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14. COMPANHEIRA

No dia em que parti sozinho de Forks, tudo estava nebuloso para mim. Eu estava confuso com meus próprios sentimentos e chateado com minhas atitudes. Não entendia como tive coragem de ser tão canalha com ela, justo com a minha Bella.

A verdade é que me senti inseguro desde quando Emmett e ela se conheceram. Nunca soube explicar por que Bella era tão intrigante para mim. Ela me atraía, não só o cheiro do seu sangue, que era mais intenso para mim do que para o resto da minha família, mas havia algo nela que me fazia ter vontade de protegê-la, cuidar dela.

Eu gostava de estar com ela e conversar, desvendar as ideias incomuns que tinha, fazê-la falar o que se passava naquela mente silenciosa. Nas primeiras semanas em que a conheci, fiquei dividido entre me aproximar e ficar bem longe dela, para que não ficasse exposta ao meu mundo, no entanto, Bella decidiu por mim ao se aproximar e me tratar como um cara comum.

Era disso que eu mais sentia falta de quando era humano. Como um garoto de classe média em uma sociedade patriarcal, eu fui ensinado que mulheres são frágeis, sensíveis e precisam ser protegidas. Aprendi que eu era um cavalheiro e precisaria cortejar a dama de meu interesse quando chegasse o momento. Entretanto, além de tudo isso, eu também convivia com outros garotos que me tratavam de igual para igual. Isso mudou quando fui transformado.

Na família Cullen eu podia ser honesto, verdadeiro sobre quem eu era e o que gostava de fazer, porém cada um de nós tinha histórias de vida pesadas e traumas que vieram para a eternidade, fomos forçados a amadurecer de forma brusca e por isso eu não pude viver como um verdadeiro rapaz de dezessete anos. Só conheci a experiência total de ser adolescente quando já tinha vinte anos mais do que minha aparência mostrava, pois apenas nesse período me senti pronto para conviver com humanos sem matá-los.

Foi isso que senti com Bella, essa liberdade de me divertir e ter um namoro como um jovem normal, conhecer e conversar com humanos em vez de só ficar na bolha da minha família. Ela não fugiu de mim como todos os outros humanos, isso era reconfortante, fazia bem ao ego.

No entanto, algo havia mudado em nosso relacionamento. No início Bella era sensível, romântica, e eu quis mostrar como podia ser o melhor namorado do mundo ao cuidar dela, protegê-la de todos os males, inclusive de mim mesmo. Com o passar do tempo, percebi que ela não era tão dócil quanto antes e isso me deixou sem saber como agir. Tive medo que ela parasse de me amar, medo de voltar a ser o solitário da família, o único sem uma companheira pela eternidade.

Apesar disso, não queria transformá-la, queria que ela tivesse uma vida normal e feliz, por isso fiquei furioso quando Alice me mostrou sua visão com Bella transformada e matando um urso. Foi exatamente a visão de quando a levei para a primeira caçada.

Quando Bella mostrou desejo apesar de tudo que estava acontecendo, confesso que me senti tentado. Ela era perfeita, que homem não gostaria? Contudo, minha atração por ela estava suprimida por preocupações externas. Tinha o funeral forjado dela, a animosidade entre nós e os lobos quileutes, a mudança para o Alasca e uma tensão que se acumulava em mim por não ter experiência.

Sei que o mais comum, na verdade o que a sociedade machista cobra do homem é que ele procure e estimule sua sexualidade, mesmo que seja em experiências passageiras e com parceiras diversas, entretanto, eu sou de outra época, fui ensinado a respeitar as mulheres, então ter Bella pedindo atenção, mostrando que queria estar comigo do modo mais íntimo possível, me deixou com medo de não ser bom em algo pela primeira vez.

Eu cheguei a conversar com Carlisle e Jasper sobre intimidade entre casais. Eles pensavam diferente, Jasper era carnal, muito levado pelos sentidos, mas também extremamente romântico com Alice. Para ele, o êxtase do sexo perdia apenas para o de beber sangue humano. Carlisle nunca bebeu sangue humano, então descreveu o sexo como a sensação mais poderosa que existe, especialmente se tiver amor envolvido, pois torna tudo mais bonito e excitante.

Falei com Emmett também, porém ele é muito mais gráfico, preferiu explicar com imagens e eu definitivamente não queria ver como funcionava entre ele e Rosalie. Já era ruim o bastante aguentar os dois quando Emmett foi transformado, ele nunca foi discreto. Dizer que meu irmão transpirava tanto tesão que me deixava com dor de cabeça seria eufemismo.

O problema é que esse tesão dele se dirigia para Bella quase sempre quando estavam no mesmo cômodo e isso obviamente me incomodava, porque eu nunca me senti assim com ela. A questão que me confundia era: é normal eu sentir menos desejo por minha namorada do que o meu irmão, que sente mais desejo por ela em quinze minutos perto do que por Rosalie em quinze anos? O errado era eu, que queria de menos, ou ele, que queria demais?

Meu irmão até tentava disfarçar, tentava não sentir isso, eu reconheço que ele tentava, no entanto, quando os quileutes ficaram nus na nossa frente e eu ouvi os pensamentos cheios de ciúmes do Emmett, fiquei furioso. Porque ele sentia mais ciúmes que eu, e isso não estava certo, ele não tinha o direito de se sentir protetor e territorialista com ela. Bella era minha, por que ele queria me roubar seu amor?

Foi tomado por essa fúria que fiz aquilo com ela na floresta. Quando Bella me acusou de não sentir desejo por ela desde o início do nosso namoro, eu tive medo que ela me deixasse, então a beijei do modo mais quente que podia. Aí meu irmão viu e seus pensamentos ficaram descontrolados.

Tinha ciúme misturado com um tesão tão forte que me desestabilizou, e eu me vi tocando nela como ele desejava tocar. Sentindo a maciez de sua pele e a paixão que se acumulava nela, eu não me importei de estar onde todos podiam ver, estava furioso e excitado ao mesmo tempo, queria tomá-la como ele queria, mostrar que não importava o quanto ele a desejasse, ela era minha e sempre seria...

Depois de tudo que resultou dessa atitude egoísta, eu me senti tão ferido e envergonhado que não vi outra opção a não ser me afastar. Estava magoado porque no fundo sabia que o que Emmett e Bella falaram era verdade, eles nunca tiveram nada nem consideraram ter, apesar dos pensamentos dele e da óbvia admiração dela. No fim, quem traiu nossa relação fui eu, não ela. E os pensamentos ocultos dele não se comparavam com minhas atitudes na frente de toda a família.

Desde que parti, se passaram semanas. Tentei encontrar Victoria, me distrair com uma boa caçada, mas aquela ruiva era mais escorregadia que uma enguia do mar. Sempre que parecia estar perto, ela escapava e eu perdia seus rastros. Depois de um mês transitando entre Chicago e Nova Iorque, escondido na maior parte dos dias, eu peguei o rastro dela para o norte, na direção de Portland, Oregon.

Lá encontrei alguns corpos sem sangue e descobri o desaparecimento de vários moradores de rua ou viajantes que passavam pela cidade a caminho de outros destinos gastronômicos, pois Portland era conhecida por seus food-trucks e tinha muitos turistas procurando boa comida. Todas eram nojentas para mim, porém esse fato fazia da cidade um chamariz para vampiros também, que gostavam de caçar os turistas sem chamar atenção.

Em toda cidade onde pegava rastros de Victoria, sempre tinha um ou dois desaparecidos que não seriam notados pela comunidade, em sua maioria mendigos. Minhas pesquisas me deixaram estagnado, eu perdi o rastro de Victoria e permaneci na cidade, pensando em como estaria a família, especialmente Bella. Ela já teria se adaptado? Ainda queria me matar?

Então, cinco semanas mais tarde, a atenção da mídia se voltou para Seattle por causa do excesso de assassinatos e desaparecimentos inexplicáveis, inclusive de celebridades e membros da alta sociedade que viviam em lugares de altíssima segurança. Foi assim que fui parar na cidade, pois apenas vampiros poderiam fazer essas coisas, e eu tinha medo de que fosse um recém-criado fora de controle, a mídia já falava de serial killers ou rixas de gangues.

Será que Victoria estava por trás disso? Ela era tão experiente, por que faria algo assim? Não conhecia os Volturi? Não sabia que isso chamaria a atenção deles e traria consequências?

Escondido nas sombras durante o dia, eu vasculhei a cidade toda em busca do vampiro que estava causando isso, talvez eu pudesse ajudá-lo a se controlar, ensinar nosso estilo de vida. Durante dois dias e uma noite percorrendo a cidade em busca de esconderijos, percebi que não era apenas um vampiro, pois as mortes e desaparecimentos ocorriam em lugares opostos da cidade, quase ao mesmo tempo. Seria impossível apenas um fazer isso. Eu era mais rápido que todos os vampiros que já conheci, mesmo assim não conseguiria causar destruição num lugar e atravessar a cidade para fazer o mesmo cinco minutos depois.

No segundo dia encontrei pistas sobre o possível vampiro quando passava por um poste com imagens coladas de pessoas desaparecidas. Riley Bears, um rapaz de dezenove anos que havia sumido quase três meses antes. O telefone para informações tinha um código que eu conhecia muito bem. Correndo o risco de ser visto num dia de sol, eu entrei no volvo e disparei em direção a Forks, chegando em tempo recorde.

Para que não soubessem que eu estava na cidade, deixei o carro fora da fronteira e fiz minhas investigações a pé, me escondendo na floresta que circundava tudo. Ali descobri algo alarmante: quatro dos nossos colegas de escola haviam desaparecido dez dias atrás, depois de irem a um shopping de Seattle comprar roupas em liquidação. Faziam parte do grupo que Bella costumava acompanhar no refeitório. Ela ficaria muito triste.

Eram Tyler, Lauren, Ben e Ângela. Jéssica havia ido também, mas se separou do grupo quando eles foram para o carro e ela voltou à loja depois de ver uma bolsa na vitrine. Segundo o seu depoimento, quando foi para o carro, todas as portas estavam abertas e a bolsa de Ângela estava jogada no chão. Jéssica disse que a colega sempre andava com um spray de pimenta. Suspirei ao ver essa informação. Isso não faria diferença para vampiros, a pimenta mais ardida no mundo ainda não é capaz de nos incomodar.

Observei Charlie à distância, surpreso ao constatar que ele não havia voltado a ficar sozinho. Tinha uma mulher quileute cozinhando para ele, e quando chegou em casa, ela o abraçou e beijou, depois massageou seus ombros. Pelo menos uma notícia boa para dar à Bella.

Voltei a Seattle naquela mesma noite, e dessa vez encontrei uma destruição ainda maior. Escutei muitos pensamentos tumultuados, famintos, clamando por sangue. Foi quando segui o caos que eles faziam. Ao chegar em um ferro-velho abandonado, fiquei alerta. Reconheci imediatamente o garoto dos cartazes, era musculoso como um jogador de futebol americano, impossível não reconhecer. Ele estava separando dois novatos que brigavam entre si.

Ao redor, tinha oito vampiros e alguns corpos exangues, praticamente despedaçados. A situação era pior do que eu havia imaginado. Para ter tantos recém-criados juntos assim, alguém tinha que estar criando, e eu duvidava que fosse um vampiro que nem tinha três meses completos ainda. Havia um imortal experiente por trás, com certeza. Só podia pensar em Victoria como tendo motivos para criar um exército naquele território.

O problema era que ela não estava em lugar algum, tudo era comandado por aquele rapaz que não devia ter ideia sobre a existência dos Volturi e que aquele caos estava chamando a atenção desses vampiros antigos e poderosos que poderiam destruí-los sem nem tocar neles.

Eu precisava contar à minha família.

Me afastei daquele grupo antes que pudesse ser detectado e liguei para Carlisle. Depois de alguns minutos falando sobre minha descoberta, ouvi Bella dizendo que Alice viu Forks destruída e Charlie desaparecido. Bella surtou e eu só ouvi Carlisle pedindo para ela voltar.

Fiz uma chamada de vídeo que Jasper conectou na TV da sala, para poder ver quem estava me escutando. Ainda era possível ouvir a destruição feita pelos novatos a vários quarteirões de distância. Vi todos os Denali na sala com Carlisle e Esme, incluindo Laurent, agarrado a Irina. Isso foi uma surpresa, pelo visto eles eram companheiros.

Quando Alice entrou na sala, percebi que faltavam Bella, Emmett e Rosalie. Depois de alguns minutos, Emmett entrou ao lado de Bella, o que despertou em mim o sentimento ruim de posse. Não gostei daquilo e fiquei desconfiado por não ver Rosalie, no entanto, eu tinha coisas mais importantes para me preocupar agora.

Estava falando para eles sobre minhas descobertas em Seattle e Forks quando senti um arrepio muito forte que atravessou meu corpo. Que estranho, nunca havia sentido algo assim.

Foi quando um grito apavorado chegou a mim, junto ao som de perseguição e um turbilhão de pensamentos confusos. Encerrei a chamada para seguir aqueles pensamentos urgentes que pareciam me chamar. Corri cautelosamente, avaliando os arredores para não ser surpreendido por aquele grupo do ferro-velho.

Não, não! Eu não quero ser um monstro! Por que isso está acontecendo comigo? O que fizeram comigo? Estou com tanta... sede! Isso dói, eu preciso, mas não quero. Não, por favor, não!

Os pensamentos foram interrompidos por um forte instinto predador, que fez a vampira novata encurralar a vítima em um beco. Eu via tudo pelos pensamentos da caçadora, era como se nossos pensamentos fossem um só. A vítima era uma garota loira que olhava apavorada e, ao mesmo tempo, parecendo fascinada para a criatura que a perseguia.

Pela visão da predadora, a vítima era mais baixa, pois olhava para cima enquanto a outra se aproximava. Os pensamentos da garota loira eram apavorados, contudo, era a mente da vampira que gritava na minha cabeça.

Eu não quero! Por quê? Por quê...? Me desculpe, por favor, eu sou um monstro... Preciso... Sou um monstro.

Esse foi o último pensamento dela antes de cravar os dentes no pescoço da garota. Tentei chegar a tempo, impedi-la, poupá-la do sofrimento de estar tirando uma vida. Porque ela sentia. A angústia e repulsa que sentia por si mesma enquanto fazia aquilo gritavam. Sua alma chorava. Sim, alma. Foi a primeira vez que eu vi um imortal sofrer enquanto se alimentava de um humano.

Era diferente de tudo, nem mesmo Jasper foi assim. Ele sofria depois que matava, sentia remorso porque podia experimentar o medo e a dor das vítimas, porém era dominado por prazer enquanto se alimentava, ao contrário daquela vampira. Ela não sentia prazer, só havia dor, nojo, tristeza.

Tentei me aproximar, queria parar aquilo, os sentimentos autodepreciativos me faziam mal, doía fisicamente em mim, como se a dor dela me machucasse. Foi então que percebi que era ela quem não me permitia chegar perto. Era algo sobrenatural, como uma proteção, ela me repelia quando eu me aproximava. Sabia que não estava sozinha com sua presa.

Eu observei, incapaz de impedir, até que a garota loira caiu aos seus pés, sem sangue. Ela se virou para mim e eu não conseguia ver seu rosto. Era como olhar para uma tela manchada e borrada.

— Por favor — eu sussurrei. — Me deixa ajudar. Eu posso te ajudar.

— Ninguém pode me ajudar. — Sua voz me causou arrepios, era familiar para mim, apesar de não lembrar de onde. — Eu sou um monstro. Alguém fez isso comigo, me tornaram um monstro.

— Me deixa chegar perto, deixa eu ver o seu rosto. Eu posso te ajudar, não precisa ser assim.

Ela ficou parada, em silêncio. Observei seu cabelo na altura dos ombros, liso, negro e brilhante, que emoldurava seu rosto fino, embora eu não pudesse ver suas feições. Quando olhei para seu corpo magro e torneado, meu corpo ganhou vida de tal forma que fiquei constrangido. Ela tinha 1,70m de altura e um corpo perfeito. Minha mente só conseguia pensar em “corpo perfeito para o amor”.

Ela pareceu sentir a mesma onda avassaladora de desejo que eu, pois arfou e apertou as pernas. Eu já tinha ouvido Carlisle falar sobre isso, de quando viu Esme pela primeira vez depois de transformada em vampira. Era o chamado de companheiros, um sentimento palpável que se tornava físico quando companheiros se encontravam, e doloroso quando não era aplacado.

Começava com o desejo físico, depois os sentimentos cresciam a uma velocidade alarmante. Pensei que sentiria isso por Bella depois da transformação, mas apesar da atração, nunca senti por ela o que estava sentindo por essa desconhecida, ainda que sem ver seu rosto.

Me aproximei um pouco, sentindo a resistência da garota diminuir. Estendi a mão para ela.

— Vem comigo, posso ajudar você a não sentir mais essa dor. Existe outra forma de sobreviver.

— Eu sempre soube que você era diferente, Edward. Especial.

Encarei a garota, tentando focar em seu rosto. Era frustrante não conseguir. Porém foi o que ela disse que me chocou.

— Você me conhece...

— É claro que sim. — Ela se calou, mas seus pensamentos continuaram: "Quem não conheceria o solteiro mais lindo da escola? Bem, isso até conhecer a Bella. Ela era tão sortuda. Eu gostava dela antes de morrer... Era minha amiga, a única verdadeira... Mas secretamente eu tinha inveja porque ela conseguiu o impossível, conquistou Edward Cullen". — Sinto muito pela Bella, ela me faz falta, ainda estava de luto quando fui... transformada... nisso.

Eu ia perguntar quem era ela quando, de repente, correu para mim e me abraçou pelo pescoço. Automaticamente, me deixei afundar na maciez de seu corpo e no seu cheiro de canela e mel.

Não precisei olhar em seu rosto para saber quem era. O padrão de seus pensamentos, o fato de conseguir se esconder de mim mesmo estando na minha frente... Ela conseguia fazer isso quando humana também, se esconder no meio dos outros, se tornar invisível. Como nunca percebi isso antes?

— Ângela...

— Shhh... Eles estão aqui. Fica parado e em silêncio.

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