Brunna: Eu ainda tô um pouco confusa - Falou sincera e mordeu o lábio frustrada por não conseguir explicar o que sentira - Me desculpa.

Ludmilla: Não precisa se desculpar, linda - Sorriu para a reconfortar e acariciou seu rosto - Eu espero o tempo que for por você.

Brunna: Você promete? - A pergunta saiu de forma automática dos lábios da mulher.

Ludmilla: Eu prometo - Segurou a mão dela e deu um beijo na parte de cima - Quer continuar vendo o filme? - Observou enquanto ela saía do sofá.

Brunna: Não, esse filme é chato - A morena deu uma risadinha com a frase - O que acha de bebermos uma cerveja?- Sugeriu.

Ludmilla: Só uma? - Semicerrou os olhos a olhando.

Brunna: É - Falou mesmo sabendo que não seria só uma.

Ela foi para a cozinha sem esperar a resposta dela e trouxe uma lata de cerveja.

Ludmilla: Achei que era uma pra cada uma - Ela sorriu.

Brunna: Você tem nojo da minha boca? - Arqueou uma das sobrancelhas.

Ludmilla: Até parece né, Brunna!

Brunna: Então vamos beber uma cerveja, como eu propus!

Depois de um tempo o casal estava sentada bem próxima a outra no sofá, enquanto riam de coisas que a Ludmilla contava sobre os filhos. Em volta delas haviam seis latas de cerveja, já que realmente não haviam ficado só na primeira.

Brunna: Deu um grauzinho bom - Falou respirando fundo depois de parar de rir.

Ludmilla: Você me enganou, disse que ia ser só uma! - Falou rindo e tocando a testa na dela por alguns instantes.

Brunna: Eu não lembro de você recusando as outras.

Ludmilla: Vamos tomar um banho? Do jeito que a gente tá, eu prevejo merda acontecendo, se ficarmos aqui por mais tempo - Focou dos olhos castanhos da mulher.

Brunna: Você falou a palavra 'merda' mesmo? Eu tô impressionada - Zoou ela.

Ludmilla: Vai tomar banho, Brunna! - Deu um tapinha na perna dela e se levantou.

Brunna: Vai indo que eu vou pôr essas coisas no lixo.

A mulher subiu as escadas e foi direto para o banheiro do corredor. Ela tirou a bermuda e a camisa que vestia e jogou no chão, logo fazendo o mesmo com a calcinha box. Ela ligou o chuveiro e então início seu banho.

Depois de alguns minutinhos ela já havia acabado.

Ludmilla: Esqueci de pegar roupa - Resmungou ajeitando a toalha na cintura.

Como achou que a esposa estaria no banho ainda, por ter subido mais tarde que ela, Ludmilla adentrou o quarto apenas com a toalha no corpo.

Para sua surpresa Brunna já havia saído do banho e estava em frente ao armário apenas de toalha também.

Ludmilla: Eu não mereço essa tortura - Resmungou olhando para as pernas expostas dela.

Brunna: Que foi, moça? - Sorriu e se virou de frente para ela.

Sua risada morreu no momento em que ela a viu, engolindo seco.

Ludmilla: Acho que não é uma boa idéia nós duas aqui no quarto só de toalha - Ela não conseguia parar de encarar o corpo dela.

Brunna: Achei que o foco agora fosse sentimentos - Ela mordeu o lábio inferior.

Ludmilla: Eu te amo e sinto tesão por você, continua sendo sobre sentimentos - Olhou nos olhos dela.

Brunna: Por que você simplesmente não sai pela porta então? - Grudou o corpo no roupeiro, quando viu que ela se aproximava cada vez mais.

Ludmilla: Por que seu corpo é como um imã pra mim - Parou na frente dela, de uma forma que sentia a respiração ofegante da mulher bater em seu peito - E eu to morrendo de saudade dele.

Brunna: Você não acha que a gente deveria esperar pra fazer isso, só quando eu descobrisse o que tô sentindo?

Ludmilla: Eu só quero beijar - Não era uma verdade, mas realmente não queriam chegar ao outro nível de envolvimento naquele momento.

Brunna: Não é o que parece, Ludmilla- A loira rebateu olhando para o volume presente na toalha branca.

Ludmilla: Shhhhh - Ela colou o corpo no dela e segurou seu rosto já deixando os lábios próximos - Fica caladinha e me beija. - Ela fechou os olhos e pôs sua língua para fora passeando nos lábios cheios da esposa. A mulher permanecia parada apenas sentindo tudo, mas foi só ela fazer menção de invadir sua boca que ela reagiu. Brunna separou os lábios e tocou a língua da mulher com a sua, fazendo movimentos circulares para sentir a textura da outra.

Ludmilla: Assim você não ajuda - Resmungou empurrando o quadril sutilmente contra ela e segurando seu cabelo na raiz com força.

Elas seguiram com o jogo das línguas, uma hora ficava apenas em volta da boca, mas logo ia para o restante do rosto. Ludmilla segurou o rosto da mulher com uma das mãos e fez ela virar a cabeça para o lado, logo beijando sua orelha e pescoço com vontade.

Brunna: Isso... - Sussurrou quando ela pôs seus dentes em ação.

A loira apoiou as mãos nas costas da esposa e começou a arranhar em resposta aos beijos que ela dava. O clima naquele quarto era de puro tesão, elas não aguentariam ficar só nos beijinhos naquele dia.

Ludmilla começou a beijar o pescoço dela com mais vontade, inclusive deixando pequenas marcas no local.

Brunna: Para... - Sussurrou totalmente entregue enquanto apertava o cabelo dela com uma mão e arranhava suas costas com a outra.

Ludmilla: Fala o que você quer - Foi com o rosto para frente do dela novamente.

Brunna: Me beija - Mordeu o lábio inferior a olhando.

A morena encaixou a mão nos cabelos dela na parte da nuca e iniciou um beijo feroz. Sua outra mãos desceu pelas costas e apertou sua bunda ainda por cima da toalha. Ambas já estavam ficando sem ar, de tanto que prolongavam os beijos trocados.

Ludmilla: Desculpa, mas eu não tô aguentando mais - Avisou descendo a mão que estava no cabelos dela para o seio e usando a outra para procurar a abertura da toalha.

Brunna: Moça... - Sussurrou em um tom de 'para, mas continua, desgraçada”.

Ludmilla: Eu preciso te sentir, Brunna, nem que seja só com a mão - Voltou uma mão para o cabelo dela e a outra ela pôs dentro da toalha, tocando sua barriga - Se você não quiser, me fala nesse momento.

O ambiente preenchido apenas pelas respirações ofegantes foram o 'play' que Ludmilla precisava.

Brunna: Ludmillaa... - Sussurrou com a voz arrastada como se aquilo fosse algo errado.

Ludmilla: Quer que eu pare?

Brunna assentiu com a cabeça, mas sua resposta foi um pouco contraditória, já que ela puxou a cabeça da mulher iniciando um beijo.

Ludmilla afastou a mão do local a contragosto.

Brunna: Não! - Reclamou pegando a mão dela, afastando a toalha, e levou até o local que estava antes.

A morena sorriu antes de iniciar os movimentos novamente.

Ludmilla: Posso tirar? - Segurou a borda da toalha.

Brunna assentiu com a cabeça e ela arrancou o objeto com fúria. Queria muito contemplar o corpo da esposa, mas nas condições que estavam não seria possível fazer isso. Ela tirou a toalha de seu corpo e gemeu com o contato da pele dela.

Parou o que fazia anteriormente e encaixou seu corpo no dela as fazendo suspirar de alívio.

Ludmilla: Que saudade de sentir disso - Sussurrou contra a boca da esposa.

Brunna: Continua - Disse entorpecida pela sensação.

Então, a partir daquele momento, as duas se entregaram à seus desejos mais secretos e mataram a vontade e saudade que estavam do corpo da outra.

(...)

Brunna: Era pra ser só um beijo - Ela sussurrou ofegante.

Ludmilla: Foi um beijo maravilhoso - Sorriu.

Brunna: Você é terrível, moça! - Empurrou o peito dela depois que já havia se recuperado, a fazendo se afastar.

A mulher pegou a toalha do chão e envolveu no corpo novamente. Ela se sentou na cama e Ludmilla foi até lá apoiando as mãos em suas pernas e deixando o rosto próximo ao seu.

Ludmilla: Foi perfeito, como sempre é - Sorriu olhando nos olhos castanho.

Brunna: Foi diferente de tudo que eu imaginava com você - Revelou com os olhos brilhando - Eu não esperava sentir tudo isso que senti. Achei que seria só sexo. Pra ambas.

Ludmilla: Eu te amo, Brunna! Pra mim nunca é só sexo - Deu um selinho em seus lábios ainda olhando nos olhos dela - Eu posso ficar com você essa noite?

Brunna: Não sei se daria certo - Brincou sorrindo e dando uma mordidinha no lábio inferior dela.

Ludmilla: Você tá certa - Sorriu e se levantou - Acho que vou ter que tomar outro banho.

Brunna: Eu também - Levantou.

Ludmilla: Boa noite - Abraçou sua cintura e deu alguns beijos em seus lábios - Durma bem.

Brunna: Você também.

Elas ficaram se olhando e sorrindo até que Ludmilla saiu do campo de visão dela.

No momento em que tinham seus corpos conectados e em movimento, a Loira fez algo que não fazia com nenhuma outra mulher, ela olhou dentro dos olhos da esposa e isso a fez sentir coisas que nunca havia sentido. Ali, ficou mais que claro para ela que Ludmilla já havia conquistado seu, até então inexistente, coração.

Essas duas kkkkkkkkkkķkk
Gente, para quem tá lendo " Entrelaçadas Por Duas Vidas,  eu atualizei agora a noite, chegou a notificação para vocês?