14° Capítulo
3/?
CONTINUAÇÃO...
Ludmilla: Sim. Algum problema? - Pôs a mão na barra da camisa e a puxou para cima.
Brunna: Por que teria problema? - Ela foi largar sua mochila no sofá, para não olhar para a Mulher.
Ludmilla: Não sei, você que tá com uma cara de pânico - Ela achou graça do desconforto dela.
Brunna: É que passar uma noite sozinha com você, não estava realmente em meus planos - Falou irônica.
Ludmilla: Uai, mas a gente nem tá no mesmo quarto!
Brunna: Você é insuportável, menina - Ela resmungou se direcionando para as escadas. enquanto ouvia as risadas de Ludmilla.
A mulher entrou no quarto e foi tomar um banho direito. Ela se despiu e entrou no boxe.
Ludmilla: Eu vou preparar algo para nós comermos! - Ela gritou da porta do banheiro.
Brunna: Vai lá então - Respondeu.
Ludmilla: Já to indo, madame.
Naquele mês que estava morando na casa com a Ludmilla e as crianças, ela conheceu um lado da morena que ela nunca havia revelado para ela. Ela era engraçada, extrovertida, bem humorada, super educada, respeitadora, não parecia em nada com aquela Ludmilla galinha que frequentava as mesmas festas que ela e que vivia de implicâncias. A Loira estava começando a quebrar o gelo em relação a mulher. Ela não sentia mais aquela necessidade de ser rude para afastá-la, pelo contrário, ela a queria cada vez mais perto, de preferência sem toques físicos ou sairia faíscas.
Ludmilla: Risoto, o que acha? - Perguntou quando ouviu os passos dela adentrando a cozinha.
Brunna: Na fome que eu to, até mesmo pedra me serviria.
Ludmilla: Tem umas ali no quintal, se misturar catchup, acho que dá uma ótima refeição - Ela brincou e a mulher sorriu, apenas por estar atrás dela.
Ela fazia questão de esconder tudo de bom que estava sentindo em relação a ela. Não queria contar que suas frases eram engraçadas, ou que seu jeito era divertido, porque sabia que o ego da morena iria inflar.
Ludmilla: Por que você tá tão de boa comigo? - Perguntou após um tempo de silêncio.
Brunna: Quer que eu pare? - A frase fez a morena se virar de frente para ela e a encarar encostado na pia.
Ludmilla: Jamais. Eu tô gostando do clima do jeito que tá - Sorriu - Fico feliz em ver que nossas crianças têm um lugar especial nesse seu coração...
Brunna: Não tenho coração.
Ludmilla: Nesse seu buraco sem coração então.
A mulher não consegui segurar o sorriso ao ouvir a brincadeira da outra.
Ludmilla sentiu as pernas bambearem com aquele lindo sorriso. Faziam tempo que ela não tinha aquela expressão no rosto, nem mesmo para as crianças, ela a viu sorrir, por mais que reconhecera a vontade no cantinho de seus lábios.
Ludmilla: Você tem o sorriso lindo - Olhava apaixonadamente para ela.
Brunna: Vai queimar a comida - Limpou a garganta e tirou o sorriso do rosto.
Ludmilla: Vamos dar uma trégua? Nós somos casadas, moramos juntas, temos dois lindos filhos, não vejo motivo para eu ficar cuidando de cada pequena palavra que falo com você e nem você ficar me tratando como ninguém.
Brunna: Uai, eu até te dou bom dia de vez em quando - Franziu as sobrancelhas.
Ludmilla: Você sabe do que eu tô falando - Se aproximou da mulher e parou em frente à ela - Vamos dar uma trégua? - Estendeu a mão direita para ela.
Brunna: O que eu vou ganhar com isso? - Tirou os olhos da mão dela e levou até os olhos castanho da mulher.
Ludmilla: Uma amiga, uma companheira, o que você quiser.
Brunna: E você? O que ganha com isso?
Ludmilla: À confiança da mulher que eu amo! - Os olhos dela tinham um brilho fora do comum.
Brunna: Eu... Tá, pode ser - Apertou a mão dela e tirou a sua rapidamente.
Ludmilla: Eu posso te dar um abraço? - Falou com a voz baixa, enquanto estava perdida na imensidão escura dos olhos dela.
Brunna: Não força - Sua voz era baixa, demonstrando entrega.
Ludmilla: Você é terrível, Brunna - Ela riu e voltou para o fogão - Já tá quase pronto, quer ir botando a mesa?
A mulher não falou nada, apenas se dirigiu até os armários e pegou dois pratos largando sobre a mesa, logo pegou os talheres e os copos.
Brunna: Tem salada?
Ludmilla: Alface, aí é só temperar - Enformou. A mulher pegou as folhas na geladeira, lavou e então temperou, deixando na mesa juntamente com o resto.
Brunna: Por que as criança comem verduras e legumes? Não é comum isso - Questionou.
Ludmilla: Nós sempre fizemos questão de ensinar a importância disso pra eles e inserir na refeição - Explicou - A Nina prefere brócolis a chocolate, acredita?
Brunna: Essa menina é estranha.
Ludmilla: É mesmo - Sorriu - Comida pronta, vamos comer. - Pôs o frango e o arroz em um refratário e levou para a mesa. - Quer que eu te sirva?
Brunna: Eu tenho mãos - Mostrou as duas mãos fazendo a mulher sorrir.
Elas comeram tudo que havia no prato.
Ludmilla: Essa fome pós treino é boa - Bebeu um gole de seu suco.
Brunna: Tão boa quanto pós sexo - Falou dessa vez.
Ludmilla: Você realmente fica faminta depois - Deu uma risadinha - Eu sempre deixava lanches preparados para você comer depois do sexo, mesmo de madrugada.
Brunna: Você acha confortável falar disso? A olhou com as sobrancelhas arqueadas.
Ludmilla: Nós somos casadas, o que tem demais falar de sexo?
Brunna: É estranho para mim isso.
Ludmilla: Você quer que eu pare?
Brunna: À questão nem é essa na verdade - Se remexeu desconfortável na cadeira.
Ludmilla: Qual é então?
Brunna: Eu tô há um bom tempo sem sexo, acredito que você também, e ficar sozinhas em uma casa falando disso, não é a coisa mais segura do mundo - Bebeu o copo inteiro de suco.
Ludmilla: Tá bom, desculpa - Suspirou - Pode deixar a louça que eu vou lavar.
Brunna: Até parece!
A mulher tirou a mesa e lavou toda a louça. Viu que a morena já não estava mais ali e subiu as escadas entrando no quarto.
Ludmilla: Quero pegar mais cobertas, hoje tá frio - Falou quando a loira entrou.
Brunna: Tá frio nada, é esse ar-condicionado que você deixa quase que negativo.
Ludmilla: Eu não gosto de sentir calor - Pegou a coberta e passou por ela - Caso você sinta frio e não consiga pegar os edredons - Brunna olhava atentamente para ela - Pode me procurar no quarto de hóspedes, que eu te esquento com prazer - Dito isso, ela saiu.
Brunna ficou de boca aberta com a ousadia das palavras dela. Desde que chegaram, ela havia se mostrado bastante respeitosa, centrada e até mesmo certinha, só que agora estava mostrando as garras.
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