ᴛʜᴇ ʟᴇss: ɪ ᴋɴᴏᴡ ⚖️
Essɑ históriɑ, é bɑseɑdɑ nɑs músicɑs: The less I know the better e New person, sɑme old mistɑkes dɑ bɑndɑ Tɑme Impɑlɑ.
ATENÇÃO: Este conto é a versão original, do e-book de minha própria autoria publicado no site da Amazon.
💖💓💗💞💟💕
Alguém me disse que eles estavam juntos e eu corri pela porta para alcançá-los, ele estava de mãos dadas com o Trevor, essa não foi a melhor sensação de todas. Certa vez ouvi que eles dormiram juntos, apenas ignorei. Quanto menos eu soubesse, era o melhor para mim.
Não fui capaz de suprir seus luxos, éramos apenas dois jovens apaixonados demais ou pelo menos, eu era. Sei que fomos apressados porém iríamos crescer, exatamente como prometi quando decidimos morar juntos.
Eu nunca fui do tipo que fica com o coração partido que fica chateado e chora. Porque nunca deixei meu coração aberto, dizer adeus nunca me machucava.
Relacionamentos não se tornavam profundos pra mim, porque nunca entendi direito essas coisas de "se apaixonar", alguém poderia dizer que me amou de verdade mas para mim não significaria nada.
Mas com ele foi diferente eu o amava, me senti como se fosse apenas uma vítima e isto cortou-me como uma faca, quando saiu da minha vida. Agora estou nesta condição e tenho todos os sintomas de um homem com o coração partido.
Aconteceu quando nos beijamos pela primeira vez? Por que esquecer tudo está me machucando tanto? Talvez, seja porque passamos muito tempo juntos.
Nunca deveria ter deixado ele me abraçar, talvez seja por isso que estou triste em nos ver separados. Eu não me dei a ele de propósito.
Não consigo descobrir como roubou meu coração.
Faz anos desde que Jungkook partiu, as poucas notícias que tive fizeram com que me perguntasse, se ceder a todas as besteiras dele era quem sou, e realmente o que eu queria?
Demorou um tempo para que eu pudesse superar sua partida, mas não para que pudesse aprender a lidar com a dor. Por isso, foquei nos estudos me formei em direito e fiz magistratura, hoje sou juíz.
Me fechei para o amor, não precisava da dor. Uma dose foi suficiente, e foi tudo em vão.
Meu melhor amigo, vivia dizendo que eu deveria tentar a sorte com a Heather. E sua insistência fez com que começássemos a sair juntos.
Não foi uma boa ideia, apenas serviu para que eu a fizesse chorar em minha cama após uma noite de sexo. Quando ela confessou ter sentimentos por mim, respondi que seu amor jamais seria correspondido.
Me sinto mal por isso mas não me arrependo, jamais faria com que alguém criasse expectativas a não ser que estivesse disposto a corresponde-las.
Desde então sempre que saio ou conheço alguma pessoa, deixo claro que não pretendo ter um relacionamento, meu único foco é exercer minha profissão.
Ser juiz é julgar os mais diversos casos e problemas que ocorrem em nossa sociedade. Contudo, tomar decisões que impactam a vida de pessoas não é simples, mas é necessário.
No atual momento estou em meio a uma epifânia devido aos últimos acontecimentos. Era só mais um dia normal onde eu tentava cumprir com louvor minha judicatura, quando um réu não tão desconhecido passou pela porta.
Era ele. Jeon Jungkook, o homem que simplismente foi embora deixando meu coração partido, já faz tanto tempo e ele continua lindo.
Aqui na América quando alguém é pego em flagrante por infrações não graves, podem recorrer e serem levados sob a presença do magistrado junto dos polícias no mesmo prazo, e talvez se livrarem de uma multa ou acusação.
Por ironia do destino lá estava eu, prestes a avaliar e sentenciar meu ex dentro daquele tribunal. O réu entrou de cabeça baixa e não olhou em meu rosto, então se posicionou em frente ao pedestal presente próximo a minha mesa.
- O senhor está sendo multado por condução em alta velocidade, certo? - indiquei sua infração analisando sua ficha como de praxe, só então ao ouvir minha voz o réu levantou seu rosto.
- Jimin? - perguntou ao me reconhecer aparentemente.
- Meritíssimo juiz ou excelência! - rebato soando frio.
É de extrema importância manter a descrição e não dar a entender que já nos conhecemos, para que não haja a possibilidade de ser acusado por decisão tendenciosa.
- Me perdoe, vossa excelência - sua resposta pareceu ir além da situação em que estavamos, foi pesaroso. Precisei manter a postura para não desabar, ao notar que ele começou a chorar.
- Imagino que ao tirar sua carteira precisou ler um livro, - concordou com a cabeça deixando as lágrimas rolarem. - e neste livro que você leu, a não ser que tenha sido publicado de outra forma diz que a velocidade dentro da cidade é 25, certo?
- Sim meritíssimo, eu não... Não vi nenhum sinal de velocidade na Harris Avenue - começou a dizer com dificuldade devido ao choro, apertando contra o peito uma jaqueta grossa, como uma criança que aperta seu urso quando sente medo. - este era o caminho de Harris até Prodencer, então como em West Provodence é maior, eu não vi nenhum sinal e pensei que o limite fosse 30 ou algo assim, mas quanto o policial me parou ele disse sobre o limite ser 25. Então me multou, disse que a minha velocidade estava em 35, p-porém anotou 38 na multa - conseguiu concluir em meio a seu choro silencioso.
- Não senhor, está 35 aqui, de qualquer forma com a sinalização ou não, o limite é o mesmo - cada palavra que saia da minha boca como se eu não o conhecesse foram como uma facada direto em meu coração.
- Sim, - secou seu rosto com a jaqueta desbotada. - mas eu estava atrasado, tinha uma entrevista de emprego e não queria perder, - continuou sua explicação, agora parecendo envergonhado. - eu não tinha intenção de infringir a lei, apenas estava desesperado já não sei o que fazer - havia algo diferente no Jungkook que vi naquele dia em minha frente, havia humildade e sinceridade em suas palavras, não arrogância e prepotência.
- Entendo, sabe que quando você dirige em alta velocidade, coloca em risco a sua vida e a vida das pessoas? - continuei a perguntar como faço normalmente nesse tipo de audiência.
- Sim excelência, eu não tive a intenção - Jeon não hesitou em responder nada, apesar se seu estado deplorável, não sei se de tristeza ou choque.
- Eu o declaro oficialmente culpado, terá de pagar sua multa, tenha mais cuidado a partir de agora, boa sorte. Pode se retirar! - concluí e bati o martelo.
- E-eu... Ji-... Quer dizer, vossa excelência o senhor poderia me dar um minu-... - tentou desesperadamente dizer algo e eu o interrompi, para continuar a avaliar outros casos.
- Tenha um bom dia, senhor Jeon! - mesmo hesitante, assente positivamente e se retira.
Antes de sair totalmente vi quando parou na porta de saída e olhou para trás, seus olhos se encontram com os meus e então ele lançou um sorriso triste e foi embora.
Uma força involuntária me fez sentir vontade de ir atrás dele apenas para saber como ele estava, mas tudo o que fiz foi pedir uma pausa antes de prosseguir.
Eu estava bem sem ele. Até ver seu rosto, seus olhos se desviarem dos meus.
Agora não consigo esquecer, faz uma semana desde nosso reencontro e desde de lá, não se passou um único dia em que eu não pense quando e porque voltou.
Após encerrar as audiências de hoje, antes de ir para casa, resolvi passaria em um bar qualquer. Afim de encher a cara até desmaiar, por sorte, azar ou castigo divino. Por acaso, fui parar no estabelecimento onde Jungkook trabalha.
Ao chegar no bar apenas pedi que me trouxessem uma garrafa de whisky. Nunca poderia imaginar que justamente ele viria me servir.
O mesmo acaso que o levou até mim, me trouxe até ele. Tamanha ironia do destino.
- Só pode ser brincadeira - comentei assim que parou em frente a minha mesa para me servir.
- Eu estou feliz em te ver e principalmente em saber que realizou seu sonho, Jimin - respondeu de cabeça baixa passando as mãos em seu avental.
- Não posso dizer o mesmo, não estou feliz em te ver, nem acho que você realizou seus sonhos - rebato virando uma dose de uma só vez.
- Não tiro suas razões para me odiar. Mas por favor, não me deixe morrer sem receber seu perdão. Não beba toda essa garrafa de whisky, vamos conversar. Meu expediente acaba em 10 minutos - pediu olhando de um lado para o outro, segurando sua comanda antes de olhar para mim.
- Por que eu faria isso?
- Por favor, eu imploro! Prometi a mim mesmo que se um dia te encontrasse, te convidaria para uma conversa franca e faria o seu chocolate quente preferido - mais uma vez vi seus olhos lacrimejando.
Acabei por perceber que ainda sofro com a mesma fraqueza, depois de tanto tempo ainda não posso vê-lo chorar: - Merda! Tá, me dê minha conta.
- Obrigado, tome aqui! - me entregou a nota e então secou seus olhos com as mãos. - me espere lá fora, por favor.
- Que seja. Vou estar no meu carro, Hyundai Creta branco. Pegue! Pode ficar com o troco - disse lhe dando algumas notas de dinheiro muito mais que o necessário, apenas para que ele visse que o mundo dá voltas, e eu venci.
Não me orgulho disso, mas não tenho motivos para me arrepender.
Não dei tempo para nenhuma resposta, apenas levantei e peguei minha maleta o deixando para trás. De dentro do carro com a cabeça no volante, pensei varias vezes em ir embora, entretanto a vontade de saber o que ele tem a dizer foi maior.
Pouco mais de 10 minutos depois ele bateu em meu parabrisa, já sem a roupa característica de garçom. Estava simples: moletom preto e chapéu pescador. Muito diferente de como se vestia, levanto a cabeça por completo e abaixo o vidro.
- Onde está seu carro eu te sigo, para onde vamos? - pergunto sem olhar sua face diretamente olhando pelo retrovisor.
- Na verdade estou sem carro, pensei em irmos pra minha casa. Moro não tão longe e preciso economizar a gasolina, talvez podemos ir juntos para lá, - respondeu do lado de fora. - se você não se importar, já que minha casa não tem nenhum luxo.
- Até onde eu sei quem liga para essas merdas aqui, é você, entra! - destravei as portas, sorrindo ele deu a volta abriu a porta da frente e sentou ao meu lado.
Bastou que entrasse no carro para que uma chuva de lembranças me tomassem, lembrei de todas vezes que reclamou da minha antiga Picape Chevrolet Truck 1953 vermelha. Vivia dizendo que iríamos morrer de tétano naquela lata velha, eu a amava e ainda amo, tanto que a tenho até hoje.
Jeon era metido a rico e não aceitava a simplicidade em que vivíamos, algo deu errado em seu plano aparentemente. Tendo em vista a situação em que estamos.
Seu cheiro ainda é o mesmo, Johnson's Baby camomila.
Só eu sei como amava sentir seu cheirinho, nem me lembrava que sentia tanta falta, isso até ele empestear minha cabine.
Olhando seus olhões pelo retrovisor, ligo o carro e começo a fazer a baliza para sairmos, totalmente alheio do que vai acontecer daqui para frente. No caminho nós não conversamos, somente sua voz foi ouvida para explicar seu endereço.
Como ele havia comentado, realmente o endereço é próximo, mesmo assim eu não faria esse trajeto a pé de forma alguma, gastamos 10 minutos de carro para chegar em seu prédio. Que como eu já estava imaginando, não segue o padrão Jungkook de 2010, entretanto não faço nenhum comentário ao analisar a faixada.
- É... V-vamos subir? - convidou meio sem graça coçando a nuca.
- Claro, seja lá o que tiver há dizer não demore, tenho uma garrafa de whisky me esperando.
- Não vou tomar muito seu tempo, mas se quiser avisar seu marido ou esposa, tudo bem.
- Sou solteiro, me casei apenas uma vez mas ele me deixou e fugiu com um cara rico, sabe? - alfinetei. É como diz o ditado, quem com ferro é ferido com ferro fere.
Jeon não responde a meu comentário inflamado, apenas acena positivamente com uma feição claramente abatida por debaixo de seu chapéu, e mais uma vez me convida para entrar.
Tensão, essa não nos deixou a nenhum momento enquanto subíamos os 4 andares pelas escadas, apenas o barulho de nossos sapatos e respiração são ouvidos, poucos metros após a escadaria e estamos a sua porta.
Antes de abrir ele olha em meu rosto por um instante, depois volta seu olhar a porta e a destranca, para do lado esquerdo da passagem para que eu entre. Do lado de dentro acabo por notar que sua mania de organização ainda é existente, apesar da simplicidade do local.
- Antes de começar vou fazer seu chocolate, sente-se - apontou para a cama, só então reparei que só existe um cômodo aqui, que é dividido em quarto e cozinha.
- Não precisa - respondi me sentando na beirada da cama.
- Eu insisto, por favor! Em todos esses anos uma das coisas que mais senti falta foi de fazer seu chocolate, não teve uma só vez que não me lembrei de você ao fazer - disse deixando sua mochila em cima de uma mesa pequena, para então ir até a pia lavar as mãos.
- Estranho, você odiava quando eu te pedia.
- Era só drama, eu amava ver sua carinha de satisfação quando recebia a caneca quentinha, você sorria e beijava a pontinha do meu nariz, eu sentia seu amor - suas palavras apenas serviram para abrir mais o buraco em meu peito e perceber que mesmo embaixo de tanto entulho, o amor ainda está aqui.
- B-bom, então... Ande logo com isso! - pedi alcançando meu celular no bolso do paletó para evitar olhar para ele.
Jeon não respondeu, apenas acenou positivamente. Nomentos depois, aproveitando de sua distração e por cima da tela do meu aparelho, observo o quanto este homem é diferente do rapaz com quem um dia eu quiz constituir família, jamais imaginei alguém como ele em uma situação parecida.
Alguns minutos se passam até que termine, serve duas canecas e vem até mim, se sentando em minha frente, me olha com expectativa, o cheiro familiar preenche minhas narinas então, não êxito em bebericar, mais uma vez para tentar desviar o foco.
Ao sentir o sabor percorrer minha garganta, fechar os olhos foi inevitável com tamanha nostalgia, quando sinto o olhar de Jungkook me queimar, os abro imediatamente, ele sorri de forma doce, lindo.
- Eu nunca imaginei que conheceria um juiz tão bonito - disse ao me perceber desconfortável talvez na tentativa de quebrar o gelo.
- E eu nunca imaginei que te veria novamente.
- Ah sim, na verdade eu teria voltado há muito mais tempo, mas adiei. Para me poupar de não ter você - uma risada incrédula saiu de minha garganta.
- Não ter a mim? Jungkook! você foi embora, subiu na moto daquele cara e sumiu, a nenhum momento olhou para trás, quem foi deixado totalmente sem chão, fui eu! Não ter a mim foi uma decisão sua - respondi indignado batendo em meu peito com a mão livre.
- Sei disso Jimin, errei, mas eu te amava. Na verdade nunca deixei de te amar, meu problema foi ser imaturo, queria um luxo que você não pudia me dar, eu era vazio naquela época valorizei mais os bens que poderia ter, do que nosso amor.
- Se foi para isso que me chamou aqui, estou indo embora! - exclamei mas não me mexi, na verdade terminei de tomar o chocolate antes pensar em reagir.
- Não! Fica... Me deixe falar, eu sei que mereço seu desprezo mas por favor, me ouça... - suspirei antes de acenar positivamente totalmente vencido e curioso para saber o que tem a dizer. - Conheci o Travor na faculdade, ele demonstrou interesse, então deixei claro que tinha um relacionamento sério e que morávamos juntos, recusei suas investidas inicialmente, propus sermos amigos e ele aceitou. Não passou muito tempo começou a frequentar nossa casa quando você não estava, me enchia de presentes caros aos quais sempre tentei esconder de você, quanto mais era mimado maior era a minha ambição, em um determinado momento resolvi aceitar suas investidas, apenas para saber o que ele tinha a me oferecer - fez uma longa pausa e voltou a chorar. - E-eu não... Não sei o que deu em mim, ele começou a me oferecer tudo que sempre quis, - foi neste exato momento que também comecei a chorar. - nas noites quando eu saia dizendo que iria trabalhar, era pra casa dele que eu ia, ele me dava um bom dinheiro e então eu voltava pra casa cheio de arrependimento, louco para estar nos braços do meu amor.
- Me desculpe, mas eu nunca vou entender suas motivações não é algo que pra mim faça algum sentido. Nem sei porque está me dizendo essas coisas agora, não importa mais - acabei me exaltando em meio a um choro alto e sofrido.
- Eu preciso te contar ou nunca vou conseguir seguir em frente, - fungou e passou a mão em seu rosto bonito. - quando Travor sugeriu que eu fugisse com ele acabei aceitando, não só pra ter tudo o que ele poderia me oferecer, mas sim porque não podia suportar ser infiel a você, você não merecia pois sempre amou a mim e a meu corpo como jamais alguém amou.
- Por que esta me dizendo essas coisas? Por que você tinha que aparecer naquele maldito tribunal? Eu já estava acostumado a viver sem você, agora você simplismente aparece e fode com as minhas estruturas - lágrimas grossas escorrem pelo meus rosto agora, apenas as deixo rolar.
- Minha vergonha não me deixou voltar mais cedo, meu caso com Travor não durou muito tempo, nada do que ele tinha a oferecer era suficiente porque quem eu queria era você, me arrependi mas não tive coragem de voltar, quando me separei dele, ele transformou minha vida em um inferno tirou tudo que me ofereceu e o pouco que eu tinha, porém nada disso doeu mais do que ter te deixado, - no tempo em que convivemos, jamais o vi tão aflito, seu choro é uma mistura de tristeza e agonia. - eu me arrependo tanto, tudo se acabou a partir do momento em que atravessei a aquela porta e te deixei para trás, nunca consegui ser alguém na vida, nunca mais andei de cabeça erguida. Durante todos esses anos me isolei, fui morar com meus avós no interior, somente após eles terem falecido é que fui capaz de voltar, cheguei a poucos meses e serei eternamente grato a minha distração que me levou a tomar aquela multa, ou só Deus sabe quando te encontraria.
- Certo, pelo que entendi você quer meu perdão, sinta se perdoado já vou indo - me levanto e entrego seu copo.
- Espere, eu sei que não quer ir. Seus olhos nunca foram capazes de mentir, você ainda sente a minha falta Jimin, você ainda me ama, posso ver isso. Eu também te amo querido, eu te amo e amarei pra sempre Jimin - se levanta em minha frente, então leva a mão a meu rosto e começa a secar minhas lágrimas. - Oh, meu amor, você não consegue se ver ao meu lado? - pergunta e se aproxima, deixando um leve selar em meus lábios enquanto faz carinho em meu rosto, não tive forças para recusar seu carinho.
Involuntariamente inclino a cabeça pro lado, para sentir melhor seu toque, fecho meus olhos e então respondo: - Não é um agora ou nunca, espere mais dez anos e estaremos juntos.
- Antes tarde do que nunca, só não me faça esperar pra sempre.
- Eu não preciso de você - respondo lutando contra a vontade de beijar seus lábios e nunca mais deixá-lo partir.
- Só por hoje seja meu mais uma vez, tenho fome e sede de ti, sinto tanto a sua falta, por favor Jimin, não vá embora contra a sua vontade como eu fiz fica comigo hoje, mate a saudade que nos destrói a 10 anos, me ame - pede ou implora, olhando em meus olhos que nem sei em que momento abri.
Agora emoldura meu rosto com as duas mãos, me acariciando com os lábios entre abertos, meu desejo se intensificou ao vê-lo umedecer os lábios com a ponta da língua, em um convite silencioso para que unisse nossas bocas em um beijo profundo.
E é exatamente o que eu faço, o beijo aconteceu lento e profundo entre gemidos abafados e lágrimas salgadas, nossas línguas se entrelaçam urgentes, quentes e molhadas. A doçura presente em nossa bocas é um deleite de sensações, prazeres guardados, onde só um beijo seria incapaz de saciar tamanha saudades.
Por isso ao perceber que acabaria sedendo ao desejo de meu corpo, me afasto imediatamente deixando Jeon totalmente confuso: - Eu preciso ir, não me peça para ficar, você não deveria ter voltado.
- Me dê uma chance, por favor - sussurrou enquanto me segura pelo braço.
- Você fez sua escolha, não fui eu quem te deixei, não me culpe por seu fracasso nem tente embarcar no meu sucesso.
- Isso não é verdade, eu só quero seu amor e mas nada, acredite em mim - chorando diz negando com a cabeça.
- Ficarei sozinho no meu topo da montanha, não sinto sua falta, estou no controle total encontrei meu prato vitorioso. Ainda me lembro de todas as lutas loucas de todas as vezes que chorei, mas eu vou apreciar o olhar em seu rosto enquanto vou embora.
Antes de sair pela porta apreciei cada detalhe de sua face como disse a ele que faria, atualizei todas as lembranças que tinha. Mesmo mais maduro continua possuindo traços angelicais de um menino, poucos minutos de conversa foram o suficiente para reacender a chama que eu pensava que havia se apagado em meu peito.
Como um dia ele fez ao atravessar a porta não olho para trás, simplesmente o deixo se afogando em suas lágrimas de sofrimento e arrependimento, este nunca foi o caminho que sonhei para nós dois, meus planos para o futuro eram baseados na construção de uma família e vida.
Tentei fugir do desejo de tê-lo novamente em meus braços, mas ao tentar descer a escadaria senti meu coração se despedaçando novamente, a dor foi maior que tudo que senti. Deixá-lo ir novamente não parece ser o desejo do meu interior.
Por isso resolvi voltar atrás, eu preciso nem que seja só por uma noite, sentir seu calor seu corpo colado no meu, cada parte de meu corpo sofre de uma abstinência profunda desde que partiu.
Agora estou como um louco subindo as escadas novamente, se pensar em qualquer coisa vou acabar desistindo, por isso sem demora, estou em frente a sua porta outra vez, daqui posso ouvir seu choro que mais se parece com um uivar triste.
Meu coração está disparando e minhas mãos trêmulas, mesmo assim não êxito em bater na sua porta.
- Vá embora! Eu te pago semana que vem - ouço Jeon gritar do lado de dentro, novamente bato na porta. - Me deixe em paz!
- Abre a porta Jeon, sou eu - após minhas palavras nenhum som é emitido do lado de dentro.
Talvez ter voltado atrás não tenha sido uma boa ideia, quando cogito ir embora novamente, a porta é aberta com violência. Jungkook me puxa pelo braço e a fecha com força.
Aqui dentro me pega no colo e me aperta em seus braços, entrelaço minhas pernas em sua cintura e o abraço pelo pescoço deitando minha cabeça em seu ombro, sentindo meu corpo inteiro se derreter.
Jungkook beija meu pescoço com carinho, me sinto queimando por dentro, suas mãos massageiam minha cintura enquanto caminha até a cama, delicadamente acomoda meu corpo sobre ela e se deita por cima de mim.
Agora se apoia por alguns instantes sobre seus braços e paira sobre mim para me olhar nos olhos. Não sou capaz de ficar parado por muito tempo, por isso levo minha mão até sua nuca e o trago para baixo para unir nossos lábios e trocar mais um beijo molhado.
Não demora muito para que eu inverta as posições e fique por cima, também dedico alguns segundos para fitar seus olhos brilhantes de saudade e desejo, a forma como ele me olha é como se não acreditasse que eu realmente estou aqui, quase inaudível sussurra: - quero que ame meu corpo Jimin, por favor.
- O que você quiser eu vou dar meus lábios, meu corpo, qualquer coisa você me tem por hoje, querido - fui sincero, só por hoje serei dele mais uma vez.
Agora levanto meu tronco ficando sentado em suas pernas, tiro meu paletó e gravata e jogo em um canto qualquer, jungkook se apoia em seus braços e se senta também, de frente para mim começa a desabotoar meus botões apressado.
Nossos corpos tem pressa não temos muito tempo, novamente trocamos um beijo afoito e desajeitado enquanto eu tiro sua camiseta, de troncos nus nos abraçamos transmitindo calor um ao outro.
Jeon volta a se deitar agora me puxando junto fazendo com que eu fique por cima entre suas pernas, o movimento causou um fricção entre nossos membros eretos, mordi os lábios ao ouvi-lo arfar.
Por alguns instantes olho cada detalhe de seu lindo rosto e deixo um beijo carinhoso em sua testa, ele sorri, então me afasto um pouco para descer fazendo uma trilha de beijos por seu abdômen até o cós de sua calça.
Jeon se remexe ansioso em antecipação ao imaginar o que vem agora, antes de abrir seus botões, faço movimentos circulares com a ponta da língua no redor de seu umbigo, fazendo o mesmo se arrepiar.
Agora sim me sento em cima de minhas pernas para abrir seus botões e descer seu zíper, a todo tempo conectado com seus olhos, aproveitando de cada segundo em que estamos aqui. Feito isso começo a deslizar a peça juntamente de sua cueca por suas pernas, o deixando totalmente despido para mim.
Seu corpo me deixa hipnotizado, louco de desejo e saudade, estou com fome e cede do homem que me abandonou partiu meu coração e agora está aqui, olhando em meus olhos com luxuria e arrependimento.
Em silêncio volto a me deitar por cima de seu corpo, Jungkook afasta bem as pernas aumentando meu tesão, deixo um selar suave em seus lábios antes de levar dois dedos até sua boca.
Meu gesto é bem aceito, Jeon chupa devagar meus dígitos de um jeito que me faz fechar os olhos ao sentir sua cavidade quente e molhada, ficamos assim por alguns segundos, até que eu considere o suficiente e saia de cima para deitar a seu lado.
Jungkook permanece de barriga para cima e pernas afastadas, enquanto levo meus dedos até sua intimidade tirando de si um suspiro longo, com cuidado faço uma pequena pressão em sua entrada com movimentos circulares, depositando alí sua saliva.
- Eu não posso esperar muito mais tempo, por favor Jimin... - prende um gemido. - Me ame - concluiu com um sussurro.
Eu nada digo apenas beijo seus lábios e aumento a pressão forçando um dedo para dentro, agora ele geme contra minha boca me deixando louco de vontade de sentir-lo outra vez.
Com delicadeza faço movimentos de vai e vem o que faz com que fique tenso, claramente pelo incomodo inicial equanto seu corpo tenta me expulsar, aos poucos sinto o mesmo relaxando e então levo o segundo dígito, em resposta ele me beija mais afoito.
Pouco tempo passou para que eu seda seu pedido e volte a me deitar em cima dele, depois de abrir o zíper da calça, deixando apenas meu pênis exposto. Jungkook toca em meu rosto com carinho enquanto me coloco entre suas bandas, devagar começo uma penetração lenta, fazendo com que ele feche os olhos e leve aos mãos até meus cabelos.
De lábios entre abertos entrelaça minha cintura com as pernas, como se quisesse garantir que não vá há lugar nenhum, de fato não irei. Então começo a me mexer devagar, entrando aos poucos até que estejamos conectados por completo.
Feito isso Jungkook enterra suas unhas em minhas costas, aos poucos começo a intensificar a velocidade de minhas investidas contra seu corpo, o mesmo geme me tirando um arfar, mas nada parece o suficiente para suprir o quanto sinto sua falta, por isso mais uma vez beijo a sua boca.
De lábios e corpos conectados meu coração se aperta, me recordo de como sofri isso me deixa irado, começo a me mover com mais força como se pudesse descontar minha frustração com prazer.
A dor em meu peito não quer diminuir, quebro nosso ósculo para olhar as expressões prazerosas do homem que tanto amei, meus olhos começam a embaçar, sinto um desejo descontrolado de chorar, é exatamente isso que acontece.
Agora uma mistura de prazer, saudades e dor toma conta de todo meu ser, Jungkook também não está diferente, enterra meu rosto na curvatura de seu pescoço para me abraçar forte e deixar que suas próprias lágrimas escorram por meus ombros.
Por mais que esteja doendo não conseguimos parar e continuamos a nos amar em meio a lágrimas e gemidos de prazer até que cheguemos a nosso ápice. Depois disso nada dizemos, apenas nos abraçamos até acabarmos adormecendo.
No meio da noite acordei, vesti minhas roupas e antes de sair cobri seu corpo nú com cuidado, gravei cada detalhe de seu rosto, beijei seus cabelos para então partir. Eu que acreditava que a maior dor que sentiria na vida séria vê-lo ir embora, mas na verdade deixá-lo doeu muito mais.
Tudo o que eu costumava odiar um por um cada traço, tentei mas é muito tarde. Todos os sinais não leio, meus dois lados não concordam quando respiro muito fundo indo com o que sempre desejei.
Me sinto como uma nova pessoa, mas ele cometerá os mesmos erros antigos, eu não me importo se estou apaixonado. Finalmente sei como é, ele não tem o que é preciso.
Sei que pode não parecer o certo, também sei que parece falso, talvez falso é o que eu gosto.
Ponto de vista é o que eu acho certo, estou pensando em preto e branco, passei anos pensando se valeria a pena a luta, logo estou fora de vista, sabendo que todo esse tempo estou indo com o que sempre desejei.
Eu sei que é difícil de digerir, mas talvez nossa história não seja tão diferente do resto, parece difícil de aceitar, mas ele tem seus demônios e eu meus arrependimentos.
Por me sentir uma nova pessoa decidi que continuarei a seguir por uma nova direção, afinal ele nunca foi a única opção, então adeus.
*FIM*
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