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Capítulo 2 |Fall

HÁ 1 ANO:

Eu nunca fui de ter sorte, a melhor coisa que me aconteceu foi quando achei 50 dólares no chão e acabei gastando tudo em balinhas junto com minha prima quando tínhamos sete anos. Acho que desde aquele dia eu já havia gasto toda a minha parcela de sorte da vida inteirinha. Queria eu ter essa felicidade de novo, pelo menos por hoje, considerando toda a cagada que pode acontecer nesse lugar na qual estou indo.

Estacionei a caminhonete do meu pai perto do beco. Eu já tinha vindo a esta parte da cidade, mas a noite eu mal a reconhecia. O céu estava mergulhado na escuridão, o frio do inverno me deixava ainda mais irritada por estar aqui. Meus olhos se voltaram para meu celular.

Quatro e meia da manhã;

Cinco ligações não atendidas e duas mensagens. Todas do meu pai.

EU-TO-MUITO-FERRADA.

Quando eu chegar em casa ele provavelmente vai brigar comigo e me deixar de castigo por um ano por eu ter pego o carro e saído escondido. O problema é que agora não posso atender e nem responder, tenho que resgatar o idiota do meu melhor amigo que só sabe fazer besteira.

Eu prometi a mim mesma que não apareceria mais quando ele me chamasse. Suas atitudes tinham criado uma enorme cratera em nossa relação, destruindo a amizade que tínhamos um dia. Mas eu sabia que não poderia cumprir a promessa de ficar longe. Ele era meu amigo desde a infância e acredito que se os papeis se invertessem, ele faria o mesmo por mim. Mesmo quando estragava tudo, o que acontecia com frequência, ele ainda estava lá por mim assim como eu estaria por ele.

Pelo menos dez minutos se passaram até eu ver Derek sair sorrindo do beco, pressionando um lado do corpo com a mão. Endireitei-me no banco e meus olhos encontraram os dele.

— Como você é idiota, Derek. —Murmurei, saltando do carro e batendo a porta. Eu me aproximei e a luz de um poste iluminou seu rosto. Seu olho esquerdo estava inchado e fechado. Ele cheirava a álcool e maconha. Seu lábio inferior tinha um pequeno corte e a camisa branca manchada de bebida e sangue.

—O que aconteceu? — Falei, ajudando-o a andar até a caminhonete.

Ele gemeu.

Tentou sorrir.

Gemeu de novo.

—Se você não me contar o que aconteceu agora mesmo eu vou chamar a polícia!  —Falei brava.

—Calma Elizabeth. Não grita no meu ouvido. Eu sou o machucado aqui.

—Não seria se fosse menos burro. Sinceramente eu não sei qual é o seu problema.

Bati a porta do carona e corri de volta para o banco do motorista.

—Se você não me contar o que aconteceu eu vou te deixar aqui sozinho. Eu juro que te deixo e vou embora.

— Tá, vou te contar...Venci a corrida e os caras acabaram me batendo quando descobriram que trapaceei de novo. Coloquei um tubo de gás extra no motor do carro e... – Ele rir.

–Meu Deus.

–Quebrei as regras do racha. Eles acabaram achando no motor e me encheram de porrada, depois pegaram o meu dinheiro e o carro, gastaram tudo com bebida e droga. Eles me obrigaram a ficar chapado também. Eu juro que não queria. — Ele sorriu, mas sua aparência evidenciava o contrário.

—Olha o perigo que você se meteu! Assim fica difícil te defender. —Suspirei, descendo do meio fio. Estava amanhecendo, mas de alguma forma parecia mais escuro que antes.

—Achei que você tinha parado com essas apostas. Seu pai tinha avisado para não correr mais com esses caras. É muito perigoso. Esses caras são perigosos. Eles podem matar você ou sua família, já pensou nisso?

Ele sentou-se mais ereto e seu único olho aberto me encarou.

—Eles poderiam me matar também , tem ideia do perigo que você ta me colocando, Derek? Há assassinos entre eles, você sabe muito bem disso. Já é a terceira vez que eu venho aqui te salvar dessa encrenca e talvez nem você volte vivo na próxima.

—Foi a última vez Lise, eu juro. Eu sinto muito... não queria arrastar você de novo para isso. Nunca mais vou fazer isso, ok?— Olhei para ele e respirei fundo. —Prometo nunca mais voltar aqui.

Derek é um garoto mimado que odeia o pai rico por não lhe dar amor. Ele cresceu carente de afeto, mas isso não é desculpa para fazer as besteiras que faz só pra chamar atenção da família. Eu sei que no fundo, bem no fundo, ele é uma pessoa com o coração bom. Mas isso já está passando dos limites.

—Eu não sei por que você ainda me mete nisso, mas já vou lhe avisando... Se fizer de novo eu nunca mais vou olhar na tua cara.

—Tá, tudo bem.

Eu havia me afastado dele por causa dos seus problemas, eu me concentrei nos estudos e me afastei dele. A culpa não era só dele, também era minha por tê-lo deixado sozinho. Levamos vinte minutos para chegar à minha casa. Meus pais moravam em frente a uma praia, a poucos quilômetros do centro da cidade. Estacionei o carro perto do galpão e Derek me agradeceu pela carona. Entramos no galpão e peguei algumas toalhas limpas para ele. Quando voltei, vi Derek sentado olhando para o seu corte.

— Eu juro que não doeu na hora. —Observou pressionando-o com a palma da mão. —Mas agora está doendo pra caramba.

—Por que você faz isso, Derek?

—Faz o que? —Se fez de desentendido.

—Aposta corrida, por quê? Você já não tem dinheiro suficiente dos seus pais? Então por que aposta?

—Eu gosto da sensação de apostar. Me faz sentir vivo. O perigo é bom.

Ele dá um sorriso.

—Você está agindo feito um tolo! Se você gosta da sensação, o problema é seu, mas pense na sua vida, pense nos seus pais. Pare de ser egoísta e só pensar em si mesmo e no que essa sensação pode te causar. —Ele sorriu novamente.

—Inacreditável ! Você tá chapado demais. Não dá nem pra conversar contigo. –Peguei o canivete, rasguei uma das toalhas e a pressionei em seu ferimento. Derek olhou para a lâmina e fechou os olhos.

— Isso é um canivete de verdade? Aonde conseguiu?

Olhei para o metal na minha mão, fechei o canivete colocando no bolso.

—Peguei emprestado do meu pai. —Meus olhos se voltaram para o corte dele. —Até por que eu não sairia no meio da noite sem nada em mãos.

Ele riu.

—Se um canivete foi teu plano de salvação, então eu não sou o único tolo aqui, Lise.

Uma parte de mim sabia que ele estava certo. A outra parte não queria aceitar. Aquela tinha sido a minha melhor ideia no momento. Foi a única coisa na qual eu pude pensar em pegar pra me defender.

—Você poderia ter pego ao menos um facão. Uma serra elétrica também seria da hora.

Continuei limpando o ferimento dele e o deixei falando sozinho.

—Não acha que uma arma seria mais útil? Quer dizer , pela tua cara eu acho que você acabaria atirando em mim, mas...

— Tem razão. Eu a usaria pra te fazer calar a boca.

—Você teria coragem de fazer isso com teu melhor amigo?

—Derek. —O encarei mais sério, desta vez. —Você está ferido, chapado e com um cheiro horrível e se você ficar falando eu não vou mais te ajudar a estancar esse sangramento. – Antes que ele pudesse fazer qualquer comentário, ouvimos um grito vindo das docas.

—Que isso... —Murmurei, antes de correr para fora com Derek em meu encalço.

Congelei com quem eu vi.

—Pai! —Gritei, vendo-o ser encurralado por dois desconhecidos em uma moto, com uma arma apontada para as suas costas. Nesse momento eu entrei em pânico.

—Que merda... Eu to sonhando ou...São eles. Como nos encontraram? —Murmurou Derek para si mesmo.—Eles nos seguiram!

Olhei para o meu melhor amigo, confusa.

—Você sabe quem são eles?! — Perguntei revoltada.

E irada.

E assustada.

E principalmente muito assustada.

O estranho sentado atrás na moto levantou a cabeça para nos olhar, e eu podia jurar que ele sorriu.

Ele sorriu e disparou a arma, e correu junto com o outro que dirigia assim que meu pai caiu.

O meu grito ecoou pelo céu. Sons agudos, cheios de raiva e medo, enquanto Derek corria até meu pai. Mas eu cheguei antes.

—Pai, pai. Está tudo bem. —Virei para Derek e lhe dei um empurrão com força. —Ligue para a emergência!

Ele ficou de pé ao nosso lado, e lágrimas escorriam pelo seu rosto ensanguentado.

— Lise, eles nos seguiram! Me perdoa...Eu não sabia! Lise ele não vai...Ele não vai... —Suas palavras eram hesitantes e eu o odiei por pensar exatamente o que eu estava pensando. Enfiei a mão no bolso, tirei meu celular e coloquei-o em suas mãos.

—Ligue agora! —Ordenei, segurando meu pai em meus braços.

Olhei para cima em direção a minha casa e vi o rosto da minha mãe no instante em que ela se deu conta do que tinha acontecido. No momento em que ela percebeu que tinha, de fato, escutado um tiro e que meu pai estava, de verdade, imóvel. Ela correu aos prantos em nossa direção.

—Alô. O pai da minha amiga levou um tiro em frente a própria casa. — Só de ouvir as palavras saindo da boca de Derek minhas lágrimas começaram a rolar. Meus dedos correram o cabelo do meu pai e abracei seu corpo enquanto a minha mãe corria até nós.

—Não... Meu Deus! —Murmurou ela, caindo no chão. —Geon! Fala comigo amor, por favor.

Agarrei-o com mais força. Ele me olhou com os olhos cinza, implorando por respostas para perguntas desconhecidas. Nesse momento eu só conseguia pensar em pedir ajuda a alguém ou algo, um ser superior que pudesse realizar um milagre imediatamente.

Deus, por favor, se o Senhor existe não deixe meu pai morrer.

Por favor, não deixe. Eu não conseguiria viver sem ele.

—Está tudo bem papai. Me perdoa. A culpa é minha. —Sussurrei no ouvido dele. Ele tinha saído de casa para me procurar e a culpa ia ser minha se ele morresse.

—Vai ficar tudo bem.

Eu estava mentindo para ele, e para mim mesma. Sabia que ele não ia resistir. Algo dentro de mim dizia que era tarde demais e não havia esperança. No entanto, eu não conseguia parar de dizer aquilo, e não conseguia parar de pensar naquilo. E não conseguia parar de chorar.

Deus, por favor, não leve ele.

Eu preciso dele aqui.

—Vai ficar tudo bem.

Era só o que eu conseguia dizer.





***
Olá amores
Mais uma volta no tempo pra vcs entenderem a história da Lise ❤️

❤️ bezzus e até o próximo capítulo ❤️

Não se esqueçam de deixar a estrelinha 🌟

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