
Elas entraram no carro em silêncio e partiram para a casa.
Ludmilla: Agora você vai ficar bem, meu amorzinho - Beijou a testa de Nina após deixar ela na cama.
A menina pôs a chupeta e já fechou os olhos.
Ludmilla: Espero que você tenha entendido que não se da comida forte para criança à noite - Olhou séria para ela e foi para seu quarto.
A Brunna sabia que a esposa estava em seu direito de ficar brava. Ela havia ignorado totalmente a recomendação que ela havia feito e isso causou uma dor de cabeça, por isso mesmo ela decidiu que no dia seguinte iria conversar com a esposa e se desculpar pelo que havia acontecido.
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