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Capítulo 8

Anos atrás

Tava brincando um pouco perto do berço da minha irmã, ela tinha um mês e eu oito anos.

––– Tu tá fazendo o quê ai Guilherme? ––– Minha mãe gritou comigo

––– Nada mãe ––– Falei assustado por seus gritos

A Jhessyka começou a chorar por conta do grito. Ela era muito assustada.

––– Tá vendo sua praga? A menina agora tá chorando por sua culpa ––– Ela falou entre os dentes

––– Mas, mas eu não fiz nada mamãe ––– Falei choroso

––– Sai daqui ––– Ela me desferiu um tapa na cara.

Segurei meu rostinho com as duas mãos, as lágrimas já brotaram em meus olhos. Eu a encarava não com raiva, e sim com tristeza, eu não entendia o porquê dela me odiar tanto.

––– EU JA DISSE PRA TU SAIR ––– Colocou Jhessyka novamente no berço e pegou em meu braço me arrastando do quarto.

Naquele dia eu recebi a pior surra de chicote que eu recebi em minha vida.

Minha mãe me batia apenas quando não estava na frente do meu pai. Mas me tratar mal, era sempre. Meu pai era o dono do morro, eu estava destinado a receber essa herança. Ele era o meu maior amor, meu tudo era meu pai.
Mas meu pai não era flor que se cheire, ele matava sem dó, traia minha mãe e até levava algumas piranhas pra casa. Mas em ser pai, ele era o melhor pra mim e pra Jhessyka.

Como meu pai vivia muito fora de casa, minha mãe se aproveitava pra descontar todas as suas raivas e frustrações em mim.

Até hoje pra ser sincero, eu não entendo como uma mãe pode odiar tanto um filho o quanto ela me odiava.

––– Suzana o que tu fez com o Guilherme? ––– Meu pai gritou ao me ver deitado no sofá.

––– Nada menos do que ele merecia ––– Ela apareceu na sala.
Suzana me olhou fria e depois pra meu pai
––– Limpa a marca de batom do teu pescoço Plínio ––– Falou irritada

––– Esse não é o assunto caralho, o que o menino fez dessa vez? Anda inventa a tua desculpa aí ––– Meu pai se levantou do sofá e eu fiquei em silêncio

––– Essa praga nasceu, nasceu e eu tive que criar ––– Ela cuspiu as palavras me encarando com nojo

––– Já chega sua piranha, tu nunca mais vai encostar um dedo sujo nos meus filhos, entendeu? ––– Meu pai agarrou seus cabelos e a empurrou no chão.

Eu soluçava, e por mais que eu quisesse sentir algo, eu não sentia. Eu gostava de ver minha mãe sofrendo metade do que eu sofri aquele dia, aquela semana, aqueles anos.

Meu pai juntou os pés nela, chuta a suas costelas e sua barriga, e eu apenas observava tudo calado.

Ele desferiu vários tapas e socos em sua face. Suzana já estava em um estado grave.

Meu pai a soltou no chão e ela ficou ali com a cabeça baixa.

––– Sobe Gui, vai lá pra cima vai ––– Meu pai pediu calmo

––– Isso praga, sobe ––– Ela falou com dificuldade e deu uma risada sarcástica ––– Aposto que com ela, você não faz isso né seu filho da puta ––– Ela berrou pra meu pai.

Eu não esperei pra ver o resto da surra, já estava cansado de ser o motivo das brigas deles. Subi as escadas correndo e fui pra o quarto de Jhessyka, lá era o único lugar que me trazia paz naquela casa.

No dia seguinte meu pai me disse que minha mãe havia ido embora da Rocinha. Ela deixou os filhos pra trás sem nem pestanejar. Eu sei que comigo ela não faria questão, mas eu acreditei de verdade que com Jhessyka ela faria diferente.

Três meses depois meu pai chegou com minha tia e Felipe lá em casa. Meu tio havia falecido a alguns anos, e minha tia se sentia muito só, por mais que tivesse Felipe, ela ainda se sentia só.
Claro que eu estranhei essa conversa, eu sentia os olhares do meu pai e da minha tia. Ela era a irmã gêmea de minha mãe, mas não tem aquela história que sempre tem uma gêmea boa e uma ruim? Então.

Minha tia era o oposto de minha mãe em tudo, toda vida ela cuidou de mim como um filho, sério, seus cuidados comigo ultrapassavam muitas vezes os cuidados com o Felipe.

Meu pai e minha tia terminaram os anos de vida dele, juntos. Eles namoraram na adolescência, mas por conta de alguns problemas, eles se separaram. Foi ai que meu pai pegou a minha mãe, e o meu tio que já gostava da minha tia, apareceu.

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Os anos se passaram, meu pai acabou morrendo em um confronto com o dono do Alemão, eu vi quando o cara atirou na testa do meu pai, ele até ia tomar o morro, mas antes que ele fizesse isso eu e o meu exército conseguimos manter o morro pra gente.

O cara jurou me matar.
Eu comandava a minha comunidade com amor, afinal o que recebi do meu pai e da minha tia foi isso.

Mas um acontecimento a dois anos atrás fez eu e o Felipe nos tornarmos tão temíveis.

Era uma noite de baile, toda a comunidade estava naquela quadra. A favela tinha que se manter de olhos abertos, porque subia muita gente do asfalto pra cá, e também gente de outras favelas. Eu e o FA montamos o melhor sistema de defesa pra esse baile.

Estávamos todos lá, minha tia, Jhessyka, Felipe, eu e minha comunidade.

A Pâmela, uma das putas que eu comia estava no meu colo, e estávamos nos agarrando. O baile tava a mil.

––– Guilherme, eu tou indo pra casa ––– A Jhessyka falou baixinho

––– O que foi princesa? ––– Perguntei preocupado ao notar sua palidez

––– Eu não tou me sentindo muito bem ––– Ela disse e eu assenti

––– Vou mandar um vapor te deixar em casa ––– Ela beijou minha bochecha

––– Precisa não, hoje tá tudo calmo. Eu vou e bem rápido chego, comemora teu aniversário nenê ––– Eu sorri pra ela que levantou e deu um beijo na bochecha do Felipe e desceu do camarote.

Ficamos ali conversando, bebendo e curtindo muito o baile.

Olhei pra minha tia que tava tensa e com o celular na mão.

––– Que foi tia? ––– Perguntei preocupado

––– O telefone de casa Guilherme, só chama ––– Ela falou nervosa

––– Vai ver a loira tá tomando banho ––– O Felipe falou e eu concordei

––– Eu tou sentindo uma coisa ruim Gui ––– Minha tia só tinha isso quando um de nós três se envolvia em merda.

Fiquei preocupado, podia ser algum b.o sério, o povo diz que essas coisa de mãe a gente não pode duvidar né. Peguei meu radinho e passei a fita.

––– Fala chefe ––– O MM falou

––– Faz Ronda aí, vai lá em casa primeiro e depois procura a Jhessyka, a mina tava passando mal ––– Passei a fita direta

––– Pode deixar ––– Desliguei e fiquei ali.

Quando ia fazer meu pronunciamento, meu radinho apitou.

––– Chefe, desce pra rua 5 que a mina foi estuprada ––– O MM falou desesperado.

Nessa hora meu mundo caiu, minha princesa, minha irmã tinha sido estuprada na comunidade em que morava.

––– Qual foi mano? ––– Felipe me perguntou preocupado

––– Acabou o baile porra ––– Gritei e saí correndo.

Fui até a rua 5 e minha irmã tava ali, sentada e olhando pra o nada. Ela não falava nada, mas quando me viu agachado a sua frente ela apenas chorou.

Jhessyka chorava como uma criança, e aquilo fez com que quebrasse algo dentro de mim. Eu não queria acreditar que tinham destruído a vida da minha irmã.

––– Chefe, pegamos o filho da puta ––– O Rabicó, um dos meus vapores novos falou atrás de mim

––– Levem pra o Forno e me esperem lá ––– Falei firme

––– Eu levo ela pra o postinho Guilherme ––– O Felipe falou atrás de mim.

Assenti e me soltei do abraço de Jhessyka. Ela agarrou o Felipe e eles saíram cantando pneu pra o postinho.

Fui pra o forno com alguns vapores. O cara tava amarrado, nú em uma das salas.

––– Vaza todo mundo daqui e manda chamar o Falcão ––– Falei sério

Os vapores que já tinham dado uma surra pesada no cara, deixaram a sala. Puxei minha cadeira a sua frente e peguei minha Glock, apontando pra o mesmo.

––– A culpa não é minha, me mandaram fazer isso ––– Ele falou desesperado ao ver que eu apontava a arma pra ele

Atirei em seu pé, e o mesmo gritou de dor.

––– Quem foi? ––– Perguntei entre os dentes

O cara ficou calado. Acho que ele se arrependeu de me falar que foi mandado.

Dei outro tiro, dessa vez na sua coxa esquerda. Ele novamente gritou de dor.

––– Anda porra, tu quer virar peneira? ––– Gritei e mirei em seu ombro

––– Foi uma mulher, ela mandou dizer que era teu presente de aniversário. ––– Ele falou nervoso

💭 Não, não pode ser... Ela não teria coragem 💭

––– Ela disse nome? Eu quero nome porra ––– Ele permaneceu calado. Atirei em seu ombro

––– Suzana, foi o nome que ela deu. ––– Ele disse entre os gemidos de dor ––– Me mandou seguir a menina faz um mês, e quando achasse a oportunidade certa, fizesse o serviço ––– Fechei meus punhos.

––– Filha de uma puta ––– Gritei

––– Desculpa aí porra, mas minha família precisava do dinheiro ––– Ele falou desesperado.

––– O que é teu tá chegando seu filho da puta ––– Atirei pra cima

Como aquela vadia teve coragem de fazer isso com a própria filha? Ela me odeia tanto que usou a Jhessyka pra me atingir?!

Sai daquela sala e o Falcão ia chegando.
Falcão era o encarregado de lidar com os estupradores da favela, em troca ele ganhava tanto dinheiro quanto prazer já que o mesmo era gay.

––– Qual o serviço da vez Chefinho? ––– Ele perguntou sério

––– O filho da puta estuprou minha irmã, faz teu serviço e me chama pra dar o tiro final ––– Ele assentiu. Vi que ele queria perguntar de Jhessyka, já que ela era o xodó da comunidade, mas foi bom não perguntar.

Ele entrou no forno e de fora a gente só escutava os gritos do verme. Meu ódio era tanto que eu queria matar a Suzana com minhas próprias mãos, eu odiava aquela mulher com todas as minhas forças.

Algum tempo depois o Falcão saiu e sinalizou pra eu entrar.

Entrei e o verme tava ali jogado no chão, cheio de sangue ao seu redor. Me aproximei dele.

––– Já não basta ter mandado me comerem, agora tu quer o quê? ––– Ele perguntou irritado

––– Te matar filho da puta. ––– Peguei minha Glock e atirei.

Eu nunca senti tanto prazer na minha vida do que fazer aquele filho da puta de peneira. Aquilo tudo fez eu me sentir realmente bem.

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Daquele dia em diante eu deixei de ser o Guilherme pra comunidade e passei a ser GA. O temível GA. Só quem podia me chamar pelo nome era o povo da minha família.

Pra ser sincero, eu nunca disse meu nome pra mulher nenhuma, a "Lu" foi a primeira a saber. Eu sempre inventava um nome. E eu não sei, mas quando ela gemia meu nome isso me dava um tesão da porra.

Mas essa mina é muito marrenta, ela é muito blindada. E ela vai aprender que blindado aqui, só o GA.

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Oi amores 😘 Bem tensa a história do nosso mocinho capeta hein. Acho que expliquei mais ou menos como ele se tornou tão frio e tão ruim né?

Votem e Comentem o que estão achando da história ❤

Aguardem os próximos capítulos ❤

Kisses 😘😘

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