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Entrada Brusca

 E chegou a tempo de ver o espetáculo. Newton saltou do carro mal estacionado sem tirar os olhos do enorme helicóptero que sobrevoava o prédio do INOP. Uma espécie de cargueiro voador, de formato estranho, sem corpo, mas com uma espécie de gancho que carregava uma estrutura quadrangular branca tão larga quanto a área da base do prédio.

— É um Skycrane s-64 — reconheceu a voz feminina com sotaque carregado ao seu lado, mas continuou olhando pro monstro azul. — ele suportar até 9 toneladas.

— Mas o que eles estão fazendo? — Perguntou ainda sem olhar para a colega.

— A Tonra Corp está isolando o prédio do jeito certo.

Algo se soltou e todos puderam ver uma megaestrutura de tecido branco cobrir o prédio, tal como uma camisinha gigante, isolando a edificação desde o teto até o chão. Um grupo de operários, vestidos de branco, agarrou a parte de baixo e começaram a prender imediatamente às estruturas pré instaladas. Era coisa de filme de ficção científica. O helicóptero se afastou rapidamente após o trabalho bem-feito. Todos ficaram boquiabertos com aquela demonstração de riqueza e poder. Ainda bem que eles estão aqui.

Outra coisa chamou a atenção do investigador, a antiga câmara de isolamento cedida pela Fundação Oswaldo Cruz, que antes estava instalada na porta do prédio, foi removida e deu lugar a uma cápsula arredondada e branca, de onde saía um túnel inflável, como os vistos em jogos de futebol, que se dirigia a uma outra cápsula ainda maior. Melhor, um domo que tomava quase toda a extensão da rua.

— Eles trouxeram umas coisinhas também né? — Perguntou com ironia, olhando pela primeira vez para a agente da Interpol. Seus olhos estavam arregalados e transmitiam uma certa animação.

— Trouxeram os roupas de biossequiurância. Uma mais linda que o outra. — mordeu os lábios — Me deixa entrar?

Newton meneou a cabeça negativamente, mas não deu a sua resposta. Talvez pegasse pesado demais com a menina. O fato é que ela estava querendo ajudar. Se tiver espaço eu a deixo acompanhar — pensou dando uma risada. Ela comemorou baixinho, pensando que o policial não a percebia.

— E aí? — Jonatan perguntou com os braços abertos, sorrindo orgulhoso, assim que os Policiais se aproximaram do prédio — Não é legal?

— Acho que vai servir — Mentiu, pois aquilo era muito mais do que podia imaginar — E a equipe médica?

— Aos seus postos — apontou para o domo no final do túnel branco. — O Dr Medina já está liderando a equipe, como combinamos. O Dr Carlos foi quem não gostou muito e acabou se retirando, junto com as suas velharias. — Fez uma falsa cara de tristeza, seguida de um sorriso.

— Vou repassar o plano de entrada com o Pereira, mas te adianto que precisarei de alguém da equipe médica conosco.

— Já cedi a Doutora Raquel Vieira, nossa melhor virologista. As plantas também foram entregues ao Comandante Denis. A Tonra Corp só quer ajudar inspetor.

Tomara que sim. — Newton pensou, apenas concordando com a cabeça.

Chegaram nas tendas já ouvindo um intenso falatório. Pelo menos 20 homens do BOPE riam e conversavam, enquanto vestiam os seus trajes brancos de biossegurança. Lana tinha razão. As roupas eram muito diferentes daquelas cedidas pelo professor Carlos. Nem pareciam roupas de laboratório, largas, desconfortáveis e com aqueles respiradores feiosos. Estavam mais para um traje de batalha: Apertados e com proteções nos antebraços e pernas, mesclando partes rígidas com a malha, tal como armaduras. Alguns soldados já usavam, inclusive, o capacete, compacto e aerodinâmico, que parecia mais o dos Power Rangers do que os do Arquivo X.

— Não são legais? — Lana perguntou, quase que afirmando.

— Eu acho que servirão — mentiu mais uma vez, enquanto observava, com a testa franzida, os corpos musculosos dos soldados que ainda não haviam se vestido.

— Espero que a visão dos meus soldados seminus não seja ofensiva — Capitão pereira gritou do outro lado do Cômodo para que todos pudessem ouvir. Uma risadaria tomou conta do lugar.

O inspetor ficou vermelho, mas não se abalou:

— Tenho certeza de que a agente Lana já deve estar acostumada com vestiários. — respondeu, sem graça, enquanto se aproximava do homem negro, que exibia seus músculos muito definidos para a idade que aparentava ter. — Gostou das roupas?

— O engenheiro da Tonra disse que são feitas com fibras especiais que não rasgam nem com tiros — terminou de colocar a bota — Agora me diz, como é que nem sabíamos que esse tipo de material existia? Dá pra encarar um exército com esses trajes.

— Pode ser encaremos um — newton respondeu seco — Você viu o vídeo da África?

— O Playboyzinho mostrou — se referiu a Jonatan. Fez força pra terminar de vestir o macacão — Você acha que é verdadeiro?

— Não sei, mas acabei de sair de uma conversa que parece confirmar os nossos temores. Não diga que falei isso, mas acho melhor atirar em tudo que se mexer lá dentro.

Os três se entreolharam sérios e em silêncio. Sabiam que o que fariam não iria para os relatórios oficiais.

A equipe do Capitão Pereira era composta por 25 homens, devidamente protegidos e armados. Fora eles, Newton, Lana, Doutora Raquel e dois soldados da Polícia Federal, também acompanhavam a missão. Todos vestiam os trajes fornecidos pela Tonra Corp. Newton estranhou a leveza do material assim que vestiu. E, apesar do calor que fazia as 13 horas do Centro do Rio de Janeiro, a roupa não esquentava nada.

Ainda estavam discutindo a formação quando ouviram o primeiro estouro. BUMMM. Uma explosão forte, vinda lá de dentro do prédio, chegou a fazer tremer o chão. BU-BUMMM. Mais duas explosões da mesma proporção.

— Que merda é essa? — Capitão Pereira se virou para Newton. Seus olhos mostravam espanto e surpresa pelo visor transparente do capacete.

— Vamos logo — respondeu rápido e sem pensar muito.

O comboio seguiu junto até a cápsula que ficava na porta principal. Era uma espécie de câmara estéril, que isolaria o ar que sairia assim que uma passagem pra dentro fosse aberta. Diversos caixões de vidro, ou acrílico, já estavam à espera dos possíveis sobreviventes ou espécimes que precisassem ser contidos. A equipe médica aguardava o sinal de que poderiam entrar com segurança.

Uma abertura retangular, do tamanho de uma porta residencial, foi feita rapidamente com um aparato que usava laser. Mais uma surpresa da Tonra. Dois soldados entraram para o térreo, seguidos de mais dois e mais dois. Um balet de movimentos muito bem sincronizados antecedeu o primeiro tiro. Sequer tinham entrado e já haviam disparado. Newton engoliu o pouco de saliva que ainda tinha na boca antes de entrar. Assim que ultrapassou as portas giratórias, o comboio assumiu uma formação circular dupla, onde o círculo de fora se expandia enquanto os de dentro davam cobertura. Newton, Lana e Dr Raquel permaneceram, protegidos pelos dois soldados da PF, no centro da formação. O inspetor era o único dos três que levava uma pistola.

— Parado — um dos soldados do círculo externo gritou antes de ouvirem duas rajadas de tiros. Mais algumas rajadas puderam ser ouvidas em outra direção, mas Newton ainda não tinha conseguido ver quem atacava.

De repente, vários vultos começaram a saltar em direção a formação. Agora já era possível ver as criaturas saindo dos corredores, algumas com marcas recentes de tiros no tórax. Era uma cena de um filme trash. Seres humanos raivosos e com sangue saindo dos olhos, tal como nos dois vídeos que havia visto.

— Mirem a cabeça — Newton falou pelo comunicador do capacete, tentando ajudar, quando mais uma leva começou a sair pela porta da escadaria. Eram 5 ou 6 e alguns ainda vestiam uniformes de trabalho. Os soldados pareceram entender a ordem do inspetor e todos foram abatidos. Alguns mais de uma vez.

Newton olhou para as duas mulheres ao seu lado e seus rostos eram de puro horror. Levantou o polegar fazendo um sinal de positivo para tranquilizá-las. O comboio se manteve em formação por alguns segundos antes que Pereira desse a próxima ordem:

— Equipe A, reconhecimento. — O capitão gritou e cerca de 10 soldados se destacaram começaram a vasculhar os dois corredores que davam pros consultórios do térreo.

— limpo... limpo ... limpo ... — o coração de Newton começou a se aquietar com aquelas palavras que traziam tanta paz.

Duas rajadas de fuzil foram dadas em uma das salinhas. Uma onda de tensão e silêncio antecedeu a notícia:

— O 13 foi atacado — uma voz seca soou no comunicador — mas abatemos o bicho Senhor.

— Soldado 13, você está bem? — O capitão perguntou — Perfurou a roupa?

— Estou bem senhor. O traje está integro.

A Tonra Corp acabou de salvar esse cara. O inspetor se virou para ver como as mulheres estavam e agora mostravam, além da cara de medo, um sorriso sem graça, provavelmente alegres pela vestimenta ter passado no teste de fogo.

O plano era subir até o oitavo andar pelas escadas, e descer, limpando andar por andar, até tudo estar seguro e a quarentena pudesse ser desativada com segurança. Jonatan jurou que o nono andar estava vazio e poderia ser vasculhado após a religação da energia, visto que não possuía acesso pelas escadas. Coisas de segurança, ele prometeu.

O comboio começou a coreografia para começar a subir as escadas. Newton, que não gostava muito de exercícios físicos. Sentiu o pulmão queimar de cansaço lá pro terceiro andar. Um jogo de luzes acopladas aos fuzis permitia uma visão mais precisa do local. Nenhum tiro foi dado até o quinto andar. Onde uma menina transformada, magra, ainda com espinhas no rosto, tentou atacar o capitão e foi morta com um tiro preciso em sua testa. Seria difícil explicar aquela história pra imprensa. Alguns lances acima, abateram um homem, careca, com uma ferida feia na perna, quase amputada, feito com algum instrumento corto-contuso, afirmou a Doutora Raquel em um exame rápido. Fora isso, a subida foi bem tranquila.

Vasculharam o oitavo andar, onde encontraram a enfermaria em que o vídeo foi produzido. Estava vazia, mas as paredes manchadas de vermelho revelavam a brutalidade do que havia acontecido ali mais cedo. Newton teve vontade de vomitar quando viu aquela quantidade de sangue. O sétimo andar tinha três criaturas para abater, mas ao menos estava mais limpo que o anterior.

A surpresa viria no sexto. Ao abrir a porta os próprios soldados começaram a recuar, tamanha era a destruição do lugar. Partes de corpos, ainda se mexendo, decoravam o corredor. Sangue até no teto. Devia ter cerca de 30 cadáveres ali. Totalmente destruídos. Os soldados chegaram a atirar nas cabeças de alguns troncos que se retorciam em suas direções, mas algo muito pior atingiu aquelas coisas. Mais próximo ao elevador, no fim do corredor, que antes era branco, uma mancha negra no chão revelava que as explosões que escutaram antes tinham acontecido ali. Três estrondos pra três marcas—newton pensou assim que viu. Doutora Raquel identificou mais uma criatura com um corte profundo, desta vez na cabeça. Tinha sido golpeada em cheio e, por pouco, não teve a crânio partido ao meio. Um errante saltou da porta da enfermaria e chegou a derrubar um dos soldados da PF, mas Newton lhe acertou dois belos tiros na têmpora e acabou com a confusão. Era a primeira vez que atirava em alguém.

O quinto andar guardava mais algumas criaturas, que não ofereceram risco, mas no quarto andar eles encontraram mais um homem com um corte no pescoço. Estava quase decapitado. Sua têmpora esquerda havia sofrido mais um ou dois golpes e estava, portanto, afundada. Uma visão macabra até para os estômagos mais fortes.

Pereira já havia dado a ordem de reconhecimento há uns 5 minutos, quando uma mensagem chamou a atenção de todos no comunicador:

— Senhor, acho que encontramos o dono do machado.

Todos se espremeram pra ver o que acontecia naquela sala. Newton entrou depois de Raquel e pôde ver o rapaz magro, de uns 25 anos, com a pele amarelada e todo sujo de sangue, os braços estavam protegidos por ataduras e um acesso venoso, em sua mão esquerda, refluía um pouco de sangue pelo cano, ligado a um frasco de Soro vazio.

Doutora Raquel se abaixou e verificou os sinais vitais antes de apertar o botão do comunicador em seu capacete e ordenar:

— Preparem as coisas. Temos um sobrevivente. 

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