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Capítulo 7

Quando chega a segunda-feira, parece que ainda estou de ressaca. De algum jeito consegui voltar para casa no horário combinado com a tia Fabrícia e ela não veio investigar as condições em que cheguei. Minha tia não me viu levantando de madrugada para vomitar na privada do banheiro. Passei o domingo inteiro me sentindo mal e ainda não me recuperei de todo. Preciso fazer uma nota mental para nunca mais beber vodka na vida.

Mas minha ressaca também é moral. Depois do impulso que tive em aceitar a proposta de Nicolas, passei horas tentando me convencer de que a bebida era a culpada pelo meu gesto impensado, mas a verdade é que inconscientemente eu já vinha pensando em aceitar. Foi por isso que não joguei o envelope fora. No fim, não importa que desculpas eu tenha usado para mentir para mim mesmo. Estou agora com o contrato assinado em mãos, prestes a entregá-lo a Nicolas. É muito tarde para voltar atrás.

— Você o trouxe? — ele diz assim que me aproximo, transbordando em expectativa, os olhos fixos na papelada em minhas mãos.

Estamos no pátio do colégio, os alunos caminhando preguiçosamente em direção às salas, como sonâmbulos após um fim de semana inteiro de excessos. O sol brilha fraco e a brisa da manhã balança as folhagens dos ipês, prometendo um dia ameno. Seria só mais uma segunda-feira qualquer se eu não estivesse prestes a cometer o maior erro da minha vida.

— Sim.

Minha mão treme quando a estico a ele, ainda hesitante, e Nicolas praticamente o arranca de mim. Um sorriso felino cresce em seu rosto ao ver minha assinatura no rodapé da página.

— Muito bem, Téo. Eu sabia que seria uma boa fazer negócios com você.

— Ainda não entendi como pretende fazer isso — digo em resignação, ignorando suas palavras. — É mais fácil fazer um poste se aproximar de Cristiano do que ele se abrir para qualquer coisa que seja minimamente humana.

Nicolas ri do meu humor ácido, mas posso ver um brilho estranho em seus olhos. Quase como se ele soubesse exatamente como Cristiano reagiria a mim. Isso me provoca um arrepio na espinha.

— Não se preocupe. Como eu disse, eu tenho um plano. Vá até a quadra no primeiro intervalo, lá explicarei tudo o que terá que fazer.

— Certo — eu respondo, mais incerto do que nunca.

Estou começando a achar que fiz um péssimo negócio.


***


Mas quando enfim chega o intervalo, já me esqueci completamente das preocupações da manhã. Lavínia está especialmente animada hoje e andamos de braços dados pelos corredores do colégio, rindo e cantando. Fazia tempo que não me sentia tão leve com a minha melhor amiga e só agora me dei conta do quanto senti falta disso.

— Por que você foi embora tão cedo da festa? — diz ela quando paramos no pátio abarrotado de estudantes. Seu rosto está corado e imagino ser por causa da nossa corrida.

— Ah, me desculpe. Não estava me sentindo muito bem...

Só agora me dou conta de que ela deve estar chateada comigo porque sempre vamos embora juntos, e dessa vez eu a deixei sozinha. Sou um péssimo amigo, mas não estava em condições de acompanhar ninguém. Mal me lembro de como consegui chegar são em casa.

No entanto, ela abre um sorriso preguiçoso e começa a enrolar uma mecha de cabelo com a ponta do dedo, como se estivesse envergonhada, o que é o suficiente para despertar minha desconfiança.

— Tudo bem, sem problemas... na verdade, eu arranjei outro acompanhante.

Os olhos de Lavínia estão pregados em Jonas, que discute acaloradamente sobre algo com Emílio mais a nossa frente, e eu saco na hora.

— Espera! Tem alguma coisa que eu perdi?

— Nós, bem... nós meio que nos beijamos...

Isso é o suficiente para que eu dê um grito animado e comece a fazer a dança da vitória. Lavínia parece prestes a morrer de vergonha e bate no meu braço para que eu me controle.

— Para com isso! Você poderia ser discreto pelo menos uma vez na vida.

— Você não pode me recriminar por ficar empolgado. Isso significa que vocês são um casal agora?

— Claro que não, foi só um beijo! Não significa que vamos namorar nem nada...

— Mas é um primeiro passo. Tenho certeza que vai rolar, vocês dois foram feitos um para o outro.

— Ah, Téo...

O rosto de Lavínia está mais vermelho do que nunca, mas percebo que a reação não tem muito a ver com o que acabei de dizer. Só agora vejo que Vicente está parado bem ao nosso lado, nos olhando com uma cara espantada. Ele deve ter ouvido tudo o que dissemos.

Não posso acreditar que Lavínia ainda se importa com esse cara depois de ter ficado com Jonas.

— Vou voltar para a sala — diz ela, tentando esconder o rosto. — Tenho que terminar o relatório de inglês.

Antes que eu responda qualquer coisa, ela já desapareceu. Olho para Vicente com raiva. Ele apenas pega sua bombinha de asma e puxa o ar algumas vezes, em uma indicação clara de nervosismo. Olhando assim para sua figura frágil e patética, ninguém diria que ele é um babaca racista e homofóbico capaz de humilhar uma pessoa com apenas meia dúzia de palavras. Eu mesmo não acreditaria se não o tivesse ouvido pessoalmente. Reviro os olhos e me afasto dele.

Jonas ainda está concentrado em sua conversa com Emílio, então o surpreendo com um beliscão por trás.

— Bom trabalho no sábado, Jonas — o cumprimento antes de me virar para Emílio. — Por que você sumiu de novo?

Ele passa uma mão pelo pescoço e sorri de lado. A outra mão segura um saco de batatas fritas, que eu começo a pegar sem pedir permissão.

— Tive um compromisso de última hora.

— Você anda muito ocupado ultimamente... aliás, vocês dois.

— É por causa do futebol — Jonas responde. — O primeiro jogo da Intercolegial já é na semana que vem, a galera tá pirando com isso.

— Não sei porque estão tão preocupados — digo com a boca cheia de batatas. — Todo mundo sabe que vocês vão arrasar, então relaxa.

— Queria ter a sua confiança.

Percebo que Emílio está olhando para algum ponto às minhas costas, quando ele arqueia uma sobrancelha.

— Parece que você tem um admirador.

Me viro para olhar, e meu estômago dá um nó ao me deparar com Nicolas me encarando com expectativa.

— É, bem... eu fiquei de ver uma coisa com ele agora no intervalo.

— Com o Nicolas? — Emílio ri, cético. — Você anda muito misterioso, Téo.

— Olha só quem fala! — agarro mais algumas batatas antes de fazer minha saída dramática. — Tentem não sentir muito a minha falta, meninos.

Dou uma piscadinha e os dois caem na risada.

— Tentaremos ao máximo.


***


Estou parado diante de Nicolas, encarando-o com uma expressão perplexa, porque isso é tudo o que posso fazer nesse momento. O que acabei de escutar é uma insanidade completa, ele não pode ter falado sério quanto ao plano. Não há a mínima possibilidade de eu fazer algo do tipo.

— Então, o que acha? — ele me pressiona, já que fiquei calado por tempo demais. — Bem simples, não é?

— Simples? O que você quer dizer com simples?

Ele ri da minha expressão atônita.

— Ora, Téo, é só você aparecer no treino hoje à tarde, qual a dificuldade disso? A minha parte será a mais complicada, mas eu dou um jeito de te colocar para dentro. O resto acontecerá naturalmente.

— Você sabe que eu não tenho a mínima habilidade com isso, não sabe? Eu fugi da educação física durante o fundamental inteiro, a bola e eu somos inimigos mortais.

— Isso é melhor ainda.

— Vai ser um massacre!

— Não se preocupe com isso, Téo. Você não precisa se sair bem. Na verdade, nosso objetivo é o oposto...

— Como pode ter certeza que isso dará certo?

— Eu conheço Cristiano, sei como a mente dele funciona. Tudo o que terá que fazer é ficar perto do gol.

— Mas... — engulo em seco. Minhas mãos estão suando, mas sei que isso não tem nada a ver com o calor do meio-dia. — Olha, eu não gosto desse plano. Não gosto nada, e acho que não vai dar certo...

Nicolas fecha a cara para mim. Seus olhos estão sombrios e seu sorriso cortês desapareceu.

— Olha, Téo, eu fui muito generoso com você ao oferecer aquela bolsa de estudos. Você aceitou a minha proposta e assinou o contrato, espero que não esteja tentando cair fora.

— Não é isso, eu só...

— Então eu te espero aqui às quatro da tarde. E é melhor que você apareça, do contrário serei obrigado a tomar uma medida drástica para que você honre sua parte do nosso acordo.

Quero rebatê-lo, mas estou assustado com a sua ameaça velada. Nicolas é uma pessoa sem escrúpulos o suficiente para executá-la. Tudo o que posso fazer é permanecer pregado no lugar, observando-o deixar a quadra com sua pose de superior enquanto tento recuperar os movimentos das minhas pernas, que no momento tremem mais que vara verde.

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