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Capítulo 28

Invariavelmente, o tempo passa. Eu já não sinto quase nenhuma dor, apenas uma pontada na boca do estômago quando faço algum movimento brusco. Mas, a despeito de todas as sequelas que vêm cicatrizando aos poucos, tenho conseguido manter em sigilo a origem dos hematomas. Como esperado, tia Fabrícia não deu muita importância quando eu disse que sofri uma queda da arquibancada ao ser empurrado pela torcida no calor das comemorações pela vitória do time do colégio Pádua, dizendo apenas que rezaria pela minha rápida recuperação — ainda que, internamente, ela pense que a queda foi obra de um castigo divino pelo meu comportamento vergonhoso.

Eu não tive a mesma sorte com Cris. Assim que soube do ocorrido, ele se mostrou extremamente preocupado e me encheu de perguntas difíceis que eu tive que contornar com muito jogo de cintura. Ele queria saber porque eu não contei logo o que houve, como era possível ele não ter visto nada lá de baixo e porque Emílio e Jonas agora viviam grudados em mim como meus seguranças particulares. Quando eu disse que não quis atrapalhar seu momento de glória, ele ficou magoado.

— Você acha mesmo que eu ia ligar para um troféu quando você precisava de mim? — disse ele na ocasião.

Não foi fácil convencê-lo de que o episódio não teve muita importância. Cris queria ver meus hematomas, mas eu não deixei. Então ele ficou emburrado por uns dias, mas depois começou a ficar mais carinhoso que o normal, como se quisesse me compensar por não ter podido fazer nada por mim no dia do jogo. Cris é tão bom que eu tenho vontade de me atirar pela janela. Nem em mil anos eu mereceria alguém como ele.

Nicolas e Heitor não me incomodaram mais e eu gostaria de pensar que a surra que levei foi o suficiente para satisfazê-los, mas sei que estão apenas deixando a poeira baixar. Nicolas não desistiria tão fácil do seu plano de humilhar Cristiano. Ele vai encontrar um jeito de fazer isso sem a minha ajuda.

Quando dou por mim, já estamos em outubro. Bianca resolve oferecer a última festa do ano em sua casa, aproveitando que o pai estará fora no próximo final de semana. Cristiano não ficou nada feliz com isso, mas quando Bianca alegou que precisava de alguma distração após o término com Nicolas, ele concedeu o desejo da irmã e prometeu não dizer nada ao pai.

Nicolas ficou furioso ao ser o único a não ser convidado para a festa, o que deixou Cris muito satisfeito. Eu ficaria satisfeito também se soubesse que Heitor e seus amigos também ficariam de fora, mas não tenho tanta sorte assim. É claro que Bianca convidaria todos os riquinhos do colégio, todos do seu nível social.

Na verdade, ela parece ter convidado o colégio todo. Fico de queixo caído quando chego na festa e encontro a varanda elegante dos Batista abarrotada de gente. Até o idiota do Vicente está aqui, rondando Lavínia de forma patética. Sinto o coração apertado por não poder falar com a minha amiga, mas me obrigo a lembrar que, por mais que isso seja uma merda, essa foi a escolha dela e não há nada que eu possa fazer para mudá-la de opinião.

Bianca não economizou na decoração. Há balões metalizados por toda parte, velas flutuantes na piscina e um verdadeiro banquete em uma mesa comprida com uma toalha de renda branca. Imagino que ela deve ter obrigado Joana a preparar tudo aquilo e que a mulher terá um trabalho dobrado para limpar tudo antes da volta do Dr. Joaquim, o que me deixa um pouco mal por ela.

Estou em um canto, fingindo beber enquanto Jonas não desgruda os olhos de Bianca, que desfila pela festa conversando com seus convidados em seu vestido preto de renda curto e um sorriso constante nos lábios. Ela está deslumbrante e Jonas sequer disfarça. Desde que terminou com Lavínia, eles estão cada dia mais próximos.

— Se controla, Jonas — alfineto. — Sua baba vai cair já, já.

Ele solta uma risada esganiçada nada convincente.

— Só estou dando uma olhada na festa.

— Uma olhada na bunda de Bianca, isso sim — dou uma cotovelada em Emílio para chamar sua atenção. — Dá pra acreditar nesse cara?

Emílio se assusta com a minha intervenção, quase derramando o conteúdo do seu copo. Eu não tinha percebido que ele estava tão aéreo.

— Sim, claro! — ele diz depressa demais. — Concordo com você.

Franzo a testa, estranhando sua reação. Então dou uma olhada na direção em que ele estava olhando, mas não vejo ninguém que poderia ser um possível interesse para Emílio, apenas um grupinho idiota de garotos do segundo ano. Reconheço Diego entre eles, o garoto em quem eu dei meu primeiro beijo. Ele até que é bonitinho, mas adora pagar de hétero machão para os amigos. Eu não tenho paciência para esse tipo de coisa.

— Parece que vocês dois estão em outra galáxia — digo um pouco magoado.

Eles se entreolham, forçando um sorriso para mim.

— Estamos em uma festa. Vamos só relaxar e aproveitar.

— Eu estou aproveitando! Muito!

Cruzo os braços, emburrado. Desde que Jonas e Emílio se tornaram superprotetores, é como se ficassem comigo por obrigação. Embora Emílio diga para relaxar e aproveitar, eles não relaxam e não aproveitam nunca.

No entanto, ao me afastar deles, meus olhos recaem sobre a figura de Cris, parado ao lado da mesa com cara de poucos amigos. Eu detesto vê-lo incomodado em sua própria casa.

— Vou falar com ele — informo aos meus amigos.

Jonas faz uma cara preocupada.

— Tome cuidado, Téo — ele diz, como para reforçar minhas suspeitas. — Heitor e seus amigos estão aqui.

Respiro fundo antes de responder. Tenho que lembrar que eles só estão preocupados com a minha segurança.

— Eu sei me cuidar.

Emílio tenta me impedir, mas eu me desvencilho como um sabonete escorregadio. Eles que fiquem com a cabeça seja lá onde estiverem.

Cris está tão concentrado em sua tarefa de ser o anfitrião carrancudo que não percebe minha aproximação até que eu o cutuco de lado no abdômen. Ele se vira, pronto para me xingar, então sua expressão se suaviza ao me encontrar.

— Ei, você me assustou.

— Não gosto de te ver assim tão sério. Você devia tentar relaxar um pouco.

Cris suspira e olha ao redor, passando uma mão pela nuca com uma expressão de desconforto.

— Essa festa não devia estar acontecendo. Se meu pai souber...

— Mas você concordou com Bianca.

— Esse é o problema, ela sempre consegue o que quer. Não quero nem pensar em como essa varanda vai estar amanhã de manhã.

Como para enfatizar suas preocupações, um garoto passa ao nosso lado, vomitando em um dos vasos elegantes de agave. Cristiano estremece com a cena, mas não diz nada.

— Ei, não precisa ficar aqui se está tão incomodado — digo, tocando em seu braço com as pontas dos dedos. Estamos em público, é preciso tomar cuidado. — Afinal, a casa é sua.

Cris se inclina sutilmente em minha direção, seus olhos assumindo um brilho intenso e profundo.

— Sabe do que eu gostaria agora?

Arqueio uma sobrancelha de modo sugestivo.

— Do que?

— De ficar com você lá em cima, no meu quarto.

A voz de Cris é apenas um sussurro em meio à barulheira da festa, mas sua expressão é o suficiente para me causar um arrepio gostoso.

— Está sugerindo uma festa particular? — provoco com um sorriso de canto. — Sabe que eu não recusaria.

— É claro. — Em um movimento calculado, ele me contorna, aproximando a boca do meu ouvido de forma sensual e provocante. — Espere por uns cinco minutos para não dar na vista, então suba também. Você já sabe o caminho.

Com isso, ele me deixa. Tenho que respirar fundo para controlar as batidas do meu coração. Serão cinco minutos de longa tortura até que eu possa me juntar a ele.

Fico zanzando em volta da mesa, mexendo um pouco com os ombros ao ritmo da música eletrônica para disfarçar. Emílio não está em lugar nenhum. Jonas já se aproximou de Bianca, que parece bem mais à vontade na ausência do irmão. Em algum momento percebo um olhar hostil em minha direção e, ao me virar, minha espinha gela ao me deparar com Heitor, exibindo um sorriso de superioridade como se soubesse que não posso fazer nada contra ele. Só de olhar, tudo o que passei volta à minha mente e sinto uma nova pontada no estômago, como se de alguma forma ele ainda pudesse estar me chutando.

Como o covarde que sou, me apresso em deixar a festa.

Encontro Cris de cabeça baixa, brincando com um escapulário de prata sobre a escrivaninha. Eu nunca o vi usando antes. Nem sabia que ele tinha um escapulário.

Sento ao seu lado, colocando uma mão por cima da dele. Sinto o contraste do metal frio com o calor da mão de Cris. Ele ergue os olhos. Sua expressão é séria, inescrutável.

— Achei que fosse agnóstico — digo para quebrar o gelo.

— Foi um presente da minha mãe. Ela queria que eu estivesse sempre protegido.

— Ah.

Não sei o que dizer. Me sinto um inútil. Cris entrelaça seus dedos com os meus e ficamos assim, em silêncio, por um tempo.

— Ela nunca perdeu a fé, mesmo nos piores dias. E, ainda assim, ela se foi...

Cris nunca se mostrou tão vulnerável, o que é meio assustador. Dá para entender porque ele não usa o escapulário. É difícil acreditar em Deus quando o mundo desmorona ao seu redor.

— Eu sinto muito, Cris. O que posso fazer para amenizar sua dor?

— Fique comigo.

Eu aperto sua mão. Então ele me beija. Um beijo lento, apenas um roçar de lábios. Um beijo triste. Nunca pensei que um beijo pudesse ser triste, mas sinto que poderia desmanchar se o soltasse agora. Preciso disso tanto quanto ele.

Quando enfim nos separamos, há uma sombra em seu semblante. Ele não me olha nos olhos.

— Você não está assim só pela sua mãe — arrisco.

Cris suspira.

— Essa não era exatamente a festa que eu queria te oferecer.

— Eu não ligo para festas. Ligo para você.

— É que... eu não devia estar assim... não depois de termos nos livrado dele definitivamente.

Sinto uma fisgada no peito.

Dele? Está falando de Nicolas?

Cris assente sombriamente.

— Acho que já está na hora de falar sobre isso.

Eu não quero ouvir o que ele tem para dizer. Não quero ter as minhas suspeitas confirmadas porque isso me despedaçaria. Ainda assim, não tenho o direito de impedi-lo de falar. Não depois de eu ter insistido para que se abrisse para mim. Não depois de tanto tempo suprimindo isso dentro dele.

— Tudo bem, pode dizer — acaricio a mão esquecida sobre a escrivaninha. — Estou aqui com você.

Ele me encara por um momento. O quarto está escuro, iluminado apenas pela luminária acesa sobre a escrivaninha, projetando sombras em seu semblante carregado. Estamos imersos em um silêncio profundo, os sons da festa lá embaixo, muito distantes, como se ocorresse em uma outra dimensão. Como se estivéssemos suspensos no tempo.

E então ele finalmente diz.

— Quando eu era pequeno, nossas famílias eram amigas. O Dr. Efraim, pai de Nicolas, era parceiro do meu pai nos negócios. Eles dividiam casos, até falavam em montar um escritório juntos. Com esse ambiente amigável, era natural que Nicolas e eu nos aproximássemos. Ele era um garoto diferente do que é agora, cheio de vida, gostava de fazer apostas comigo sobre tudo. Eu o adorava. Quando minha mãe morreu, ele ficou do meu lado.

— Não dá para acreditar — solto em um sussurro.

— Pois é — diz ele, um sorriso triste estampando a face. — Mas quando eu entendi o que sentia por ele de verdade, tudo mudou. Éramos muito jovens, mas logo ficou claro que éramos diferentes. Eu queria estar ao lado dele o tempo todo, enquanto Nicolas estava cada vez mais próximo do pai. Um dia eu disse que queria beijá-lo. Ele ficou muito chocado e foi embora. Ficamos um tempo sem nos falar. Ficar longe dele era doloroso, Nicolas era o único amigo que eu tinha e eu achava que tinha estragado tudo com a minha confissão. Até que um dia ele voltou. Disse que sentia minha falta, que também queria estar comigo, mas que eu precisava ser paciente com ele. Que ele iria se acostumar...

— Ele era um filha da puta.

Cris cerra o maxilar, assumindo uma expressão ainda mais sombria.

— Sim, agora eu sei... ele estava me manipulando, usando o que eu sentia por ele para atingir o meu pai.

— O seu pai?

— Sim, ele e o Dr. Efraim tinham brigado nessa época. Ele não aceitava o fato do meu pai ser mais influente e estar prosperando enquanto ele afundava em vícios. Ele queria destruí-lo, e para isso usou o filho. Nicolas começou a me chantagear, disse que se eu não conseguisse os papéis que ele e o pai queriam, ele iria contar para todo mundo que eu era bicha. Eu era muito inseguro na época, acabei entrando em desespero. Meu pai desconfiou da minha atitude e me fez confessar tudo. Ele estava disposto a se sacrificar por mim, ainda que seu nome fosse atirado à lama.

— Então seu pai sabia... sobre você?

— Eu sempre tive medo de sua reação, mas ele nunca deixou de estar ao meu lado — Cris diz com a voz embargada. As últimas palavras saem com alguma dificuldade. — Meu pai sabia que o ponto fraco do Dr. Efraim eram os jogos de azar, então ele o atraiu para uma armadilha. Improvisou uma partida de poker em um bar de reputação duvidosa e o fez ficar bêbado. O Dr. Efraim perdeu mais do que devia, o suficiente para jogar toda a sua carreira no lixo. Depois disso meu pai o procurou e eles fizeram um acordo: ele o ajudaria a se reerguer e recuperar seu nome como advogado, e em troca o Dr. Efraim e o filho jamais poderiam dizer uma palavra sobre mim. Meu pai fez tudo isso... tudo porque eu fui covarde demais para assumir quem eu era de verdade. Ainda sou...

— Seu pai fez isso porque te ama, Cris. Não se culpe tanto por isso. Eu entendo o quanto é difícil, ninguém devia ser forçado a sair do armário assim.

— Como posso não me culpar? Por minha causa, Nicolas e o pai saíram ilesos. Esse tempo todo eu tive que conviver com ele como se nada tivesse acontecido entre nós. Quando Bianca começou a se aproximar de Nicolas... foi como se todo o pesadelo estivesse de volta. Obviamente ela não sabia de nada, era jovem demais quando tudo aconteceu.

Antes de me dar conta, já estou chorando. Nicolas é muito mais esperto do que eu imaginava, ele me usou para atingir Cris sem manchar as mãos. É claro que se outra pessoa fizesse o que ele havia planejado anos atrás, escancarando a sexualidade de Cris diante do colégio inteiro, o acordo firmado entre os pais ainda estaria intacto. Nunca se tratou de Bianca.

Agora, mais do que nunca, me sinto um monstro por ter aceitado fazer parte desse jogo sujo. Eu mereço menos que o desprezo de Cris.

Cristiano percebe o meu estado e gentilmente seca minhas lágrimas. Eu não consigo olhar em seus olhos.

— Sinto muito que você teve que passar por tudo isso... eu não imaginava...

Cris segura meu rosto entre as mãos, uma delas ainda enroscada no escapulário da mãe. Há um sorriso em seus lábios, embora ele não alcance os olhos.

— Está tudo acabado agora. Graças a você, eu finalmente reuni coragem o suficiente para revelar toda a verdade a Bianca e ela terminou com Nicolas. Nós nos livramos dele, ele não pode mais nos atingir.

Pisco duas vezes, tentando absorver o que ele diz. Uma lágrima teimosa embaça minha visão.

— Graças a mim?

— Sim, você não dá a mínima para o que as pessoas pensam sobre você. Sua força e coragem me inspiram a fazer o mesmo. Eu quero contar para todo mundo que estamos juntos, nunca mais ter que me esconder. Só preciso de um pouco mais de tempo.

Eu queria dizer que ele está errado, que sou a pessoa mais fraca e medrosa do universo, que não tenho coragem de me revelar nem para a pessoa mais importante da minha vida, meu avô. Mas, quando olho para o rosto de Cris, marcado por tantos traumas e ainda assim cheio de esperança, sei que não tenho o direito de tirar isso dele.

— Você vai conseguir fazer isso, Cris. Você é mais forte do que pensa.

O sorriso cresce em seu rosto. Há um brilho de gratidão e afeto transbordando em seus olhos. Lentamente, ele leva o escapulário sobre a minha cabeça, e o faz com tanta delicadeza que só percebo o que isso significa quando já estou com ele em meu pescoço.

— Espere, o que está fazendo? — digo, puxando o pingente para frente.

— Quero que fique com ele.

Isso é uma loucura.

Começo a puxar de volta para devolvê-lo.

— Eu não posso aceitar, era da sua mãe!

Cris interrompe o movimento, puxando meus braços para baixo.

— Eu não vou aceitar uma desfeita, então é melhor deixá-lo bem aí.

— Mas, Cris...

— Não — ele balança a cabeça, determinado. — É para que você se lembre sempre de mim e para que esteja protegido. Funciona melhor para quem tem fé.

Queria que parassem de dizer que tenho fé. Eu não sei se tenho. Considerando tudo o que passei com tia Fabrícia, meu relacionamento com Deus sempre foi complicado. Eu certamente não me senti amparado ao avistar uma igreja enquanto meu sangue sujava a calçada de uma cidade estranha.

Mas ainda assim, quando olho para Cris... não posso recusá-lo.

Meu peito está cheio de culpa e dor, e meus olhos se enchem de lágrimas pela segunda vez. Eu me agarro a ele como um bote salva-vidas, como se isso pudesse me redimir de alguma forma.

— Eu não mereço você...

Cris é gentil, como tem sido desde que estamos juntos, secando minhas lágrimas e aninhando minha cabeça em seu peito. Suas mãos afagam minhas costas como se eu fosse feito de vidro.

— Merece sim — diz ele baixinho em meu ouvido. — Você é mais do que pensa.

Então ele me beija. E eu o beijo de volta.

Penso em Nicolas, em Heitor, e em tudo que ainda pode dar errado. Sei que estamos condenados, mas ainda assim preciso do seu beijo como a flor precisa do orvalho da manhã para florescer.

Eu me entrego a ele, urgente, desesperado. Eu me entregaria, sempre.


***


Já é tarde quando decido ir embora. Não vejo Bianca nem meus amigos em lugar algum, apenas uns poucos bêbados que parecem ter perdido o rumo de casa. O lixo jogado por todo o jardim e as lanternas apagadas da piscina completam a cena deprimente.

Acho que todo fim de festa é meio deprimente, mas nada que se compare a como me sinto agora. Saber que sou um covarde, que não tenho coragem de assumir minha traição, me enoja. Eu me aproximei de Cris, ganhei sua confiança, fiz com que ele se abrisse para mim, tudo para destruí-lo. No fim, não importa que o plano de Nicolas tenha falhado, porque eu me sujeitei a ele...

Algo chama minha atenção. Duas pessoas se agarrando em um canto escuro, semi ocultadas por uma palmeira à beira da piscina. Vencido pela curiosidade, me aproximo sem fazer barulho. Eles estão se beijando. Dois garotos... um deles é Diego e o outro...

Meu sangue congela nas veias ao reconhecê-lo.

— Emílio? — o grito soa estridente até para mim.

Emílio empurra o garoto para longe, como se acabasse de levar um choque de trezentos volts. Ele me encara, completamente em pânico.

— Téo, eu posso explicar... 

Olá amores, como vão?

Gostaram das revelações de hoje? Já esperavam por isso ou foram pegos de surpresa? O que Téo fará a seguir?

Votem, comentem, me deixem saber o que estão achando da história...

Beijos e até semana que vem ;)

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