22° Capítulo
NARRAÇÃO...
Ramana: Como que tão as coisas na sua casa, Mana? - Perguntou para Ludmilla.
As duas aproveitaram que as crianças não estavam em casa, e que as esposas estavam trabalhando, para irem almoçar juntas em um restaurante próximo à academia.
Ludmilla: Bem - Suspirou - Na verdade tão melhor do que eu esperava.
Ramana: Conseguiu conter a furacão? - A morena entendeu que ela se referia à Brunna.
Ludmilla: Ela tá cada dia evoluindo mais comigo e com as crianças - Revelou.
Ramana: E como tá a relação de vocês?
Ludmilla: Ah, a gente transou uma vez, mas não passou disso. Preferimos que isso só aconteça de novo, quando ela sentir segurança do que sente por mim - Explicou.
Ramana: Ela já admitiu algum sentimento? - Perguntou surpresa e ela assentiu com a cabeça - Isso com certeza é uma evolução.
Ludmilla: Sim, ela já deixou claro que ama as crianças - Sorriu lembrando do episódio - E também disse que tá confusa quanto aos sentimentos relacionados a mim, então preferi não pressionar ela.
Ramana: Eu tô impressionada. A Brunna de antes não falava essas coisas nem para Emilly, eu acho.
Ludmilla: Duvido muito. Ela já deve ter falado até mais pra Emmy.
Ramana: E o seu sentimento? Segue o mesmo?- Bebeu um gole da cerveja que estava servida em seu copo.
Ludmilla: Eu amo aquela mulher, Ramana - O pequeno sorriso nos lábios ao falar dela demonstrava ser verdade - Nem mesmo quando ela tava me desprezando nos primeiros dias, eu consegui amar ela menos.
Ramana: As criança não notaram a diferença dela?
Ludmilla: Claro que sim. O Léo me perguntou porque ela não ficava beijando eles o tempo todo, como era antes.
Ramana: Você falou a verdade para ele?
Ludmilla: Eu prefiro sempre manter a honestidade e sinceridade com os meus filhos. Eu falei que o acidente fez que ela esquecesse de algumas coisas e por isso ela tava um pouquinho diferente - Falou.
Ramana: E ele reagiu bem?
Ludmilla: Acho que ele nem entendeu na verdade - Sorriu - Ele ignorou o que eu disse e seguiu brincando.
As duas olharam para as portas da academia, já que o restaurante ficava na frente, e viram os últimos alunos saindo.
Ramana: Daqui a pouco elas saem também - Falou.
Uns quinze minutos depois os funcionários todos saíram, juntamente com a Brunna e Emilly.
Emilly: Olha quem tá lá, amiga - Cutucou o braço da Loira, enquanto apontava para as duas mulheres no bar.
Brunna: Tão nos espionando - Falou em um tom brincalhão.
Emilly: Vamos lá.
As duas atravessaram a rua na faixa de pedestres e chegaram até a mesa das esposas.
Emilly: Tão nos espionando, é? - Brincou dando um selinho em Ramana.
Ludmilla: Viemos ver se vocês realmente estão trabalhando - Sorriu para Brunna e ela retribuiu.
Ramana: Vocês já comeram? - Perguntou.
Emilly: Já, no horário de almoço - Revelou - E vocês?
Ludmilla: Acabamos agora há pouco e estamos só tomando uma cervejinhao - Falou - Querem se juntar?
Brunna: Na verdade hoje eu tô exausta, quero ir pra casa descansar - Falou.
Era um sábado e a academia delas abria até as 14:00 da tarde.
Ludmilla: Então vamos lá - Se levantou.
Brunna: Pode ficar aí - Tocou no ombro dela.
Ludmilla: A Ramana termina a cerveja por nós - Sorriu para a amiga - A gente já vai indo, pessoal.
Beijou o rosto de Emilly e Ramana.
Emilly: Até segunda, amiga - Falou para Brunna.
Ela apenas acenou para elas e então ambas foram para o carro da Ludmilla.
Brunna: Tão bom sentar - Ela praticamente gemeu de alívio quando se sentou no banco do carro.
Ludmilla: Ficou em pé o tempo todo? - Deu partida.
Brunna: Hoje tava mais lotado que o normal - Revelou - Acho que tão se recuperando da comilança do feriado.
Ludmilla: Com certeza - Disse sorrindo.
Elas chegaram em casa e Brunna foi direto para o andar de cima tomar banho.
Ludmilla entrou no quarto de hóspedes e começou a ajeitar o local que estava sutilmente bagunçado.
Brunna: Hey - Falou parada na porta. - Entra aí - Ludmilla sorriu e se sentou na cama.
A mulher se sentou ao lado da Lud e ficou em silêncio.
Ludmilla: Quer falar algo? - Viu que ela estava inquieta.
Brunna: Eu sou tão transparente assim?- Resmungou.
Ludmilla: Sim, você é transparente demais - Deu uma risadinha - Pode se abrir comigo - Pôs uma mecha do cabelo dela para trás da orelha.
Brunna: Hoje eu tava dando aula para uma senhora e ela disse que eu era a filha que ela nunca teve, que eu era uma pessoa muito boa e simpática. Isso ficou martelando na minha cabeça, porque eu sei que não é verdade - Os olhos dela estavam focados no chão - Aquilo que eu mostro lá dentro, é a minha máscara de profissional.
Ludmilla: E isso te incomoda? - Pôs a mão nas costas dela e ficou acariciando.
Brunna: Antes não, mas agora eu me sinto um ser humano horrível. Eu sei que eu trato as pessoas mal por nada, que sou rude, grosseira, mas é algo que eu não consigo controlar.
Ludmilla: Você quer melhorar isso?
Brunna: Eu só queria que minha memória voltasse e que, essa Brunna que as pessoas tanto gostam, voltasse - Deu um longo suspiro.
Ludmilla: Você não precisa recuperar a memória para se tornar uma pessoa boa, basta você se esforçar.
Brunna: Aí que tá o problema, sozinha eu não consigo.
Ludmilla: Você não tá sozinha. Eu já te disse que eu tô do seu lado sempre - Sorriu a confortando.
Brunna: Posso te pedir uma coisa? - Os olhos castanhos marejados fizeram contato com os olhos cor de mel da esposa.
Ludmilla: Tudo que você quiser - Levou a mão até o rosto dela.
Brunna: Você me ajuda a recuperar minha memória? - Mordeu o lábio inferior - Eu sei que é algo difícil, mas eu quero recuperar. Eu quero que você me ajude nisso.
Ludmilla: O que eu faço para te ajudar?
Brunna: Eu não sei. Me incentive a fazer coisas que eu fazia antes, me trate como me tratava antes, me leve aos lugares que nós frequentávamos, coisas desse tipo.
Ludmilla: Vai ser um prazer, meu amor - A chamou como costumava fazer antes.
Brunna: Eu sei que esse processo pode demorar, então quero te pedir mais uma coisa - Mordeu o lábio inferior nervosa - Me ajuda a ser uma pessoa melhor? Se precisar, chama minha atenção, briga comigo, me xinga, mas não deixa mais eu tratar as pessoas mal, tá bom? - Era a primeira vez que ela enxergava a Brunna, sua amada esposa, através dos olhos daquela mulher que havia despertado do coma.
Ludmilla conseguia ver a sinceridade e força de vontade que ela estava.
Ludmilla: Nós vamos conseguir isso juntas - Sorriu olhando nos olhos dela.
Brunna ficou olhando para a mulher de forma de intensa e não demorou muito até ela puxar a nuca dela e dar um longo selinho.
Brunna: Obrigada, eu não sei o que seria de mim, sem você.
Ludmilla sorriu e grudou os lábios aos dela, como uma comemoração para a nova era que estava por vir na vida de ambas.
Cheguei, porém quase não vinha em kkkkkkkk, tô cansada povão!
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