02 - Há amigos melhores que irmãos.
Palmas, TO - Maio de 2001.
Todo mundo diz que mulher enrola para se arrumar, aqui em casa é o contrário é o meu esposo quem leva uma vida para se arrumar. Enquanto eu esperava meu príncipe ficar pronto decidir ver Vanessa, e grito da porta só para alerta-lo e provoca-lo.
- Eduardo amor, tem perigo de a gente chegar antes da pizzaria fechar?
- Você está tão engraçadinha hoje? - Ele grita de volta. Saio do quarto sorrindo, hoje é dez de maio, eu e o meu esposo vamos sair com alguns amigos para comer pizza, fazemos isso todos os meses para comemorar a nossa amizade.
- Oi querida! Está fazendo o quê? - Perguntei para minha enteada, que estava deitada e de tão entretida não me ouviu bater na porta.
- Desenhando. - Ela sentou olhando para mim e sorrindo. - O papai ainda não está pronto?
- Não. - Respondi sorrindo também.
- Pega, este é para você! Para quando você estiver com saudades de mim. - Peguei a folha de papel da mão dela, era uma caricatura perfeita do pai abraçado em mim e nela.
- Está perfeita meu amor! - Digo emocionada abraçando-a.
- Eu te amo tia, e vou sentir saudades. - Ela diz apertando minha cintura no abraço. - A mãe da Vanessa estava voltando para o Paraná, e obviamente iria levar a filha, as últimas duas semanas havia sido um sofrimento de pai e filha que apesar do pai jamais ter sido casado com a mãe da menina, nos cinco anos da filha o pai não ficara um único dia sem vê-la.
- Eu também te amo meu amor, e sentirei muitas saudades. – Falo beijando o alto de sua cabeça. - "Senhor meu Deus, dê a Mariza sabedoria para criar a Vanessa em Seus Caminhos, oh, Senhor! Não permita que a minha menina seja criada longe dos Seus Caminhos, em nome de Jesus eu te peço, cuide da minha pequenina". - Pedi triste. Reconheci o toque do meu esposo no meu ombro, e abri os olhos sorrindo, apesar da tristeza, ele se aproximou abraçando a nós duas.
- Tudo bem? - Ele perguntou beijando-me nos lábios eu apenas assenti, ele pegou Vanessa nos braços. - Oi minha princesa! Nada de dar trabalho para a dona Maria. - Disse fazendo cócegas nela.
- Tá bom, papai! Tá bom! - Respondeu gargalhando.
- Nós já estamos indo princesinha, fique com Deus. - Ele diz com aquela tristeza característica dos últimos dias, beijo o rosto da pequena, e saio deixando os dois.
Eu compreendo que ele não queira brigar pela guarda dela, ela é a única família que a Mariza tem, e ele jamais tiraria a filha dela, a não ser é claro que fosse um caso extremo, e eu tenho que admitir que até agora ela tenha sido uma excelente mãe, subo no meu quarto, pego a bolsa e quando desço meu lindo esposo está me esperando, abraço-o, beijando-o de leve nos lábios.
- Você não deixará de ser o pai dela, só porque ela vai se mudar. - Falo puxando-o para a garagem. - Se você preferir, nós podemos ficar em casa. - Falo sério.
- De jeito nenhum! Esse encontro é importante para todos nós, principalmente para vocês três, mesmo eu ainda não tendo esquecido que o primeiro encontro foi para falar mal de mim. - Ele lembra rindo.
- Perdoa irmão! - Digo gargalhando. - E não falamos mal de você, falamos 'de' você, e 'mal' nós falamos do Everaldo. - Ele balança a cabeça rindo e puxou-me para os seus braços ficando sério.
- Foi uma época difícil, não foi? - Pergunta olhando nos meus olhos, e eu vejo a dor que as lembranças trazem a ele.
- Sim. Mas graças a Deus superamos, e estamos todos bem e felizes; Deus tem sido misericordioso conosco.
- Verdade! E vamos ou quando chegarmos lá o Fernando estará fechando a pizzaria, e os outros nos amaldiçoando. - Ele diz mais leve.
- Exagerado! Eles não estarão nos amaldiçoando, só falando mal de nós. - Falo sorrindo entrando no carro.
As coisas naquela noite não estavam sendo como costumavam ser, alguma coisa estava me incomodando, mas eu não sabia ao certo o que era, pensei que eu e o Edu não estivéssemos realmente com clima e talvez ele estivesse certo e teria sido melhor ficarmos em casa.
- Está acontecendo alguma coisa Everaldo? - Artur perguntou distraído, fazendo com eu prestasse um pouco mais de atenção ao meu redor.
E só então percebi que ele e a esposa estavam realmente tensos, e mais que isso Sarah estava triste. Compreensível o Artur ser o primeiro a perceber que Sarah e Everaldo não estavam bem; de todos nós, ele era o mais difícil, mas também era o mais atento, uma qualidade que foi difícil no inicio associa-la a ele.
- Nada não cara. Não se preocupe! - Everaldo respondeu com um meio sorriso.
- Amor! Eu quero ir para casa. - Diz Sarah se levantando. Peguei na mão dela.
- Sarah querida! O que está acontecendo? Vocês sabem que seja qual for o problema, todos nós estamos aqui para vocês dois, não sabem? - Perguntei séria. E do nada ela começou a chorar, e em meios às lágrimas ela começou a dizer que não poderia ter filhos. Eu senti o choque daquelas palavras, de todos ali presentes, eu era a que melhor sabia verdadeiramente o que aquilo significava para ela.
Eu e Sarah nos conhecemos aos dez anos de idade, ambas mudamos no mês dia para a mesma fazenda; meu pai seria o caseiro e o pai dela o vaqueiro, e nós detestávamos aquele lugar, estávamos com saudades dos nossos amigos, e das nossas vidas, e sendo filhas únicas nos aproximamos de início para falarmos mal do nosso novo lar, e quando nos demos conta, já éramos melhores amigas, e já amávamos o lugar onde vivíamos. A primeira coisa que eu soube sobre a Sarah foi do seu desejo de ser mãe. Nós brincávamos que ela voltaria grávida da lua de mel, e admito que eu tenha ficado surpresa quando ela, não só não voltou grávida da lua de mel, como ainda não havia engravidado três anos depois de casada, mas pensei que eles apenas estavam esperando mais um pouco, assim como eu e o Edu.
- Mas como não? Qual é o problema? - O Mike perguntou tenso.
- Eu tenho um distúrbio hormonal que impede a ovulação. - Ela respondeu entre as lágrimas.
- Ah, mas isso é fácil resolver. É só fazer um tratamento. - Meu esposo sugeriu encostando-se à cadeira.
- Sim. Na verdade é simples mesmo, mas produzir óvulos, ovular, preparar o útero para receber um bebê, é o natural de toda mulher, se Deus não me deu isso... - Ela engasgou com as lágrimas.
- Espera um pouco! - Interrompeu Artur exaltado. - Você está sofrendo por uma coisa, que Deus não te deu, mas Ele deu a inteligência para outra pessoa te ajudar, e você não vai buscar essa ajuda? - Perguntou olhando para cada um de nós, dos presentes ele era o único que ainda não havia se convertido e eu suspirei quando o vi arfando ao ver as nossas expressões, ele cruzou os braços furiosamente. - Perdoe-me Sarah, mas eu acho que isso é ignorância.
- Eu sei! - Ela respondeu, engolindo seco. - Artur você tem razão, e eu estou sofrendo, sou humana e fraca, e estou sempre querendo mais, não importa o quanto Deus me dá eu sempre quero mais! - Concluiu em um sussurro. - Mas tem coisas, que eu acho que a gente não deve fazer contra a Vontade de Deus.
- Amor! Depois eu explico isso para o Artur vamos para casa. - Everaldo se levantou, mas ela apenas pegou na mão dele ainda olhando o amigo.
- Espera um pouco amor. - Ele sentou fungando. - O Everaldo me disse a mesma coisa que você, e vocês dois tem razão, o natural seria que eu fosse atrás do tratamento, e eu falei com o médico, e não é como se eu tivesse com um aneurisma e a cirurgia resolvesse o problema, pode ser que o tratamento dará certo ou não, se o tratamento 'x' não der jeito eu terei que ir para o tratamento 'y', e sou egoísta, tola, um monte de coisa que deixa Deus triste comigo às vezes; mas se tem uma coisa na qual eu creio, é que o meu Deus é o Deus do Impossível, e acredito em propósitos. Eu sonho em ser mãe desde que eu me entendo por gente, e talvez eu não realize esse sonho, e estou sim arrasada por isso, e por alguns dias, eu vou ficar mal, vou chorar, vou lamentar, mas Deus vai me confortar, e a Vontade dEle prevalecerá na minha vida, mas infelizmente, mesmo eu sabendo de tudo isso, é difícil pensar que eu não terei um bebê crescendo aqui. - Ela colocou a mão na barriga, e sorriu triste.
- Por mim já teríamos ido atrás dos especialistas que o ginecologista indicou, mas eu compreendo o ponto de vista dela. - Everaldo diz, e sorri daquele jeito que eu sei que conforta o coração da minha irmã. – Estarei ao seu lado para o que der e vier! - Fala pegando na mão dela.
- Deus sabe de todas as coisas, e tudo coopera para o bem daqueles que O amam. - Eu falo com os pensamentos a mil, com uma ideia formando em minha cabeça, levantei e abracei minha irmã de coração, Everaldo também me abraçou. - Podem contar comigo. - Sussurrei no ouvido dele, ele apenas assentiu.
Nossos amigos se levantaram de um por um se juntando ao abraço de urso quase sufocando Sarah que chorava compulsivamente, e com ela todos nós choramos. Sarah acalmou-se um pouco e foi embora com o esposo, observei Mike e Artur olharem distraídos para o casal que saía, meu amado esposo de cabeça baixa, visivelmente triste pelo irmão e pela cunhada, e minha cabeça a mil, eu não poderia pensar em ter filhos, por enquanto, fixei meu olhar no meu esposo, finalmente como se sentisse meu olhar fixo nele, ele me encarou. Acho que meu olhar me entregou na mesma hora, pois ele começou a negar com cabeça, e antes que ele pudesse falar alguma coisa, assustei-me com o Mike.
- Ah, pelo amor de Deus! E agora, o que há com esses dois! - Nos viramos para ele, ele e Artur nos encaravam preocupados, Edu abaixou a cabeça.
- Por favor, amor! Diga-me que você não está pensando o que eu penso que você está pensando. - Edu diz ainda de cabeça baixa, desolado, ignorando nossos amigos.
- Amor, nós já temos a Vanessa, podemos esperar um pouco mais. - Falo tentando acalma-lo.
- A Vanessa está indo embora Vick. - Ele diz entredentes.
- Do que vocês estão falando? Ou vocês querem ficar sozinhos? - Artur perguntou inquieto.
- Vick, Edu, podemos ajudar em alguma coisa? - Mike perguntou tenso.
- Nós havíamos decido engravidar o ano que vem, mas eu posso esperar. Eu tenho visto o sofrimento dela, cada vez que alguém diz que está grávida, e eu tola nunca conversei com ela sobre isso, eu tinha que ter percebido que havia algo de muito errado, para ela ainda não ter engravidado, de todas nós, ela é a que sempre sonhou em ser mãe. Eu sou irmã dela, e se eu puder colaborar, para a cura dela, eu vou colaborar.
- Quer saber? Você e a Sarah precisam de um psicólogo. Não tem lógica uma coisa dessas, Edu fala alguma coisa! - Artur pediu exasperado. Edu apenas deu de ombro triste. - Uma não quer fazer o tratamento que pode fazer com que ela realize o grande sonho da vida dela, e a outra não vai ter os filhos dela, porque decidiu que isso faz a amiga sofrer, quer saber, quase quatro anos e eu ainda não consigo acompanhar vocês. - Ele retrucou emburrado.
- Um dia você vai conseguir nos acompanhar, eu tenho fé. - Mike diz também triste. - Às vezes meu amigo dar uma mãozinha para Deus complica muito mais as coisas, do que se você apenas confiar e esperar. - Mike continuou distraído.
- Você sabe que eu não entendi nada do que você disse, não sabe? - Artur perguntou arqueando a sobrancelha, fazendo-nos rir apesar da tristeza.
- Eu vou te apresentar Sara e Agar. E você vai entender. - Mike respondeu piscando.
- Artur, eu acredito em milagres. Deus já abriu a madre de uma Sara, e já em idade avançada, porque, quando Ele faz, Ele faz para causar, é para ninguém ter dúvida de que ali houve um milagre, então eu creio que Ele fará um milagre na vida da nossa Sarah, e quando Deus cumprir com a Sua Vontade na vida dela, seja qual for a Sua Vontade, e se for também da Vontade dEle, eu terei o meu filho. – Falo confiante, afinal é esse o Deus em que eu creio.
- E se a Sarah não sair dessa depressão? - Artur perguntou confuso.
- Ela sairá. - Respondi cheia de convicção.
- Eu realmente nunca vou entender vocês. - Artur sussurra passando as mãos na cabeça.
- Vick, o que exatamente você tem em mente? - Mike perguntou, ele é mais maduro na fé que o meu esposo, e na verdade eu conto com ele para me ajudar se for necessário.
- Eu só vou fazer um voto com Deus, que eu vou esperar Ele curar a minha irmã, para que ela não sofra, por não poder realizar o seu sonho de ter um filho crescendo em seu ventre.
- E se um dia você esquecer a pílula ou sei lá acontecer alguma coisa e você engravidar, meu filho terá problemas porque você não cumpriu com o seu voto, ou você não vai mais fazer amor comigo, para não correr esse risco? - Edu perguntou exasperado. Olhei em pânico para o Mike, na verdade eu não havia pensado em todos os detalhes para o meu plano, eu só havia pensado que não queria que minha amiga sofresse por minha causa.
- Edu ela é sua esposa, ela não pode e nem deve se negar a fazer amor com você, Deus não espera isso de vocês. E não é assim que os votos funcionam. - Ele diz sorrindo, eu amo a confiança que ele tem quando fala sobre Deus. - Quando você faz um voto com Deus, você apenas confia nEle, não são vocês quem irão realizar o que está sendo pedido, é Deus! A Vick está pedindo a Deus que ela possa colaborar com a cura da melhor amiga, e quando você faz um voto com Deus, e deixa tudo nas mãos dEle, você não precisa se preocupar com mais nada.
- Daqui a pouco você vai dizer-me que podemos deixar o anticoncepcional, pois Deus só a deixará engravidar quando a Sarah puder engravidar, e como ela engravidará se ela não quer fazer o tratamento? - Edu perguntou furiosamente.
- Mais a Vick não disse nada sobre a Sarah engravidar, ela disse curar-se. Pode ser que ela engravide, adote, ou sei lá o que, que Deus tem preparado para ela, quando ela estiver pronta para se alegrar com a gravidez da Vick, ai sim, Deus realizará o desejo dela em ser mãe.
- Eu acho isso uma loucura, mas tudo que vocês fazem é loucura, então eu só posso torcer para que isso dê certo. Aliás, vocês deveriam me ensinar a orar para eu começar a orar também. - Artur diz sorrindo sacudindo a cabeça.
- Isso é uma boa ideia! Toda oração será bem vinda! - Edu diz passando a mão na cabeça.
- Você é uma ótima amiga, Deus cuidará de vocês. - Mike diz com um tom orgulhoso, acho que apenas ele compreende minha atitude.
Naquela noite ao chegarmos a nossa casa, Vanessa já estava dormindo, e dona Maria não precisou que Edu a levasse em casa, pois seu esposo já estava esperando por ela.
- Meu amor tem certeza que quer esperar essa situação com a Sarah passar para tentarmos ter os nossos filhos? - Ele já não estava mais tão furioso, mas ainda estava chateado.
- Tenho amor, e não se preocupe com nada, Deus está no controle de tudo, vai dar tudo certo. Confie em Deus!
- Você vai continuar com o anticoncepcional?
- Não. Se for para confiarmos em Deus, vamos confiar para valer.
- E se você engravidar?
- Eu só engravidarei quando for da Vontade de Deus.
- Amor, eu ainda não tenho toda essa fé que você tem, e se eu estragar tudo?
- Você não estragará nada, sou eu que estou fazendo o voto com Deus.
- E como isso funcionará? - Eu me ajoelhei no centro da nossa sala e estendi minhas mãos para ele, ele pegou-as e ajoelhou na minha frente, respirei fundo.
- Eu te amo meu amor, e sou grata por Deus ter me trazido até você. E obrigada por estar nessa comigo. - Digo emocionada.
- Eu também te amo, e sou grato por você ter voltado para mim, e ter me mostrado o amor de Deus, estarei sempre do seu lado. - Ele diz sorrindo e beija meus lábios, preciso me concentrar para não aprofundar o beijo, me afasto dele sorrindo e fecho meus olhos, e abro meu coração para Deus.
- "Senhor meu Deus, Criador dos céus e da terra, o Senhor que sabe todas as coisas, conhece todos os corações, e nos ama incondicionalmente, estou aqui na Sua Presença, para oferecer um voto a Ti, não tenho nada a Te oferecer, a não ser a minha fidelidade, o Senhor conhece o desejo do coração da minha amiga, e eu sei que o Senhor tem um propósito para a vida dela, eu sei que o Senhor vai cumprir com as promessas que o Senhor tem para ela e para o esposo. Eu só Te peço Senhor que a minha alegria não seja motivo de tristeza para a minha amiga, e por isso eu Te peço Senhor, se for possível segundo a Sua Vontade, que eu só engravide quando ela estiver curada, e o coração dela estiver pronto para se alegrar comigo, eu Te amo Senhor, e confio a minha vida, e a vida da minha família em Suas mãos, mais uma vez obrigada Senhor, pelo esposo que o Senhor me deu, conforte o coração dele, e que tudo o que venha a nos acontecer seja para o nosso crescimento espiritual. Guarde a minha família do mal, e conforte a Sarah nesses dias difíceis, seja o Senhor com a Vanessa e a Mariza, e as guarde debaixo de Suas protetoras Mãos. Obrigada pelos amigos que o Senhor me deu, pelo meu emprego, e por me guardar de todo o mal, em nome de Jesus eu te agradeço pela minha vida, e mais uma vez eu Te peço, que a Sua Vontade se cumpra em minha vida sempre, em nome de Jesus, amém".
Edu me ajudou a levantar, assustamos com um barulho vindo de fora, ele me olhou e foi até lá ver o que era eu o segui, mas não vimos nada e voltamos para dentro, e não falamos ou pensamos mais sobre nada disso, até que...
Três anos, quase quatro para ser mais exata, e estamos aqui eu e Sarah, olhando uma para a outra, na pizzaria do Fernando que agora é pizzaria e restaurante, mas ainda viemos aqui todo dia dez de cada mês, comer pizza, você deve está se perguntando por nossos esposos e amigos, eles estão todos enfurnados na cozinha do Fernando com a Raquel.
- Você está zangada comigo por que eu escondi de você que eu sabia do seu voto? - Sarah me pergunta triste, pois é, sabe o barulho que nós ouvimos naquela noite? Foi o meu cunhado que havia ouvido a nossa conversa.
- Não. Eu preferiria que você não soubesse, mais já que soube! Fazer o quê? O importante é que Deus cuidou de nós duas. - Eu falo feliz.
- Mais era como se eu não soubesse, inacreditável eu sei, mas não pensamos mais naquela noite, até hoje quando eu peguei o resultado do beta.
- Eu acredito sim, nós também não pensamos mais naquela noite até hoje, quando eu também peguei o beta, e ainda ouvi um sermão do Artur, porque eu fiquei falando em milagres para ele e agora estava cheia de dúvidas e medo. – Falei com um meio sorriso, lembrando-me do quanto meu amigo tem crescido.
- Ele tem amadurecido bastante, não é mesmo? Deus abençoe que ele não torne a estragar tudo com a Raquel. – Diz Sarah sorrindo.
- Vamos orar por isso. - Digo distraída. - Sarah já percebeu que temos a mesma idade, casamos no mesmo dia, descobrimos que estamos grávidas no mesmo dia, somos praticamente gêmeas. - Digo rindo.
- Obrigada, minha irmã! Por ter pedido a Deus por este milagre na minha vida.
- Eu não fiz nada, Deus ama você e quis realizar o desejo do seu coração, não é isso que Ele faz com quem espera nEle? - Ela sorri e pega minha mão.
- Eu te amo minha irmã. - Ela me diz com lágrimas nos olhos.
- Eu também te amo. - Respondo com meu coração cheio de alegria.
Pedimos que Raquel chamasse os nossos esposos e amigos, e comemoramos o milagre que Deus realizou em nossas vidas. Se você crê em Deus não se desespere, apenas confie e espere nEle e Ele realizará o desejo do seu coração. Salmos 37,4.
Até o próximo conto.
Publicado: 16/04/2021.
Modificado: 21/09/2021.
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